terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Coisas a escrever - Prometo que será esta semana

É, eu sei. Reconheço que estou em falta com quem me lê. Muito trabalho, projetos em andamento.

Mas agora pego uns dias de férias e pretendo deixar o blog mais atualizado, porque afinal temos muitos assuntos a tratar como:

O caso da louca que matou um cachorrinho e a reação na web;
O livro sobre as privatizações e acusações de roubo;
As consequências da chamada primavera de praga que foram previstas neste blog;
A eterna briga da hermana Argentina pelas ilhas Falklands;
Meu aniversário de casamento de 24 anos;
Sobre energias renováveis e o que o Brasil deveria fazer;
A crise fiscal europeia;
Sobre a comissão da verdade. - Qual verdade?

Esta semana coloco em dia os temas acima

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O apavorado deputado Willys com os grupos religiosos

Apenas para deixar claro: Considero um enorme erro a religião e a política se misturarem.

Para deixar mais claro ainda: Considero que as leis digamos assim humanas devem reger as sociedades organizadas sem com isso ficarem acima das chamadas leis divinas, da mesma forma que considero um erro crasso que se imponha aquilo que normalmente é um entendimento da vontade divina como uma lei de obrigação geral a todos, gregos e bárbaros, judeus e gentios, crentes e incrédulos. Até porque isso vai de encontro ao principio básico de que Deus respeita como ninguem a capacidade do livre-árbitrio humano. Dito de outro modo: Sua Vontade deve ser aceita como tal livremente e por escolha própria não imposta.

Agora, não é possivel apesar dos principios norteadores acima; concordar com a moda atual na qual os incrédulos se colocam na posição de progressistas, a favor do belo,  do nobre e do justo, e a partir disso criarem toda uma campanha na qual pessoas religiosas são basicamente pessoas idíotas, facilmente manipuláveis com sociopatias variadas e com um indisfárçavel desejo de dominar a tudo e a todos em nome de uma suposta vontade divina.

Ou seja, os principios acima valem também para os grupo não crentes.

Ninguem com um mínimo de bom senso defenderia que coisas tais como o assassínio e a pedofilia fossem coisas liberadas e permitidas. Primeiro porque tais atos representam na outra ponta a destruiçao de uma ou várias vidas humanas; Segundo porque seria impensável, indo para o limite do absurdo, tornar o país um paraiso legal de assassinos e pedófilos. E que se note; basta um passeio pelos jornais para constatar quantos casos diários ocorrem de ambos os crimes. Conclui-se portanto que existem aqueles que não defendem abertamente mas ficariam felizes com a liberação do assassinato e da pedofilia, não é mesmo?

Pois bem, vivemos em um país cujo estado declara-se laico, não religioso. Isso não significa que seja um estado ateu, mas que não se baseia em uma religião oficial para sua atuação e competências. Um estado laico dá proteção a todas as denominações religiosas. E um estado laico preserverá os sentimentos e o norte que rege sua população, seja esse norte religioso no caso dos crentes seja sei lá, filosófico no caso dos descrentes.

É impossivel portanto, legislar leis humanasm, criar todo um arcabouço legal sem que o mesmo considere os sentimentos religiosos de uma maioria sem com isso impor algo a minoria.


Em outras palavras, e pegando o aborto a guisa de exemplo. A lei não permite o aborto na legislação brasileira porque a ampla maioria condena o aborto. Essa é uma das razoes pelas quais nenhum defensor da prática deseja fazer um plesbicito sobre o assunto. Sabem que a defesa do aborto perderia legitimidade.


Ocorre que se o estado brasileiro não fosse laico, o ponto de vista da igreja catolica seria o válido e com isso, não seriam comercializadas as pilulas anticoncepcionais, o diu, a propria camisinha. Como o estado é laico, ele respeita o sentimento da maioria quanto ao aborto mas torna disponivel meios contraceptivos, mesmos aqueles que podem ser considerados abortivos como pilulas do dia seguinte (algumas delas), e o próprio diu.  O uso de tais dispositivos para os que acreditam ser errado não é obrigatório e para aqueles que não desejam filhos mas não poderiam abortar, basta usar os meios contraceptivos.

No caso dos chamados direitos homossexuais, o jurídico deu entendimento conforme para que homossexuais registrassem suas uniões estáveis. Quem é religioso ficou chocado porque entende que a tal prática é um pecado aos olhos de Deus. Mas não consta que associações religiosas tenham defendido o uso de campos de concentração para gays. É uma questão de bom senso: se o sujeito é gay e assim deseja continuar, ele não deve fazer parte de associações religiosas que consideram isso um pecado. Se o sujeito é gay e quer fazer parte de associações religiosas que consideram isso um pecado e ele se convence que esse conceito é correto, ele deixa de praticar tal ato embora talvez sempre terá que lutar contra o que seu digamos assim corpo deseja; da mesma forma que alguem que teve ou tem a tendência de tornar-se escravo de drogas precisa lutar contra a vontade de toma-las todos os dias.

Até ai, tudo certo. Mas o que se vê nos tempos recentes é a tentativa legal de criar constrangemento e repulsa contra religiosos criando uma pec que na prática (antes de algumas alterações ocorridas), poderia levar um religioso a ser preso se um gay se sentisse ofendido se ele lesse em voz alta trechos das escrituras que condenam a pratica do homossexualismo.

Um dos lumiares dessa pec é um deputado ex-bbb. Ele escreveu um texto no qual disse ter ficado apavorado com uma pec que está sendo discutida que dá o direito a associações religiosas de impetrar ações de inconstitucionalidade. O deputado em questão a todo momento chama seu "adversário" de fundamentalista, o que implica em clara desqualificação do mesmo. Ele poderi limitar-se a dizer que o colega é religioso. Como muitos o são e é preciso caracteriza-lo como algo nocivo, deu-lhe a pecha de fundamentalista, um sujeito desarrazoado, fanático e assim por diante.

E o curioso disso tudo é que qualquer tentativa de tirar o peso das religiões ou da religiosidade do povo, que é representado por esses (embora esse deputado não tenha se elegido com votos mas com coeficiente eleitoral), é sempre vista como a luta do bom, do belo e do justo contra o atraso e o obscurantismo; e na mão inversa, qualque ação similar que vise proteger principios religiosos (e não estamos a discutir se estão certos ou errados), são artificios ditatoriais objetivando criar uma teocracia.

Eu até poderia terminar como de costume, dizendo "só rindo mesmo!". Mas como essa campanha tem sido vitoriosa, não é motivo de alegria, porém preocupação. Assim só nos resta orar...

Oremos!










segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A questão da invasão da reitoria da USP

Então tá. Já escrevi a respeito, verifiquem nos arquivos. Quando se fala em USP imediatamente vem a mente a idéia de filhos da elite paulista; gente com dinheiro. Não é bem assim; porque herdeiros de grandes fortunas estudam na FAAP ou na Mackenzie...tá certo; não passaram no vestibular mais concorrido do país e foram para universidades pagas de qualidade? Pode até ser. Mas de fato, a idéia que se tem é de que alunos da USP são oriundos da classe média alta, etc e tal.

O que ocorre é que pais da classe média alta pagam escolas e colégios extremamente caros que se forem aproveitados, tornam seus alunos mais aptos a vencer os dificeis vestibulares associados com as faculdades que compôem a USP. De fato existe ai uma certa perversidade social, porque os alunos de escolas públicas com dificuldades de passar nos vestibulares de universidades públicas, acabam dando com os costados em faculdades privadas que consumirão boa parte de seus salários e de seus pais. De outro lado, os alunos de escolas particulares de primeira linha, passam pelos vestibulares mais concorridos e dificeis e irão estudar em universidades públicas pelas quais não pagarão um centavo sequer de mensalidade. Nessas ocasiões, o papai feliz com o filhote lhe compra o primeiro veiculo, porque o gasto que ele teve com o pimpolho até agora resultou numa faculdade de renome e zero de mensalidade. Naturalmente, o papai também feliz com o filhote que estudou em colégio público talvez venda o carro para ajudar a financiar a faculdade privada do filho, lembrando que essa estória de canudo é importante para o filho ter carreira e por ai vai.

De sorte que os alunos da USP, são na maioria gente oriunda da classe média que não necessita trabalhar para viver e pode se preocupar com coisas como o futuro, o perigo da capitalismo, isso e mais aquilo, a política, isso e mais aquilo e pimba...para mudar tudo que está ai, dá-lhe manifestão e invasão de reitoria, e que é, caso os leitores tenham esquecido, um prédio público.

Olhando com um pouco mais de detalhe, veremos que as faculdades de medicina, engenharia, economia, matemática e por ai vai...estão trabalhando normalmente com alunos vejam voces, estudando e professores dando aula. Logo de onde vem a turminha preocupada que quer fazer valer sua voz? das faculdades ligadas as áreas de humanas, como letras e filosofia.

Ai a coisa fica mais interessante, porque esse é um enclave da turminha de esquerda na USP. Naquele rincão do país dentro da USP, eles acreditam ainda que o capitalismo é uma besta fera destinada a destruir o mundo mas que o socialismo haverá de salvar o mundo do cataclisma, mesmo que na realidade o socialismo e o comunismo tenham acabado por falta de público e de dinheiro na antiga URSS e somente sobreviva na China porque a mesma abraçou o comunismo dentro dela e o capitalismo fora dela.

Enfim, a turminha militante que está lá ocupando a reitoria é formada por gente formidável que estuda a sete anos sem ter se formado, são estudantes profissionais; gente que é incapaz de manter um emprego decente (a julgar que não consegue fazer em sete o que os demais mortais fazem em três); mas se acha no direito de determinar o que é melhor para a vida de toda a população.

E ia me esquecendo, um estudande da USP, desses que são gente séria, trabando de dia e estudando a noite foi assaltado e morto dentro do campus. A polícia fez então o que é sua obrigação e passou a fazer rondas mais frequentes no local. Em uma dessas, pegou três estudantes com maconha. Levou pra delegacia como manda a lei e o delegado liberou os tres idiotas. Ocorre que a turminha da humanas apoiada pelos sindicatos que por lá vivem como parasitas de um bicho enorme e lerdo que não consegue deles se livrar, resolveram que a policia prender pilantra que compra maconha de traficante, ajudante assim o tráfico a se armar e conquistar pra suas fileiras jovens e crianças; é um acinte e por isso fizeram essa palhaçada.

Ainda bem que os futuros engenheiros, médicos e outros não perdem tempo com essa como direi, gente. Mas das futuras crianças, alunos desses futuros professores de letras, filosofia, geografia e história, Meu Deus, tenho pena desses; até porque é bastante provável que irão dar com os costados nas escolas públicas aonde continuarão sendo aquele tipo de professor que é tudo na escola, de militante de esquerda a promoter de festa de ong menos professor.

A policia deve cumprir seu papel e recuperar o espaço público para seu público destinado e se para isso for preciso descer o cassetete na turminha, paciência. A roupa de griffe que ostentam não vai rasgar a toa.






terça-feira, 25 de outubro de 2011

As revoltas árabes

Quando começou essa estória de primavera árabe com passeatas organizadas pelo facebook, 9 em 10 louvaram e bateram palminhas. Na época escrevi um post que as pessoas que realmente estavam organizando essas revoltas não se regiam pelo facebook, mera ferramenta mas por outro book, no caso o alcorão. Assim o resultado prático seria a troca de uma ditadura digamos assim tribalista, ou militar ou va lá ocidentalizada, pra não dizer de direita; por uma de cunho religioso regida pela sharia.

O que temos hoje no Egito são grupos religiosos e politicos radicais com um exército digamos assim fraco em termos de apoio popular (lembrando que o mesmo sempre foi a base de apoio do então ditador egipcio), que impoem lei baseada numa visão muito particular do alcorão e com aberta perseguição violenta a grupos cristãos. Decerto as nações ocidentais que apoiaram ou ao menos lavaram as mãos com a deposição de Mubarak não podem alegar surpresa de que isso seria o resultado quase automático da substituição de um regime por outro.

Na Líbia, EUA, França e Inglaterra usando a OTAN tomaram o lado de rebeldes que não criaram manisfestações pelo facebook, mas pegaram em armas para substituir o regime de Kadafhi. Deixados a própria sorte, já que pegar em armas é sempre uma escolha, é provável que Kadafhi caisse de forma mais lenta. Talvez impactado pela forma de lidar com a guerra civil, fosse forçado a democratizar o governo de seu país, negociando sua saída. Entretanto, com o peso da OTAN ao lado dos rebeldes, o que tivemos de fato foi a deposição e a consequente execução do até então ditador.

O novo governo, longe de fazer uso das ferramentas democráticas que os paises membros da OTAN tanto defendem, já deixaram claro que a sharia (ela novamente), será a base das leis do novo governo. O que significa que para as mulheres e pessoas de outras religiões que não seja a mulçumana terão tempos dificeis pela frente.

A questão de fundo não é "apoiar a ditadura então existente" porque a opção será pior. A questão é permitir que os próprios cidadãos decidam o que desejam sem que com isso, pessoas sejam espancadas ou mortas porque professam religião que não seja a ditada por Maomé ou porque deixou aparecer o tornozelo na burca.

Os EUA com o apoio irmanado da Inglaterra ainda é a ultima superpotência no planeta, mas está fraco, porque a liderança se mostra fraca. Dessa forma, acaba preferindo surfar a onda do que é popular ao invés do que é correto.

E, é claro, não se pode esquecer, que os interesses econômicos, por causa do petróleo da Líbia sempre estão a frente dos interesses das nações, mesmo que para isso, se apoie regimes que fazem das mulheres meros objetos e a crença no filhode Deus leve alguem a morte.











sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um artigo de Emir Sader

Normalmente não dou atenção para as bobagens que o profissional em questão publica; mas essa eu acredito que deva ser analisada. Trata-se do post abaixo publicada por Emir Sader. Comento os trechos em vermelho:

12 de outubro marca o início dos maiores massacres da história da humanidade. A chegada dos colonizadores, invadindo e ocupando o nosso continente – ate aí chamado Aby ayala pelas populações indígenas -, representava a chegada do capitalismo, com o despojo das riquezas naturais dos nossos países, da destruição das populações indígenas e a introdução da pior das selvagerias: a escravidão. Chegaram com a espada e a cruz, para dominar e oprimir, para impor seu poder militar e tentar impor sua religião.
...Que o sujeito seja de esquerda é um direito dele. Que ache o socialismo o ápice da evolução organizacional humana vá lá; mas o que diabos tem a ver a dominação espanhola e portuguesa das américas com o capitalismo? O sujeito esquece que Espanha e Portugual para não se esquecer da França eram monarquias absolutistas, cujos reis se achavam detentores de direitos divinos para governar. Além disso, esses paises e seus reis eeram tutelados pela então maior igreja da cristandade, a catôlica e esta tinha por objetivo "salvar almas". Um pouco de estudo da história não faria mal ao autor, porque ela aprenderia que Espanha, França e Portugal eram antigas colonias romanas que se formaram como nações independentes embora sob tutela não mais do império romano mas do catolicismo romano que incorporou no papa, muitos das atribuições do imperador romano. Por esse como direi ponto de vista do autor, o império romano quando invadiu e dominou boa parte da asia, africa e europa, era apenas por motivação capitalista. Só rindo mesmo. 

Quanto ao despojo das riquezas nacionais de nossos paises, alguem precisa explicar ao autor que o Brasil só existe como nação soberana a partir de sua independencia e isso ocorreu me parece uns pouco mais de 300 anos depois de sua "descoberta". Até então as colonias sempre foram fonte de matérias primas para suas "donas". Talvez a exceção tenha sido a américa do norte que foi povoada por ingleses que fugiram da perseguição religiosa.  Quanto a escravidão, embora concorde que seja uma dos piores crimes, o fato é que a América do norte também alimentava esse comercio mas não foi a tomada das amercias que criou esse mercado; mas a tomada das américas com o tempo aproveitou esse mercado. O autor dá a enteder que deixadas intocadas as américas não haveria escravidão. Como se ve esse raciocinio é uma bobagem.
 
Centenas de milhões de negros foram arrancados dos países, das suas famílias, do seu continente, à força, para serem trazidos como raça inferior, para produzir riquezas para as populações ricas da Europa branca e colonizadora. Uma grande proporção morria na viagem, os que chegavam tinham vida curta – de 7 a 9 anos -, porque era mais barato trazer nova leva de escravos da Africa.










...Nada a acrescentar, embora um estudioso deva ser rigoroso com os fatos e não deixar de mencionar que quem alimenteva o mercado eram as proprias tribos africanas que capturavam outras aldeias ou em guerras.
 
Os massacres das populações indígenas e dos negros revelava como o capitalismo chegava ao novo continente jorrando sangue, demonstrando o que faria ao longo dos séculos de colonialismo e imperialismo. Fomos submetidos à chamada acumulação originária, aquele processo no qual as novas potências coloniais disputavam pelo mundo afora o acesso a matérias primas, mão de obra barata e mercados. A exploração colonial das Américas fez parte da disputa entre as potências coloniais no processo de revolução comercial, em que se definia quem estaria em melhores condições de liderar o processo de revolução industrial.



...De novo a mesma bobagem de capitalismo. revolução comercial a definir quem lideraria a revolução industrial...meu deus...Quem liderou a revolução industrial foi a Inglaterra. E que se note, quem leu os livros de Charles Dickens sabe que era a propria população inglesa, branca, que era a mão de obra. Portugal e Espanha nunca lideraram revolução industrial alguma.

Durante mais de 4 séculos fomos reduzidos a isso. Os ciclos econômicos da nossa história foram determinados não por decisões das populações locais, mas das necessidades e interesses do mercado mundial, controlado pelas potências colonizadoras. Pau brasil, açúcar, açúcar, borracha, no nosso caso. Ouro, prata, cobre, carne, couro, e outras tantas riquezas do novo continente, foram sendo reiteradamente dilapidados em favor do enriquecimento das potências colonizadoras europeias.

Assim foi produzida a dicotomia entre o Norte rico e o Sul pobre, entre o poder e a riqueza concentrada no Norte – a que eles chamavam de “civilização” – e a pobreza e a opressão – a que eles chamavam de “barbárie”.

O início desse processo marca a data de hoje, que eles chamavam de "descoberta da América", como se não existissem as populações nativas antes que eles as “descobrissem”. No momento do quinto centenário buscaram abrandar a expressão, chamando de momento de “encontro de duas civilizações”. Um encontro imposto por eles, baseado na força militar, que desembocou no despojo, na opressão e na discriminação.

Não nos esqueçamos disso, demos à data seu verdadeiro significado, que nos permita entender o presente à luz desse tenebroso passado de exploração e de massacre das populações indígenas e das populações negras.

Na cabeça desse sujeito, deveriámos estar todos hoje adorando o sol como os incas e maias e oferecendo sacrificios humanos.

 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sobre a Isto É e a reportagem sobre a Igreja Renascer

A revista Isto É trouxe uma reportagem sobre uma certa igreja e as dificuldades pessoais de seus como direi, fundadores. 

Solidarizo-me com essas pessoas no limite de seu drama pessoal com um filho em estado vegetativo. Sem dúvida é uma situação dificil e terrivel de se lidar; mas não posso deixar de lembrar que uma empresa, digo, uma igreja que por anos vendeu a idéia de que Deus, o O Deus Todo Poderoso dá luxo e riqueza àqueles que o buscassem especialmente mediante essa igreja, não seja um Deus capaz de fazer são aquele que estava sendo preparado para servi-lo. O mesmo Deus que com seu Espirito fez céu e terra, abriu o mar vermelho, ressussitou mortos, deu riqueza e bens aos líderes dessa igreja não resolve um problema de saúde simples em comparação aos exemplos anteriores mais complexos. Decerto dirão que são provas de fé. Eu diria que são provas da ineficácia desta "fé" em particular. 

Um outro membro da turminha que usa a religião para outros projetos a parte o que deseja aquele que supostamente é servido por tais; um tempo atrás escreveu na FSP um artigo em defesa dessa turma. Replico esse artigo abaixo e minha réplica que publiquei no blog:
TENDÊNCIAS/DEBATES

A marcha da legalidade

MARCELO CRIVELLA

Reafirmo: foi o ato mais solene de revogação popular de todas as injúrias e calúnias que nos irrogaram os ódios e as paixões. NINGUÉM PÕE em dúvida o valor da imprensa livre e atuante. Todos nós conhecemos a “marcha da insanidade”: primeiro fecham-se os Parlamentos, depois caem as instituições e, finalmente, amordaça-se a imprensa -e é assim que os povos mergulham, desarvorados, no cataclismo de seus conflitos ideológicos. O que se espera, entretanto, é que o direito à liberdade de imprensa se harmonize com outro, que lhe antecede e a ele se sobrepõe, que é o direito à dignidade humana.
A imensa multidão que marchou para Jesus na última segunda-feira tem plena consciência de que todos os princípios que se propõe a preservar, propagar, defender e amar para sempre não são nem sequer um milímetro inferiores ou incompatíveis com os princípios constitucionais de legalidade e justiça em que se fundamentam a sociedade e o Estado.
É que, para sermos justos, precisamos observar todas as circunstâncias que emolduram os fatos, já que até mesmo os apóstolos foram julgados, sentenciados e morreram, uns crucificados, outros esfolados, tudo dentro de uma legalidade, mas sem que se fizesse justiça.
O que ocorreu com o casal Hernandes, que ingressou nos Estados Unidos da América sem declarar o valor em espécie que levava, é que foi punido com o máximo rigor por conta da atmosfera de espetáculo, digna do coliseu romano, constituída de denúncias, insinuações e suspeições que, embora não provadas, emularam circunstâncias, as quais, estas sim, preponderaram no julgamento do fato em si, porque foram maciçamente divulgadas pela imprensa.
Após décadas de trabalho árduo, cujas monumentais realizações são a maior prova da sua honestidade de propósitos, Estevam e Sônia Hernandes foram sumariamente condenados por supostamente se “evadirem” do Brasil e adentrar nos EUA com a extraordinária e mirabolante quantia de menos de R$ 50 mil cada um. Eis aí o “grande assalto do século”.
Cumpriram a pena. Sofreram todos os vexames impostos por uma sentença farisaica que, de alguma forma, lembra a que condenou os discípulos por comerem sem lavar as mãos.
Pagaram um preço pesado. Mas o mais cruel de tudo é que, todas as vezes em que a imprensa a eles se refere, aviltando normas internacionais de direitos humanos e movida pelo mais odioso preconceito, o faz com a remissão àqueles fatos, já superados, para, mais uma vez, condená-los.
Veja que o artigo recém-publicado nesta Folha sob o título “A Marcha de Jesus e o Diabo” (Opinião, 3/11, pág. A2) reincide no mesmo pecado.
Eu sei bem o que é isso. Por causa de uma denúncia apócrifa, publicada de maneira precipitada por esta Folha, respondi durante anos por crimes que nunca cometi, até que o Supremo Tribunal Federal, após ouvir o procurador-geral da República, constatou a minha inocência. Mandei o acórdão para todos os jornais que me acusaram. Nenhum deles publicou sequer uma linha.
Trata-se do mesmo processo que, agora requentado, há pouco ocupou, espalhafatosamente, as primeiras páginas de quase todos os jornais brasileiros. Só que, dessa vez, não me incluíram entre os acusados. Se o fizessem, o processo iria para o STF, em virtude da garantia constitucional de foro privilegiado consagrada aos membros do Parlamento, onde morreria no nascedouro, já que aquela egrégia corte o conhece minuciosamente e sobre ele já decidiu.
Mas não creio, honestamente, que a pretensão seja a de obter a condenação. Ao que parece, o maior interesse é o de expor pessoas públicas ao constrangimento de longos depoimentos -antes e depois dos quais se promove o oprobrioso espetáculo midiático.
Há na Bíblia uma passagem que diz: “Ferirei o pastor e se dispersará o rebanho”. Os milhões de evangélicos que marcharam para Jesus ao lado de seus líderes, reafirmo, foi o ato mais solene e majestoso de revogação popular de todas as injúrias e calúnias que, ao longo dos últimos anos, nos irrogaram os ódios e as paixões.
MARCELO BEZZERRA CRIVELLA , 52, engenheiro civil, mestre pela Universidade de Pretória (África do Sul), é senador da República pelo PRB-RJ e líder de seu partido no Senado Federal. É pastor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus.

Agora comento o testo acima:

Não sei o que é mais abjeto. O ato criminoso em si dos chamados representantes de Deus ou essa gente que coloca tudo na base da perseguição religiosa para legitimar o ilegítimo.

Aos fatos: O tal casal entrou com dinheiro nao declarado nos eua. Não importa se eram 10, 50 ou um milhão de reais, dolares ou iens. A questão é: porque nao declararam? - Ninguem ia tomar o dinheiro, bastava informar corretamente e pagar o imposto devido. Foi esquecimento? - Venhamos e convenhamos,quem esquece que tem dinheiro em penca na bolsa e no meio de uma biblia,logo uma pessoa religiosa que por suposto, não deveria larga-la?

O casal cometeu um crime e isso nos eua. Foram julgados lá e o que a imprensa fala ou não fala por aqui não repercutiu no caso porque se a imprensa aqui tivesse esse poder todo, como deseja o autor do artigo (para que sua ilação tivesse algum condão de tornar real o imaginário), os mesmos eua teriam mandado deportar o ex-presidente Collor que foi morar uma temporada por lá, logo depois da feroz pancadaria que resultou no seu afastamento.

É de esgotar a paciência de qualquer um. Sentença farisaica? Só rindo mesmo…

Uma coisa é a massa da população evangélica que é digna das maiores e melhores homenagens, no mínimo porque ao tentarem viver uma vida mais regrada pelo parâmetro bíblico, no coletivo são pessoas honestas, livre de vícios e cumpridora de seus deveres; embora possa-se questionar sua leitura do texto sagrado e principalmente sua interpretação. Por isso, da mesma forma que os evangélicos não podem ser desqualificados porque uma meia duzia de vendilhões de templo usa a religião para ganho e riqueza pessoal; esses mesmos não podem ser absolvidos por que o coletivo grupo de evangélicos da população é honesto e vive pelo cumprimento da lei, absolvendo essa turminha da pesada por não praticar aquilo que ensinam.

Ser fariseu é isso e não a sentença de um país sério frente ao comentimento de um crime.

E os apóstolos de Cristo, assim como ele próprio, foram processados injustamente e mortos, não porque tentaram atravessar as fronteiras do império romano com 50.000 denários não declarados; mas porque se recusaram a fazer parte do mundo romano no que concerne ao amor pela luxuria, pelo dinheiro, pelo poder. Perseguidos foram, porque pregaram uma doutrina diferente baseada no amor e não faziam parte daquele mundo e suas práticas.

Esses “líderes” religiosos em nenhum momento foram condenados por seguirem o exemplo do Cristo e de seus apóstolos, muito pelo contrário.

Se o Cristo fosse chamado para depor como testemunha desses no julgamento ou se a imprensa quisese saber sua opinião, o maior dos mestres simplesmente lembraria o que disse a pouco mais de 2.000 anos e que continua valendo: “…nunca vos conheci, afastai-vos, vós obreiros do que é contra a lei…”.
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tropa de Elite

Não acreditem em mim; pesquisem os jornais da época.

Central do Brasil foi indicado para concorrer a melhor filme estangeiro. De lá pra cá, parece que isso teve o condão de fazer florescer o cinema nacional. Ledo engano. Foi a aplicação do velho sistema americano (bom enredo contando uma boa estória com direção ágil e atores competentes), no lugar do chamado cinema de autor, com enormes monologos, cenas intermináveis de olhares, declamações como se estivessemos assistindo teatro filmado (e uma peça de péssima montagem diga-se de passagem); isso quando não eram alegorias sobre a "situação social".

Em suma, o cinema era usado para produzir "doutrinação" e o "pensar social" depois de décadas de pornochanchadas.

Passado um tempo, veio o filme Cidade de Deus que fazia esse "pensar social" mas usando de todas as ferramentas que o bem sucedido cinema americano produziu. E com isso foi indicado para concorrer a melhor filme estrangeiro ficando entre os cinco como ocorreu com Central do Brasil.

Veio então Tropa de Elite seguindo todo aquele estilão de filme americano (se alguem duvida assista swat ou busca implacável)

E embora tenha sido um inegável sucesso de publico e de pirataria, diga-se de passagem; passou em branco na escolha da comissão de cinema. Em seu lugar um filminho agua com açucar glorificando a luta armada e mostrando os anos de chumbo pela ótica de um menino cujos pais vão para a luta armada. Não ficou entre os cinco melhores.

Ná época, os intelectualoides chamaram o filme de fascita. Porque? Porque mostrava traficantes como bandidos e não antiherois do sistema. Uma policia corrupta mas que havia uma parte não disposta a ceder ao dinheiro fácil; embora na luta contra o crime, se permita ser tão as vezes mais violento que os criminosos que combate. O apntar do dedo não para uma coletiva sociedade ou elite; mas para a classe média e alta que consome drogas, para o maconheiro que dá dinheiro pro traficante conforme a famosa cena da tomada da boca e a bicuda no estudante. Tudo isso tornou o filme insuportável para aqueles que querem doutrinar a população em um viés de esquerda sem sentido no atual sistema.

No ano posterior, houve a desavergonhada puxada de saco do então presidente lula escolhendo o filme baseado na sua biografia, que o torna quase um santo em vida. e como sempre não ficamos entre os cinco melhores.

Agora escolheram Tropa de elite II. A temática bem ao gosto dos intelectualoides colocando a culpa em um coletivo sistema critico ao sistema prisional, com herois de esquerda e os vilões sendo politicos e policiais não teve as mesmas críticas do primeiro.

A turminha da militancia transforma em evento ideológico ou partidário, até velório e joguinho de biriba, o que não dizer de filmes...

Embora menor que o primeiro, Tropa de elite II é um bom filme e merece essa aclamação.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estado Palestino aprovado pela ONU. E as consequências?

Não é o caso de deter-me em aspectos políticos mas na lógica.

Supondo que a ONU aprove a criação de um estado palestino; quais serão as suas fronteiras? Jerusalém será palestina ou israelense, de ambos ou território livre dirigido pela ONU?

Digamos que as fronteiras sejam as definidas por Israel. Os grupos palestinos alguns deles mais terroristas que palestinos, aceitará? Digamos que as fronteiras sejam as definidas por esses grupos (vamos deixar de lado por uns instantes que eles deixaram de lado a idéia de varrer Israel do mapa); Israel irá aceitar passivamente?

Digamos que não aceite ou por outra, esses grupos tendo aprovada o estado palestino, começem ataques visando obter espaço além do acordado. Se Israel resistir e responder ao fogo; o resultado prático será uma guerra entre dois estados. A ONU irá interferir? A OTAN irá apoiar um dos lados em conflito como fez na Líbia? E se paises árabes reeditarem a guerra do sinai ou a dos seis dias para defender o nascente estado palestino?

Não é uma mera questão de criar um estado palestino; mas a de criar condições para que ele coexista com os demais e de forma independente. E essas condições estão longe de existirem porque os principais grupos que se dizem representantes palestinos estão por demais preocupados em manter sua influência e logo o financiamento de paises interessados na dissolução de Israel.

Dois grupos cuja identidade nacional se fixou de forma indelevel naquelas terras, deveriam lutar para manter as identidades embora unificados pelas mesma fronteiras.

No fundo e infelizmente, embora as pessoas busquem honrar as cores de suas bandeiras nacionais matando e morrendo por elas, a unica cor que predomina é o ocre da areia manchada com o vermelho do sangue de israelenses e palestinos.

Tempos dificeis.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lâmpadas LED

A moda agora é lâmpadas LED. Tem gente comprando até pra iluminar privada de banheiro.

Qual o ganho real que existe na troca das atuais lâmpadas frias por leds? - O tempo de vida da lâmpada led é mais do que o dobro das eletrônicas frias. Dito de outro modo: Voce demora mais tempo para troca-las e por isso economiza dinheiro.

É claro que por ser uma tecnologia nova o custo final de uma lâmpada led ainda é muito caro e é preciso pensar duas vezes se vale a pena fazer essa troca; embora o preço maior compense o tempo que levará para troca-la.

Assim, antes de sair comprando leds e trocando o sistema de conexao das lâmpadas para usar leds considere que iluminação não se trata meramente de custo da lâmpada e tempo de validade ou garantia.

Pelo lado da economia, a economia em kWh passivel de conseguir com leds é equivalente ao que se consegue com as alternativas atuais no mercado. Isso vale para a casa do leitor, para a empresa ou para a iluminação pública.

Até aí ainda ficariámos com o ganho de evitar custo com troca de lâmpadas, ocorre que é preciso verificar a produtividade ou eficácia das leds. Alguns estudos indicam que instalada uma lâmpada led a eficácia de iluminação da mesma cai pela metade antes de ser preciso troca-la. Ou seja a lâmpada deixa de entregar a luminosidade que promete na metade de sua vida util. Conclusão lógica: Ou se eleva a potência da lâmpada para compensar ou a quantidade delas ou ainda troca-se a mesma antes do prazo. Com isso perde-se o ganho real de optar-se pelas lâmpadas leds como se perde a economia pretendida em kWh consumido.

Nem se discute que para iluminação de destaque, não há coisa melhor. Porém para uso como iluminação, especialmente pública, tenho minhas reservas.

Quem conhecer do assunto, está convidado a comentar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

E a festa do sorteio, quem diria...

Custou 30 milhões aos cofres publicos cariocas...

Show com artitas, que sinceramente estão a tempos longe das telinhas...

Atrizes e apresentadores da emissora da Globo em um evento que para ser planejado foi vitoriosa uma empresa do grupo...

Precisava mesmo terem gasto 30 milhões...quanto custará a abertura a título de comparação?

E é claro, não se pode esquece da cereja do bolo que foi o fechamento do aeroporto próximo, o Santos Dumont por seis horas para o barulho dos aviões não atrapalharem a emissão da festa...

Faz sentido, porque se orgãos do governo como o IPEA sustentam que os aeroportos não ficarão prontos para atender a demanda de pessoas viajando e voando; nada mais correto do que fechar o aeroporto para a tão preciosa festa do sorteio das chaves...assim a turma já vai acostumando...

Realmente, o pessoal da FIFA, da Globo e do governo são visionários e estadistas a seu próprio tempo.

Enquanto isso...

O pac no Brasil sofre de catatonismo político crônico e um absurdo inchaço de custos por conta de uma coisinhas um tanto quanto ilícitas ligadas a dinheiro público.

O que é surpreendente não é exatamente isso, ja que isso tornou-se coisa comezinha. O que espanta é que certos nomes já enredados em processos similares como o do mensalão consigam tamanha desenvoltura.

Dá pra imaginar o que ocorrerá se forem inocentados? - Dá, e resulta ao faze-lo em caláfrios e suor frio.

Tristes Tempos

A crise nos EUA e os acordos...

O atual presidente americano obteve nas ultimas horas, no badalar das 12 por assim dizer, o acordo que impede o país de dar calote. A lei americana prevê um teto de endividamento, ou seja, o governo não imprime dolares simplesmente quando precisa deles, mas toma emprestado via emissão de títulos. Como os EUA são basicamente a ultima superpotência em atividade, seus custos externos são astronômicos e não podem ser simplesmente cortados do dia pra noite. Restam portanto os custos internos para serem podados. Como ninguem, de partifo algum deseja aumentar impostos, cortar despesas e por ai afora; a saida do sistema foi permitir que o sistema através do legislativo aumente esse teto. Isso já ocorreu uma centena de vezes nos mais diferentes e sucessivos governos.

A diferença do atual para os anteriores talvez esteja no calendário. Obama se adiantou em muitos meses na veiculção de sua campanha a reeleição. Com isso fica muito dificil separar o que ação de governo normal daquilo que é feito para imprimir força a campanha, embora nenhum deles faça nada sem pensar em pesquisar e como pode influenciar eleições majoritárias e locais.

Pois bem; se Obama pode se adiantar na campanha e usará tudo que puder para sua campanha, a solução do impasse quanto ao vencimento das dívidas americanas também será usada. Vai daí, que a oposição e lá a oposição é realmente oposição e precisa ser ouvida e todos os termos são passiveis de negociação (enquanto que aqui, os partidos correm a forma coalizão com o governo de plantão e o aposição nanica é simplesmente ignorada, sendo preciso negociar com partidos da base para manter fielidade), não ia entregar de bandeja esse tema. O que temos portanto é uma oposição que quanto mais perto das eleições mais duro irá jogar e o atual presidente tentando se mover sem cair do pedestal que se deixou colocar.

Que esse acordo iria sair, é óbvio, já que um calote da dívida ou de parte dela iria ser jogada nas costas da oposição. Assim deu-se um pedaço do que normalmente o presidente conseguiria obrigando-o a nova rodada de negociações.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre o post abaixo

As pessoas são livres para serem gordas se assim quiserem ou extremamente magras se o desejarem. As vezes nem é uma mea questão de gosto mas de predisposição genética. Vai daí que empresas que lidam com sei lá eu, policiamento, combate ao fogo, serviços de alta tensão, etc exigem "boa complexão física". Se não passar em um teste físico rigoroso o candidato a vaga não pode assumi-la. E isso não é de forma alguma uma limitação do direito da pessoa.

A CF proibe que abaixo de uma certa idade, os cidadãos sejam senadores, governadores ou presidentes. É melhor reescrever a frase: A CF proibe que abaixo de uma certa idade, os cidadãos se apresentem candidatos aos cargos citados. Ninguem pode afirmar e ser taxativo que pessoas abaixo das idades limite citadas na lei maior sejam incapazes, na verdade até podem ser muito mais capazes que os mais velhos. Mas a questão aqui foi outra. A partir de uma certa idade, é necessário um grau de maturidade compátivel ao caso. Como a lei não pode tratar caso a caso é preciso que os representantes da sociedade criem limitações gerais que podem ser aplicadas a todos.

Para certos cargos e funcões, a beleza física é uma necessidade. Não dá pra imaginar uma modelo de propaganda de materiais de beleza com a pele machucada, marcada, cabelos descuidados. Pelo contrário e ninguem de sã consciência pode reclamar de uma suposta discriminação das cidadãs ou cidadãos menos dotados de atributos.

AS empresas podem e devem adotar e exigir padrões de comportamento e vestimenta adequados ao seu perfil. Uma empresa de publicidade não pode por sua própria natureza exigir dos funcionários uma roupa extremamente formal. O próprio funcionário que possui um gosto mais conservador irá destoar da equipe. Um banco como o Bradesco que possui uma imagem a muito tempo de banco conservador tem por regra exigir a fidelidade a um determinado padrão de vestuário e apresentação.

Em um país tropical como o nosso, uma barba pode se transformar num arquivo de poeira, suor, restos alimentares e exige dos que a usam um cuidado maior com a higiêne. Em tese nada demais, porém e os que não ligam tanto para cuidados? Afinal todo mundo conhece alguem mais ensebadinho não e mesmo?

Se o banco tem por norma o não uso da barba, da mesma forma que exige gravata, roupa social e sapato fechado, os que estão a gritar por seus direitos individuais de portar uma barba, não podem ser imitados por aqueles que detestam usar gravata, roupa social ou os que trocariam a alma pela permissão de usar sandálias, chinelos ou aqueles tênis da moda? - Não é no principio a mesma coisa?

Quem não está contente tem duas escolhas: Ou se adapta ou muda de emprego e carreira.

Por fim, é sempre bom lembrar que as empresas estão também obrigadas a cumprir um rígido código de tratamento junto a seu corpo funcional e esse código é conhecido como CLT. É tão rígido e o custo funcional de profissionais com carteira assinada tão alto que qualquer empresário pensa duas ou tres vezes antes de contratar alguem. Alguem consegue imaginar o mesmo banco abrindo ações judiciais para ter seu direito de demitir diante de uma inevitável quebradeira sem pagar 40% extra sobre o FGTS? Ou exigir que horas extras sejam pagas com cestas básicas e não dinheiro? Ou prover um fundo de pensão e por conta disso exigir que não recolha inss? - Não importa quão absurdo, anacrônica ou inefizaz, do ponto de vista dos negócios, a CLT seja, porque o direito da empresa de ser rentável não pode ser feito as custas dos funcionários. Da mesma forma, o direito de um profissional ostentar barba não pode ser feito as custas da empresa de ditar o que e como as coisas ocorrem dentro de suas dependências.

O Banco Bradesco e a barba

Juízes do TRT da 5ª Região derrubaram ontem uma decisão de 2010, em primeira instância, que condenava o Bradesco a pagar indenização de R$ 100 mil por proibir seus funcionários de usar barba.
A nova decisão, agora em segunda instância, é o mais recente capítulo da disputa que se arrasta desde 2008.
O Ministério Público do Trabalho, que entrou com a ação após ouvir reclamações dos empregados do Bradesco, afirma que vai recorrer.
Relatora do processo, Maria das Graças Boness disse que não houve discriminação nem uma clara determinação para que funcionários tirassem a barba. Ela afirmou que mesmo uma eventual norma que proibisse o uso de barba não seria abusiva, pois não estaria fora do "poder diretivo do empregador".
Flávio Oliveira, conselheiro da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, diz que o banco não reclama de forma explícita com os funcionários, mas insinua que a aparência não está "boa".
"Numa agência em que eu trabalhava, brincávamos que se passasse algodão no rosto e saísse um fiapo a barba não estava boa para trabalhar", disse. Ele é funcionário do Bradesco desde 1985.
Para o procurador Manoel Jorge e Silva Neto, que cuida do caso, a barba deve ser proibida só em casos que podem prejudicar a segurança do empregado, como a necessidade do uso de máscaras, por exemplo, cuja vedação fica comprometida.
"É preciso considerar no momento de promover exigências de caráter estético se isso efetivamente traz prejuízo à atividade econômica desenvolvida pelo empregador. O que não é o caso", disse.
Procurado, o Bradesco disse que não comentaria o caso, pois ainda está sub judice.
Em sua defesa no processo, o banco chegou a apresentar uma pesquisa segundo a qual 81% dos entrevistados declararam que a barba "piora a aparência e/ou charme".
Advogado trabalhista, Paulo Sérgio João diz que "código de conduta não pode interferir na liberdade de aparência do empregado". "Barba como um critério de seleção é uma ofensa à Constituição."
Já Renata Mello, especialista em etiqueta profissional, afirma que uma empresa até pode proibir os funcionários de usarem barba, mas essa medida não deve ser radical. "Uma barba não aparada dá um ar de desleixo", disse.
Fonte:Folha

Vejam vocês...

Procuradoria pede condenação de 36 réus do mensalão

Roberto Gurgel pediu absolvição de Luiz Gushiken e Antônio Lamas.
Expectativa é de que réus sejam julgados pelo STF ano que vem.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A ditadura do politicamente correto.

Como estamos a viver a ditadura do politicamente correto; certas diferenças no que é aplicado a uns e outros não, passam a ser considerados direitos negados e não pelo que são, concessões do legislador escolhido para representar os diferentes interesses da sociedade para criar o convivio harmonioso das partes.

A ditadura do politicamente correto é facilmente percebido no caso da decisão arbitrária do STF, posto não ter o papel de legislador que é prerrogativa da Câmara e do Senado Federal; sobre a união estável de homossexuais.

A lei sendo clara como era e não meramente exemplificativa não abriria guarida a uniões estáveis de qualquer tipo. Não vou ficar exemplificando pra não ser desagradável. Apenas e tão somente para as uniões entre um homem e uma mulher. A lei sentencia também porque essa digamos assim "preferência"; é a unica ou pelo menos era que teria a proteção do estado. Proteção total se transformada em união civil ou casamento civil e o estado segundo esse artigo da CF deveria fornecer os meios para esse transformação.

Logo,  a aceitação de outras formas de união e/ou de generos envolvidos não são proibidas mas carecem da dita proteção do estado. Como as demais não podem por escolha ou acidente resultar na geração de vida; não estão no mesmo patamar de cuidado que as demais.

Mas isso tudo eu já escrevi. Aonde está a ditadura do politicamente correto, e diria mais, do politica e militantemente correto? - Justamente em uma das falas de vários juizes que compraram as teses militantes.

Começa pelo termo "homoafetivo" que procura pelo uso assexuar uma conduta, escolha ou destino, va lá, que é no nascedouro "sexual".  Por que se assim fosse não haveria a incorporação do feminino nos jeitos e trejeitos, e por ai vai.

O argumento do juiz de que o casamento hetero  se define pelo patrimonialismo e geração de filhos, ou dito de outro modo, pela busca de bens materiais e sua acumulação e perpetuar a espécie; a relação homo se mimita essencialmente ao afeto. Mas convenhamos, a busca pelo direito de ser igual ao relacionamento hetero se assim fosse seria inócuo, porque que sentimento depende de um papel estar ou não registrado em um cartório? - Na verdade a busca desse direito de assim se registrar é justamente para obter a frente a segurança de que a acumulação de patrimônio não irá se perder e posto que a natureza impede a geração natural de filhos, perpetuando o nome; faze-lo pela adoção.

Como esses "motivos" não são nobres para a militância mas legado dos reacionários; cria-se toda essa estrutura verbal criando palavras. Aonde está a ditadura do politicamente correto? A banição do termo homossexual pelo homoafetivo como se sinônimos fossem.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ai, ai...aloprados e seus como direi...filhotes.

Essa estória dos aloprados, principalmente dos argumentos de, digamos assim, defesa dos apontados como líderes, é embora surreal, o esperado; porque afinal de contas, quem vai de próprio punho ou vontade afirmar que é praticante de um ilícito penal se a consciência assim não acusa?

O que é dificil de aturar é a blogosfera principalmente a militante que pensa, embora convenhamos que exista um dicotimia entre os dois verbos, militar e pensar; lançando mão dos mais ridículos argumentos para desqualificar o que é um prova tangivel, que é a gravação de uma conversa.

Dá vontade de desejar que um buraco se abra e nos engula por causa da vergonha alheia. Para quem não sabe, é aquela vergonha que os de bom senso sentem no lugar daqueles que não o possuem.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Marcha pela discriminalização do assassinato ou da pedofilia serão liberadas?

O STF considerou que marchas pela legalização da maconha podem ser realizadas desde que não façam apologia ao uso.

Ai vem alguns tontos e falam que se FHC pode falar sobre o assunto em um documentário, então os meros mortais podem fazer uma passeata. A passeata gay pode...porque a favor da maconha não pode?

Respondo: Porque tudo aquilo que o código de leis condena ou diz ser crime, pode ser discutido, mas a defesa do mesmo é apologia. Explico: - Estudiosos e áreas do governo devem discutir por exemplo a violência contra pessoas negras, por exemplo. Mas se alguem faz uma passeata a favor da escravidão, esse alguem além de idiota é um criminoso, porque a escravidão é crime. FHC participou de um documentário que estuda a problemática da droga e ele entende que legalizar o uso do THC pode ser mais benéfico que o combate puro e simples. Isso é discussão de idéias. Alguem fazer uma passeata glorificando a droga em questão é criminoso na acepção do código penal.

Quanto a passeata gay, alguem teria que provar aonde está escrito no código penal ou civil que é proibido ser gay ou dfender que alguem seja gay. É proibido? - Não. Então a marcha gay que ocorre anualmente não é apologia ao crime. Não é preciso desenhar não é mesmo?

O cerne da decisão do STF está no chamado direito de expressão. Ocorre que cada vez mais, esse direito de expressão tem sido usado em uma mão só. Aquela ditada pelas chamadas sociedades organizadas e ongs.

É sintomático que em um tempo em que os viciados em tábaco são cada vez mais segregados, e eu concordo com isso; os viciados em thc estão cada vez mais livres.

O mesmo se dá com os que possui um ponto de vista ou conduta mais ortodoxa, digamos assim em comparação com os chamados progressistas.

Um antigo mestre disse sabiamente que não se pode tirar o amargo do doce. Não se pode tirar real sabedoria da estupidez militante.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

PIB e Energia

Segundo o EPE, a projeção de crescimento do PIB de 2010 a 2020 será na média de 5,0. Já o consumo de energia no mesmo período será de 4,8.

Esses percentuais positivos para o PIB e o crescimento do consumo de energia seguindo abaixo do mesmo só é possivel pelo descréscimo verificado no modo geral e principalmente na indústria nos anos de 2008 e 2009.

Históricamente no entanto o crescimento do consumo ultrapassa o crescimento do país.

Por essa razão, projetos ou programas de eficiência energética são importantes para manter a demanda de energia. O crescimento esperado do consumo será da ordem de 4,7% passando de 441,4 TWh para 659,1 TWh. O que se espera ganhar com eficiência energética no período já incluso no aumento de demanda é um ganho de 4,5 mil MW médios o que equivale a uma Belo Monte.

Proporcionalmente, o estado brasileiro acertou com o COB que até 2020, através de programas de eficiência energética deixem de ser produzidos entre 12 e 15 milhões de toneladas de CO2.

O bandido italiano condenado provavelmente será solto

Posso e gostaria de estar errado, mas acho que o STF vai julgar improcedente a reclamação do governo italiano e irá ratificar a decisão do ex-presidente mantendo o bandido no Brasil livre, leve e solto.

Criminosos, uni-vos! fundem um partido e reclamem que seus crimes foram praticados objetivando fins políticos. O paradigma passa a ser esse marginal condenado na Itália e solto no Brasil.

Não é uma questão de boa fé mas de fé pública

O caso do ex-ministro da casa civil demonstra que:


Quem é a favor dele, reclama de "factoides" da VEJA e nada declara sobre o que tratou o jornal FSP. De resto a militância bucéfala clama contra a midia golpista. Ou seja, qualquer denúncia envolvendo membros do governo ou aliados não é notícia mas ação conspiratória.

Quem é contra ele, reclama da falta de investigações sérias e dos processos de jogar tudo pra debaixo do tapete.

O que ocorreu de fato? A meu sentir pelos fatos e fazendo um certo jogo de imaginação:

Um cardeal petista de alto coturno começou a ver seus parceiros serem tirados de cargos de diretoria de bancos estatais pelo então ministro da casa civil. Esse sujeito então promete jogar lama no ventilador caso a situação não se resolva. Como não se resolveu; militantes dentro da prefeitura ligados ao tal cardeal usam informação sobre a empresa do então ministro e mandam pros companheiros do jornal que pautam as notícias (se alguem duvida é só acompanhar as noticias sobre o governo paulista no mesmo jornal). Dá-se o devido destaque ao estranho e elevado faturamento e o que se fez com ele. O então ministro acusa o golpe mas vem o efeito colateral. Partidos aliados que vivem parasitários ao poder central apoiam em publico e batem em privado fazendo repercurtir isso na imprensa em troca de cargos e verbas. Um outro consultor também igualmente bem sucedido em nadar no vil mar do capitalismo vê com bons olhos a saida de um concorrente do jogo. Enquanto isso, sentido o cheiro de sangue, os semanários saem atrás de informações e no caso do ex-ministro, a situação do imóvel no qual reside é pra dizer o mínimo estranha. Dá-lhe mais notícias. O ex-ministro se mantem fiel aos contratos de confidencialidade e não revela quem são os clientes e quais serviços e valores estão envolvidos. Diante da falta de apoio da bancada do próprio partido, o sujeito pede demissão. Em seu lugar entra uma política sem a experiencia em combate necessária. Com isso, a chance do cardeal voltar a dar as cartas fica maior e o consultor se mantem sem concorrentes. O ex-ministro não tem preocupações porque afinal dinheiro não lhe falta e a fidelidade aos antigos cliente poderá ser recompensada.

Em Brasília, o ex-ministro pode ser acusado de ter sido honesto demais, se realmente a empresa emitiu nota fiscal de tudo; porque uso do cargo para influenciar...veja bem...o que foi que o ex-presidente fez no caso, indo a Brasília senão influenciar?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

sem valores

As escolas devem ou pelo menos deveriam se preocupar em serem centros de distribuição de conhecimento.
As familias devem oi pelo menos deveriam se preocupar em serem centros de formadores de cidadãos, em outras palavras, se preocupar com a educação de seus membros.

Ocorre que no mundo torto em que vivemos, as escolas servem para tudo, desde ensinar jovens a usar a camisinha, até a repensar sua opção sexual já que o bissexualismo ou o terceiro sexo aumentam as chances da pessoa encontrar alguem de quem goste. Religião, civismo, filosofia são matérias de pauta da grade curricular. História e geografia são matéria distorcidas pelo militantismo partidário. Português deve ser ensinado em regra frouxa. Do outro lado, tornou-se mais que comum que aqueles que deveriam ser os principais protetores das crianças se tornem seus principais monstros.

Em um mundo com valores tão trocados; é surpreendente que ainda estejamos vivos para contar a estória.

Sobre os livros didáticos que ensinam o errado como sendo aceitável.

Saiu nos jornais. Reinaldo Azevedo cria postagens sobre o tema. Imediatamente os blogs "progressistas" passam a desqualificar a crítica. Agora com a VEJA trazendo atenção ao assunto, os mesmos irão dizer que existem interesses da editora em atacar livros didáticos que ensinam o que a norma culta condena como sendo certo.

Refiro-me a questão dos livros didáticos aprovados pelo MEC que ensinam por exemplo que "nós pega as bolas" pode ser usado embora quem o faça sofrerá "preconceito" por quem usa a norma culta. E por ai vai.

É fácil demonstrar que a bobagem acima exemplificada está errada. Temos a norma culta, que é o padrão construido e aceito da lingua. É aquele que bons livros didáticos e bons dicionários colocados lado a lado ensinam a usar com correção.

Ocorre que temos os regionalismos que dão tanto sabor a lingua falada e escrita e novas variantes como a linguagem utilizada na web. Embora tudo isso seja válido no dia a dia e em certos lugares especifícos, de modo algum eles tomam o lugar da norma culta. Conseguem imaginar um documento legal, não importa qual e para qual natureza, que absteve-se do uso da norma culta para, usando o coloquial local e o regionalismo com pitadas de "internês" determina-se direitos e deveres entre pessoas ou empresas nordestinas e gauchas?

Fatalmente os acordados não teriam entendimento cabal dos direitos de uns e outros. Um jornal não pode escrever artigos e notícias usando a norma culta porque precisa passar informações para um universo de leitores que abrange desde analfabetos funcionais até linguistas com doutorado e livre docência. Assim o coloquial, embora respeite as regras da lingua dá conta do recado.

Porque então aprovar um livro que ensina na contramão, aquilo que as crianças precisam aprender e que lhes será cobrado em sua vida profissional?

Estamos diante de um caso concreto que repete a piada do sofá, no qual o marido pega a esposa no sofá com seu melhor amigo e resolve o problema vendendo o sofá. No caso, a educação pública é o resultado regurgitado do caos e desordem com a incompetência e a ideologia a serviço de partidos.

A escola hoje é ou está sendo veiculo para ensinar os alunos religião, filosofia, civismo, educação sexual do ponto de vista dos militantes das causas gays e semelhantes nos quais os alunos heterosexuais deveriam repensar suas escolhas porque estão retraidas e os gays se valorizem como sendo resultado da evolução da espécie.

De fato o que se tem é que como os alunos estavam completamente despreparados para passar pelos vestibulares das faculdades de primeira linha e os professores de um modo geral ou estão despreparados ou são militantes partidários que nas horas vagas estão presentes fisicamente em sala de aula, se é que me entendem; o estado resolve então justificar e legalizar a ignorância. Começando pelos diversos enens que um após o outros privilegiam a visão estereotipada do mundo em matérias como história e geografia. Restava dar um jeito nos ultimos bastiões do ensino que é a lingua e matemática. A primeira pode ser bombardeada com livros didáticos como esse da polêmica que ensina que o "falar errado" pode ser uma opção aceitável ao falante (in)competente da lingua. Quanto a matemática veja bem...qual formula pode explicar enriquecimentos da noite pro dia?

As escolas fingem que sevem para ensinar crianças, os professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem, os pais fingem que estão satisfeitos, as faculdades trocam os vestibulares pelo enem fingindo que optam pelo meritocracia, e todos nós fingimos que o mercado é formado por pessoas gabaritadas e profissionais. E que ninguem ouse reclamar...usando o português corretamente porque corre o risco real de se ver pregando no deserto.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O STF se tornou casa revisora da CF.

Partamos de lugares comuns a todos:

a) todos tem direito a felicidade, etc e tal; b) todos são iguais perante a lei; c) não se deve promover o preconceito, etc e tal.

Vai dai que aqueles que ousam se declarar contra a decisão do STF praticamente por unânimidade de se aprovar o reconhecimento da união estável para homossexuais, automaticamente são tachados contra os itens acima.

E o que temos na prática? - Que para se ter o que um grupo considera ser o bom, belo e justo, se fez tábula rasa da Constituição Federal. Para quem não sabe ainda, o STF na qualidade de cabeça do terceiro poder da república, no caso o judiciário deve julgar se uma determinada lei é ou não é inconstitucional. Assim identificada ela perde o rigor e o vigor legal porque é base do acordo da sociedade que a Constituição Federal como Carta Magna está acima de leis ordinárias e o entendimento comum do que se pode ou não fazer. Logo, quando e somente quando provocado para tal, o STF deve dizer a luz da Constituição se uma determinada lei está de acordo ou não com ela. Se a Carta Magna em determinados itens ficou fora de moda, ultrapassada ou perdeu a eficácia (alguem ainda se lembra do artigo que dizia que o teto de juros seria de 12%, artigo nunca respeitado e que mais tarde foi retirado), cabe a outro poder da republica, no caso o legislativo fazer as mudanças e alterações. O STF não pode mandar mudar a Carta, mas dela ser o guardião e também não pode dar entendimento a um assunto alterando o que pretendia dizer o legislador. O STF pode decidir conforme a constituição ou seja, que a lei deve indicar o que a letra da lei ou a intenção do legislador queriam dizer. Ele, o STF não pode indicar algo diferente do que intencionou o legislador porque ao faze-lo, dotou a lei ordinária sob demanda maior que a carta magna por dar-lhe efeito mais profundo ou diferente do que planejava a carta magna.

E foi isso que ocorreu no caso da união estável. A Carta Magna é clara que para efeito de proteção do estado, será considerada estável a união entre homem e mulher. Analisem: Para efeito de proteção do estado. Isso significa que a Carta Magna nunca proibiu que homossexuais vivessem juntos em "uniões estáveis"; mas que não as considerava para efeito de proteção estatal. E para que não pairasse dúvidas, o legislador teve o cuidado de explicar que a união protegida pelo estado era entre homem e mulher.

Logo, o correto e justo a fazer seria que o congresso nacional fizesse uma emenda a esse artigo indicando que "para efeito de proteção do estado, será considerada estável a união entre dois cidadãos (ou dois seres humanos), de maior idade...! - O STF poderia alegar o que quisesse e até deixar indicado que o congresso poderia faze-lo; mas não poderia fazer o que fêz e somente o fez, porque o tema é considerado como sendo algo relacionado ao bom, nobre e justo.

Ora se vamos tornar a Carta Magna um objeto moldável ao sabor dos desejos e vontades; o que impedirá que o mesmo não seja feito para temas não considerados ou relacionados ao bom, nobre e justo?

Embora seja verdade que o estado é laico, logo não pode ser dirigido por vontades religiosas; igualmente é verdade que o estado não é ateu, ou oficialmente ateu. As decisões de governo e leis podem e devem proteger a minoria que pensa diferente mas ainda assim guiar-se pela maioria. O país é uma democracia representativa e como tal, os diferentes grupos estão ali representados cabendo aos mais organizados conseguirem o que desejam, sem no entanto desconsiderar a maioria.

Quero dizer com isso que o estado não deve proteger gays? Pode e deve. A Carta ainda declara que todos são iguais perante a lei; logo se um cidadão escolher um meio de vida, filosofia de vida ou seja lá o que for que seja diferente do que a maioria almeja ou religiões defendam, ele ainda assim é um cidadão. Ocorre que para ter acesso a todos os direitos é necessário seguir algumas regras. Licença maternidade não é um presente dado pelo legislador num arroubo de feminilidade. É um período extremamente importante de conexão entre mãe e filho. Um pai por mais extremoso que seja, não tem direito a um período perto do filho como as mães possuem e alguem pode dizer que um pai ame menos que a mãe seu filho? Qual a gritaria que existe em tornar esse tratamento desigual mais igualitário? - nenhum e porque isso ocorre? - porque nesse caso a lei trata de forma desigual os desiguais. A lei dá esse direito a mãe porque a conexão envolve a amamentação e o estress do dia-a-dia pode prejudicar a lactação. Um homem por mais ajuda que ofereça pouco pode fazer nesse sentido e a presença do pai se fará mais forte e particularmente poderosa tempos a frente. A lei proibe que um "justin bieber" brasileiro seja presidente, senador, deputado federal, etc, embora não o proiba de ganhar dinheiro com musica. O mesmo pode comprar vários automóveis mas legalmente estará proibido de dirigi-los. Em suma, a lei estabelece limites ao que podemos ou devemos fazer, por mais que queiramos faze-lo ou não.

Assim, ao decidir contra o texto constitucional, o STF tornou a Carta Magna sem efeito para aquele item e porque não para os demais. O mesmo texto declara que o estado deverá facilitar a conversão do mesmo em casamento. O que impedirá um casal homossexual, registrada e validada sua união estável exigir que uma igreja realize o casamento contra a vontade da mesma? Se um casal homossexual adotar um bebe recem-nascido poderá um dele solicitar o direito de licença-maternidade? - Nesse caso porque homens heterossexuais não podem usufruir dessa licença mas homossexuais sim?

Vivemos em um estado laico, e é muito fácil defender os direitos das santas, mas e os das pecadoras (trocando o sujeito do ditado popular por respeito as meninas leitoras)? - Nesse caso, temos que o estado deve proteger os direitos dos cidadãos mas essa proteção deve ocorrer dentro da lei e não mediante as vontades do momento.

Nem se discute que legalmente o pleito pode até ser justo; mas a forma escolhida pelo STF para atende-lo foi com certeza injusto.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden morto, deixa um gostinho de "quero mais" no ar...

Os EUA usando comandos mataram Osama Bin Laden. O corpo foi jogado no mar.

Que o sujeito teve o fim esperado e merecido ninguem dúvida. Afinal ele deixou registrado para a posteridade ter sido o mandante do atentado ao word trade center, ato que teve o condão de alterar o curso da história.

Além dos resultados em mortos, rigorosamente todos nada tinham a ver com a politica americana e foram mortos porque os prédios eram simbolo da punjança ecônomica americana; o ato teve o efeito colateral de legitimar Bush a frente do poder americano, assegurando-lhe a reeleição com uma plataforma de luta contra o terrorismo. Isso porque devemos nos lembrar que na sua primeira vitória contra Gore, a eleição na Flórida demonstrou a ineficência do sistema eleitoral americano. Ora, se sua tentativa de reeleição poderia se tornar uma sucessão de tentativas de respostas sobre fraudes eleitorais, ela se tornou um passeio com uma ampla maioria depositando confiança nele que iria derrotar o terrorismo.

Pois bem, foi seu sucessor que teve uma imagem messiânica construida a partir da comparação com seu oposto satânico, e que ganhou antecipadamente um prêmio nobel da paz; que aprovou o ataque e o assassinato de Osama Bin Laden.

O erro, a meu ver, foi tê-lo assassinado sem o cuidado de filmarem a ação ou prende-lo vivo para numa espécie de justiça poética executa-lo no marco zero em nova iorque. Fuzilado ou enforcado isso pouco importa, mas a mensagem teria sido mais poderosa.

De qualquer forma, nada impede que grupos terroristas passem a agir por "ordens" de Bin Laden, o que geraria teorias conspiratórias de que o terrorista estaria na verdade vivo.

Vai ser um prato cheio para o Michael Moore que afirmou que Bin Laden tinha vinculos com Busch e deu a entender que o segundo sabia das intenções do primeiro.

domingo, 24 de abril de 2011

Enquanto isso, os gastos militares...

O Pentágono realizará cortes em seus programas e gastos nos próximos cinco anos, como forma de reduzir despesas, anunciou nesta quinta-feira o secretário americano da Defesa, Robert Gates.
Poupará 150 bilhões de dólares entre 2012 e 2016, através de reestruturações, de restrições a programas de armamento ou de gastos operacionais, precisou.
"O Pentágono não pode pretender ficar à margem da pressão sofrida pelo restante do governo", disse Gates em entrevista à imprensa.
Trata-se de passar da "cultura do financiamento sem fim" ao "da poupança e da moderação", estimou.
Consciente da crescente pressão para reducir o déficit fiscal, Robert Gates, membro republicano da equipe do presidente Barack Obama, havia advertido, antes, sobre a pretensão de poupar em alguns setores, para financiar outros mais relevantes.
O objetivo é manter um crescimento real do orçamento da defesa em torno de 3% ao ano, um percentual considerado necessário para modernizar as Forças Armadas.
O orçamento 2011 do Pentágono, levamente em alta, foi votado pelo Congresso em dezembro e ascende a 548,2 bilhões de dólares, sem contar os 158,7 bilhões para financiar as operações no Iraque e no Afeganistão.

Fonte AFP

Entenda a questão da saúde nos EUA - Fonte: Estado de São Paulo

WASHINGTON - Cerca de 46 milhões de pessoas nos EUA não têm plano de saúde. Como não existe um Sistema Único de Saúde (SUS) no país, significa que, se essas pessoas ficarem doentes, precisarão vender o carro ou hipotecar a casa para pagar as contas do hospital. Despesas médicas são o principal motivo de falências pessoais no país.
Parte dos americanos com mais de 65 anos ou portadores de deficiências está coberta por um sistema chamado Medicare, no qual o governo paga os hospitais e médicos que atendem o beneficiário. E parte da população de baixa renda entra no Medicaid, outro sistema bancado pelo governo. Mas grande parte da população - esses 46 milhões - está em um buraco negro. Muitos estão em uma faixa intermediária - não são tão pobres para receber o Medicaid, nem tão idosos para o Medicare -, não têm plano de saúde no emprego e não conseguem pagar um privado.
Os segurados ou têm dinheiro para pagar um plano privado ou têm um emprego que oferece um plano de saúde. Nos EUA, as empresas podem despedir grávidas e até pessoas com câncer. Ter um plano de saúde tampouco garante que a pessoa não terá de pagar por seus tratamentos médicos. A maioria dos planos estabelece um limite de gastos anual e, em seguida, uma franquia que o seguro só começa a reembolsar depois que o paciente paga sua contrapartida. Os planos também podem se recusar a fazer seguro para pacientes com histórico de doença crônica ou pré-existente.
Para completar, o sistema de saúde é uma bomba-relógio para as contas públicas. O Medicare, por exemplo, vai se tornar deficitário em oito anos. Os gastos com saúde crescem a uma taxa superior à inflação. Os EUA são o país que mais gasta com saúde - US$ 7 per capita, ou 16% do PIB -, mas está em 37º lugar em qualidade de atendimento, ao lado da Eslovênia, segundo o ranking da Organização Mundial de Saúde.
Para que os 46 milhões de cidadãos sem plano de saúde passem a ter um, o governo precisará gastar US$ 1 trilhão ao longo de dez anos. O dinheiro viria de uma gestão mais eficiente do Medicare e do Medicaid e de um aumento de impostos sobre quem ganha mais de US$ 250 mil por ano.
O presidente americano, Barack Obama, quer criar um mercado de trocas de planos de saúde, onde seguradoras privadas competiriam com a seguradora estatal ou cooperativas. Todos os americanos seriam obrigados a ter um plano de saúde e o governo subsidiaria aqueles que não pudessem pagar. A competição reduziria os preços. As seguradoras privadas estariam proibidas de fixar tetos para gastos e franquias, além de não poderem discriminar pacientes. Também haveria painéis para julgar a eficiência de tratamentos de saúde como forma de cortar custos.
Muitos acham, porém, que esses painéis resultarão em um racionamento de assistência médica, que um grupo de burocratas poderá negar os tratamentos mais caros aos segurados. Os idosos são especialmente resistentes às reformas, porque a maioria já está coberta pelo Medicare. Além disso, as seguradoras e os defensores do livre mercado temem que a concorrência com o setor estatal ponha os preços tão baixos que levariam os planos privados à falência.
No debate sobre a saúde, Obama precisa conquistar os moderados sem decepcionar a esquerda. Para ganhar apoio de democratas moderados e, com sorte, um ou outro republicano, ele pretende tornar o seguro de saúde estatal uma opção: só será adotado se os planos privados não baixarem os preços ou não ampliarem a cobertura. Resta saber se isso será suficiente para convencer os moderados, que criticam o preço do plano (US$ 1 tri). Ao mesmo tempo, não se sabe se a esquerda de seu partido aceitará a ausência do plano estatal, que desfiguraria a reforma e tiraria o interesse em sua aprovação.

terça-feira, 19 de abril de 2011

As ultimas a respeito de drogas

César mandou uma mensagem curta para Roma atestantado sua vitória na Gália: Vini, Vidi, Vinci ou seja Vim, Vi, Venci. Parafraseando o grande heroi romano, diante da situação de certas discussões replico: "Vim, Vi e Não acredito no que vejo".

A discussão que parte de certas, como direi, autoridades é pela liberação da maconha ou pela liberdade de plantar para consumo próprio.

Já escrevi diversos posts sobre o tema. Repito a tese central. As drogas que afetam os sentidos devem continuar proibidas e sua circulação e venda reprimidas com rigor. Vou mais longe. Acho que usuários não devem ser tratados como traficantes mas deveriam responder por formação de quadrilha e receptação. Explico: um imbecil que compra um pouco de maconha para se divertir, não compra de um distribuidor regularizado com 0800 não é verdade? Ele compra de traficantes, os mesmos que vendem drogas mais pesadas como cocaina, crack; que compram armas contrabandeadas, que aliciam jovens para o crime, etc. Quem financia o tráfico em toda sua escala é o usuário. Dito de outro modo: Só existe oferta porque existe demanda. Alguem poderia me indicar aonde está sediada a melhor manufatureira de chicotes para cavalos? Pois é, essa fábrica acabou quando as charretes deixaram de ser meio de locomoção. Com a falta de demanda ou procura para que oferta? Galochas. Aonde está a fábrica de galochas? Quando os sapatos eram resitentes e duráveis e por isso mesmo caros, as galochas eram usadas para que sapatos de bom couro não se estragassem nas chuvas. Agora com a industria de calçados produzindo peças de plástico e borracha; e produtos que são criadas para se gastarem, a troco de quê usar galochas? - Logo por conclusão lógica, todo maconheiro se associa ao crime, logo forma uma quadrilha e por ser mercadoria proibida é receptor do produto de um crime. Preciso desenhar? - Pois é!

Porém, o usuário, não é de hoje, é tratado como um coitado, vítima da sociedade, do sistema.

Infelizmente, o ser humano, um bicho idiota por natureza procura meios de "viajar". Se a maconha fosse legalizada teriámos uma explosão de consumo pela facilidade que seria ofertada e encontrada, como ocorre com o vício do tábaco e não existem fotografias e avisos em maços que inibam o sujeito de fumar se ele enfiar isso na cabeça. Ou de beber.

Ocorre que o cigarro pode ser e é um vício nojento, mas um tonto que resolva entupir os pulmões de nicotina e alcatrão pra ficar nas duas substâncias mais famosas, pode fumar quantos cigarros quiser que isso não alterará sua consciência. Ele poderá dirigir um veiculo que em situação normal, não correrá risco de matar ninguem. No caso do alcool, um copo de vinho é benéfico a saúde se ingerido diárimente e isso com certeza não afetará sua capacidade de dirigir; mas se tomar um litro; não só afetará como o sujeito estará sujeito as penalidades de praxe. Pergunto: Se hoje, o sujeito não pode ser punido por ser portador de um material que resulta em tantos problemas, porque seria punido pelo uso do mesmo, se fosse liberado e com isso matasse alguem dirigindo alterado? Qual instrumento pode medir o quão chapado está um motorista?

Aos ligeiros de pensamento que logo questionam que o alcool deveria então ser proibido, pergunto: Se o estado é incapaz e incompetente de impedir o contrabando de cocaina e armas, a produção de maconha e por consequencia a venda desses produtos por traficantes, porque acrescentar mais um item no cardápio a ser ofertado pelos criminosos? A lei seca americana provou que certas drogas são aceitáveis para a sociedade como é o caso do tabáco e do alcool mas não é assim com a maconha e a cocaina.

E é claro, existe a forte campanha contra o tabagismo, praticamente proibindo o ato, salvo se o sujeito estiver em área pública, isolado e a centenas de metros de outro ser vivo. Porque diabos, em tempos quase inquisitoriais contra o tábaco (que acho certo), existe essa gana para liberar a maconha? - Deve ser falta de componentes importantes que a falta de uma alimentação balanceada impede dos defensores da maconha terem no corpo e no cérebro; afinal uma alimentação baseada em capim é pobre em vitaminas, se é que me entendem.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O assassino do Rio e colocando os pingos nos is...

Como toda notícias explosiva, o triste massacre na escola no Rio de Janeiro levou a uma comoção generalizada.

O que se tem de concreto até agora?

1. O garoto tinha transtorno mentais ou emocionais, talvez originados na gestação já que a mãe biológica também possuia disturbios.

2. O rapaz enquanto a mãe de criação era viva, a acompanhava nas atividades das Testemunhas de Jeová. Isso não significa que o mesmo era testemunha de Jeová, porque não era batizado mas acompanhava a familia. Com a morte da mãe, ele se afastou das testemunhas de Jeová e passou a estudar o alcorão. Nas cartas deixadas, cita um grupo de reunião islâmico e dois nomes próprios citados em relação a atos terroristas. Como as Testemunhas de Jeová são pacifistas e sequer servem as forças armadas; e grupos islâmicos não necessáriamente a religião em si estão ligados intrinsecamente a grupos terroristas, é forçoso reconhecer que uma mente doente, fragilizada pela perda da mãe tornou-se alvo fácil de um discurso religioso extremamente moralista, ao qual já estando acostumado, associou-se a uma visão menor das mulheres. O interesse em armas, pelos depoimentos e o fato de copiar as carta-testamentos que homens-bomba costumam deixar demonstra que sua mente doente até certo ponto agora manipulada por uma ideologia agressiva e ativa levaram ao fatídico massacre.

3. A religião em si ou as religiões não tem nada que ver com os atos tresloucados que eventuais seguidores possam ter, salvo se seu líderes de algum modo tácita, tática ou abertamente apoiarem, aprovarem ou mesmo incentivarem tais atos; como por exemplo ocorreu com líderes islâmicos no 11 de setembro.

4. Que o sujeito é maluco, doente, etc e tal; quse ninguem discorda. Que seja facilmente influenciável ao ponto de tomar tais decisões idem. Logo a discussão sobre o desarmamento é inócua e burra. Inócua, porque alguem de mente tão influenciável poderia armar-se de uma espada samurai como as vendidas em certas lojas ou facas de caça, entrar no colégio e praticar o mesmo massacre, embora talvez as vítimas fossem em menor número. Inócua porque as armas usadas não eram dele, nem estava legalmente registradas, mas foram compradas de gente a margem do sistema. A discussão sobre o desarmamento também é burra, porque quem será impelido a ser desarmado é o cidadão de bem, que por medo e pânico da violência e do crime e diante do fato inquestionável que o estado é falho em sua missão de zelar pela segurança; compra uma arma. Já a bandidagem que compra suas armas mediante o contrabando e não nas lojas especializadas; não vai entregar arma nenhuma. Os reais usuários de armas continuarão armados. Não que eu seja adepto das armas, pelo contrário; apenas sei que em qualquer campanha de desarmamento, os unicos realmente desarmados são as pessoas boas e cumpridoras da lei, os maus e descumpridores continuarão portando armas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Eita falta de tempo...

A turma que me lê, se é que ainda existem...precisa me desculpar. Assumi muitas responsabilidades na empresa para a qual presto serviço e o tempo tornou-se escasso.

Aproveito um espaço na agenda para esse pedido de desculpas e é claro postar algumas considerações sobre os temas mais recentes.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mensalão - crimes prescrevendo

Na ocasião, como ocorreu com Collor, tivesse a oposição solicitado o afastamento do presidente teria obtido exito, a partir do depoimento de Duda Mendonça confessando ter recebido pagamento da campanha política no exterior sem declaração, em outras palavras caixa 2 com evasão de divisas.

No entanto, a oposição com "medo" da capacidade de arregimentar gente nas ruas que o PT sempre demonstrou preferiu sangra-lo esperando vitória nas urnas que não veio. Aliás foi preciso que petistas fossem presos com dinheiro grosso para comprar dossiês para a eleição se encaminhar ao segundo turno.

Agora, como sempre, boa parte dos 40 mensaleiros está ou estará sendo declarado absolvido por prescrição dos crimes praticados. Ou seja, mesmo tendo praticados crimes e havendo nos autos as provas para a condenação, esta não pode ocorrer, nem julgamento, nem condenação muito menos senteça porque o prazo para tais coisas prescreveu.

Agora a turma da limpeza de biografias irá cantar em verso e prosa a "inocência" dos acusados, todos vítimas de perseguição iracunda da oposição e que tudo não passava de farsa e golpe contra lula. Basta esperar para ver.

Segue reportagem spbre o tema:

Por Felipe Recondo, no Estadão (transcrito do blog do Reinaldo Azevedo):

O processo de desmantelamento do esquema conhecido como mensalão federal (2005), a pior crise política do governo Lula, já tem data para começar: será a partir da última semana de agosto, quando vai prescrever o crime de formação de quadrilha. O crime, citado por mais de 50 vezes na denúncia do Ministério Público - que foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, é visto como uma espécie de “ação central” do esquema, mas desaparecerá sem que nenhum dos mensaleiros tenha sido julgado. Entre os 38 réus do processo, 22 respondem por formação de quadrilha.

Para além do inevitável, que é a prescrição pelo decorrer do tempo, uma série de articulações, levantadas pelo Estado ao longo dos últimos dois meses, deve sentenciar o mensalão ao esvaziamento. Apontado pelo Ministério Público como o “chefe” do esquema, o ex-ministro José Dirceu parece estar mais próximo da absolvição.

O primeiro sinal político concreto em prol da contestação do processo do mensalão foi dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao deixar o governo, ele disse que sua principal missão, a partir de janeiro de 2011, seria mostrar que o mensalão “é uma farsa”. E nessa trilha, lentamente, réus que aguardam o julgamento estão recuperando forças políticas, ocupando cargos importantes na Esplanada.

Na Corte. Um dos fatos dessa articulação envolveu a indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e mostrou a preocupação do governo com o futuro do mensalão na Corte Suprema. Numa sabatina informal com Fux, um integrante do governo perguntou ao então candidato: “Como o senhor votará no mensalão?”. Fux deu uma resposta padrão: se houvesse provas, votaria pela condenação; se não houvesse, pela absolvição. Foi uma forma de Fux não se comprometer.

A pergunta foi feita também a outros candidatos à vaga. Até o julgamento do processo, a presidente Dilma Rousseff deverá indicar mais dois integrantes da Corte. Nas novas definições, disseram integrantes do governo ao Estado, haverá a mesma preocupação com o julgamento.

Entre os atuais ministros do STF, causa também certa estranheza o fato de o ministro José Antônio Dias Toffoli participar do julgamento. Advogado do PT, ex-assessor da liderança do partido na Câmara e subordinado a José Dirceu na Casa Civil, Toffoli já participou do julgamento de recursos do mensalão.

Um dos ministros do Supremo lembra que o ex-ministro Francisco Rezek se declarou suspeito de participar do julgamento no STF do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Rezek fora nomeado ministro de Relações Exteriores no governo Collor e depois voltou ao Supremo, indicado também por Collor. Por isso, achava que não teria isenção para julgar o caso.

No governo. Há também em curso costuras políticas para fortalecer petistas réus do mensalão. Um exemplo recente dessa movimentação foi a nomeação do ex-deputado José Genoino, na época do escândalo presidente do PT, para o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa pelo ministro Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo, a pedido de petistas.

O PT também conseguiu eleger para a comissão mais importante da Câmara, a de Constituição e Justiça (CCJ), João Paulo Cunha (PT-SP), outro réu do mensalão. Segundo políticos que acompanham o processo, a indicação para a CCJ pode garantir-lhe uma certa blindagem.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Olha ai a religião cavalgando o movimento político novamente, como haviámos previsto

É chato ficar falando, mas em posts anteriores falei sobre o perigo descrito abaixo. A chance da Libia e outros se tornarem ditaduras religiosas mesmo com uma capa de democracia como ocorre no Irã, conflagrando ainda mais a situação no oriente médio é enorme.

Os primeiros sinais de divisão no movimento contra o regime de Muamar Kadafi estão surgindo em Benghazi. Correntes conservadoras descontentes com o perfil - na sua visão excessivamente secularista e liberal - do Conselho Provisório Líbio preparam o que chamam de uma “contrarrevolução”. De sua parte, pessoas ligadas ao Conselho afirmam que não vão tolerar esse tipo de oposição e seus participantes estão sendo perseguidos e presos

Jovens envolvidos nesse movimento disseram ao Estado que pretendem fazer uma manifestação na segunda-feira em Benghazi. “Não estamos contentes com o tipo de pessoas que assumiram a liderança da revolução”, disse um jovem de classe média alta que participa do movimento e falou sob a condição de não ser identificado. Citando pelo nome o advogado de direitos humanos Abdel-Hafiz Ghoga, vice-presidente do Conselho, o jovem continuou: “Eles são tolerantes com o consumo de álcool e de haxixe, a prática de sexo antes do casamento e coisas desse tipo”. “A Líbia é um país muçulmano e deve continuar assim”, continuou o jovem, que participa da organização do protesto de segunda-feira. Ele disse que o grupo quer acrescentar à bandeira da independência do país, adotada pelo movimento anti-Kadafi, a afirmação da fé islâmica: “Não há outro Deus a não ser Alá”.

“Estamos pegando essas pessoas e prendendo”, reagiu um voluntário que trabalha no Conselho. “Esta é nossa revolução e temos de protegê-la a todo custo”, continuou o homem, que não estava dando uma entrevista, mas comentando o assunto informalmente com o repórter. “Temos a situação sob controle.”

Já Mustafa Gheriani, porta-voz do Conselho, disse não ter conhecimento do assunto. “Prender não é a reação correta contra quem está expressando sua opinião”, afirmou ele. “Quem lhe disse isso não parece alguém que está participando da nossa revolução.” Por outro lado, Gheriani pôs em dúvida a representatividade do movimento “contrarrevolucionário”. “Acho muito difícil encontrar alguém disposto a fazer isso agora”, disse ele. “Não há discussões ideológicas entre nós neste momento em que estamos concentrados em derrubar o regime. Parece rumor plantado por Kadafi.

Por Lourival Sant’Anna, no Estadão, replicado por Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 21 de março de 2011

A visita do presidente americano ao Brasil - algumas considerações

Vamos lá, leitor-amigo; tecer algumas considerações agora que o ilustre visitante saiu das terras tupiniquins dirigindo-se para o outro lado dos Andes.

1. Embora a turminha bata de pés juntos jurando que essa visita foi importante; ela foi na verdade um passeio familiar pelos mais conhecidos cartões postais do Brasil, mundo afora que é o Cristo Redentor. É claro que teve principalmente na questão business, um objetivo claro de ampliar os negócios entre os paises; mas até a roupa da esposa e filha demonstrava despreendimento e casualidade mais propícias a férias do que viagem de negócios. A visita ao Cristo de noite sem poder observar a beleza da paisagem ao redor, mesmo dando um desconto pro fato de ter chovido adoidado; demonstra esse ar de passeio.

2. Ninguem talvez atente para isso; mas acho que visitar o Cristo Redentor que embora seja cartão postal da cidade é um local religioso, no caso da igreja católica; no mesmo dia que autorizou que as forças da otan em coalizão com outros paises bombardeassem um pais árabe cujo líder, concorde-se com ele ou não, chamou de nova invação cruzada; foi um desatino. Tivesse feito o discurso de noite e aproveitado o dia para passear no bondinho teria sido mais proveitoso.

3. Ao mesmo tempo o discurso foi uma glorificação da crescente revolta nos paises árabes dominados por ditaduras seculares. Colocar no mesmo balaio, protestos de cunho religioso com revolta armada em boa parte alimentada pelas forças que armam as células terroristas da al quaeda; é de um absurdo total. Que tais ditadores não prestam seja na pessoa física quanto na jurídica ninguem discute, embora EUA, França e Inglaterra tenham feito de tudo para embranquecer a biografia do sujeito. O que ocorre é que o risco de Israel se ver rodeado de nações árabes de orientação religiosa, logo capazes de fazer suas populações crerem estarem a serviço de Deus indo a guerra com Israel é um pulo. Ademais a população civil que agora serve de argumento para os demais paises tentarem tirar do poder esse sujeitinho mequetrefe, sofrerá mais tarde do mesmo modo que sofre no Irã e na Siria pra ficar em dois exemplos cuja parcela da população que se opoem sofre o diabo nas mãos do governo e no caso da Siria, que é uma ditadura secular que alimenta e arma terroristas, nada se fala contra essa ditadura.

4. Como já passou o carnaval, a familia "imperial" americana assistiu duas sessões de capoeira, luta mascarada de dança trazida da Africa pelos escravos e ambientada por aqui. Virou mais do que moda, é ato oficial, levar autoridades ou celebridades estrangeiras a visitar: a) favela do RJ; b) escola de samba; c) capoeira; d) futebol; e) timbalada. Não leiam como preconceito porque não é, mas com efeito, se o objetivo da visita fosse realmente comercial, business, talvez fosse o caso de fazer a visita durante a semana, leva-lo a São Paulo; conhecer obras do pac como a transposição do rio São Francisco, sei lá eu...mas como era uma visita quase de férias, trocou-se o ziriguindum telecoteco pela tonhónhóem...tonhónhóem do berimbau. Não me recordo direito, mas quando Bush veio ao Brasil, foi durante a semana, falou-se muito em negócios, verde, alcool, etc e não me lembro dele subindo favela ou participando de uma roda de samba...os leitores me corrijam por favor.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ponto a Ponderar...

"...la espiritualidad se encontra no oriente....La ciência se encontra no ocidente...mas la paz só se encontra na Bolívia..."

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A lua crescente cada mais crescente

Essa organização politico-religiosa denominda irmandade mulçumana e que alimenta ataques terroristas na região do oriente médio é a grande força por detrás dos levantes populares nos paises árabes.

Um após o outro, com a óbvia excessão da Síria, pais que também vive sob uma ditadura secular mas que financia essa organização; praticamente todas as ditaduras árabes estão sob pressão de passeatas e protestos.

A tendência mais do que óbvia é que caindo esses ditadores, o que não é ruim convenhamos; em seu lugar mesmo que seja sob o manto de mecânimos democráticos como ocorre no Irã; os governos eleitos se orientarão pela teocracia islâmica.

Clérigos islâmicos já manifestaram apoio aos protestos que varrem esses paises, embora quanto aos protestos que andam ocorrendo no Irã, não manifestem o mesmo tipo de apoio.

Em suma, embora as ditaduras seculares mereçam cair; o resultado será um isolamento ainda maior de Israel com a tomada de poder por ditaduras religiosas ou governos de fachada democrática mas dirigidas pela visão religiosa xiita.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Facebook e as Revoluções

Eu tenho facebook, blog, site da empresa. São ferramentas maravilhosas para contatar clientes, amigos, familiares. Ocorre que convenhamos, essas ferramentas tornaram mais ageis, quase instântaneas aquilo que faziámos usando o telefone, cartas e por ai vai.

Logo, esse peso todo que estão dando para o facebook é apenas para acobertar o óbvio e embora óbvio, é díficil de defender, não pelos governos em si, ditaduras das mais cafajestes, mas porque com suas quedas, em sua lugar virão ditaduras chamadas teocráticas, ditadas pelo que se considera a vontade de Alá a partir de uma leitura extremamente ortodoxa do alcorão.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sobre o post anterior

O estuprador, um homem de 40 por mim, deveria ter sido condenado a ser esfolado vivo, desmembrado, olhos, ouvidos, lingua e pênis arrancados, dedos destroçados e condenado a andar com uma placa indicando ser ele um estrupador.

E no entanto, pela lei religiosa local, que dizem se basear no alcorão, foi merecedor de 100 chibatadas. Que não foram aplicadas porque o animal fugiu.

A vítima, um adolescente da família do estuprador, foi presa quando gritava por socorro pelos líderes religiosos e deveria ter sido tratada com bondade e misericórdia.

E no entanto, pela lei religiosa local, que dizem se basear no alcorão, foi merecedora de 80 chibatadas. Que foram disciplinarmente aplicadas porque ela estava presa em um quarto.

O ofensor merece 100 mas foge, a vitima leva 80 impedida de fugir...

Tempos atrás, um homem, o maior que já viveu entre nós, percebendo situação semelhante em outra região da terra, disse que os líderes religiosos ensinavam por doutrina o mandado de homens como se a lei de Deus fosse. Era hipócritas.

Passa o tempo mas as palavras daquele homem permanecem atuais.

Quando a religião se torna lei política dá nisso

Notícia informada ao blogueiro por Solange Callegari Martins, leitora do blog. Agradeço a colaboração.

04/02/2011 10h14 - Atualizado em 04/02/2011 10h45

Menina de 14 anos morre em Bangladesh ao receber 80 chibatadas

Jovem punida por tribunal religioso por 'atos imorais' teria sido estuprada pelo primo, segundo mídia bengali.

Da BBC

Moradores protestaram contra sentença aplicada à jovem (Foto: Arquivo pessoal/BBC)Hena Begum (Foto: Arquivo pessoal/BBC)

Uma adolescente de 14 anos morreu após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento com um primo que era casado.

A sentença tinha sido decretada por um tribunal religioso na cidade em que a jovem vivia, Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 quilômetros da capital, Daca.

Hena Begum foi acusada de ter mantido uma relação sexual com seu primo de 40 anos de idade, que era casado. Ele também foi condenado a receber cem chibatadas, mas conseguiu fugir.

A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo seis dias após ter sido internada.

O caso teve grande repercussão no país e provocou protestos de moradores de Shariatpur. Há relatos na mídia de Bangladesh de que Hena, na verdade, foi raptada e estuprada pelo primo.

O imã (clérigo muçulmano) Mofiz Uddin, responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, e outras três pessoas foram presas. O caso está sendo investigado.

'Atos imorais'
Atraídos por gritos de socorro de Hena, moradores locais chegaram a acudir a adolescente. Mofiz Uddine também se dirigiu ao local, juntamente com professores da madrassa (escola de ensinamentos islâmicos) da região.

Os jornais bengalis informaram que em vez de tomar uma ação contra o autor do suposto estupro, os religiosos trancaram a jovem dentro de um quarto. No dia seguinte, o mesmo imã e representantes do Comitê da Sharia, o código de leis muçulmanas, acusaram Hena de ter cometido atos de ''sexualidade imoral'' fora do casamento.

Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante quando mantinha relações sexuais com um morador do vilarejo.

Pessoas da família do primo casado também teriam espancado a adolescente, um dia antes da fatwa ter sido decretada.

Autoridades do vilarejo também exigiram que o pai da jovem pagasse uma multa equivalente a R$ 419.

Na quarta-feira, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.

''Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome da justiça. Se tivesse sido em um tribunal de verdade, minha filha jamais teria morrido'', afirmou Dorbesh Khan, o pai da adolescente.

Punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, país secular, mas de maioria muçulmana, desde o ano passado.

Comitês que obedecem princípios religiosos vêm se tornando influentes em diferentes países com população de maioria islâmica, mesmo sendo ilegais em muitos deses países.

A sentença contra Hena Begum foi a segunda morte provocada por uma sentença ligada à sharia desde que a prática foi proibida pela Corte Suprema de Bangladesh.

Cerca de 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos, dos quais a maior parte segue uma versão moderada do Islã.