quarta-feira, 22 de abril de 2009

A questão da usina nuclear

O que a midia divulgou nesta semana foi a retomada da licitação para construção da usina de energia atômica Anfra 3 . Depois de décadas, o governo retomou a licitação original com a empreiteira então agraciada atualiazando apenas, notem, o custo do projeto. Agora sairá por mais de 3 bilhões de reais.

Como não sou engenheiro eu posso estar enganado, mas decerto não ocorreram em mais de 20 anos inovaçõe tecnológicas que exigiriam novos projetos e por conta disso uma nova licitação?

Alguem constuiria um carro, uma geladeira, um computador, ou uma casa com a mesma tecnologia dos anos 80? dificilmente.

A questão da matriz nuclear para geração de energia:

É verdade que o impacto inicial de uma usina atômica em relação a uma hidroelétrica por exemplo é extremamente menor, para o meio-ambiente.

É verdade também que o impacto ambiental de produção de energia em relação a termoelétricas cujo funcionamento depende da queima de gás ou oléo combustivel é extremamente menor, para o meio- ambiente.

Mas também é igualmente verdadeiro que a ruptura de uma termo-elétrica ou de uma hidro-elétrica embora causem prezuijos, não chegam perto da devastação que uma usina nuclear pode causar.

Vou citar dois exemplos:

"...Em 28.03.1979, próximo a Harrisburg, na Pensilvânia, aconteceu o pior acidente nuclear dos Estados Unidos com o reator da unidade 2 de 900 MW PWR da Usina Nuclear de Three Mile Island, meses após o começo de sua operação comercial que se deu em 30.10.1978. O acidente foi causado por falha de equipamento e erro operacional em avaliar-se as condições do reator. A falha de equipamento causou uma perda gradual de água de resfriamento no núcleo do reator, o que resultou em fusão parcial das varetas de elemento-combustível e urânio e na liberação de material radioativo. Não houve vítimas, nem mortes...Para controlar a quantidade excessiva de água que vazou do sistema de resfriamento do reator, 1,5 milhão de litros de água foram lançados no rio Susquehanna. Além disto, gases radioativos liberados através da válvula de segurança atingiram a atmosfera e alguns elementos radioativos passaram através das paredes de mais de 1 m de espessura da usina...Uma grande bolha de hidrogênio se formou no núcleo do reator. Caso explodisse, toda a usina seria completamente destruída e grandes quantidades de materiais radioativos seriam liberados para o meio ambiente...Apesar disto, o presidente Carter visitou o reator e declarou que o acidente estava sob controle em 1° de abril. Em 3 de abril, conseguiu-se desfazer esta bolha de hidrogênio e o reator começou a resfriar...Para assegurar a segurança da população mais suscetível à radiação, o governador recomendou a evacuação de todas as mulheres grávidas e crianças com idade pré-escolar em 30 de março. Os demais deveriam permanecer no interior de suas casas...A limpeza da área do acidente durou até 1993. Em 28 de dezembro de 1993 foi colocada sob armazenagem monitorada. Enquanto isto, a unidade 1 permanece em operação e ambos os reatores serão descomissionados a partir de maio de 2008..."

O texto acima refere-se ao acidente com a usina de Three mile island nos EUA.

"...Três países permanecem com áreas contaminadas pelo acidente: Belarus, Ucrânia e Rússia. Nesses locais, segundo a OMS, cerca de 5 mil casos de câncer de tireóide foram diagnosticados em pessoas que eram crianças ou adolescentes na década de 1980. O estudo aponta também que um total de 9 mil indivíduos que trabalharam nas operações de rescaldo do vazamento morreram vítimas de câncer desde o acidente...
Uma revelação importante feita pela OMS está relacionada com outra conseqüência do vazamento. Como mais de 340 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e não puderam mais voltar para seus locais de origem, elas, até hoje, permanecem rotuladas como "expostas"...Uma das atividades importantes a serem feitas a partir de agora, recomenda o relatório, é fazer com que tais indivíduos se considerem sobreviventes e não mais vítimas. Segundo o estudo, essa recuperação representa um desafio ainda não vencido pelos governos...Mas o relatório aponta que o estigma de ter estado próximo de Chernobyl em 1986 atinge ainda mais pessoas, num total superior a 5 milhões. Essa população, que habita áreas ainda hoje contaminadas com material radioativo, demonstra alto grau de ansiedade, sintomas físicos de doenças normalmente sem explicação clínica adequada e, do ponto de vista psicológico, acredita ter uma saúde mais fraca em comparação com moradores de outras áreas...O acidente no norte da Ucrânia matou, em 1986, 28 pessoas que trabalhavam na usina nuclear e foram expostas diretamente à radiação. Ao todo, participaram das operações de limpeza da área, conduzidas entre 1986 e 1990, 600 mil trabalhadores, dos quais 61 mil continuam tendo sua saúde monitorada..."

O texto acima refere-se ao acidente de Chernobyl na Russia.

Os dois casos acima ocorreram por falha humana. Apenas dois casos em décadas no meio de centenas de usinas nucleares? A questão não é o número de acidentes. Se fossemos partir para esse tipo de avaliação o número de acidentes ocorridos em usinas hidroelétricas é 0. E no entanto isso não elimina o alto impacto ambiental que a criação de uma represa ou reservatório gera.

A questão é que levou-se décadas para o local ser limpo, no caso americano; a área é inabitável no caso russo e as vítimas presentes e futuros vítimas de câncer em diversos paises por conta do acidente russo são contados na casa dos milhares.

A pergunta que fica portanto é: Vale a pena o risco?

O Brasil possui uma geografia que lhe permitiria ser o maior produtor de energia do mundo e energia limpa, diga-se de passagem.

O Brasil é o maior produtor de alcool combustivel do mundo e detem a tecnologia para produzi-lo a partir da cana-de-açucar, sem precisar desperdiçar a produção de alimentos como fazem os EUA com o milho e a UE com a beterraba, por exemplo. A primeira crise do petróleo levou o país a pensar na questão e a montanha de dinheiro destinada a esse programa agora produz frutos.

O Nordeste brasileiro sofre com a falta de água. Situação crônica e insoluvel. É uma questão de clima. Os estados que compôem o Nordeste brasileiro estão entre os mais pobres da federação e a população am algumas regiões sobrevive de ajuda governamental com bolsas disso ou daquilo.

E no entanto, o Nordeste poderia abrigar varias Itaipus solares, criando emprego e renda para os estados nordestinos já que o sol é abundante ao extremo na região, aliás em todo o país.

O dinheiro alocado para construir Angra 3 poderia ser usado na implantação de tecnologia de geração de energia a partir do sol. Energia limpa e sem a menor agressão ao meio-ambiente.

Aonde faltam chuvas existe vento em demasia em especial perto do litoral. A geração de energia eólica aliada à solar, embora possua uma custo de geração mais alto por ser alternativa, só é alto por assim ser considerada.

Tornadas matrizes importantes junto às hidroelétricas, já que o Brasil possui recursos hídricos gigantescos, a conclusão é que a construção de usina nucleares poderia ser relegada ao passado pelo Brasil.







quarta-feira, 15 de abril de 2009

Presidente do Paraguai, igreja, filhos, etc

Assunção, 15 abr (EFE).- O presidente do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo, afirmou que a relação com a mulher com quem tem um filho pertence ao passado, em declarações a um programa de televisão.

Lugo, que tinha anunciado que não voltaria a falar de sua vida particular após assumir publicamente, na segunda-feira passada, que tem um filho de quase 2 anos com Viviana Carrillo, de 26 anos, disse também, em um programa de televisão transmitido na noite passada, que amparará o menor financeiramente.

O chefe de Estado, de 58 anos, registrou legalmente ontem como seu filho Guillermo Armindo Carrillo, que em 4 de maio fará 2 anos, fruto de um relacionamento da época em que ainda era bispo emérito de San Pedro, região pobre do país e local de origem da mulher.

Ao ser perguntado se a relação com Viviana Carrillo continuará, Lugo disse que não, e quando o jornalista do programa insistiu sobre se o relacionamento "já era", Lugo respondeu que sim.

Em contrapartida, o presidente paraguaio disse que, "sem dúvida nenhuma", apoiará o menor financeiramente, "cumprindo respeitosamente tudo o que corresponde a um pai e trabalhar também para que esta criança e muitas crianças paraguaias mereçam um futuro diferente e melhor".

Viviana Carrillo e a criança permanecem em paradeiro desconhecido. As mais recentes informações sobre a mulher vieram nos últimos dias através de um advogado que a representou para retirar ontem o processo de paternidade apresentado contra Lugo em Encarnación, 370 quilômetros ao sul de Assunção.

A mulher relatou, segundo o expediente, "que foi seduzida com belas palavras pelo então bispo do departamento de San Pedro (centro)", e disse que "tinha apenas 16 anos quando se encontraram na casa de sua madrinha Edyth Lombardo de Vega, na localidade de Chore, onde o religioso dormia e ela morava".

Comento:

A mulher, nas palavras do atual político e ex-religioso, era uma adolescente segundo a própria e o "galanteador" era religioso e futuro político.

Logo, me parece, o senhor Lugo cometeu um crime, sedução de menor, se é que a legislação paraguaia classifica isso como crime. Aqui até onde sei, classifica.

Com o agravante que sendo religioso, possuia poder, no caso espiritual, sobre a jovem e sua família.

Após dois anos do nascimento, somente agora registra o filho e declara que irá fazer o papel de pai. Lembrando que o fez porque a coisa ficou pública.

O religioso tinha a obrigação moral de seguir e cumprir a moral bíblica, posto se declarar cristão, e ela condena o sexo fora do casamento. Não concorda com isso? Nesse caso, você tem a opção de não ser cristão. O que não pode é você declarar sê-lo e na prática agir como se não fosse.

A lei canônica pode ser estapafurdia, no caso, a que proibe sacerdotes de se casarem, não é bíblica decerto, mas faz parte do arcabouço legal da igreja católica. Não concorda com isso? Nesse caso, você tem a opção de não ser padre. O que não pode é você sê-lo e na prática agir como se não fosse.

Se um homem, na posição de bispo, desconsiderou a lei humana e digamos assim, coabitou com uma menor de idade; que valor possui seu juramento de defesa da lei?

Se um homem, na posição de religioso, desconsiderou a lei divina e prática aquilo que em discursos condena; que valor tem sua palavra?

Se um homem reconhece um filho, somente porque se tornou público seu passado; que valor tem seu caráter?

É claro, esse é o mesmo que diz que o estado brasileiro é injusto com o Paraguai na questão da Itaipu e o custo da energia. Até que ponto ele é honesto nessa discussão?

Anatel regulamenta critérios técnicos para banda larga via rede elétrica

Fonte: Folha online.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) publicou nesta segunda-feira uma resolução que regulamenta a transmissão de internet banda larga pela rede de energia elétrica. Chamado de BPL (Broadband Powerline), o sistema permitirá que o usuário acesse a internet ao plugar um modem especial em qualquer tomada da casa. A tecnologia "injeta" a conexão vinda de um cabo de fibra óptica na rede elétrica.

Em novembro do ano passado, a AES Eletropaulo havia anunciado que disponibilizaria a internet por rede elétrica ao consumidor no primeiro trimestre de 2009. A Resolução 527, publicada hoje pela Anatel, estabelece "os critérios e parâmetros técnicos que permitem a utilização dessa tecnologia", informa nota divulgada pela agência.

Segundo a agência, com essas regras a banda larga poderá chegar a um número maior de pessoas, "uma vez que as redes de distribuição de energia elétrica disponíveis apresentam grande capilaridade no território brasileiro".

AES Eletropaulo

O serviço, que deve ser oferecido em breve pela AES Eletropaulo, está em teste no bairro de Moema, zona sul de São Paulo, desde o fim de 2007. Atualmente, 150 clientes em 20 prédios da região têm acesso à esse tipo de conexão.

"A vantagem é que você não precisa fazer cabeamento, quebrar parede para puxar cabos que permitam o acesso à internet. É só usar as tomadas que já existem na residência", afirma Teresa Vernaglia, diretora-geral da AES Eletropaulo Telecom.

Os equipamentos que unem o sinal da fibra óptica à rede elétrica podem ser colocados nos postes de rua ou diretamente nos medidores (popularmente conhecidos como "relógios") dos prédios. A empresa afirma que o sistema é mais adequado para edifícios, em que a conexão é dividida para vários clientes. Montar essa infraestrutura para uma casa sairia muito caro.

De acordo com a Eletropaulo, durante os testes o sistema permitiu uma conexão de 80 MB por prédio: a velocidade para cada cliente vai depender do número de assinantes no local e do serviço contratado com a operadora.

Hoje, a empresa afirma que tem 2.000 km de fibra óptica instalada na Grande São Paulo --valor equivalente à distância entre São Paulo e Aracaju.

Interferência

Segundo a Anatel, a agência tomou as precauções necessárias para evitar que o compartilhamento da rede de cabos provoque interferência negativa no fornecimento de energia ou na velocidade da conexão da internet. Havia o risco, por exemplo, de ao ligar um liquidificador a velocidade da conexão cair.

A nota divulgada pela agência informa que foi estabelecida a obrigatoriedade da utilização de filtros "capazes de atenuar as radiações indesejadas". Além disso, informa a Anatel, "os sistemas deverão dispor de mecanismo que possibilite o desligamento remoto, a partir de uma central de controle, da unidade causadora de interferência prejudicial, caso outra técnica para sua atenuação não alcance o resultado esperado".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Emissões de dióxido de carbono na União Europeia caíram 6% com a crise

da France Presse, em Oslo

As emissões de CO2 na União Europeia (UE) sofreram uma redução de 6% em 2008 em relação ao ano anterior em consequência da crise econômica, anunciou o instituto de pesquisas Point Carbon, com sede em Oslo.
Os 27 países que participam no sistema europeu de intercâmbio de cotas de emissões de CO2 emitiram 2,111 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, contra 2,245 bilhões de toneladas no ano anterior.
"Estas cifras confirmam que a recessão causa uma queda das emissões sob a forma de produção industrial e uma demanda de energia menor", comentou Kjersti Ulset, do Point Carbon.
"Mas também mostram que o mercado do carbono funciona bem. As reduções de emissões observadas no setor energético são em parte consequência do elevado preço do CO2 que tivemos no primeiro semestre de 2008", acrescentou.
As reduções mais importantes aconteceram nos setores do cimento, cal e vidro, com menos 9%, e de papel e celulose, o que indica que são os setores mais afetados pela recessão.
A Alemanha foi a principal fonte de emissões na Europa, com 22%, superando a Grã-Bretanha, com 13%.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Reação ao aumento no custo da energia

VERENA FORNETTI
Colaboração para Folha de S.Paulo

Atualizado às 10h21.

O reajuste da energia elétrica aprovado ontem pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) diminuirá a competitividade das empresas brasileiras em meio à crise e pode obrigar as organizações a demitir trabalhadores, de acordo com representantes de grandes consumidores, como indústrias e empresários do comércio.

Ricardo Lima, presidente-executivo da Abrace (associação de grandes consumidores de energia), afirma que onerar as empresas neste momento, quando há retração da atividade econômica, pode obrigar as organizações a demitir.

"Não dá para dizer que o aumento da energia elétrica foi abusivo porque seguiu a lei, mas certamente foi excessivo. Ele deve causar perda de mercado e aumento do desemprego", disse ele.

Lima destaca que, para os grandes consumidores, não há a alternativa de evitar o aumento dos custos migrando para o mercado livre, em que o consumidor não precisa comprar da distribuidora e pode contratar diretamente a geradora ou quem tiver energia sobrando.

Segundo Lima, a baixa oferta nesse mercado -causada pelo último leilão no segmento- encareceu os preços e tornou o mercado livre menos atrativo.

A associação que representa os shopping centers, a Abrasce, também afirma que o reajuste terá impacto expressivo. Segundo o diretor-executivo da associação, Luiz Fernando Veiga, o custo da energia elétrica representa de 15% a 20% dos gastos com condomínio. "Estamos vivendo um momento de aperto em todas as direções. É claro que um aumento de 20% em cima disso traz consequencias", disse Veiga.

Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), é preciso rever a metodologia para determinar os reajustes tarifários, opção que já foi mencionada pelo presidente da Aneel. A Pro-Teste, associação de defesa do consumidor, também defende a revisão.

Marcos Pó, assessor técnico do Idec, diz que a taxa pune excessivamente o consumidor. "Quando os reajustes ultrapassam o limite do razoável, a Aneel deve rever a metodologia que determina o aumento."

Maria Inês Dolci, coordenadora da ProTeste e colunista da Folha, destaca que o consumidor residencial é prejudicado duas vezes, com o reajuste direto na sua conta de luz e com o repasse do aumento dos custos para os produtos que a indústria e o varejo devem fazer.

Apesar da publicidade, companhias de petróleo investem pouco em energia alternativa

Fonte: The New York Times - de Jad Mouawad

O governo Obama deseja reduzir o consumo de petróleo, aumentar os suprimentos de energia renovável e diminuir as emissões de dióxido de carbono naquela que é a mais ambiciosa transformação da política energética no período de uma geração.

Mas as gigantes mundiais do setor petrolífero não estão convencidas de que isso funcionará. No momento em que Washington está imersa em um frenesi em relação ao setor de energia, muitas companhias de petróleo estão colocando-se à margem do processo, recusando-se a investir nas novas tecnologias apreciadas pelo presidente, ou até mesmo renegando compromissos que já assumiram.

No mês passado a Royal Dutch Shell anunciou que congelaria as suas pesquisas e investimentos em energia eólica, solar e de hidrogênio, e concentraria os seus esforços em energias alternativas na área de biocombustíveis. A companhia já vendeu grande parte da sua estrutura de energia solar e no ano passado cancelou um projeto para a construção da maior usina eólica marítima do mundo, perto de Londres.

A BP, uma companhia que passou nove anos alegando que estava deslocando-se "para além do petróleo", está na verdade retornando ao petróleo desde 2007, e reduzindo os seus programas de energia renovável. E as companhias petrolíferas norte-americanas, que sempre foram mais céticas do que as suas congêneres europeias em relação às fontes alternativas de energia, estão ignorando sistematicamente as novas mensagens que vêm de Washington.

"A meu ver, nada de fato mudou", afirmou Rex W. Tillerson, o diretor-executivo da Exxon Mobil, após a eleição do presidente Barack Obama. "Não nos opomos às fontes alternativas de energia e ao desenvolvimento delas. Mas apostar o futuro da energia do país somente nelas é algo que contradiz a realidade em tamanho e escala".

O governo deseja investir US$ 150 bilhões nos próximos dez anos para criar aquilo que chama de "um futuro energético limpo". O seu plano teria como objetivo diversificar as fontes de energia do país ao encorajar o uso de mais fontes renováveis, e ele também reduziria o consumo de petróleo e as emissões de carbono oriundas dos combustíveis fósseis.

As companhias de petróleo veiculam frequentemente propagandas expressando o seu interesse em novas formas de energia, mas os investimentos que elas de fato fazem na área contradizem as suas mensagens de marketing. O grosso do investimento dessas empresas destina-se às fontes tradicionais de petróleo, incluindo fontes de energia que emitem muito carbono, como areias betuminosas e gás natural proveniente de xistos, enquanto que os investimentos em fontes alternativas representam apenas uma fração minúscula dos gastos. Até o momento, essa situação pouco mudou durante o governo Obama.

"A proporção dos investimentos dessas empresas em energia alternativa é tão minúscula que é difícil localizar tais investimentos", afirma Nathanael Greene, analista político do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais. "Essas companhias não sentem que precisam estar na liderança no setor de fontes alternativas".

Talvez não seja motivo de surpresa o fato de a maioria dos investimentos em fontes alternativas de energia não vir dos cofres das companhias petrolíferas.

Nos últimos 15 anos, as cinco principais companhias de petróleo investiram cerca de US$ 5 bilhões no desenvolvimento de fontes renováveis de energia, segundo Michael Eckhart, presidente do Conselho Americano de Energia Renovável, um grupo comercial do setor. De acordo com Eckhart, isso representa apenas 10% dos cerca de US$ 50 bilhões investidos neste período na área de energias limpas pelos fundos de capital de risco e investidores corporativos.

"As grandes empresas petrolíferas não consideram a energia alternativa um negócio de grande importância", afirma Eckhart. "Para elas trata-se de uma atividade periférica".

A Shell, por exemplo, diz que desde de 2004 investiu US$ 1,7 bilhão em projetos alternativos. Essa quantia foi eclipsada pelos US$ 87 bilhões que a companhia investiu durante o mesmo período nos seus projetos de petróleo e gás em todo o mundo. Neste ano, os investimentos totais da companhia serão de US$ 31 bilhões, e a grande maioria dessa quantia será destinada à exploração de combustíveis fósseis.

Os executivos do setor alegam que comparar os investimentos em projetos de petróleo e gás com as suas iniciativas para pesquisas no setor de energias renováveis é um equívoco. Eles afirmam que embora os combustíveis renováveis sejam necessários, eles ainda estão em um estágio inicial de desenvolvimento, e o petróleo continuará sendo a fonte dominante de energia durante décadas.

Nas suas previsões de longo prazo, a Exxon diz que, até 2050, os hidrocarbonetos - incluindo petróleo, gás e carvão mineral - responderão por 80% dos suprimentos mundiais de energia, o que equivale aproximadamente ao patamar atual.

"As energias renováveis são bastante reais", disse em um discurso em Nova York, em novembro do ano passado, David J. O'Reilly, diretor-executivo da Chevron. "Necessitamos delas. Essas fontes serão uma parte essencial do futuro que eu vislumbro. Mas não seria realista supor que sejamos capazes de substituir as fontes de energia convencionais de acordo com o cronograma sugerido por certas pessoas". De acordo com Alexander Yelland, um porta-voz da empresa, a Chevron investiu cerca de US$ 3,2 bilhões desde 2002 em "energias renováveis e alternativas e serviços de eficiência energética". Ela pretende investir US$ 2,7 bilhões até 2011 em diversos projetos, incluindo um que ajuda a melhorar a eficiência energética em companhias e agências governamentais.

Apesar do entusiasmo recém-surgido de Washington pelo verde, os executivos do setor argumentam que a substituição de qualquer parcela significativa da área de combustíveis fósseis demoraria década, na melhor das hipóteses. Segundo a Agência Internacional de Energia, apenas para acompanhar o crescimento da demanda pelas fontes convencionais de energia, os produtores necessitariam investir mais de US$ 1 trilhão por ano até 2030.

"Muitas dessas companhias percebem que o mundo está mudando", diz Daniel Yergin, diretor da Cambridge Energy Research Associates e historiador especializado no setor. "Mas o desafio para uma companhia muito grande é obter uma escala crítica. As pessoas tendem a esquecer como o setor de energia é grande".

O mundo consome cerca de 85 milhões de barris de petróleo por dia. Os Estados Unidos sozinhos exigiram seis vezes a sua área de terras aráveis - e 75% das terras cultivadas do mundo - para atender às suas necessidades energéticas com etanol produzido a partir de milho, segundo os cálculos de Vaclav Smil, especialistas em energia da Universidade de Manitoba.

E metas mais realistas e modestas estão se mostrando difíceis de serem alcançadas. Segundo os especialistas, a meta da legislação do congresso norte-americano referente ao etanol, que exige que as companhias petrolíferas utilizem 136 bilhões de litros de etanol até 2020, não poderá ser alcançada sem a aplicação de grandes avanços tecnológicos que ainda demorarão anos para surgir.

Para aumentar a oferta de combustíveis, muitas companhias estão voltando-se para as areias betuminosas do Canadá, ou convertendo carvão ou gás natural em combustíveis líquidos, tecnologias que emitem muito mais dióxido de carbono do que o petróleo convencional.

A Shell, que é uma grande investidora na província de Alberta, no Canadá, acredita que as reservas tradicionais de petróleo não serão suficientes para atender ao crescimento da demanda mundial de energia no decorrer dos próximos 50 anos. Em 2007, a BP investiu nas areias betuminosas canadenses, gerando críticas de que a empresa estaria "recarbonizando-se".

John M. Deutch, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e ex-diretor de Inteligência Central, diz que é inútil criticar as companhias de petróleo sem criar primeiro regras federais que estabeleçam um preço para as emissões de dióxido de carbono. Segundo ele, assim que isso ocorrer, as companhias adaptarão as suas estratégias.

"Que papel as companhias de petróleo desempenharão no futuro em termos de alternativa aos hidrocarbonetos convencionais? A resposta correta é que ninguém sabe", diz Deutch. "O mais importante é que o governo crie uma política de carbono. Podemos ter certeza absoluta de que as companhias de petróleo, bem como outras companhias, seguirão essa política".

Uma área na qual as companhias se concentram cada vez mais é a de fabricação de combustíveis líquidos a partir de plantas. A BP em breve construirá uma fábrica de demonstração na Flórida, na qual produzirá etanol feito com matéria vegetal; a Shell trabalha com várias firmas desde 2002 no sentido de fabricar etanol a partir de culturas que não são destinadas à produção de alimentos. No ano passado, ela fechou acordos com seis companhias, incluindo uma do Brasil, e decidiu abandonar as suas outras iniciativas na área de combustíveis renováveis para concentrar-se apenas nos biocombustíveis.

"Os biocombustíveis são a fonte de energia que está mais próxima do nosso negócio central", justifica Darci Sinclair, uma porta-voz da companhia.

Outras áreas também trazem promessas significativas para a indústria, como as tecnologias para a captura de emissões de dióxido de carbono e a sua armazenagem no subsolo, bem como programas de eficiência energética, especialmente no setor de transportes. A Exxon, que há muito tempo é a companhia de petróleo mais cética em relação às fontes alternativas de energia, está trabalhando em programas de longo prazo para aumentar a economia de combustível e reduzir as emissões.

No fim das contas, muitos analistas dizem acreditar que as companhias de petróleo estão aguardando o surgimento de uma tecnologia vencedora. Alan Shaw, diretor-executivo da Codexis, uma empresa de biotecnologia do Vale do Silício que trabalha com a Shell, diz que as companhias de petróleo não estão cegas para a nova realidade política, mas observa que elas estão também fazendo os seus negócios com o objetivo de obter lucros.

"Não perca as esperanças em relação às grandes empresas petrolíferas", diz Shaw. "Elas ainda não atingiram um ponto em que estejam prontas a investir, mas estão chegando lá. Creio que nos próximos dez anos elas investirão centenas de vezes mais do que investiram nos últimos dez anos".

terça-feira, 7 de abril de 2009

Aneel aprova aumento de 21,56% na conta de luz para interior de SP

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira o aumento médio de 21,56% na conta de luz da CPFL Paulista empresa que atende 3,4 milhões de consumidores em 234 municípios do interior do Estado de São Paulo, entre eles Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto.

Para os consumidores residenciais, o reajuste será de 20,29%. Para os industriais e comerciais, vai de 19,34% a 24,80%, dependendo da classe de consumo.

O tamanho do aumento surpreendeu até mesmo os diretores da Aneel. O diretor-geral, Nelson Hubner, defendeu uma ampla revisão no processo de reajuste das tarifas das distribuidoras de energia. "De fato, quando temos um reajuste desse montante em que o Brasil passa por um momento delicado, nos leva a pensar. Estamos fomentando de novo o ciclo inflacionário por conta das características do reajuste. Essa legislação tem que ser discutida mais amplamente", afirmou.

Motivo

Entre os fatores que contribuíram para o aumento da tarifa está a utilização de usinas termelétricas durante todo o ano de 2008. O governo decidiu usar essas usinas por causa da escassez de chuvas no início do ano passado. Como as termelétricas são mais caras, a conta acaba com o consumidor no caso da CPFL Paulista, o impacto foi de 4,2%.

Outra questão foi o aumento da cotação do dólar que deixou mais cara a energia de Itaipu, negociada na moeda norte-americana. Como a CPFL compra energia da Itaipu, o aumento do valor teve um impacto de 4,23% no reajuste aprovado hoje.

A contratação de energia de novas usinas termelétricas também pesará no bolso do consumidor do interior paulista. Como nos últimos leilões de energia elétrica a maioria das usinas vencedoras foram termelétricas, o valor da compra de energia da CPFL aumentou, refletindo em 2,69% na conta de luz.

Outro fator foi o aumento de 79% no Proinfa, encargo utilizado para incentivar fontes de energia limpas, como a eólica. Esse aumento refletiu em 1,04% na conta da CPFL.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Setor de Energia Brasileiro

Luiz Fernando Leone Vianna, para a Agência CanalEnergia, Artigos
06/04/2009

Recentemente participamos de um encontro promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), intitulado Seminário Cinco Anos do Novo Modelo: Realidade e Perspectivas para o Setor de Energia Elétrica. Além de um sucesso, refletido na participação das principais lideranças do setor elétrico e pelos relevantes temas tratados, o evento representou uma ótima oportunidade para uma reflexão sobre o passado bastante recente do setor a partir do racionamento de 2001/2002.

Quando falamos do novo modelo do setor elétrico, ou preferencialmente do modelo vigente, temos que nos reportar ao divisor de águas que foi o último racionamento ocorrido no País, a partir do qual, na Câmara de Gestão da Crise, foram iniciadas as discussões sobre as alterações necessárias no modelo. Mais precisamente, teríamos que retroagir um pouco, à época do Projeto RE-SEB, iniciado em agosto/96 e concluído em agosto/98, que teve na Lei 9.648, de maio de 1998, seu marco inicial.

Independentemente de onde queremos iniciar a reflexão, fica evidente que o acontecimento que se consagrou o maior pesadelo do segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso, o racionamento de energia elétrica, paradoxalmente passou a ser um grande trunfo para o governo Lula. A redução do consumo ocasionou, na época, significativo excedente de energia — o qual recentemente se mostrou de menos monta após a “descoberta” da não-existência de gás suficiente para as termelétricas oriundas do Programa Prioritário de Térmicas - PPT: na sua origem abrangia um total de 53 usinas térmicas, totalizando 19.290,3 MW, oriundos de diversas fontes termelétricas, mas que perdeu fôlego ao longo do caminho, ficando sua implantação bastante aquém da expectativa inicial ― proporcionando para a ministra Dilma e sua equipe tempo necessário para estudar e discutir com as instituições representativas do setor elétrico as alterações então necessárias no modelo.

Com isso, em dezembro/03 foi publicada a MP 144, que estabeleceu as bases do atual modelo setorial. As 766 emendas apresentadas revelou o interesse da sociedade em se ter um modelo estável, equilibrado, benéfico para o consumidor e atrativo para que os investimentos necessários acontecessem. A MP 144 foi aprovada na Câmara dos Deputados sem muitas novidades em relação à versão original, mas avançou bastante no Senado Federal, especialmente quanto às regras de transição, numa negociação bastante profícua entre os agentes, poder legislativo e governo. Em abril/04 foi publicada a Lei 10.848, marco singular do modelo vigente.

Neste artigo não pretendemos esgotar o assunto, mas apresentar o que entendemos terem sido os avanços do atual modelo (parte 1) e os desafios que ainda terão que ser enfrentados (parte 2). Entendemos como avanços:

(i) as regras de transição - destacamos a viabilização da comercialização de usinas, particularmente as hidrelétricas, concedidas sob o marco regulatório anterior, que se tornaram elegíveis a participar dos leilões como "energia nova", competindo em bases isonômicas mediante compensação do encargo devido pelo Uso do Bem Público (UBP);

(ii) separação entre fio e energia - o desmembramento da tarifa de fornecimento nos componentes fio e energia permite que o consumidor efetivamente saiba o quanto paga pelo produto energia elétrica; caminha-se também para a consolidação da necessidade de separação entre o produto energia elétrica e o serviço de aumento da segurança no suprimento energético;

(iii) retomada do planejamento - veio a partir da criação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de assessoramento do Ministério de Minas e Energia, que recuperou o planejamento não só elétrico, como energético, no País ― apesar das críticas muitas vezes formuladas ao Plano Decenal de Energia; na Geração a EPE proporciona o desenvolvimento de estudos de inventário, que em futuro próximo deverão viabilizar o aumento da oferta de novos empreendimentos hidrelétricos aptos a participarem dos leilões de energia nova; na Transmissão, trouxe a coordenação dos estudos de longo prazo e médio prazo, além de possibilitar a eliminação das principais restrições elétricas intra e entre submercados, bem como a gradativa interconexão dos sistemas isolados ao Sistema Interligado Nacional (SIN);

(iv) regulação técnica da transmissão - destacou-se a instituição da Parcela Variável, que sinaliza, via regulação por incentivos, a maximização da disponibilidade dos ativos de transmissão;

(v) realinhamento tarifário - proporcionou isonomia tarifária entre as diversas classes de consumo, através da eliminação dos subsídios cruzados; dessa forma, a energia passou a ter o real valor, dentro do conceito "vale quanto pesa";

(vi) leilões do mercado regulado - permitem coordenar 70% da expansão necessária, fazendo com que as distribuidoras passassem a manter uma contratação eficiente; além disso, os produtores independentes de energia acessaram efetivamente o mercado;

(vii) sistema de garantias financeiras da Câmara de Contratação de Energia Elétrica (CCEE) - propiciou o estímulo à contratação futura de energia; e

(viii) instituição do conceito de lastro - a contratação antecipada do lastro físico possibilitou adequação e segurança no suprimento.

Cabe destaque na retrospectiva aos leilões de energia realizados para suprimento do mercado, pois a inexistência de aproveitamentos hidrelétricos disponíveis ― motivados pela não-realização de inventários e pela forma com que empreendimentos hidrelétricos são tratados por algumas ONGs, setores do Ministério Público e órgãos licenciadores ― fez com que sua participação incremental na matriz energética, nos últimos cinco anos, fosse considerada pífia.

Número de mortos em terremoto na região central da Itália já passa de 100

Forte tremor atingiu a cidade histórica de Áquila, a leste de Roma.
Cidades inteiras foram destruídas, e pode haver mais vítimas.

O número de mortos pelo terremoto que sacudiu a região central da Itália na madrugada desta segunda-feira (6) - noite de domingo, 5, no Brasil -já passa de 100, segundo novo balanço divulgado pelas autoridades regionais.

O tremor atingiu a região de Áquila, área montanhosa a leste de Roma.

A procura por sobreviventes sob os escombros prossegue, e as autoridades temem que mais vítimas sejam encontradas. Durante toda a manhã, réplicas do terremoto foram sentidas, e os moradores temem voltar para suas casas .

O presidente do Parlamento, Gianfranco Fini, disse que cidades inteiras foram destruídas pelo tremor.

Cerca de 50 mil pessoas estão desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil. O número de feridos passa de 1.500. Ainda há muitos desaparecidos, segundo as autoridades.

A pequena Áquila, cidade de 60 mil habitantes do estado de Abruzzo, foi a mais atingida. O tremor ocorreu de madrugada, quando a maioria dos habitantes dormia.

Os danos atingiram a maior parte do município. Pelo menos 10 mil imóveis foram danificados. Um albergue de estudantes e algumas igrejas históricas ruíram . Carros foram soterrados pelos escombros, e motoristas demoraram horas para serem resgatados.

Estado de emergência

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que cancelou sua viagem a Moscou e foi para Áquila, disse que o número de feridos supera 1.500. O governo italiano decretou estado de emergência na região de Abruzzo.

Em entrevista, Berlusconi disse que mil barracas serão instaladas para abrigar entre 8 e 10 pessoas cada. Outras 4.000 pessoas serão levadas a hotéis da região.

NOTA DO BLOG: Minhas condolências as vítimas do terremoto e aos familiares que ainda enfrentarão dias de muita preocupação e tribulação.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

MMX vende ativos - É a crise!!!

Portal EXAME -

A mineradora MMX, controlada pelo empresário Eike Batista, informou nesta segunda-feira que estuda a possibilidade de vender uma parte ou o total de seus ativos.

A companhia já havia vendido seus projetos de mineração em estágio mais avançado para a mineradora Anglo American em meados do ano passado.

A operação contemplou 51% da MMX Minas-Rio e 70% da MMX Amapá, ambas transferidas à Anglo American. Essa transação alcançou 5,5 bilhões de dólares e Eike, como controlador, recebeu a maior fatia - 3,4 bilhões.

Sem muitos detalhes, a mineradora divulgou que nomeou um assessor financeiro para auxiliá-la na possível venda do que restou. A empresa detém ativos de mineração em locais como Serra Azul (Minas Gerais) e Corumbá (Mato Grosso do Sul).

Às 14h50, os papéis da MMX (MMXM3) subiam 1,42%, para 3,57 reais.

Como lidar com colegas chatos

runa Gasgon é consultora em comunicação, atriz e diretora de teatro. Por conta disso, conviveu com pessoas vaidosas, cujo ego, não raro, era bem maior que o talento. Então, resolveu usar sua experiência de mais de 35 anos e montar um curso para ajudar as pessoas a lidarem com gente muito, muito chata. Se você não se encaixa no tipo, certamente trabalha, já trabalhou ou, um dia, terá de dividir espaço com um. 'Nem adianta mudar de emprego, a não ser que a coisa saia do controle. Você muda o elenco, mas o time continua o mesmo', diz Bruna. Aprenda a identificar os tipos e a neutralizá-los.

Brucutu
= É a pessoa grossa, explosiva, briguenta. Um 'cavalo'.

Como neutralizar: Espere o acesso de raiva (dele) passar e imponha respeito. Mostre que não aceitará esse tratamento.'O brucutu é como um brinquedinho de corda: uma hora pára', alivia Bruna.'Espere a corda acabar.'

Kid Tocaia = Suas armas: a calúnia, a inveja, a difamação. Quando confrontado, se defende dizendo 'é brincadeirinha!' para desarmá-la.

Como neutralizar: 'Devolva a ironia. Ele diz que seu cabelo está horroroso? Diga que também não gostou e que vai processar o cabeleireiro!'

Sabe-Tudo = Precisa contar para todo mundo que é superior em tudo. Tem a melhor casa, o melhor carro... Não gosta de ouvir, mas adora falar.

Como neutralizar: 'Ele precisa de platéia. Não caia na tentação de desafiá-lo e acabará agindo como ele', aconselha Bruna.

Frente-Fria = Joga um balde de água fria em suas conquistas. É gente que anda na calçada escura da vida. Se você trocou de carro, lá vem a bomba: 'É o modelo mais visado pelos bandidos!'

Como neutralizar: Cuidado, o tipo contamina. Ouça um pouco, diga que está com pressa e saia de fininho.

Enigma = Mais comum entre as mulheres. É a colega que se ofende por bobagem e fica dias de cara amarrada. Ela quer que você se esforce tentando agradá-la.

Como neutralizar: Aja naturalmente, sorria sempre e não pergunte o motivo da cara feia. Ela não vai dizer mesmo...

Disk-Problema = Anda com uma nuvem negra sobre a cabeça em dia de sol escaldante. Se queixa de tudo, sempre, sem parar.

Como neutralizar: 'Apresente soluções para os problemas. Com sorte, ele até pode acatar suas sugestões. Mas cuidado para não começar a reclamar também', alerta Bruna.

Cuidado para não virar um deles:

· Pare de reclamar dos chatos, senão, em pouco tempo, você se tornará um. Por mais absurdo que possa parecer, até os insuportáveis têm algum ponto positivo. Esforce-se para descobrir e explorá-lo

· Jamais perca a cabeça. Seja mais paciente e tolerante com as pessoas ao seu redor. É a melhor forma de conseguir a colaboração de todos

· Não tente transformar ninguém. Tente, isso sim, mudar suas atitudes diante de gente problemática. Ao reagir de outra forma, ele também vai tratar você de maneira diferente

· Não se deixe envolver e não entre para o time dos insuportáveis. Lembre-se: você é feliz. Eles é que não são