sexta-feira, 29 de maio de 2009

Confusões mundo afora...

A atenção mundial volta-se mais uma vez para a Coréia do Norte, país governado por uma ditadura socialista, digamos assim, nos moldes de Stálin na antiga URSS ou de Mao na antiga China. Antigas, claro se considerarmos como coisa antiga os acontecimentos do século passado.

Tudo que se quiser falar mal do governo coreano estará correto e amparado em fatos. Mas sendo assim, porque o medo só agora?

A Coreia do Norte usava seu investimento armamentista e o fim do mesmo como ferramenta de persuasão para rceber ajuda internacional. Acredite quem quiser, mas a incapacidade do regime coreano era tal que a população estava privada de coisas básicas como...comida. E no entanto uma montanha de dinheiro foi gasta no projeto de armas nucleares. Incoerente não é mesmo? Mas ainda assim, por incrivel que parece, lógico do ponto de vista político.

Até o presente momento, a Coréia do Norte foi protegida pela China. Assim como a Coréia do Sul é protegida pelos EUA. Correndo por fora, o ódio que coreanos sentem pelo Japão por conta da influência do mesmo sobre a região em especial durante o período da segunda guerra.

A ONU, no caso seu conselho de segurança, não conseguiu até hoje uma ação forte para parar o ímpeto belicista da Coréia e não conseguirá nunca nos moldes como foi formado o conselho de segurança.

Esse conselho de segurança foi criado para manter o poder nas mãos dos paises aliados vencedores da 2a. guerra mundial: EUA, Grã-Bretanha, Russia e França . Curiosamente, as quatro potências atômicas desde o final da década de 40. A China que logo transformou-se em potência militar e atômica foi aceita por essa razão no CS. Existem outros 10 paises membros, mas é uma situação quase de "para inglês pra ver", porque as Resoluções do CS só possuem valor e não ficam prejudicadas se forem aceitas pelos cinco membros permanentes (já que os outros dez atuam em rodízio), e apenas os cinco permanentes possuem direito a veto.

Vai daí que a China sempre vetou ações contra a Coréia do Norte e inclusive ajudou a mesma com intercâmbio de estudos a Coréia a chegar na bomba atômica.

Horrivel não? Ocorre que os EUA fizeram o mesmo com Israel que é uma potência atômica, fez vista grossa com a Índia que também possuem armamento atômico e mais recentemente, o Paquistão que apoiou os EUA nas ações contra o Iraque e Afeganistão.

Em outras palavras, a ONU não passa de uma gigantesca ONG cujo peso de decisões demonstra que os elementos do conjunto são maiores que a soma dos mesmos.

Mas se fosse só isso....

Bastaria demonstrar para a Coréia que ela será pulverizada do mapa se estourar um mero rojão ou buscapé, afinal até a aliada China condenou os testes atômicos.

O problema é que existem outros focos de desagregação no mundo, e a questão religiosa, no caso, muçulmana é ainda uma fogueira constamente alimentada pelos diferentes personagens envolvidos.

A crise financeira mundial colocou abaixo o preço do petróleo apontado como o maior vilão na alta dos preços dos alimentos. O medo de que o mundo passaria fome por conta não da falta de produção mas do custo dela acabou com o preço do petróleo caindo abaixo dos US 50,00.

Mas o atual sistema mundial funciona debaixo de tensão e medo. Eliminado o medo da uma crise dos alimentos mundial, embora no caso houve a troca desse medo pelo gosto amargo do desemprego, perda de renda, etc que acaba por levar a fome de uma forma ou de outra no limite das coisas; o mundo assiste um embate formidável entre a religião e a política; uma querendo dominar a outra ou fazer usa da outra para firmar um projeto de poder.

Não é preciso ir muito longe para lembrar que:

1) A rainha da Inglaterra pode ser nula em termos políticos mas ainda assim é a chefe da igreja anglicana;

2) Os EUA embora se declarem laicos, colocam a fé em Deus estampada nas moedas;

3) O papa além de chefe espiritual da igreja catolica é chefe de estado, já que o Vaticano é um estado político;

4) Boa parte dos paises arábes se regem por leis baseadas no Alcorão e os líderes religiosos possuem enorme poder sobre o dia-a-dia das populações.

Por obvio, séculos de lutas religiosas ainda influenciam o pensamento da maioria dos líderes políticos atuais e interesses políticos e religiosos que deveria ser coisas distintas se amalgamam numa relação bem pouco construtiva e altamente explosiva.

Assim o mundo divide-se em temer duas coisas; sofrer o impacto não esperado de ações terroristas de cunho religioso e sofrer o impacto de ações militares atômicas.

Mesmo que esses medos não se concretizem, viver debaixos deles é altamente estressante e desanimador.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Petrobrás, CPIs, Militâncias...

A turma militante está rugindo os tambores e os generais da horda tocam as trombetas do juizo final contra essa parcela marginal (na opinião deles), da população a favor de investigações na Petrobrás.

Pois bem, uns alegam que a CPI é coisa política e que precisa um fato determinado para ela, coisa que não existe. Outro alega razões comerciais para proteger interesses estrangeiros no petróleo. Outro alega o pleito político, as eleições de 2010 e artifícios para desmoralizar o governo. Outro...

Quais são os fatos relevantes que são usados pelos opositores de uma CPI para corroborar as ilações acima:

A) A Petrobrás é uma empresa tão grande e poderosa que o presidente dela despacha com o Presidente da República embora no organograma, ele esteja sob a esfera da ministério das minas e energia e exista uma agência, a ANP para digamos assim, vigia-la;

B) Os preços do oléo e da gasolina são instrumentos do Estado para manutenção de preços e controle da inflação;

C) O valor da Petrobrás explodiu indo de cerca de 70 bilhões para mais de 200 bilhões durante o presente governo Lula;

D) A Petrobrás é a mais valiosa estatal brasileira;

Ocorre que existem outros fatos que corroboram justamente uma investigação mais séria:

1- Recentemente, a Petrobrás precisou recorrer a financiamento com a CEF para fechar o caixa, dando como argumento a necessidade de pagamento de impostos. Não é possivel que uma empresa de valor tão alto se viu assim do nada para arcar com impostos que na pior situação podem ser previstos com 1 mês de antecedência;
2- Recentemente, a Petrobrás viu-se envolvida em uma investigação a respeito de pagamento de royalties para municipios que envolveu parentes de gente do governo, pra variar um pouco;
3- Dúvidas a respeito da contabilidade da empresa a partir do escândalo dos royalties.

O que temos portanto é que:

Considerando os itens A, B, C e D, a luz dos três ultimos fatos citados, uma CPI se faz presente.

Até porque, a Petrobrás não é uma estatal na acepção da palavra porque possui ações negociadas em Bolsas de valores no mundo todo. Milhares de brasileiros possuem ações da empresa atráves de fundos nos quais investiram parte de seu FGTS.

Qual seria o mêdo real de uma investigação?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Petrobrás, Estado e CPIS

Eu ia escrever sobre isso, mas me parece que o Gravataí escreveu algo muito melhor.


Segue o roteiro para leitura:

http://www.interney.net/blogs/imprensamarrom/?cat=1178

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Política dá nojo!!!

Chega a dar nojo!

Ontem políticos em Brasília debateram o caso do assassino condenado Battisti, que está preso no Brasil. Alguns anos atrás, um outro italiano preso no Brasil foi deportado. Era membro da Máfia e chamava-se Buscheta. Guardadas as devidas proporções, os dois são bandidos, agiram ao arrepio da lei, mas um é o queridinho das esquerdas e o outro...bem, o outro era só um carcamano.

Quem assistiu a reunião na câmara federal e possui estômago fraco sofreu pra dormir depois. Não vou aqui citar nomes, mas foi dantesco.

Alguns equivocos...

O ministro da justiça clamou aos quatro ventos seguidos de uma legião de políticos que a Itália foi violenta ao se colocar contra a decisão do ministro. Achei curioso, porque quando a Argentina disse que as Falklands eram dela, a dona, no caso a Inglaterra mandou navios, declarou guerra e correu sangue inglês e argentino. Isso foi violência.

Quando os EUA foram atacados em 2001, eles cairam com fúria dívina sobre dois paises. Isso foi violência.

Já a Itália, pede a extradição do bandido; o ministro da justiça resolve ao dizer não, rever os processos, sem tê-los às mãos, cometendo inclusive erros de história. Políticos italianos reagem mas até agora não ocorreram deportações em massa de brasileiros, a cidadania italiana da primeira dama não foi cassada, as relações comerciais entre os dois paises não cessaram e falta alguma coisa...sim, é claro, não houve declaração de guerra por parte da Itália.

Italianos são exagerados por natureza, mas políticos brasileiros querem a fleuma inglesa. E curiosamente quando Chavez vem ao país e critica o mesmo, ou faz muxoxo contra jornais brasileiros, rasgando-os em uma cerimônia pública ninguem reclama.

Quando a Bolívia expropiou propriedades da Petrobrás que é uma empresa da União; os mesmos que reclamam do histrionismo italiano defenderam as ações bolivianas, essas sim, uma ação contra a soberania brasileira.

Chega a dar pena...

Cheguei a ter pena de um certo senador que contou que ouviu dele um relato de como o bandido derrubava seguranças no chão para que não fossem mortos. Primeiro, eu ri, depois fiquei com vergonha.

Esse marginal condenado matou e participou de grupos que praticaram atos criminosos e ilegais. Preso, fugiu e foi condenado segundo os ritos jurídicos do país, que era então e ainda é, uma democracia. Com o agravante que na época o governo era regido por partidos socialistas.

O sujeito ingressa em todas as esferas possiveis italianas e europeias, cortes especializadas em direitos humanos que analisaram o processo e deram apoio ao país não ao sujeito.

Ela acaba dando com os costados no Brasil, terra da liberdade e o ministro da justiça que ao que me conste não é um jurista nem nunca foi juiz, acha que o processo está errado com base, sei lá, na autobiografia do marginal condenado, e resolve re-escrever a história como se os fatos tivessem ocorrido no regime fascita de Mussolini. Não dá pra levar a sério.

Cada um com seus problema...já dizia o ditado popular. Temos bandidos condenados demais por aqui. Esse deveria ser mandado de volta e lá que entre com os recursos e campanha na
mídia que julgar necessário. Ficando aqui, apenas aumenta a já famosa sensação de impunidade que paira em nossa sociedade.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

De novo Itaipú

Brasil quer antecipar pagamentos de Itaipu para ajudar o Paraguai
Por Christiane Samarco e Denise Chrispim Marin, no Estadão:
A uma semana da visita oficial ao País do presidente paraguaio, Fernando Lugo, o governo brasileiro prepara um pacote de ajuda para tentar demover o vizinho da ideia de mexer no Tratado de Itaipu. Pela principal medida em estudo, o Brasil ajudaria a reforçar o caixa do governo paraguaio, antecipando a compra da energia excedente da usina hidrelétrica. Essa proposta, na visão de setores do Planalto, pode evitar o aprofundamento da crise política paraguaia.
A oferta não contempla a demanda do Paraguai de reajuste de preço e de mudança no Tratado de Itaipu, mas tem como vantagem imediata a geração de receita suficiente para o governo paraguaio aplicar em programas sociais que possam, em curto prazo, contornar a atual debilidade política da gestão de Lugo.
O pacote de ajuda será apresentado a Lugo durante sua visita de Estado, no dia 7 de maio. Uma outra proposta está em estudo e vai ser discutida em uma reunião técnica no próximo dia 5, em Brasília: fazer uma elevação substancial no pagamento adicional pela energia cedida pelo Paraguai. Em janeiro passado, o Brasil propôs a duplicação do valor - dos atuais US$ 105 milhões para US$ 215 milhões ao ano. Na ocasião, o Paraguai desconsiderou a oferta.