domingo, 29 de junho de 2008

Sobre a nova legislação de trânsito e o alccol.

Ações consideradas de saúde pública adotadas pelos governos e pelos legislativos; tem em seu cerne um verdadeiro contra-senso. A atual mudança na lei que rege o trânsito pode ser considerada espartana nos costumes que deseja que sejam adotados e draconiana no quesito "direitos". O limite de alcool no sangue do motorista é tão baixo que na medida que deseja evitar que pessoas bêbadas trafeguem, impede que um sujeito que leve a família para almoçar no domingo e que tome um copo de vinho ou dois chopes seja multado e tenha o carro apreendido se para azar dele, ninguem que o acompanha saiba dirigir. Irônicamente, um sujeito que porte um trouxinha de maconha é liberado por força de lei, sem nenhum tipo de constrangimento. um jovem pode sair da balada após ter tomado esctasy ou cheirado uma carreira de cocaina e absolutamente nada ocorrerá com ele, se for pego dirigindo. No entanto esse mesmo jovem se tiver tomado vodca, cerveja ou outra bebida com teor alcoolico e for pego; sai de baixo.

As leis devem coibir sim, dirigir após ingestão de bebidas alcoolicas. Isso porque não está em risco somente a vida do motorista mas os dos outros que por azar estiverem passando em seu caminho.

Por isso entendo que sendo o alcool uma "droga" legalizada; é preciso haver campanhas de esclarecimento e mais do isso, tornar a associação de alccol e direção como crime previsto no código penal e não mera irregularidade administrativa resolvida com suspensão de carteira e multa. Venhamos e convenhamos, um sujeito que se alcooliza e dirige, sendo pego e perdendo a carteira, vai parar de beber ou de dirigir? Só rindo mesmo!!

A nova lei abre a guarda apenas para o achaque por parte de um ou outro polícial que irá solucionar o problema de outra forma, afinal para os acusados será preferivel perder 100 ou 150 reais do que uma multa de quase mil reais. Sejamos realistas; se existem policiais honestos e eles existem; também existem os desonestos, os que recebem pra olhar pro lado e mesmo os que estão envolvidos em crimes pesados, que deveriam estar combatendo.

Ao mesmo tempo, a lei aprova a obrigatoriedade de bebedouros em boates e danceterias porque beber agua é importante para manter o usuário de esctasy saudável. Não é impressionante, que a lei não determine que policias sejam postados para evitar a entrada de ecstasy? Nem que os pegos com as pílulas no pulo não recebam voz de prisão.

Enfim, segue um artigo muito bom do Reinaldo Azevedo sobre o tema que considero definitivo:

A boçalidade dos aiatolás das proibições
A lei que pode cassar a carta de motorista, com multa de quase R$ 1 mil, de quem tomar uma taça de vinho ou uma lata de cerveja é uma boçalidade. Coisa típica de país em que as leis são flagrantemente desrespeitadas pelos próprios governantes, que dividem o seu reinado com o crime organizado, mas que decidem ser draconianos com o cidadão comum. Abstenho-me de perguntar se Lula e Roberto Teixeira estavam sóbrios quando discutiam o caso Varig, por exemplo. Até porque tenho certeza: sim, eles estavam.

Não há nada que possamos fazer bêbados que Lula e Teixeira não façam muito pior estando sóbrios.

Será que estou aqui a defender que as pessoas saiam barbarizando por aí, já que o país, no ponto de vista legal, está se transformando num lupanar — para usar vocábulo acima da linha da cintura, embora a palavra designe o que vai abaixo? É claro que não. Apenas sustento que é uma estupidez impor limites tão baixos para o consumo, o que coloca o país entre os mais restritivos do mundo.

Como foi tomada essa decisão? Quais são os números? Há casos de acidentes graves no trânsito provocados por quem tomou uma lata de cerveja apenas? Ou uma taça de vinho? Duvido. É rigidez de país bananeiro — que contou, no caso, com a soma de várias militâncias da estupidez e do obscurantismo pseudo-humanistas. E reitero: que a lei seja dura, sim. Mas para punir o alcoolismo no trânsito.

Obscurantismos
Os lobistas da droga devem estar felizes a esta altura, não? A lei já lhes faculta carregar um fuminho apenas para seu consumo. No máximo, o sujeito leva um pito. Se, numa festa, o valente fumar maconha até ficar com os olhos esgazeados ou cheirar pó até eles ficarem vidrados, nada a temer: pode soprar o canudo, que a passagem está livre. É um homem de bem. Perigoso é o pobre contador que vem atrás, coitado, ou um gerente de banco: tomaram uma cerveja... Como é mesmo? “Dançou, playboy!”. Ah, sim: também dá pra mandar ver no ecstasy. O viciado tem até direito a bebedouro, garantido por lei. É um despropósito!

Alguns idiotas, proxenetas do onguismo que pretende nos sufocar com seus carinhos — embora, de fato, encham de dinheiro os seus bolsinhos —, acusam o lobby da indústria da bebida de ser contra isso ou aquilo. Eu quero que o lobby da bebida, do fumo ou das comidas que engordem se dane. O que acho insuportável é esta, com vou chamar?, “medicalização” da cultura, que nos transforma a todos em menores idiotizados, estupidificados pela suposta desinformação, dependentes de que o papai estado venha nos dizer: “Não fume, não beba, não consuma calorias, não isso, não aquilo... Nós só queremos o seu bem”.

Alguém poderia dizer: “Curioso, Reinaldo! Por que fazem o contrário com o sexo, botando máquinas de camisinha nas escolas?” Não há contradição nenhuma, mas coerência na estupidez. A “camisinha” também é a transformação do sexo apenas em questão médica: “Encape o bicho, e aí tudo é permitido”. Em qualquer caso, trata-se de diminuir o espaço da arbitragem individual.

A única nota algo dissonante nessa cruzada dos aiatolás da saúde é a tolerância com as drogas — e até o estímulo ao consumo. Mas até ela se explica se formos fazer a genealogia dessas “idéias purificadoras”: os “inteliquituais” dessa nova cultura são caudatários daquele tempo em que elas contestavam o “sistema”, entendem? Não beber, não fumar, não consumir gorduras, tudo isso é uma variante contemporânea daquela “contestação”. Não por acaso, acusam-se os lobbies de fazer pressão contra as proibições por razões “puramente de mercado”. Há uns idiotas achando que, assim, ajudam a combater o capitalismo.

Não deixa de ser irônico
No fim das contas, isso tudo não deixa de ser irônico — e olhem que não dirijo; a lei nem me atinge pessoalmente. Já aconteceu de eu me dizer católico aqui e ali, e as pessoas me olharem como se eu fosse um ET. Algumas me vêem até com certa piedade. Outros desandam a falar de sua vida venturosa, tão plena daquelas alegrias que, para uma pobre vítima do Vaticano, estariam vedados. Porque vocês sabem, não? Católicos ficam vendo pecado em tudo, torturando-se diante de qualquer prenúncio de prazer, mortificando-se... Ou, então, hipócritas que somos, caímos em tentação para rezar uma penca de ave-marias depois.

Quem diria, não? Estou começando a me sentir permissivo diante do triunfo dessa nova religião. Daqui a pouco, teremos de rezar algumas vezes por dia com a cabeça voltada para o Ministério da Saúde: sem fumar, sem beber, sem consumir gorduras, prontos para, com o sangue limpinho, ser sugados pelos mosquitos de José Gomes Temporão.

Estatísticas enganosas
Caso se espalhem alguns milhares ou milhões de bafômetros e se imponha o terror, é bem possível que caia o número de acidentes provocados por ingestão de álcool. É que os realmente embriagados terão sido tirados de circulação. E os idiotas dirão então: “Estão vendo? A lei foi eficaz”.

Ela foi eficaz porque pegou os bêbados — o que se pode fazer com uma lei mais racional —, não porque agrediu os nossos direitos e diminuiu a nossa joie de vivre.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Capitalismo de estado

Reprodução de um post do blog do Reinaldo Azevedo com o tema: Capitalismo de estado: a "Quarta Via"

As denúncias de Denise Abreu, ex-diretora da Anac, sobre as lambanças praticadas pelo governo na venda da Varig ou a recente mudança promovida pela Anatel no Plano Geral de Outorgas para legalizar a compra da Brasil Telecom pela Oi (já que ela era ilegal) valem, por si mesmas, como crônicas do absurdo e expõem uma máquina governamental corroída pelo vício da corrupção, do compadrio, do tráfico de influência. Males, sem dúvida, antigos, mas que ganham uma dimensão particular com o PT. E é preciso que se aponte essa particularidade, o que pretendo fazer neste texto. Antes, uma constatação.

Vocês estão vendo a tabela acima? Ela indica o avanço da estatização da economia desde a chegada do PT ao poder. Em 2002, a participação acionária do estado no setor petroquímico era de 46%; no ano passado, já estava em 63%; nas termelétricas, saltou de 11% para 44%; na distribuição de combustíveis, foi de 24% para 32%. Os dados ilustram uma reportagem de Marcio Aith e Giuliano Guandalini, publicada na edição nº 2024 de VEJA, em 5 de setembro do ano passado (íntegra aqui — link aberto).

Encerrava-se assim o primeiro parágrafo daquele: “Voltaram com força as concepções, de resto testadas a reprovadas no passado, do ‘estado empresário’ e do ‘controle estratégico’ sobre setores econômicos. O capitalismo de estado fez sentido e teve seu auge no governo do general Ernesto Geisel (1974-1979). Hoje se tornou anacrônico por perdulário, ineficiente e por criar terreno fértil para a corrupção. Um sinal claro e recente do inchaço do estado surgiu de um número simbólico, a chegada a 1 milhão do número de funcionários da União.” Só para registro à margem: o texto lembrava a contratação do funcionário público federal de número 1.000.000. Isto mesmo: um milhão. Quando Lula chegou ao poder, havia 810 mil. Sozinho, ele aumentou o funcionalismo em 23,45%. Adiante.

Há uma questão que é, vamos dizer assim, estrutural, que independe, em larga medida, do caráter do governante: quanto maior é o estado, quanto mais ele se mete na economia, quanto mais interfere na produção e na distribuição de bens ou na oferta de serviços, tornando-se um agente, não apenas um ente regulador, maiores são as chances de corrupção. E nem poderia ser diferente: aumentam enormemente os poros por onde entram as demandas político-partidárias. Ora, por que os partidos querem tanto cargos de direção na Petrobras, na Eletrobras, nos Correios? Porque querem serviços exemplares? Não! Cargo nessas empresas significa a chance de negociar com fornecedores, entenderam? E a roubalheira se institucionaliza. Não custa lembrar que o mensalão, que quase derruba Lula, nasceu de um capilé cobrado por um funcionário dos Correios. Se mesmo um caráter reto corre o risco de se corromper num estado gigante, imaginem o que acontece quando ele é torto já de natureza...

Está em curso, sim, senhores, o que VEJA apontava naquela reportagem de setembro do ano passado: a opção pelo CAPITALISMO DE ESTADO, que vem embalado numa cascata ideológica de aparente nacionalismo: “Precisamos ter uma grande empresa nacional de telefonia”; “Precisamos ter uma (ou duas) grande empresa de aviação”; “Precisamos ter o controle do setor petroquímico porque é estratégico”. Precisamos... Em suma, eles querem ter o controle da economia, também a privada, por intermédio do controle do que chamam “setores estratégicos”. E por que o empresariado, que deveria concentrar os nossos “liberais”, não reclama? Porque esse estado forte também é um negociante e gosta de vender facilidades.

Isso tudo é feito assim, à matroca, sem nenhuma teoria? Um tanto à matroca é, mas teoria existe. É bastante influente na América Latina, hoje, uma tese denominada “Quarta Via”, formulada por um economista alemão que dá aula na Universidade Autônoma do México e é grande guru de Hugo Chávez: Heinz Dieterich. Sua teoria comporta certa elasticidade para compreender tanto o estatismo mais xucro e quase pueril do presidente venezuelano como o estatismo mais profissionalizado e aparentemente menos hostil ao mercado do lulo-petismo.

A “Quarta Via”, como o nome sugere, descarta as outras três: o socialismo (nos moldes soviético ou cubano), o capitalismo à americana e a social-democracia de modelo europeu. O que seria a alternativa pressupõe isto mesmo que se está construindo (ou reconstruindo, já que tivemos o geiselismo, né?) no Brasil: o estado disciplina o mercado, mas não por causa da sua força normativa. Ele passa a ser também um jogador. Mais: este não é um estado qualquer, aquele que Dietrich acusaria de “burguês”. Ao contrário: ele deve estar sob o chamado “controle popular”. A “sociedade organizada” — no caso de chavismo, os “bolivarianos”; no caso do Brasil, os sindicatos — é que comanda a máquina.

Vamos avançar um pouco mais. Dietrich não fica apenas nos considerandos de natureza econômica. A Quarta Via deve buscar a união da América do Sul — inclusive a militar — para fazer frente aos Estados Unidos. Sua proposta é um pouco mais ousada do que o Conselho de Defesa Sul-Americano proposto por Nelson Jobim: ele defende a união militar sul-americana. Lembrem-se que era exatamente o que Chávez queria. De toda sorte, a retórica brasileira na defesa do tal Conselho, se bem se lembram, pretende que as questões locais sejam resolvidas fora do âmbito da OEA — porque, afinal, os Estados Unidos estão na Organização dos Estados Americanos... Quando se formou o alinhamento contra a Colômbia por conta da morte do terrorista pançudo, foram os EUA que livraram Uribe no massacre diplomático.

Durante o regime militar, toda estatal tinha sempre um coronel no comando ou, ao menos, no conselho executivo — muitas empresas privadas também os contratavam porque isso abria portas no establishment militar-burocrático. Os “coronéis” da hora são os petistas. Eles já se espalham pelas estatais, onde permanecerão por um bom tempo mesmo que o PT venha a perder as eleições, e também já têm assento no conselho de empresas privadas. Quando começaram a falar que Lula nomearia Jorge Viana, ex-governador do Acre, para o lugar de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, escrevi aqui: acho que Viana prefere ficar na Avibras, uma empresa privada de múltiplos interesses: de foguetes a veículos militares.

Sim, é preciso denunciar de maneira inequívoca a roubalheira como método de governo. E é preciso que se atente para o molde mais geral em que se encaixa a política lulista. Em setembro do ano passado, referindo-me ao capitalismo de estado à moda petista, escrevi: “Um estado gigante é também um estado mais poroso à ‘companheirização’. Na esfera política, com muito mais habilidade do que seus pares menos evoluídos na América Latina — os simiescos Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Corrêa —, Lula e seu partido atuam para tornar irrelevante a alternância de poder no país. Em certa medida, a sua anunciada pretensão de ser um novo Getúlio Vargas tem um quê além da bravata: o petista é realmente fascinado pelos defeitos do ex-ditador."

Caso Varig, Caso Teles e o Governo

Editorial do Estado. Muito bem escrito e vai ao cerne da questão:

Da Varig às teles, o mesmo jogo

Sob pressão do governo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a reformulação do Plano Geral de Outorgas, que proibia que uma concessionária do setor de telefonia atuasse em mais de uma área, adquirindo congêneres em outras regiões. Extinta a proibição, como recomendara o Ministério das Comunicações, está aberto o caminho para se concretizar a fusão entre a Brasil Telecom e a Oi, mediante a compra da primeira pela segunda por R$ 5,8 bilhões. A consulta pública a que a decisão será submetida por 30 dias não deverá modificá-la - e a sua entrada em vigor está prevista para agosto. A votação, no âmbito da agência reguladora, foi acidentada, tendo sofrido três adiamentos. Os conselheiros se dividiram em relação a uma regra relativa aos serviços de banda larga. Quando o Planalto fez saber que poderia indicar um conselheiro substituto - que ficaria na função por apenas dois meses e não precisaria da aprovação do Senado - para dar o voto de desempate, dois dos recalcitrantes mudaram de posição e o impasse se dissipou.

Assim, no plano das aparências, o presidente Lula poderá alegar que o seu governo não feriu a autonomia da Anatel, como declara que não se intrometeu - contra todas as evidências apresentadas pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu - para assegurar a seqüência de transações que culminou com a venda da Varig para a Gol. No caso das teles, o envolvimento do governo foi exposto pelo ministro do setor, Hélio Costa. Antes mesmo que a Brasil Telecom e a Oi manifestassem interesse em se fundir, ele anunciou que isso iria acontecer, sabendo que o sistema de outorgas de concessões precisaria ser amoldado para tornar possível, do ponto de vista legal, a operação de que ninguém ainda tinha falado àquela altura. O reiterado argumento oficial de que o Brasil necessita de uma grande empresa no setor, uma supertele, para fazer frente aos conglomerados que enfeixam o sistema em escala global é um disfarce mambembe para a nítida intenção de favorecer a realização de uma transação comercial.

Esse é o dado substantivo, que se sobrepõe a eventuais polêmicas sobre as conseqüências da fusão para o País e, em especial, para a livre concorrência nessa área de ponta da economia contemporânea. Tudo indica que a desenvolta movimentação do governo é uma réplica de sua conduta no escandaloso processo da Varig. O jogo consiste, ao fim e ao cabo, em transformar a administração pública em corretora de negócios, como dissemos sexta-feira neste espaço, em que a presumível defesa do bem comum não se distingue do respaldo, este sim, efetivo, de interesses particulares familiarizados com o caminho das pedras que leva às alturas do poder federal. Essa promiscuidade assume por vezes aspectos grotescos. O exemplo da hora é o do anúncio de mais uma grande descoberta de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia de Santos. Não foi a Petrobrás a dar a boa nova. Foi o ministro do Trabalho, Carlos Lupi - no exterior, ainda por cima.

Quinta-feira, à saída de uma reunião da ONU, em Genebra, Lupi se pavoneava de estar por dentro de um setor com o qual a sua Pasta não tem a mais remota relação. "Vocês ficarão sabendo nas próximas semanas", exibiu-se, falando das dimensões do reservatório - que, aliás, a Petrobrás não conhece. Só restou à Petrobrás confirmar o achado. Com esse deplorável pano de fundo, vem o presidente Lula produzir um destampatório contra a ex-diretora Denise Abreu e o "mau jornalismo" que acolheu as suas denúncias de interferência na Anac. O Estado foi o primeiro a publicá-las. Lula, que volta e meia assume o papel de observador da imprensa, disse que fica pensando "como é que algum jornal que acreditou (em Denise) vai sair dessa agora". Faria melhor se pensasse como ele próprio vai sair da história de intromissão e truculência no destino da Varig: decerto não será com grosserias dirigidas a quem viu de perto abater-se a mão pesada do governo nem com pretensas aulas de jornalismo.

Nem, tampouco, fingindo ignorar que o problema adquiriu outra envergadura, desde que o juiz José Paulo Magano, de São Paulo, acionou o procurador-geral da República para investigar possível "prática de ilícito penal" envolvendo a ministra Dilma Rousseff. Já que Lula aconselha aos denunciantes o "caminho jurídico", não tem do que reclamar.

sábado, 14 de junho de 2008

Leitores e Agradecimentos

Sempre brinco, fazendo comentários aos leitores, questionando se realmente os possuo.

Vez ou outra um amigo para por aqui, como o Vínicius ou mesmo a grande jornalista Janaina Leite. Mas em geral escrever sempre é uma atividade solitária e não sabemos se somos realmente lidos ou não.

Nesse sentido, preciso agradecer a uma leitora em especial, a Sra Maria Aparecida Nery que solicitou permissão para publicar um dos textos em seu jornal local em Florianopólis.

O jornal Ilha Capital n. 44 de Maio publicou o texto sobre as ONGs (procurar no arquivo).

Não posso mais brincar perguntando se possuo leitores. Os que me engrandeceram postando comentários como a Janaina e o Vinicius e a reprodução no jornal Ilha Capital provam que os possuo.

Assim fica aqui meus agradecimentos a vocês que eventualmente me aturam.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Preconceito, vitimismo e o caso dos rambos cor-de-rosa

Em todas as empresas nas quais trabalhei e em todas que foram ou são clientes da minha, existiram e existem funcionários e profissionais que são homossexuais. Isso é tão certo quanto dizer que nessas empresas existiram e existem funcionários magros, gordos, feios e bonitos.

Assisti pessoalmente a ascenção de alguns deles à cargos de liderança e chefia; como também vi alguns deles serem tremendos maus profissionais. Como essas situações também ocorreram com heterossexuais, palmeirenses e corintianos, resulta reconheçer que não é a opção sexual que torna o sujeito um bom profissional mas o seu cárater.

Assistindo a televisão e lendo os jornais recentemente, diante do caso dos dois sargentos do exército que se declararam gays, tive a imprensão que homossexuais estavam sendo apedrejados em praça pública, obrigados a andar com triangulos rosas nas roupas e deixaram de usufruir seus direitos básicos como cidadãos.

A preocupação é que quando uma parcela da sociedade é calada, o próximo a sê-lo poderá ser nós mesmos, mas depois fiquei mais sossegado porque isso ocorreu na alemanha nazista devidamente derrotada na segunda guerra. E hoje?

Hoje em dia, gays fazem passeatas livremente sem serem importunados. Existe um dia especifico de louvação aos direitos gays. Artistas declaram suas opções sexuais e não se houve falar de terem perdido popularidade. De certa forma a sociedade tem absorvido e absolvido com menos espanto, mudanças comportamentais e mesmo assim, percebe-se um claro vitimismo.

A homofobia é citada como sendo pratica de preconceito e instigar ódio a homossexuais é crime, da mesma forma que instiga-lo contra mulheres, negros, essa ou aquela religião, etc. Entretanto o vitimismo está levando a classificar a homofobia como crime específico como se nunca tivesse sido; e cerceando o direito de opinião de outros. Explico: Se uma pessoa, sendo religiosa fazer uma leitura literal (e convenhamos, qual outra haveria?), do texto bíblico e partir de então opinar que o homossexualismo é um pecado aos olhos de Deus, corre o risco de ser processado por homofobia. As leis trabalhistas criam uma verdadeira muralha de direitos em torno do trabalhador que invariavelmente, as decisões são contra as empresas. Pessoalmente acompanhei casos em que profissionais mesmo tendo sido desonestos e agido ao arrepio da lei, conseguiram reverter decisões de demissão com justa causa e receberam gordas remunerações mesmo tendo sido comprovado suas ilícitudes. E se a homofobia começar a ser usada como pretexto para criar barreiras contra "incompetência", "erros sérios", "ilícitudes", etc?

Adiante;

O exército deve aceitar gays? Claro, da mesma forma que aceita mulheres, lembrando que as mesmas não convivem com os homens. As mulheres qseguem as mesmas regras de conduta, código de honra, diretrizes e ordens que os homens? Acredito que sim. Quebram as regras da corporação? Claro, que uma e outra deve faze-lo, mão é mesmo? São punidas pelo código de conduta como ocorre com os homens? Espero que sim, afinal quem se propõe a viver sob um determinado número de regras, de um código; deve defendê-lo e ser punido ao descumpri-lo. Então se um profissional das armas se declara gay e quebra esse código deve ser punido como os outros; e não esperar receber "consideração especial"; muito menos tentar se proteger sob acusações de homofobia toda vez que o código exigir sua punição, não por ser gay, mas por ter quebrado o código que aquele jurou que iria cumprir.

A regra nas forças militares é "não fale, não pergunte". Quem assistiu as entrevistas na televisão, nota com facilidade certos trejeitos. Eles apareceram agora do nada? Não. Já existiam antes? Sem dúvida. Então se existe preconceito na força como os dois cidadãos chegaram a sargento, logo dando ordens no resto da tropa sob sua responsabilidade? Que preconceito é esse que promove gays nas forças armadas?

O sujeito se ausentou da corporação e não voltou. Quebrou as regras sob os quais vive. Alegar doença é uma das muitas coisas que o profissional de armas em questão, poderia fazer. (abro um parenteses: O que não se pode entender é como um profissional está alegadamente doente para cumprir com suas funções profissionais, para as quais é pago pelo erário, diga-se, mas não está alegadamente doente para fazer entrevistas e fotos para revistas e televisão, já que sabemos todos que sessão de fotos, entrevistas e programas de televisão demandam um tempo relativamente longo para serem realizados).

O que não se pode fazer é usar sua preferência sexual assumida como arma de propaganda do vitimismo alegando preconceito, que não ocorreu quando foram promovidos a sargento, mas que está sendo usado para não sofrerem uma punição que sem dúvida eles já devem ter aplicado a recrutas que se ausentaram.

É normal nas diferentes atividades profissionais que executivos e profissionais informem suas empresas e empregadores que irão participar de entrevistas, reportagens, etc; salvo se o profissional por um empreendedor. Nesse caso os sargentos solicitaram permissão para se apresentar fardados ou falar da rotina militar? Pelo menos informaram seu comando ou agiram de forma independente?

É função precípua das forças militares matar e no processo correr o risco muito grande de serem mortos. Deixados pela questão da auto-preservação, nenhum militar se poria em risco e a instituição se quiser funcionar precisa que haja comando e obediência. Em outras palavras, as forças militares devem defender a democracia, a liberdade e os direitos individuais e não exerce-los, sob pena de que, em uma situação limite, a instituição não funcione e não funcionando, quem sofre é toda a população e o país.

Então se os sargentos quebraram o código de conduta devem ser punidos, indepentendemente de serem gays, gordos, anêmicos, palmeirenses ou corintianos.

Outras considerações.

Gays reclamam das igrejas, dos textos bíblicos, etc.

Os textos sagrados, judeus e cristãos condenam o homossexualismo? Condenam! Não adianta querer sair por aí desqualificando o texto ou as traduções, até porque estudos comprovam a fidedignidade ao longo dos tempos desses textos. Então? Então se alguem quiser seguir essas religiões escolha abandonar a prática condenada ou abandone a leitura do texto sacro e viva com os efeitos dessa decisão. O que não se pode fazer é querer mudar o texto sagrado para emglobar os desejos individuais.

A religião é contrária ou o padre ou pastor condena o homosexualismo? Abandone a prática condenada ou aquela denominação que prega a condenação. O que não se pode fazer é querer mudar estatutos e procedimentos, alguns milenares, aceitos pela maioria para englobar pensamentos da minoria ou individuais.

O estado laico não aceita o casamento civil de pessoas do mesmo sexo? Monte um contrato social ou uma pessoa jurídica e viva sua vida.

Já existe uma lei contra o preconceito. Se alguem se sentir prejudicado por sua opção sexual tem todo o direito de espernear e buscar seus direitos na justiça, desde que possa efetivamente provar esse preconceito. O que não se pode exigir é leis especificas condenando qualquer pessoa que recrimine o homosexualismo por ler um texto biblico ou emitir uma opinião, como está começando a ocorrer. Mais um pouco, o comediante Jô Soares poderá ser processado e preso por contar uma piada de "bicha" mas estará livre para fazer piadas de heterossexuais. Dá pra entender? Como dizia Martim Luther King Jr, "a lei não pode obriga-lo a me amar mas pode impedi-lo de linchar." Ir além disso é impedir as pessoas de realmente serem livres e pensarem livremente, a favor ou contra.

As pessoas tem o direito de fazer opções e viver a partir delas; mas não podem exigir que todos os outros vivam a partir dessas opções escolhidas.

Tenho o direito constitucional de ter uma opinião favorável ou desfavoravel sobre o homossexualismo, desde que isso não se transforme em ações preconceituosas, essas sim criminosas porque cerceiam o direito de outrem. Da mesma forma, quem opta pelo homossexualismo deve ser livre para faze-lo mas não deve fazer disso uma forma de preconceito positivo colocando-se como o melhor da sociedade e o resto como se vivesse nos tempos das cavernas.

É fato que a a promiscuidade, que é no fundo um dos maiores mecânismos de disseminação de doenças como DST e AIDS, em homossexuais não existe por conta da falta de apoio familiar. Conheci meninas na faculdade que "davam" mais que chuchu na serra e não eram largadas sem familia. Alguns homens casados possuem casos por aí (vide o senador Renan, por exemplo), e não saem por ai deixando sua familia a mingua. Numerosos outros e outras fazem justamente isso. Portanto tanto as coisas negativas quanto as positivas não são reflexo do que outros pensam e fazem a nosso respeito mas o que nós mesmos pensamos e fazemos sobre nós mesmos.

O presidente do Irã disse que lá não é aceito o homossexualismo? E daí? Quem for, não viaje para lá ou escreva uma carta para a embaixada reclamando.

Alguem demitiu, bateu, agrediu ou ameaçou outro por ser homossexual? Chame a policia e abra o devido processo cívil.

Foi destratado em uma repartição pública? Ligue para os jornais e se faça ouvir.

Foi destratado pelo garçon? Não pague os 10% e explique o porque disso.

Não gostou da pregação da igreja ou do texto sagrado condenado a prática homossexual? Mude de proceder se quiser ser membro daquela religião ou então deixe a igreja e a leitura do texto e vá viver sua vida.

Des resto o acima vale também para heterossexuais, jovens, velhos, qualquer que seja cidadão.

A única coisa que não se pode fazer é querer ou exigir que a opinião dos outros mude conforme a nossa. Se for por sua persuação e arte de comunicar-se tudo bem, mas não por força de lei ou da desqualificação pura e simples do discurso contrário.

O resto é blá-blá-blá e vitimismo.

Viva da forma que ache melhor e deixe os outros viverem também como pensarem ou acharem melhor.

Concorrência da Globo e Record

Quem ganha com a briga de uma rede Carrefour com a Rede Extra por exemplo? Claramente a população por conta de preços mais baixos. Existe um perigo de preços serem baixos por conta de algum tipo de desvio ético porque não criminoso como não emitir notas fiscais, deixar de pagar impostos, adquirir mercadorias de contrabando? Claro que sim, mas o olhar atento do concorrente não deixará passar esse tipo de coisa.

Quem ganha com a briga de redes de televisão por audiência, ou melhor dizendo, por meios de atrair propaganda (que verifica os índices de audiência para alí, nos maiores, colocar seu dinheiro)? Novamente o consumidor porque lhe fica a disposição uma gama maior de informações, de entretenimento. No caso em questão, me parece, a busca de patrocinio é efetivamente o cerne da questão, muito mais do que o exposto em discursinhos. Quem vem acompanhando a programação da Record News tem visto a repetição ad nauseam das mesmas notícias e reportagens. Isso é até que meio que óbvio porque um canal de notícias 24 hs tem que repetir as informações. É o que faz o BandNews e o GloboNews veiculados na teve paga, porque a legislação impede um mesmo organismo ou pessoa det er duas concessões de canal aberto na mesma região. O que a Record veicula como sendo sua maior qualidade é o fato de ser um sinal gratuito. Não é ao meu ver gratuito, mas aberto, o que é bem diferente. E ele é pago na medida que veicula comerciais. O custo de tais comerciais está obvio, embutido nos preços que os consumidores pagam ao fazer uso dos serviços ao adquirir os bens veiculados. Logo aquele comercial ou patrocinio que "mantêm" o programa ou a rede no ar foi paga pelos consumidores.

O sinal da Record News sai do mesmo espaço físico em São Paulo do qual sai o sinal da Record; o que implica em saber se a legislação permite esse tipo de coisa mesmo que a pessoa jurídica que operava o sinal seja outra (o que fazia Edir Macedo lá e porque o canal se chama Record News se não existe ligação com Edir Macedo, leia-se igreja universal, nem com a tc record? Há é claro, os profissionais a frente das camêras são os mesmos da tv record).

Quem acompanha, também percebe a incidência de comercial na Record News e vem daí a minha percepção da busca pelo bolo publicitário, já que o dono da Record fica com um pedaço do faturamento publicitário na Record e na Record News. O discurso ridículo na inauguração da rede, repetida depois pelo Paulo Henrique Amorim em seu blog, de que se trata da quebra de um monopólio chega a provocar dores e caimbrâs em quem é minimamente inteligente; porque se a Globo possui monopólio, a próxima e obrigatória pergunta que deve ser feita é "monopólio do quê?".

Não existem outras redes de televisão, de sinal aberto ou fechado? Alguem já leu sobre alguma tentativa da Globo de fechar ou asfixiar um concorrente? Nunca ocorreu.

Porque a Globo fica com a maior parte do bolo de propaganda? Porque tem maior assistência que todas as outras somadas, o que não impede de determinados programas ficarem a frente no ibope em determinados ocasiões como ocorre com o Aprendiz na Record contra os programas da Globo ou como ocorria com programa do Gugu no SBT contra os programas da Globo. Mas em linhas gerais, a Globo vence de disparada e isso ocorre porque a população que assiste à Globo, está acostumada com a programação dela. Tanto é verdade que muitos acompanham a programação da Globo como se fosse a sua second life, o que explica a profusão de revistas e programas de outras emissoras como a programação da RedeTV diurna, que acompanha a programação da Globo como uma espécie de comentaristas.

A Globo não obriga a ninguem a sintonizar seu sinal. Logo sua liderança é resultante de sua capacidade e qualidade que diga-se, foi contruida e é construida a décadas, e isso todos devem aceitar quer gostem ou não da emissora, o que é outro assunto.

A Record aparentemente encontrou o rumo certo indo atrás do gosto da população. O povo não quer ver novelas com pobres, salvo os empregados que normalmente ou são o nucleo cômico do enredo ou são formados por sábios quase monges místicos donos da verdade revelada que acodem seus infelizes patrões durante as crises criadas no enredo. O povo quer jornais colocando a notícia em liguagem compreensivel, chave do sucesso do jornal nacional. O povo gosta de programas de humor e vejam só, piadas de duplo sentido e politicamente incorretas como faz Tom Cavalcanti na Record.

O contrasenso é que a Record ao colocar no ar a Record News com a repetição das noticias ao longo do dia como se esse fosse um serviço que a população estivesse realmente desejar tirou do ar uma programação que era voltada para as mulheres que permanecem em casa com programas sobre saude, artesanato, arte, cultura, culinária. Essa programação sumiu embora alguns aparentemente conseguiram espaço em outras redes.

A outra questão que se coloca é que a Rede Globo e vamos nos ater somente a matriz e não as repetidores que não são da familia Marinho, foi criada com dinheiro de seu grupo de comunicação, empréstimos em bancos e apoio estrangeiro segundo outros (o Chateaubriand falava do acordo Globo com o grupo LifeTime). Enquanto isso a Record, quando foi comprada, o foi no nome do principal dirigente de uma igreja e o dinheiro claro, saiu da igreja. Isso explica porque a primeira fase da canal foi calcado nas transmissões religiosas. O espaço era cobrado regiamente da igreja que por sua vez cobria as despesas da aquisição, como ainda ocorre hoje, diga-se de passagem.

A segunda fase foi buscar o "populacho" com uma programação extremamente popular e agora com a necessidade de mais recursos, a clonagem da programação da Globo. É claro e esse claro se baseia em artimética básica, que a Record e o investimento na Record News foi com dinheiro da Igreja. Só isso explica que a emissora tenha, atráves da oferta de salários 2 ou 3 vezes maiores do que recebiam, atraido profissionais da Globo ao mesmo tempo que a entrada de receita tenha se mantido relativamente igual, o terceiro ou segundo lugar, muito lá atrás do primeiro.

Somente a injeção de dinheiro do controlador em um primeiro momento pode alimentar esse tipo de operação até porque a busca da excelência da qualidade ainda não registrou resultado em termo de audiência e aumento na participação do bolo publicitário por parte da Record.

Nesse quesito, acho que as instituições deveriam olhar com mais atenção às ações comerciais que igrejas fazem. Nada contra as igrejas publicarem revistas e livros para disseminar sua fé. O problema reside quando o dinheiro doado por fiéis se transforma em mansões para o principal responsável da igreja, empresas de construção, empresas de informática, fazendas e por via indireta canais de televisão, radio e jornal.

Tirando esse pequeno detalhe, acho que a concorrência entre as redes, terá como ganhador o expectador que pode escolher o que assistir.

terça-feira, 10 de junho de 2008

As empresas, governos e a população

No Rio Grande do Sul, a governadora do PSDB se vê no meio de um furacão envolvendo empresas estatais, propinas e corrupção. Em São Paulo aparecem índicios de antigos atos de...propinas e corrupção envolvendo estatais e empresas estrangeiras. No âmbito federal, bioma natural de propinas e da corrupção, estoura a questão da venda da Varig que teve os dois pés e mãos da Casa Cívil a favor de um concorrente que depois ganharia milhões com a operação.

Claro, a denunciante foi durante a crise dos aeroportos protegida de forma canina pela base de apoio do governo no congresso nacional e agora é alvo da ira da mesma base.

Correndo por fora, temos a fusão da Brasil Telemar e Oi que a atual legislação não permite mas que contou com bilhões de empréstimos do BNDES para financiar a operação no momento ilegal. A rigor seria o mesmo que o BNDES financiasse traficantes que tivessem por objetivo produzir cocaina no Brasil para competir com o produto boliviano, esperando que o governo descriminalizasse as drogas.

Acabamos de sair de denúncias de uso indevido de cartões corporativos, sendo que antes disso tivemos denuncias envolvendo altos parlamentares e antes disso ainda, o mensalão...ufa!

As empresas em geral gostam de mercado livre mas lutam para manter negócios com os governos. Governos, uns menos outros mais, querem controlar o mercado para ditar regras e com isso ter as empresas em suas mãos.

A população em um anacronismo sem explicação, usa e abusa das melhorias que as empresas privatizadas trouxeram para o país e ao mesmo tempo defendem um estatismo bocó como se ela fosse realmente a dona das empresas.

Enquanto isso, sem a necessidade de dar um único e miserável tiro, nações estrangeiras com interesses diversos, manipulam a opinião pública e a popular através de ONGs sem fim e que na maioria recebem dinheiro público para se tornar a cara do governo em regiões e atividades que ele teria a obrigação de se fazer presente.

Enquanto isso, parte da mídia discute o caso Isabela, o caso Reinaldinho, o novo namorado daquela, o novo par daquele, os rambos cor de rosa, etc.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fizemos que fomos mas vortemos...

Aos leitores (se é que os possuo), esclareço que fiquei sem postar por um tempo por a) compromissos profissionais; b) envolvimento com dores nos rins; c) equipamento quebrado/ tudo mais ou menos ao mesmo tempo.

Agora que os compromissos pofissionais estão mais diluidos na ageda, as dores diminuiram e as máquinas estão sendo consertadas, vou colocado as coisas em dia...

Segue um texto sobre as células troco embrionárias