quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Realmente, ser idiota deve dar algum prazer...

Porque senão não haveriam tantos, não é mesmo?

O que faz seres, supostamente membros da raça humana, diante de tamanha devastação no Haiti, e que no fundo foi sei lá eu, a cereja podre do bolo que o diabo assou por aquelas paragens; gastar oxigênio tão precioso para nós, dizendo sandices como a de que o terremoto foi decorrente de uma arma americana?

Nem vou nominar aqui, os digamos assim, elucubradores de tal, como direi, acusação; porque de um diriam que é má vontade e de outra diriam que seu partidário de tucanos e por aí vai.

Mas é impressionante a capacidade quase infinita de dizer bobagens e para quê?

De um lado, tirar a atenção de si mesmo e sua sucessão de fracassos a frente de um pais que está a cada dia mais pobre e solapado embora nade em petróleo e a outra para fazer jus a condição de la passionaria.

Deus nos livre...graças a ele, que ser idiota é uma questão de caráter e não contágio por virus, porque estariámos todos condenados diante dessa verdadeira pandemia.

De qualquer forma, fazer o quê além de orar?

Oremos

E tomem vitamina C por via das dúvidas...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Espanto diante dos dias

A semana que passou foi de tristes acontecimentos. Tristes porque sendo limites, fica-se com a impressão de que a vida fortuita, um presente divino ou como querem alguns, um feliz acaso do destino; seja uma sucessão de efemeridades e uma incontestável perda de tempo com assuntos sem real importancia.

Porque é dificil explicar como dois programas tão antagônicos conseguem espaço nas ondas sonoras e televisivas.

De um lado, um documentário que está sendo exibido pela HBO sobre Malaui produzido por Madona. Ela conta a estória do menino que ela adotou e outros e o documentário é um soco no estomâgo. Um jovenzinho teve seus orgãos sexuais cortados para ser usado em rituais de magia; e Madona bancou o tratamento dele, dando-lhe uma casinha para morar. Era uma casinha literalmente e a felicidade do menino era indescritivel mostrando sua casa e sua cama; uma esteira de palha enrolada. Uma jovem cujos pais morreram precisava passar por um ritual da tribo que envolve ter relações com os homens da aldeia para afastar o mal que matou seus pais. Não é a toa o alto número de pessoas infectadas com o virus da aids.

A sensação é de desolação ao terminar o filme.

De outro lado, mudando os canais a esmo, deparo-me com a edição do BBB na Globo, justamente em um momento no qual uma das protagonistas momentos antes de escolher alguem para ser votada para permanecer na casa ou não, está aos prantos, falando que as pessoas não sabem como aquilo é dificil.

A desolação deu lugar ao asco. Quem sabe a edição do programa, se bom senso tivesse, programasse um presente digamos assim para os participantes e mostrasse o documentário da Madona sobre Malaui. Quem sabe, aqueles "desocupados" tivesse motivo real para chorar ou caissem em si, reconhecendo que são enormemente privilegiados.

As discussões existenciais entre eles se aproximam da dificuldade de um menino que não compreende porque teve seu pênis cortado ou da menina que precisa fazer sexo com vários homens?

Tá certo, não é porque pessoas passam fome que agora vamos ficar nos limitando a comer arroz puro três vezes por semana. Devemos aproveitar e aproveitar bem o tempo que nos é dado nesta terra, porque não sabemos a quantidade deste tempo, e se for cm conforto tanto melhor.

Mas não podemos ser cegos ao que ocorre ao redor do mundo e as incontáveis injustiças que ocorrem; porque se é fato que dificilmente podemos resolve-las, igualmente é um fato que podemos ao menos, sermos menos mediocres com nossos "pequenos" problemas, que até podem ser grandes, já que dor é algo pessoal, instranferivel e impossivel de ser medido.

Mas podemos contemporizar e olhar as coisas com mais equilibrio. Se temos problemas, há que se enfrenta-los e resolve-los na medida do possivel, mas não somos o centro do mundo. Existem outros passando por situações que oramos dia-a-dia para conhecer apenas teoricamente pelos livros e jornais.

Mas a semana ainda estava em seu começo e fomos brindados com um trailer do Armagedon, com o terremoto no Haiti e assistimos quase em tempo real o pavor e a desesperança de milhares e o que fazer diante da sucessão de tragédias que se sucedem sobre um povo que nada possui além de sua força de vontade de superar os problemas?

Minhas sinceras condolências a todos que de alguma forma perderam familiares e amigos nesta tragédia.

Meu repúdio aos programas de "realidade" que apresentam uma realidade pra lá de irreal.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sobre a questão da anistia...

Sou a favor do principio de que um crime se for anistiado precisa contar com um inseparável e irretratável posição de arrependimento. Caso contrário você deixa de punir um delinquente ou vá lá, até um homem de bem, por um ato cuja motivação pode ser replicada e repetida se o autor achar que deva. Assim o arrependimento é um contrição da alma, do caráter e independente da punição sr ou nào aplicasda dá-se como certo que não irá se repetir.

Dto isso, a anistia referente a crimes cometidos durante a ditadura militar a favor ou contra essa cujas vítimas no fim eram cidadãos que deveriam ter sido preservados, incorre nesse mesmo erro.

Os criminosos de ambos os lados, em momento algum proferem poucas e sábias palavras como "se pudesse voltar atrás...". Pelo contrário; é terrivelmente certo que diante da opção, fariam tudo de novo sem o menor remorso, com poucas e honrosas excessões.

Vai dái que querer a essa altura do campeonato, demonstrar a culpabilidade de torturadores e se possivel leva-los a julgamento e condenação sem com isso levar os ditos terroristas razão unica e exclusiva para os outros legitimarem ações de tortura que não deveriam ter ocorrido é um engano ideológico levado a frente porque os derrotados de então estão no poder agora.

Restaria saber qual seria a posição se os vencedores de então fossem o poder agora.

De resto, diante dessa discussão que corre o risco de se tornar eterna por diferentes razões; o que seria mais interessante seria a extinsão de efeito retroativo da lei da anisitia.

Assim, todos os que foram condenados voltariam a cumprir as penas e os que sequer passaram por julgamento, seriam julgados.

Assim os crimes de ambos os lados seriam punidos, sem leniência, e sem espaço para vitimismo ou coitadismo.

Quem matou e torturou para defender um regime militar ou para derruba-lo, que seja julgado e condenado e pronto, não se fala mais nisso.

E é claro, ruas, praças e prédio públicos que tenham nomes dos "herois" da revolução militar ou dos "herois" das esquerdas devem ceder lugar ao nome das vítimas de ambos os lados que não pegaram em armas e morreram mesmo assim, ás mãos do estado que tinha por obrigação preservar-lhes a vida ou ás mãos das esquerdas que não tinham esse direito.

Mais BBB, mais do mesmo!

Tá certo, apenas os mais ingênuos e incautos não sabem que a programação de uma emissora de televisão vida lucro, via publicidade e propaganda e ela só vem se houver público.

E apesar da liderança da emissora Globo, a luta pela audiância é acirrada. Por essa única e exclusiva razão que o modelo de reality shows como o BBB não pode sob hipótese alguma manter o padrão original ou clásssico de sua criação. A mesmisse e a sensação de "já vi isso tudo" fazem o público mudar o canal tão rápido possa apertar a tecla do controle remoto.

Isso sem contar aqueles que dispoêm de aparelhos que gravam a programação sem precisar assisti-la ou assistem videos pela internet e esse público é impossivel de mensurar, logo contabilizar para a propaganda.

E é por isso que a cada nova edição, temos um formato novo...com os velhos ingredientes. Os saradões com frases prontas, os cabeças que ainda serão testados pelo apresentador para saber até onde vai a "erudição" e é claro os militantes das "minorias" que na realidade já são maiorias, pelo menos midiáticas.

De novo, de novo mesmo, três integrantes se declararam gays, 2 homens e uma mulher. E como seria de se esperar, isso foi apresentado em verso e prosa no primeiro dia.

Haver homossexuais no programa, não é em si a novidade. Houve uma edição em que havia um e esse levou o prêmio, edição inclusive que usou e abusou do modelito do "bem contra o mal" e colocando o integrante homossexual como sendo vítima de uma perseguição.

Depois houve outra edição que um dos participantes sacando a estratégia do vencedor anterior declarou de forma ambigua não saber se era gay ou não para depois ficar de namorico com uma das integrantes.

E logo depois, em outra edição um dos integrantes resolveu apostar na mesma estratégia, logo abandonada para seguir a linha brucutu com sentimento.

A diferença agora é a quantidade com tres optando abertamente por esse modelo de comportamento.

Curiosamente, o apreentador colocou questões sobre ser aceito, isso e aquilo e todos apreentaram quase que os mesmos chavões. "Estamos cada vez mais aceitos, mas a luta continua"; "o que importa é que eu me aceite e a opinião dos outros não importa"; "eu respeito os outros e quero ser respeitado", e por ai foi.

Nem vou entrar no mérito do discurso, porque se a aceitação de um modelo é direito de opinião, a discordância igualmente é direito de opinião; mas aí haverá aqueles que discordarão de mim, e seria perda de tempo debater o assunto, porque a conclusão obvia seria que opinião de respeito é aquela que concorda e puro preconceito ou falso moralismo aquele que discorda.

E no entanto, exige-se a obrigatoriedade da aceitação, melhor dizendo imposição e submissão à nova ordem sob pena de ser tachado de homofóbico, falso moralista, direitista e outros.

E no fim das contas, o que faz o programa? Na primeira prova, separa os integrantes em "tribos". Se é certo que três deles se encaixavam a perfeição na tribo "cabeça" pela questão da profissão, também poderiam ter-se emquadrado em outras, mas o fato é que separaram os tres integrantes homosexuais numa tribo separada de nome "coloridos" e eles adoraram.

Oras bolas? Para quem até aquele momento fez o discurso do "a luta continua, existe preconceito mas estamos avançando", etc e tal, a segregação foi absurdamente tachativa; até porque negou-se que um ou todos pudessem ser "cabeça", ou "belos", vá lá.

A Globo escolheu tres integrantes homossexuais, fez o discurso bonitinho da luta contra o preconceito e na primeira opotunidade os segregou numa tribo separada. Dá pra entender?

Porque não os separou por idade, ou pela letra do nome seguindo o alfabeto, altura, peso? tipo de cabelo? Essas formas de divisão teriam formado os mesmos grupos necessários para a prova e sem precisar apelar para uma classificação que no caso deles foi tachativa. E o pior foi que gostaram, embora reclamem do preconceito e isso ou aquilo.

De resto, a edição do programa chamou aqueles que foram os insossos e bonzinhos demais de outras edições para lhes dar uma nova chance de conseguir o prêmio. Nesse ponto eles poderiam até ter uma vantagem de possuir uma espécie de torçida organizada mas a produção foi esperta de não chamar os da ultima edição, os ganhadores e os mais polêmicos. Assim a diferença não é tanta.

Se isso ajuda em alguma coisa o programa eu duvido muito, porque se eles não venceram suas edições e todos, rigorosamente todos dizem que não jogam, que são eles mesmos; dificilmente vencerão esta edição.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sobre a militancia na blogosfera debatendo a questão da anistia

Eu até ia fazer uma post comentando o que andou saindo por ai na blogosfera militante e nos jornais porém depois lembrei-me do sábio Mark Twain que deixou uma frase que representa a perfeição o que eu ia dizer sobre as manifestações da turma.

Disse ele:

“O barulho não prova nada: muitas vezes, uma galinha que simplesmente pôs um ovo cacareja como se tivesse posto um asteróide.”

Precisa mais?