quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mais BBB, mais do mesmo!

Tá certo, apenas os mais ingênuos e incautos não sabem que a programação de uma emissora de televisão vida lucro, via publicidade e propaganda e ela só vem se houver público.

E apesar da liderança da emissora Globo, a luta pela audiância é acirrada. Por essa única e exclusiva razão que o modelo de reality shows como o BBB não pode sob hipótese alguma manter o padrão original ou clásssico de sua criação. A mesmisse e a sensação de "já vi isso tudo" fazem o público mudar o canal tão rápido possa apertar a tecla do controle remoto.

Isso sem contar aqueles que dispoêm de aparelhos que gravam a programação sem precisar assisti-la ou assistem videos pela internet e esse público é impossivel de mensurar, logo contabilizar para a propaganda.

E é por isso que a cada nova edição, temos um formato novo...com os velhos ingredientes. Os saradões com frases prontas, os cabeças que ainda serão testados pelo apresentador para saber até onde vai a "erudição" e é claro os militantes das "minorias" que na realidade já são maiorias, pelo menos midiáticas.

De novo, de novo mesmo, três integrantes se declararam gays, 2 homens e uma mulher. E como seria de se esperar, isso foi apresentado em verso e prosa no primeiro dia.

Haver homossexuais no programa, não é em si a novidade. Houve uma edição em que havia um e esse levou o prêmio, edição inclusive que usou e abusou do modelito do "bem contra o mal" e colocando o integrante homossexual como sendo vítima de uma perseguição.

Depois houve outra edição que um dos participantes sacando a estratégia do vencedor anterior declarou de forma ambigua não saber se era gay ou não para depois ficar de namorico com uma das integrantes.

E logo depois, em outra edição um dos integrantes resolveu apostar na mesma estratégia, logo abandonada para seguir a linha brucutu com sentimento.

A diferença agora é a quantidade com tres optando abertamente por esse modelo de comportamento.

Curiosamente, o apreentador colocou questões sobre ser aceito, isso e aquilo e todos apreentaram quase que os mesmos chavões. "Estamos cada vez mais aceitos, mas a luta continua"; "o que importa é que eu me aceite e a opinião dos outros não importa"; "eu respeito os outros e quero ser respeitado", e por ai foi.

Nem vou entrar no mérito do discurso, porque se a aceitação de um modelo é direito de opinião, a discordância igualmente é direito de opinião; mas aí haverá aqueles que discordarão de mim, e seria perda de tempo debater o assunto, porque a conclusão obvia seria que opinião de respeito é aquela que concorda e puro preconceito ou falso moralismo aquele que discorda.

E no entanto, exige-se a obrigatoriedade da aceitação, melhor dizendo imposição e submissão à nova ordem sob pena de ser tachado de homofóbico, falso moralista, direitista e outros.

E no fim das contas, o que faz o programa? Na primeira prova, separa os integrantes em "tribos". Se é certo que três deles se encaixavam a perfeição na tribo "cabeça" pela questão da profissão, também poderiam ter-se emquadrado em outras, mas o fato é que separaram os tres integrantes homosexuais numa tribo separada de nome "coloridos" e eles adoraram.

Oras bolas? Para quem até aquele momento fez o discurso do "a luta continua, existe preconceito mas estamos avançando", etc e tal, a segregação foi absurdamente tachativa; até porque negou-se que um ou todos pudessem ser "cabeça", ou "belos", vá lá.

A Globo escolheu tres integrantes homossexuais, fez o discurso bonitinho da luta contra o preconceito e na primeira opotunidade os segregou numa tribo separada. Dá pra entender?

Porque não os separou por idade, ou pela letra do nome seguindo o alfabeto, altura, peso? tipo de cabelo? Essas formas de divisão teriam formado os mesmos grupos necessários para a prova e sem precisar apelar para uma classificação que no caso deles foi tachativa. E o pior foi que gostaram, embora reclamem do preconceito e isso ou aquilo.

De resto, a edição do programa chamou aqueles que foram os insossos e bonzinhos demais de outras edições para lhes dar uma nova chance de conseguir o prêmio. Nesse ponto eles poderiam até ter uma vantagem de possuir uma espécie de torçida organizada mas a produção foi esperta de não chamar os da ultima edição, os ganhadores e os mais polêmicos. Assim a diferença não é tanta.

Se isso ajuda em alguma coisa o programa eu duvido muito, porque se eles não venceram suas edições e todos, rigorosamente todos dizem que não jogam, que são eles mesmos; dificilmente vencerão esta edição.

Nenhum comentário: