terça-feira, 20 de março de 2012

espelhos distorcidos...

Nos parques de diversões antigos sempre havia uma casa de espelhos. Você se via gordo, magro, torto, de cabeça pra baixo, com a cabeça pequena ou muito grande...era diversão, mas em alguns casos os gordos se sentiam bem se vendo magros e o inverso servia as vezes de alívio, enfim...uma certa diversão com um ar de análise existêncial.

Quem tem experência na contratação de profissionais sabe que  as descrições em currículos e entrevistas tem repetido o mesmo efeito das antigas casas de espelho. Peça que um candidato cite um defeito e invariavelmente ele citará algo que logo se transformará em qualidade, por exemplo,  "me considero muito auto confiante"; ou "sou muito exigente comigo mesmo". A depender da situação, auto confiança é uma qualidade importante mas essa qualidade em demasia ou de tal forma dominante que se sobressaia a outras, pode ser classificada como arrogância.  Como todo mundo sabe ou intui que declarar-se arrogante não é algo  fácil de se fazer e pode fechar portas cria-se um eufemismo "excesso de auto confiança". Um defeito é trocado pelo excesso de uma qualidade. Uma forte auto exigência pode ser traduzida por perfeccionismo. A busca da perfeição que é uma qualidade hoje em dia impossivel de ser replicada por qualquer ser humano, demonstra uma clara insatisfação consigo mesmo, com as coisas a sua volta e com outros. Como é obviamente desagradável designar-se como alguem que nunca está contente a espera do impossivel, alguem que é dificil de se agradar, usa-se um eufemismo como ser exigente consigo mesmo.

E claro, no cotidiano observa-se o mesmo jogo de espelhos. Uma pessoa que é grosseira quanto trata outros, define-se como autêntica ou sincera. As pessoas confundem o método com o objetivo. Se é certo, esperado e desejado ser sincero no que se fala ou faz, o método pode inviabilizar o objetivo. Demônios encarnados em homens já causaram o inimaginável quando praticaram o mote de que "os fins justificam os meios"; quando na verdade os meios são o que condicionam a qualificação dos fins.

O mundo está cada vez mais solitário embora nunca estivemos tão ligados como nessa era, pelo menos virtualmente. Os homens estão cada vez mais encastelados em suas próprias visões de mundo embora nunca estivemos mais solidários com as causas alheias como nessa era, pelo menos virtualmente.

Em um mundo cada vez mais hedonista, no eterno jogo de espelhos entre o que somos e o que gostariámos que os outros vissem; estamos abandonando a realidade e vivendo a fantasia. Deixamos o mundo real e privilegiamos o mundo virtual.

De certa forma estamos a trocar o sono pela morte e com isso quem sabe sonhar...

terça-feira, 13 de março de 2012

Um texto muito bom de Reinaldo Azevedo...

A Janela de Overton – Ou: Como fazer a opinião pública se deslocar de um ponto para outro ignorando o mérito das questões

janela-de-overton
O que esta imagem faz aí no alto? Explico.
Se vocês entrarem na Internet para pesquisar o que é “Janela de Overton”, encontrarão duas referências principais: uma delas diz respeito a um conceito de manipulação — ou, se quiserem, de “operação” — da opinião pública segundo conceitos elaborados por Joseph P. Overton, ex-vice-presidente de um think tank chamado Mackinac Center for Public Policy. Outra, relacionada com a primeira, é um romance policial de Glenn Beck, o demonizado (pelas esquerdas) âncora da Fox News, que usou o conceito para imaginar uma grande conspiração contra os EUA. Mas o que é “Janela de Overton”?
A coisa tem sido explicada por aí de modo capenga. Peguemos justamente o caso do aborto no Brasil. A maioria dos brasileiros é contra, e isso obrigou, inclusive, a presidente Dilma a contar uma inverdade na campanha eleitoral sobre a sua real opinião, que ela já havia expressado. Era favorável à legalização —  chegou a empregar essa palavra — e teve de recuar.
Muito bem: a Janela de Overton registra como pensa a maioria da sociedade num dado momento sobre um determinado assunto. As posições, claro, variam do absolutamente contra ao absolutamente a favor. O pensamento da janela é o máximo que um político, a depender de sua ambição, pode sustentar publicamente. É evidente que um militante do aborto pode ser eleito deputado por eleitores abortistas — mas teria problemas para se eleger presidente da República ou senador.
Muito bem! É possível deslocar a janela para um lado ou para outro? É! Isso demanda trabalho de pessoas especializadas em manipulação da opinião pública. Notem: quando emprego a palavra “manipulação”, não estou querendo dizer “conspiração”. Empresas organizadas passam a atuar na sociedade para lhe oferecer valores que levem ao pretendido deslocamento.
Continuemos com o aborto. Mesmo quando era favorável, Dilma dizia que nenhuma mulher pode gostar da coisa em si, que é um sofrimento. O mesmo afirma sua agora ministra Eleonora Menicucci. Há dias, o impressionante Fernando Haddad afirmou que, “como homem”, é contra — nota: creio que tentou dizer que, como político, nem tanto, sei lá… Repararam que, nessas intervenções, deixa-se de discutir o aborto para debater um outro tema? Que outro? A proposta da tal comissão o evidencia: “as condições da mulher”.
O que isso significa? Para tentar deslocar a janela de opinião do “contra” para o “menos contra”, até chegar à “neutralidade” e, quem sabe?, um dia, ao “a favor”, é preciso trabalhar algum outro valor relacionado ao tema. Para esse trabalho, entra em campo um verdadeiro exército de “especialistas em opinião pública”: assessores de imprensa, relações públicas, institutos de pesquisa, think tanks, agências de lobby. E vai por aí.
Peguemos a questão do Código Florestal, outro exemplo gritante. É evidente que a maioria da população se oporia a que famílias fossem desalojadas ou a uma queda na produção de alimentos. Se a maioria é contra, dificilmente um político com ambições nacionais abraçará essa causa. Mas por que não outra? A da “conservação da natureza” certamente é simpática e tem condições de operar o deslocamento da janela. É o que tem conseguido Marina Silva, que conta com assessoria de imagem profissional. É o que têm conseguido ONGs americanas financiadas pelo setor agrícola dos EUA. Criminalizam os agricultores brasileiros, transformando-os em sinônimo de desmatadores. O caso mais bem-sucedido de que se tem notícia nessa área é o terrorismo feito com o tal aquecimento global. O que pode ser maior do que “salvar o planeta”?
Verdades e mentiras
Governo e políticos gastam fortunas tentando vender “idéias” à opinião pública. Quase não há pessoa pública no Brasil que não seja cliente de uma empresa — ou de várias — de assessoria e gerenciamento de imagem. O que se pretende é bem mais do que informar a sua “agenda”. O trabalho é mais amplo: trata-se de detectar um determinado sentimento da sociedade e passar a trabalhar para mudá-lo — eventualmente neutralizá-lo. Querem ver?
O tucano José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, não tocou até agora em palavras como “aborto” e “kit gay”. No PT, já se manifestaram sobre o assunto o pré-candidato do partido, Fernando Haddad; o presidente da legenda, Rui Falcão; o “chefe de quadrilha” (segundo a PGR) José Dirceu, entre outros. O tema passou a ser tratado pelos próprios petistas, COM A AJUDA DE SETORES DA IMPRENSA, sugerindo que o “outro lado” vai explorar esses temas em campanha e que isso, na verdade, é “uma baixaria”. O trabalho é tão bem-feito que foram buscar declarações contrárias àquela que seria à abordagem não-virtuosa dessas questões até de tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Vale dizer: meteram FHC na campanha pró-PT!
Ora, por que isso? Porque o PT tem pesquisas em mãos que demonstram que esses temas são potenciais fontes de desgaste do candidato petista. Então é preciso aplicar uma espécie de vacina, de remédio preventivo. Antes que o adversário se refira a esses assuntos, Haddad já sai gritando: “Isso é uma baixaria!”.
Nesse caso, o trabalho de manipulação da opinião pública consiste, numa ponta, em transformar o aborto numa decorrência natural dos “direitos da mulher”, desfetalizando o debate. O feto passa a ser uma mera derivação do seu corpo; se a incomoda e se ela não quer, tira-se. Também se vai insistir nas escandalosamente mentirosas 200 mil mortes de mulheres em decorrência de abortos clandestinos. Outro argumento forte, que tende a mover uma fatia dos setores mais conservadores, diz respeito à segurança pública: crianças abandonas pelos pais seriam potencialmente violentas e ameaçariam a sociedade. Na outra ponta, qualifica-se de “reacionários”, “conservadores” e “avessos ao progresso” aqueles que têm uma posição contrária, de modo a silenciá-los. Tudo dando certo, a janela se move.
Sacolinhas plásticas
Os temas variam dos mais graves, como o aborto e o Código Florestal, que dizem respeito, respectivamente, à vida humana e à segurança alimentar, aos mais bizarros — mas nem por isso menos lucrativos, como as sacolinhas plásticas nos supermercados. Ninguém convenceria de bom grado um consumidor a sair do mercado carregando compras em caixas de papelão ou em sacolas de lona. Os incômodos são muitos. Alevantou-se, como diria o poeta, um valor mais alto — e hoje base de várias teses autoritárias influentes: a conservação da natureza.
Huuummm… Em nome dela, nada mais de sacolinhas feitas de derivado de petróleo! Certo! Considerando que os brasileiros não comem plástico, aquele troço servia, leitor amigo, na sua casa e na minha, de saquinho de lixo, certo? Sem um, aumenta o consumo do outro, e o resultado tende ao empate. Os supermercados podem ganhar uns trocos não fornecendo os saquinhos, a indústria de plástico pode compensar a baixa do consumo de um produto com a elevação do consumo de outro, e só o consumidor se dana. Mas esperem! Há a sacolinha reciclável, feita, parece, com algum derivado do milho… Descobriu-se de pois que havia um único fornecedor para o produto… É mesmo?
Cuidado!
É preciso tomar cuidado para não cair na paranóia de que o mundo é uma grande conspiração; de que forças secretas se movem nas sombras e que estamos sempre sendo administrados por alguém. Não deixem que a “Janela de Overton” abra a “Janela da Conspiração” na sua cabeça. Somos sempre influenciados pelo debate público, pelas opiniões alheias, pela propaganda, pelo trabalho, sim!, dos assessores de imprensa, assessores de imagem, administradores de crise, essas coisas… Isso é normal é do mundo livre. Chata era a vida nos países comunas, onde só se podia ser influenciado pelo… partido!
Como, então, distinguir o “meu pensamento” dessa algaravia de outros pensamentos e lobbies organizados? Bem, não tenho a receita. O que costumo recomendar é o seguinte: verifique sempre se as pessoas estão debatendo o mérito da questão ou algum tema associado, que pode até guardar algum parentesco com o assunto principal, mas que é um óbvio desvio.
Se você se pegar falando sobre o desvio, o tema paralelo, não duvide: você caiu na rede profissional dos operadores de opinião pública. Não faz tempo, o caos nos aeroportos brasileiros e o péssimo serviço oferecido por algumas companhias aéreas acabaram surgindo no noticiário como evidências do sucesso do governo petista na política de distribuição de renda, que teria levado os pobres para o avião. A questão essencial ficou de lado: por que aeroportos e companhias aéreas não se organizaram para isso? A janeja da opinião pública, é evidente, estava numa posição crítica, contrária ao governo e à bagaunça das companhias. Mas se deslocou um pouco para recepcionar a tese do “bom caos”, gerado por motivos edificantes.
Encerro
No curto prazo, governos investem somas fabulosas em propaganda, divulgando seus feitos. Aquele outro trabalho, de mudança de valores, é mais sutil. As oposições brasileiras não têm sabido enfrentar nem uma coisa nem outra.
Por Reinaldo Azevedo

Se murar vira hospício...se cobrir com lona é circo.

Li no blogo do Reinaldo Azevedo e não crendo, fui na fonte e lá estava. Uma ong deseja banir o lvro A divina Comédia de Dante Alighieri. Motivo? Bom...ele descreve a pena infernal de Maomé como criador de uma seita; descreve o sofrimento de sodomitas, o antigo nome para homossexuais e descreve Judas Iscariotes sendo mastigado pelo tinhoso em pessoa. O tinhoso possui três rostos, numa espécie de trindade do mal e em cada uma, um traidor famoso da história; Judas, Brutus e não me recordo agora do terceiro são mastigados pela eternidade. Ao colocar Judas em tal inglória situação, Dante estaria cometendo o crime de rascimo. Nos outros dois exemplos, os pecados seriam do preconceito sexual e religioso.

Quando penso que essa turminha militante e progressista do "belo, justo e virtuoso", não conseguiriam me surpreender, eles conseguem a proeza de provar que eu estou errado e o fundo do poço da insensatez pode ser bem mais fundo do que se imaginava.

Judas traiu o Cristo por 30 moedas de prata. Isso está registrado nos evangelhos e de modo algum os escritores registraram isso para "criar preconceito" contra os judeus. Porque? - Por que os escritores eram judeus com excessão de um deles que era prosélito religioso convertido ao cristianismo. A troco do quê os escritores iriam formular uma prática dessas se o objetivo deles era justamente ganhar os judeus para o cristianismo? - Séculos depois, a Cristandade (aquilo no qual se converteu o "caminho" depois que a partir do século II, deixou-se misturar com filosofia grega, paganismo e tornando-se religião do estado; misturou poder político e religioso); é que resolveu, numa leitura porca e irresponsável dos fatos dizer que os judeus como grupo, raça, etnia, não importa era culpado pela morte do Cristo pela eternidade a frente. Logo, não é o texto de Dante que cria preconceito contra os judeus. Queriam o quê exatamente, um redesenho da estória colocando Judas sob um ponto de vista positivo? - Só rindo mesmo.

Sobre os demais exemplos então, deixo de comentar por pura preguiça...

Dante terminou a obra por volta de 1321 vindo a morrer pouco depois. Ele condensou na obra o pensamento da época sobre muitas coisas.

Não me parece crivel, que alguem após ler a Divina Comédia passe a ter preconceitos contra judeus, islâmicos e outros, da mesma forma que não é crível que alguem use essa obra como base de prova para a existência do inferno de fogo e tormento eterno como descrito por Dante, até porque ele descreve os titãs que lutaram contra Jupiter ou Zeus. Eles existiram?: - Pois é!

Use os argumentos dessa turminha progressista, e outros escritores deveriam ser banidos também. Dúvida? Charles Dickens, tornou imortal o judeu marginal que se aproveita dos outros, Fagin, na obra Oliver Twist.

E o que dizer de O mercador de Veneza, que apresentou Shylock, que tornou-se o imaginário do judeu, que só pensa no dinheiro acima de tudo e que marcou de certa forma a visão da época sobre os judeus?

O pior é que não se lida com uma grupelho de meia duzia de gatos pingados mas com uma verdadeira Legião, a exemplo do outro que questionado pelo Senhor qual era seu nome respondeu "legião", por serem muitos. E o pior é que neste caso não há manada de porcos que dê jeito, se é que me entendem.




segunda-feira, 12 de março de 2012

PHA, alcunha de Paulo Henrique Amorim, apresentador da Rede Record e blogueiro do ConversaAfiada foi processado por um réporter da Rede Globo.

O réporter em questão, era o primeiro profissional de cor negra a apresentar o Jornal Nacional que ainda é, quer gostem ou não, o jornal televisivo que apresenta a maior audiência.

Como o profissional em questão não é um militante das ideologias ongueiras sobre direitos raciais, sendo contra por exemplo as quotas raciais em universiades; o intéprido blogueiro referiu-se a ele como um negro de alma branca, o que significa um homem negro que se contenta em viver sób o código de conduta branco por assim dizer, tentando fazer parte do sistema e não se opondo a ele. Vai ver que guardadas as devidas proporções queriam seus detratores que ele aceitasse o cargo de apresentador e inaugurasse a primeira vez vestindo trajes africanos.

O réporter caluniado entra na justiça e diante da derrota iminente, já que uma condenação na vara cível traria prejuizo em um processo semelhante na vara criminal; faz um acordo no qual ele pagará a indenização pleiteada na forma como fora pedida (doação para uma instituição escolhida pela vítima da agressão), e uma retratação do que disse em jornais de circulação e no seu blog.

O valente jornalista assina o acordo e passa a dizer que a vítima reconheceu que não houve injúria e por isso não fora ele condenado e aciona a blogosfera militante para defende-lo do indefensável.

Esse PHA é o mesmo profissional que nos dois governos FHC fora defensor intransigente do governo e desafeto da oposição e nos dois governos Lula foi defensor intransigente do governo e desafeto da oposição, com excessão de uma única ocasião, quando em sua luta contra Daniel Dantas bateu forte no governo por conta da fusão da Telemar com a OI.

Normalmente uma coisa quando é certa, ela é certa para todos e não somente se o beneficiário desta coisa certa é nosso aliado, amigo ou goza de nosso respeito. O outro lado da moeda é igual. Uma coisa não é errada somente quando os inimigos, adversários ou gente que não goza do nosso respeito se dão bem ou são beneficiados.

Neste caso em particular, PHA errou. Ele julgou e caluniou uma pessoa que tendo a cor da pele negra, conseguiu galgar um espaço profissional de respeito e unica e exclusivamente por não comungar das idéias militantes não "mereceu" a menção de que por seus méritos era o primeiro profissional negro a dividir a bancada do jornal nacional. A constatação é óbvia. Se ele fosse um militante da agenda ongueira teria tido todas as loas de PHA e sua turma. Esse é o cerne da injuria e da calúnia, que levou a difamação.

Todos que emitem suas opiniões na web, incluso eu, são responsáveis pelo que publicam. Se alguem se ofender ou se sentir caluniado e o que foi escrito realmente não tinha o devido respaldo e foi usado com esse objetivo é preciso reparar o erro.

Não chego ao ponto dos politcamente corretos que preferem não opinar porque acham que é preciso respeitar a opinião dos outros ou seu modo de agir ou pensar. Ocorre que ao assim fazer, essas pessoas abrem mão de seu direito a opinião e acabamos nos tornando vítimas da minoria mais barulhenta ou organizada que obriga a maioria a se adequar a ela.

Defenda sua opinião e se no calor da batalha houve ofensas, desculpe-se. Isso não engrandece o adversário mas demonstra que você possui honra.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia internacional da Mulher

Ahhhh Mulheres!!!!

Dizer o quê? - Pra quem merece respeito e consideração todos os dias, um só é pouco...

Deus mostrou ser Deus quando tudo criou....mas provou ser um verdadeiro poeta quando criou a mulher.
...
Parabéns pra Ele e sua decisão genial...parabéns pra vocês todas também...

Quem sabe, logo chegará o dia que não será mais necessário dias especiais para lembrar que todos merecem tratamento especial.

Até lá, que assim seja, um dia especial para lembrar o valor real da mulher, das mulheres; que cuidam, sustentam, criam, defendem, constroem...de nós e para nós.

Se não fosse por vocês, o homem já estaria extinto.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Ditadura, Anistia, Comissão da verdade...

Nem vou me deter na questão política por puro enfado. Limito-me a questões históricas e a lógica.

Mais uma vez fala-se em comissões da verdade. Basicamente um grupo de pessoas que irão vasculhar documentos, entrevistar pessoas e compor um retrato, um relatório de um determinado assunto. No caso concreto, dos mortos e desaparecidos durante a ditadura militar.

A questão tem sua razão de ser por dois motivos básicos: a) um indefinido número dos que foram mortos, jamais tiveram seus corpos recuperados e b) não se tratava de estrangeiros invasores, logo inimigos, mas cidadãos e por serem cidadãos, uma vez presos deveriam ter sua vida e integridade física preservada.

Esses dois motivos são mais do que suficientes para que se determine que se saiba os fatos como realmente ocorreram.

Agora uma ressalva que é preciso ser feita para que a discussão seja feita no campo correto.

1) Como a lei da anistia no Brasil foi ampla geral e irrestrita, permitindo que crimes dos dois lados em luta, por assim dizer, ficassem sem punição; nenhum crime relacionado com os atores do processo no período em questão poderão ser julgados em qualquer tipo de esfera e na possibilidade de serem, a setença mesmo negativa sera nula por conta da anistia.

2) A atual constituição foi feita a partir do mesmo texto que validou a anisitia com esses aspectos. Assim se alguem desejar alterar essa lei ou revoga-la, fará isso com a constituição inteira, segundo entendimento da maioria do STF ao julgar ação sobre o tema recentemente.

3) O exemplo de paises como Argentina e Chile que abriram processos judiciais por conta de crimes no período de ditadura apesar de terem leis similares de anistia, não procede como demonstração de que o Brasil deva fazer o mesmo, porque naqueles paises a lei de anisitia serviu apenas para os agentes do estado mas não cobriu os contra o governo na maioria de esquerda. No caso da Africa do Sul, a anistia foi similar ao que foi feito no Brasil e as chamadas comissões da verdade registraram o que ocorreu na luta de ambos os lados sem no entanto se tornarem peças criminais contra essas pessoas.

4) A ditadura ocorreu no Brasil pela falta de gente a defender justamente a tal democracia que tantos estão a bater no peito dizendo que defenderam. Militares ultranacionalistas com medo abjeto de uma ditadura de receita comunista, perpetraram eles mesmos uma ditadura de cunho nacionalista. Não era portanto uma questão de perder uma democracia para uma ditadura, mas quem iria mandar nela. Do outro lado, havia a pressão mais ou menos organizada de grupos de esquerda. Com a implantação do governo militar através de um golpe, esses grupos optaram pela luta armada. O vinculo ideológico, planejamento e apoio era da urss e cuba principalmente. O objetivo desses grupos era a tomada do poder com a derrubada do governo militar e é bom que se note, em seu lugar não se falava em eleições livres, em democracia. Não era portanto uma questão de restabelecer uma democracia (até orque a mesma não existia nos paises com quem esses grupos tinha vínculos), mas quem iria mandar na ditadura que se instalaria, do proletariado.

Para se ir para a frente é preciso saber aonde se estava lá tráz. Para planejar aonde se quer estar no futuro, é preciso entender aonde estavámos no passado. Entender esse passado recente é primordial para se entender certas coisas do presente. Só não pode servir de palco para os histrionismos ideológicos porque ai nada se precisa saber realmente.  E isso serve para ambos os lados.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Quando você acha que alguns são idiotas ao extremo, eles conseguem provar que podem ser ainda mais...

Reproduzo um texto de Reinaldo Azevedo sobre um artigo a respeito do aborto, mas no caso uma espécie especial de aborto. Recomendo a leitura do texto do Reinaldo Azevedo.

02/03/2012
às 5:41

ELES CHEGARAM LÁ: DUPLA DE ESPECIALISTAS DEFENDE O DIREITO DE ASSASSINAR TAMBÉM OS RECÉM-NASCIDOS

Os neonazistas da “bioética” já não se contentam em defender o aborto; agora também querem a legalização do infanticídio! Eu juro! E ainda atacam os seus críticos, acusando-os de “fanáticos”. Vamos ver. Os acadêmicos Alberto Giublini e Francesca Minerva publicaram um artigo no, ATENÇÃO!, “Journal of Medical Ethics” intitulado “After-birth abortion: why should the baby live? - literalmente: “Aborto pós-nascimento: por que o bebê deveria viver?” No texto, a dupla sustenta algo que, em parte, vejam bem!, faz sentido: não há grande diferença entre o recém-nascido e o feto. Alguém poderia afirmar: “Mas é o que também sustentamos, nós, que somos contrários à legalização do aborto”. Calma! Minerva e Giublini acham que é lícito e moralmente correto matar tanto fetos como recém-nascidos. Acreditam que a decisão sobre se a criança deve ou não ser morta cabe aos pais e até, pasmem!, aos médicos.
Para esses dois grandes humanistas, NOTEM BEM!, AS MESMAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE JUSTIFICAM O ABORTO JUSTIFICAM O INFANTICÍDIO, cujo nome eles recusam — daí o “aborto pós-nascimento”. Para eles, “nem os fetos nem os recém-nascidos podem ser considerados pessoas no sentido de que têm um direito moral à vida”. Não abrem exceção: o “aborto pós-nacimento” deveria ser permitido em qualquer caso, citando explicitamente as crianças com deficiência. Mas não têm preconceito: quando o “recém nascido tem potencial para uma vida saudável, mas põe em risco o bem-estar da família”, deve ser eliminado.
Num dos momentos mais abjetos do texto, a dupla lembra que uma pesquisa num grupo de países europeus indicou que só 64% dos casos de Síndrome de Down foram detectados nos exames pré-natais. Informam então que, naquele universo pesquisado, nasceram 1.700 bebês com Down, sem que os pais soubessem previamente. O sentido moral do que diz a dupla é claro: soubesse antes, poderia ter feito o aborto; com essa nova leitura, estão a sugerir que essas crianças poderiam ser mortas logo ao nascer. Não! Minerva e Giublini ainda não haviam chegado ao extremo. Vão chegar agora.



Francesca Minerva; o riso mais franco da morte
Francesca Minerva; o riso mais franco da morte




Por que não a adoção?
Esses dois monstros morais se dão conta de que o homem comum, que não é, como eles, especialista em “bioética”, faz-se uma pergunta óbvia: por que não, então, entregar a criança à adoção? Vocês têm estômago forte?. Traduzo trechos da resposta:
“Um objeção possível ao nosso argumento é que o aborto pós-nascimento deveria ser praticado apenas em pessoas (sic) que não têm potencial para uma vida saudável. Conseqüentemente, as pessoas potencialmente saudáveis e felizes deveriam ser entregues à adoção se a família não puder sustentá-las. Por que havemos de matar um recém-nascido saudável quando entregá-lo à adoção não violaria o direito de ninguém e ainda faria a felicidade das pessoas envolvidas, os adotantes e o adotado?
(…)
Precisamos considerar os interesses da mãe, que pode sofrer angústia psicológica ao ter de dar seu filho para a adoção. Há graves notificações sobre as dificuldades das mães de elaborar suas perdas. Sim, é verdade: esse sentimento de dor e perda podem acompanhar a mulher tanto no caso do aborto, do aborto pós-nascimento e da adoção, mas isso NÃO SIGNIFICA que a última alternativa seja a menos traumática.”
A dupla cita trecho de um estudo sobre mães que entregam filhos para adoção: “A mãe que sofre pela morte da criança deve aceitar a irreversibilidade da perda, mas a mãe natural [que entrega filho para adoção] sonha que seu filho vai voltar. Isso torna difícil aceitar a realidade da perda porque não se sabe se ela é definitiva“.
Voltei
É isso mesmo! Para a dupla, do ponto de vista da mulher, matar um filho recém-nascido é “psicologicamente mais seguro” do que entregá-lo à adoção. Minerva e Giublini acabaram com a máxima de Salomão. No lugar do rei, esses dois potenciais assassinos de bebês teriam mesmo dividido aquela criança ao meio.
Querem saber? Essa dupla de celerados põe a nu alguns dos argumentos centrais dos abortistas. Em muitos aspectos, eles têm mesmo razão: qual é a grande diferença entre um feto e um recém-nascido? Ao levar seu argumento ao extremo, deixam a nu aqueles que nunca quiseram definir, afinal de contas, o que era e o que não era vida. Estes dois não estão nem aí: reconhecem, sim, como vida, tanto o feto como o recém-nascido. Apenas dizem que não são ainda pessoas no sentido que chamam “moral”.
Notem que eles também suprematizam, se me permitem a palavra, o direito de a mulher decidir, a exemplo do que fazem alguns dos nossos progressistas, e levam ao extremo a idéia do “potencial de felicidade”, o que os faz defender, sem meios-tons, o assassinato de crianças deficientes — citando explicitamente os casos de Down.
O Supremo e os anencéfalos
O Supremo Tribunal Federal vai liberar, daqui a algum tempo, os abortos de anencéfalos. Como já afirmei aqui, abre-se uma vereda para a terra dos mortos, citando o poeta. Se essa má-formação vai justificar a intervenção, por que não outras? A dupla que escreveu o artigo não tem dúvida: moralmente falando, diz, não há diferença entre o anencéfalo e o recém-nascido saudável. São apenas pessoas potenciais. Afinal, para essa turma, quem ainda não tem história não tem direito à existência.
Um outro delinqüente intelectual chamado Julian Savulescu
A reação à publicação do artigo foi explosiva. Os dois autores chegaram a ser ameaçados de morte, o que é, evidentemente, um absurdo, ainda que tenham tentado dar alcance científico, moral e filosófico ao infanticídio. No mínimo a gente é obrigado a considerar que os dois têm mais condições de se defender do que as crianças que eles defendem que sejam mortas. A resposta que dão à hipótese de adoção diz bem com quem estamos lidando.
Savalescu: o prosélito da morte de bebês agora acusa a perseguição dos fanáticos
Savulescu: o prosélito da morte de bebês agora acusa a perseguição dos fanáticos
Julian Savulescu é o editor da publicação. Também é diretor do The Oxford Centre for Neuroethics. Este rematado imbecil escreve um texto irado defendendo a publicação daquela estupidez e acusa de fundamentalistas e fanáticos aqueles que atacam os dois “especialistas em ética”. E ainda tem o topete de apontar a “desordem” do nosso tempo, que estaria marcado pela intolerância. Não me diga!!!
O que mais resta defender? Aqueles dois potenciais assassinos de crianças deveriam dizer por que, então, não devemos começar a produzir bebês para fazer, por exemplo, transplante de órgãos. Se admitem que são pessoas, mas ainda não moralmente relevantes, por que entregar aos bichos ou à incineração córneas, fígados, corações?
Tudo isso é profundamente asqueroso, mas não duvidem de que Minerva, Giublini e Savulescu fizeram um retrato pertinente de uma boa parcela dos abortistas. Se a vida humana é “só uma coisa” e se os homens são “humanos” apenas quando têm história e consciência, por que não matar os recém-nascidos e os incapazes?
Estes são os neonazistas das luzes. Mas não se esqueçam, hein? Reacionários somos nós, os que consideramos que a vida humana é inviolável em qualquer tempo.