terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sobre a Isto É e a reportagem sobre a Igreja Renascer

A revista Isto É trouxe uma reportagem sobre uma certa igreja e as dificuldades pessoais de seus como direi, fundadores. 

Solidarizo-me com essas pessoas no limite de seu drama pessoal com um filho em estado vegetativo. Sem dúvida é uma situação dificil e terrivel de se lidar; mas não posso deixar de lembrar que uma empresa, digo, uma igreja que por anos vendeu a idéia de que Deus, o O Deus Todo Poderoso dá luxo e riqueza àqueles que o buscassem especialmente mediante essa igreja, não seja um Deus capaz de fazer são aquele que estava sendo preparado para servi-lo. O mesmo Deus que com seu Espirito fez céu e terra, abriu o mar vermelho, ressussitou mortos, deu riqueza e bens aos líderes dessa igreja não resolve um problema de saúde simples em comparação aos exemplos anteriores mais complexos. Decerto dirão que são provas de fé. Eu diria que são provas da ineficácia desta "fé" em particular. 

Um outro membro da turminha que usa a religião para outros projetos a parte o que deseja aquele que supostamente é servido por tais; um tempo atrás escreveu na FSP um artigo em defesa dessa turma. Replico esse artigo abaixo e minha réplica que publiquei no blog:
TENDÊNCIAS/DEBATES

A marcha da legalidade

MARCELO CRIVELLA

Reafirmo: foi o ato mais solene de revogação popular de todas as injúrias e calúnias que nos irrogaram os ódios e as paixões. NINGUÉM PÕE em dúvida o valor da imprensa livre e atuante. Todos nós conhecemos a “marcha da insanidade”: primeiro fecham-se os Parlamentos, depois caem as instituições e, finalmente, amordaça-se a imprensa -e é assim que os povos mergulham, desarvorados, no cataclismo de seus conflitos ideológicos. O que se espera, entretanto, é que o direito à liberdade de imprensa se harmonize com outro, que lhe antecede e a ele se sobrepõe, que é o direito à dignidade humana.
A imensa multidão que marchou para Jesus na última segunda-feira tem plena consciência de que todos os princípios que se propõe a preservar, propagar, defender e amar para sempre não são nem sequer um milímetro inferiores ou incompatíveis com os princípios constitucionais de legalidade e justiça em que se fundamentam a sociedade e o Estado.
É que, para sermos justos, precisamos observar todas as circunstâncias que emolduram os fatos, já que até mesmo os apóstolos foram julgados, sentenciados e morreram, uns crucificados, outros esfolados, tudo dentro de uma legalidade, mas sem que se fizesse justiça.
O que ocorreu com o casal Hernandes, que ingressou nos Estados Unidos da América sem declarar o valor em espécie que levava, é que foi punido com o máximo rigor por conta da atmosfera de espetáculo, digna do coliseu romano, constituída de denúncias, insinuações e suspeições que, embora não provadas, emularam circunstâncias, as quais, estas sim, preponderaram no julgamento do fato em si, porque foram maciçamente divulgadas pela imprensa.
Após décadas de trabalho árduo, cujas monumentais realizações são a maior prova da sua honestidade de propósitos, Estevam e Sônia Hernandes foram sumariamente condenados por supostamente se “evadirem” do Brasil e adentrar nos EUA com a extraordinária e mirabolante quantia de menos de R$ 50 mil cada um. Eis aí o “grande assalto do século”.
Cumpriram a pena. Sofreram todos os vexames impostos por uma sentença farisaica que, de alguma forma, lembra a que condenou os discípulos por comerem sem lavar as mãos.
Pagaram um preço pesado. Mas o mais cruel de tudo é que, todas as vezes em que a imprensa a eles se refere, aviltando normas internacionais de direitos humanos e movida pelo mais odioso preconceito, o faz com a remissão àqueles fatos, já superados, para, mais uma vez, condená-los.
Veja que o artigo recém-publicado nesta Folha sob o título “A Marcha de Jesus e o Diabo” (Opinião, 3/11, pág. A2) reincide no mesmo pecado.
Eu sei bem o que é isso. Por causa de uma denúncia apócrifa, publicada de maneira precipitada por esta Folha, respondi durante anos por crimes que nunca cometi, até que o Supremo Tribunal Federal, após ouvir o procurador-geral da República, constatou a minha inocência. Mandei o acórdão para todos os jornais que me acusaram. Nenhum deles publicou sequer uma linha.
Trata-se do mesmo processo que, agora requentado, há pouco ocupou, espalhafatosamente, as primeiras páginas de quase todos os jornais brasileiros. Só que, dessa vez, não me incluíram entre os acusados. Se o fizessem, o processo iria para o STF, em virtude da garantia constitucional de foro privilegiado consagrada aos membros do Parlamento, onde morreria no nascedouro, já que aquela egrégia corte o conhece minuciosamente e sobre ele já decidiu.
Mas não creio, honestamente, que a pretensão seja a de obter a condenação. Ao que parece, o maior interesse é o de expor pessoas públicas ao constrangimento de longos depoimentos -antes e depois dos quais se promove o oprobrioso espetáculo midiático.
Há na Bíblia uma passagem que diz: “Ferirei o pastor e se dispersará o rebanho”. Os milhões de evangélicos que marcharam para Jesus ao lado de seus líderes, reafirmo, foi o ato mais solene e majestoso de revogação popular de todas as injúrias e calúnias que, ao longo dos últimos anos, nos irrogaram os ódios e as paixões.
MARCELO BEZZERRA CRIVELLA , 52, engenheiro civil, mestre pela Universidade de Pretória (África do Sul), é senador da República pelo PRB-RJ e líder de seu partido no Senado Federal. É pastor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus.

Agora comento o testo acima:

Não sei o que é mais abjeto. O ato criminoso em si dos chamados representantes de Deus ou essa gente que coloca tudo na base da perseguição religiosa para legitimar o ilegítimo.

Aos fatos: O tal casal entrou com dinheiro nao declarado nos eua. Não importa se eram 10, 50 ou um milhão de reais, dolares ou iens. A questão é: porque nao declararam? - Ninguem ia tomar o dinheiro, bastava informar corretamente e pagar o imposto devido. Foi esquecimento? - Venhamos e convenhamos,quem esquece que tem dinheiro em penca na bolsa e no meio de uma biblia,logo uma pessoa religiosa que por suposto, não deveria larga-la?

O casal cometeu um crime e isso nos eua. Foram julgados lá e o que a imprensa fala ou não fala por aqui não repercutiu no caso porque se a imprensa aqui tivesse esse poder todo, como deseja o autor do artigo (para que sua ilação tivesse algum condão de tornar real o imaginário), os mesmos eua teriam mandado deportar o ex-presidente Collor que foi morar uma temporada por lá, logo depois da feroz pancadaria que resultou no seu afastamento.

É de esgotar a paciência de qualquer um. Sentença farisaica? Só rindo mesmo…

Uma coisa é a massa da população evangélica que é digna das maiores e melhores homenagens, no mínimo porque ao tentarem viver uma vida mais regrada pelo parâmetro bíblico, no coletivo são pessoas honestas, livre de vícios e cumpridora de seus deveres; embora possa-se questionar sua leitura do texto sagrado e principalmente sua interpretação. Por isso, da mesma forma que os evangélicos não podem ser desqualificados porque uma meia duzia de vendilhões de templo usa a religião para ganho e riqueza pessoal; esses mesmos não podem ser absolvidos por que o coletivo grupo de evangélicos da população é honesto e vive pelo cumprimento da lei, absolvendo essa turminha da pesada por não praticar aquilo que ensinam.

Ser fariseu é isso e não a sentença de um país sério frente ao comentimento de um crime.

E os apóstolos de Cristo, assim como ele próprio, foram processados injustamente e mortos, não porque tentaram atravessar as fronteiras do império romano com 50.000 denários não declarados; mas porque se recusaram a fazer parte do mundo romano no que concerne ao amor pela luxuria, pelo dinheiro, pelo poder. Perseguidos foram, porque pregaram uma doutrina diferente baseada no amor e não faziam parte daquele mundo e suas práticas.

Esses “líderes” religiosos em nenhum momento foram condenados por seguirem o exemplo do Cristo e de seus apóstolos, muito pelo contrário.

Se o Cristo fosse chamado para depor como testemunha desses no julgamento ou se a imprensa quisese saber sua opinião, o maior dos mestres simplesmente lembraria o que disse a pouco mais de 2.000 anos e que continua valendo: “…nunca vos conheci, afastai-vos, vós obreiros do que é contra a lei…”.
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tropa de Elite

Não acreditem em mim; pesquisem os jornais da época.

Central do Brasil foi indicado para concorrer a melhor filme estangeiro. De lá pra cá, parece que isso teve o condão de fazer florescer o cinema nacional. Ledo engano. Foi a aplicação do velho sistema americano (bom enredo contando uma boa estória com direção ágil e atores competentes), no lugar do chamado cinema de autor, com enormes monologos, cenas intermináveis de olhares, declamações como se estivessemos assistindo teatro filmado (e uma peça de péssima montagem diga-se de passagem); isso quando não eram alegorias sobre a "situação social".

Em suma, o cinema era usado para produzir "doutrinação" e o "pensar social" depois de décadas de pornochanchadas.

Passado um tempo, veio o filme Cidade de Deus que fazia esse "pensar social" mas usando de todas as ferramentas que o bem sucedido cinema americano produziu. E com isso foi indicado para concorrer a melhor filme estrangeiro ficando entre os cinco como ocorreu com Central do Brasil.

Veio então Tropa de Elite seguindo todo aquele estilão de filme americano (se alguem duvida assista swat ou busca implacável)

E embora tenha sido um inegável sucesso de publico e de pirataria, diga-se de passagem; passou em branco na escolha da comissão de cinema. Em seu lugar um filminho agua com açucar glorificando a luta armada e mostrando os anos de chumbo pela ótica de um menino cujos pais vão para a luta armada. Não ficou entre os cinco melhores.

Ná época, os intelectualoides chamaram o filme de fascita. Porque? Porque mostrava traficantes como bandidos e não antiherois do sistema. Uma policia corrupta mas que havia uma parte não disposta a ceder ao dinheiro fácil; embora na luta contra o crime, se permita ser tão as vezes mais violento que os criminosos que combate. O apntar do dedo não para uma coletiva sociedade ou elite; mas para a classe média e alta que consome drogas, para o maconheiro que dá dinheiro pro traficante conforme a famosa cena da tomada da boca e a bicuda no estudante. Tudo isso tornou o filme insuportável para aqueles que querem doutrinar a população em um viés de esquerda sem sentido no atual sistema.

No ano posterior, houve a desavergonhada puxada de saco do então presidente lula escolhendo o filme baseado na sua biografia, que o torna quase um santo em vida. e como sempre não ficamos entre os cinco melhores.

Agora escolheram Tropa de elite II. A temática bem ao gosto dos intelectualoides colocando a culpa em um coletivo sistema critico ao sistema prisional, com herois de esquerda e os vilões sendo politicos e policiais não teve as mesmas críticas do primeiro.

A turminha da militancia transforma em evento ideológico ou partidário, até velório e joguinho de biriba, o que não dizer de filmes...

Embora menor que o primeiro, Tropa de elite II é um bom filme e merece essa aclamação.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estado Palestino aprovado pela ONU. E as consequências?

Não é o caso de deter-me em aspectos políticos mas na lógica.

Supondo que a ONU aprove a criação de um estado palestino; quais serão as suas fronteiras? Jerusalém será palestina ou israelense, de ambos ou território livre dirigido pela ONU?

Digamos que as fronteiras sejam as definidas por Israel. Os grupos palestinos alguns deles mais terroristas que palestinos, aceitará? Digamos que as fronteiras sejam as definidas por esses grupos (vamos deixar de lado por uns instantes que eles deixaram de lado a idéia de varrer Israel do mapa); Israel irá aceitar passivamente?

Digamos que não aceite ou por outra, esses grupos tendo aprovada o estado palestino, começem ataques visando obter espaço além do acordado. Se Israel resistir e responder ao fogo; o resultado prático será uma guerra entre dois estados. A ONU irá interferir? A OTAN irá apoiar um dos lados em conflito como fez na Líbia? E se paises árabes reeditarem a guerra do sinai ou a dos seis dias para defender o nascente estado palestino?

Não é uma mera questão de criar um estado palestino; mas a de criar condições para que ele coexista com os demais e de forma independente. E essas condições estão longe de existirem porque os principais grupos que se dizem representantes palestinos estão por demais preocupados em manter sua influência e logo o financiamento de paises interessados na dissolução de Israel.

Dois grupos cuja identidade nacional se fixou de forma indelevel naquelas terras, deveriam lutar para manter as identidades embora unificados pelas mesma fronteiras.

No fundo e infelizmente, embora as pessoas busquem honrar as cores de suas bandeiras nacionais matando e morrendo por elas, a unica cor que predomina é o ocre da areia manchada com o vermelho do sangue de israelenses e palestinos.

Tempos dificeis.