segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ressarcimentos do plano Collor

SOBRE AS AÇÕES

Milhares de pessoas deixaram de ganhar a correção monetária correta em suas cadernetas de poupança, devido aos planos econômicos implantados pelo Governo Federal.

Plano Collor I – (Março à Junho de 1990) – ajuizamento até 26/02/2010

Em 15 de março de 1.990, foi editada a Medida Provisória nº 168/90, publicada no DOU no dia 16 seguinte, que instituiu novo Plano de estabilização Econômica conhecido como “PLANO COLLOR”. Neste plano, discute-se possíveis lesões sofridas entre os meses de março à junho/1990, sendo que, grande parte da jurisprudência reconhece a aplicação do IPC condenando os bancos nos expurgos de 44,80% de abril para maio de 1990 e 7,87% de maio para junho de 1990 apenas em relação AOS VALORES NÃO BLOQUEADOS pelo Plano Collor (Cz$ 50.000,00).

Em casos excepcionais, o poupador tem direito em receber os 84,32% de março para abril/1990 em contas com data de rendimento na primeira quinzena, sendo que, para análise do direito é essencial os extratos de Março, abril, maio e Junho de 1990.

Plano Collor II (janeiro e fevereiro de 1991) – ajuizamento até 31/12/2010

Através da reedição da MP 294/91 (em 06/02/1991), o Governo editou o Plano Collor II, onde o parâmetro para os rendimentos da caderneta de poupança no mês de Fevereiro / 1991, seria aplicado à composição do BTN Fiscal do mês anterior, e após 1.º de Fevereiro / 1991, a TRD, a serem creditados nos mês posterior.

Neste plano, os bancos pagaram apenas 7,50% de correção sobre o saldo de janeiro de 1990, sendo que deveriam pagar 21,87%. Assim, há uma diferença de 14,37% a ser pleiteado pelos poupadores em Fevereiro de 1991, (22,4794% com o acréscimo dos juros remuneratórios) a ser aplicado sobre o saldo de Janeiro de 1991 em oposição aos 7,00% da TR aplicados.

Diante das grandes divergências da Justiça no tocante ao Plano Collor 2, aconselhamos os poupadores a requisitarem os extratos e aguardarem para entrar com a ação.

Documentos necessários

Assim, os poupadores devem requisitar formalmente os extratos ou microfilmagem dos extratos de MARÇO, ABRIL MAIO e JUNHO DE 1990 e JANEIRO, FEVEREIRO e MARÇO DE 1991 de suas cadernetas de poupanças e, com as microfilmagem em mãos, os poupadores devem procurar um advogado de confiança.

Atenção: O BRADESCO TEM FORMULÁRIO PRÓPRIO QUE NÃO CONTÉM OS EXTRATOS DE MAIO E JUNHO DE 1990.

SOBRE O VALOR A SER COBRADO

As diferenças não pagas pelos bancos, em todos os casos (Collor I e Collor II), deverão ser atualizado monetariamente e acrescidos de juros contratuais de 0,5% ao mês da própria caderneta de poupança desde à época da lesão (março de 1990 e fevereiro de 1991) até o efetivo pagamento, bem como, mais 1% de juros legais de mora à partir do ajuizamento da ação.

Apenas para ilustrar, a cada Cz$ 50.000,00 não bloqueado, o poupador tem o direito de receber APROXIMADAMENTE R$ 4.500,00 (para Dez/2009).

Homem governa Homem para seus próprio prejuízo...

Muita esperança, poucos resultados

Nem sempre as reuniões de líderes mundiais e seus
sábios chegam a resultados positivos e duradouros

Bettmann/Corbis/Latinstock


Liga das Nações (1919)

O que era: com o fim da I Guerra, 42 países assinaram uma declaração com o objetivo de garantir a paz no mundo. Tentava-se evitar uma nova escalada de desentendimentos como a que levou ao sangrento conflito na Europa. Os países deveriam submeter à arbitragem da Liga qualquer desavença internacional.
Em que resultou: foi um fracasso. A Liga das Nações não se mexeu para tentar evitar os movimentos expansionistas da Itália, do Japão e da Alemanha que tiveram como desfecho a II Guerra. Aperfeiçoado, o modelo da Liga resultou, em 1945, na criação da Organização das Nações Unidas (ONU).

Bettmann/Corbis/Latinstock


Conferência de Bretton Woods (1944)

O que foi: representantes de 44 governos se reuniram com o objetivo de estabelecer as bases para a reconstrução econômica da Europa devastada pela II Guerra. Adotou-se o câmbio fixo entre o dólar e as demais moedas.
Em que resultou: os acordos costurados em Bretton Woods deram origem à criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, organismos que lançaram as sementes da globalização. Mas as medidas tomadas para estabilizar o câmbio foram abandonadas no início dos anos 70.

Sergio Zalis


Eco 92 (1992)

O que foi: Representantes de 179 países se reuniram no Rio de Janeiro a fim de estabelecer metas para combater os males causados pelo uso predatório dos recursos naturais.
Em que resultou: O encontro produziu um documento aplaudido por todos, mas que, na prática, ficou restrito ao terreno das boas intenções. O crescimento da economia global, desde então, foi proporcional à degradação causada ao ambiente.

Uma análise sobre Brasil e Chile de Suely Caldas do Estadão

Suely Caldas:Brasil, Chile e suas diferenças

O ESTADO DE S. PAULO

A socialista chilena Michelle Bachelet vai encerrar seu mandato, em 2010, com 85% de popularidade, a mais alta entre todos os presidentes da América Latina (AL), e com o convite, recebido na terça-feira, para ingressar no seleto clube de 30 países que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Enquanto o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva persegue obsessivamente poder e prestígio político em busca de um assento para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, a presidente chilena segue outra linha: a de levar para o Chile progresso econômico e social integrando seu país a um organismo voltado para elevar o nível de vida da população, aperfeiçoar a democracia, garantir estabilidade econômica, fomentar o comércio e desenvolver o emprego.

Criada em 1961 por um grupo de países europeus, a OCDE tem hoje 30 países-membros que, juntos, somam mais da metade das riquezas do planeta. Para tornar-se sócio, o país precisa provar ter avançado em compromissos com a democracia representativa e com a economia de livre mercado. Da AL, só o México faz parte da OCDE, e, assim mesmo, por influência dos EUA. O Chile é o primeiro a ser convidado espontaneamente e por unanimidade. Para se unir ao grupo, vai precisar mudar sua legislação nas áreas fiscal, de governança corporativa e responsabilidade legal em casos de corrupção.

Brasil e Chile passaram por duras e prolongadas ditaduras, mas tomaram rumos diversos com a chegada da democracia. Pragmática, a Concertación (coalizão de partidos de esquerda que governa o Chile há 20 anos) contestou a ditadura no plano político, mas manteve e aprofundou feitos na área econômica, como a abertura da economia com baixas tarifas de importação, a lei de autonomia do banco central e um modelo privado de previdência, que depois entrou em crise pela baixa adesão dos trabalhadores, que não tinham recursos para contribuir com o valor mínimo exigido. Ao assumir o governo, um dos primeiros atos de Bachelet foi nomear uma comissão mista (governo e oposição) para preparar uma nova previdência, que manteve o regime privado de capitalização, mas universalizou o sistema, concedendo um mínimo equivalente a R$ 230 a 40% dos idosos excluídos até então.

Já o Brasil saiu da ditadura promulgando uma nova Constituição, com viés ideológico fora da realidade e que logo precisou ser reformada para possibilitar o progresso econômico. A abertura econômica só ocorreu em 1994 e, assim mesmo, tímida; apenas remendada, a Previdência permanece com poucos ganhando muito e muitos ganhando pouco; a autonomia do Banco Central depende do presidente de plantão, porque não é garantida em lei. No Brasil o poder de pressão de interesses da classe política costuma atrofiar e reduzir pela metade o que precisa ser feito.

Em resumo, os quatro governos democratas da Concertación agiram sem preconceito ideológico em favor do progresso econômico: mantiveram o que de bom herdaram da ditadura, fizeram acordos comerciais com EUA e Europa, preservaram a política macroeconômica que controlou a inflação, estabilizou a economia e atraiu investimento estrangeiro. Já o Brasil começou o ciclo de reformas mais tarde, a partir de 1994. Passados 15 anos, até hoje não o concluiu. A falta das reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista tem freado o crescimento e fragilizado nossa democracia. Por isso, desde o início da década de 1990, enquanto a economia chilena cresce continuamente a taxas de 6%, 7% ao ano, a brasileira patina em taxas baixas e, nos últimos anos, cresceu mais colada na prosperidade do mundo. Por isso o Chile é o 1º na AL e o 44º no mundo entre os países de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e o Brasil ocupa, respectivamente, a 9ª e a 75ª posições.

Com apenas um ano de governo, em maio de 2006, Bachelet enfrentou uma greve de 800 mil estudantes que fez desabar sua taxa de popularidade. Mas não cedeu a pressões por gastos: precisava economizar dinheiro para os idosos. Criou a aposentadoria básica universal equivalente a R$ 230 e deu gratuidade no sistema público de saúde para os maiores de 60 anos. Mas o que impulsionou a popularidade de Michelle Bachelet foi o bônus de US$ 60, instituído para enfrentar a crise e que beneficiou 2 milhões entre 15 milhões da população chilena.

Apesar da popularidade em alta, Bachelet não conseguiu transferir votos para seu candidato na eleição de domingo passado. E aqui? Lula conseguirá?

Da série: Li, reli e nao acreditei...

Elio Gaspari:: A visão Petista da Segunda Guerra

FOLHA DE S. PAULO

Há uma semana, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro de Assuntos Estratégicos, defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU durante uma palestra no Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais do Itamaraty.

Defendeu a admissão, como membros permanentes, de Brasil, Índia, Alemanha e Japão.

Ia tudo muito bem até que ele explicou a exclusão, em 1946, da Alemanha e do Japão do centro de decisões da ONU. Numa versão-companheira da Segunda Guerra Mundial, os dois países penaram "tantos anos de purgatório, de punição, por terem desafiado a liderança anglo-saxônica do mundo". (A repórter Claudia Antunes ouviu, anotou e noticiou.)

A menos que Nosso Guia indique outro caminho, a Alemanha e o Japão não desafiaram "a liderança anglo-saxônica". Eles invadiram seus vizinhos, montaram economias baseadas no trabalho escravo e máquinas de extermínio nunca antes vistas na história.

Na conta da Alemanha havia cerca de 10 milhões de mortos em campos de extermínio.

Na do Japão, 6 milhões de coreanos, chineses e filipinos.

E em 1945, depois da abertura dos campos de concentração da Europa e da Ásia, nem mesmo os precursores da defesa do nazismo e da Grande Esfera de Co-Prosperidade do Império Japonês falavam mais em desafio à "liderança anglo-saxônica".

Na dúvida, basta reler "Mein Kampf", de Adolf Hitler.

PAC = Como já haviámos demonstrado

PAC: prazo acabando. Obras, não

Para ONG Contas Abertas, só 9,8% das 12.520 iniciativas estavam concluídas

Gustavo Paul, Brasília

Com obras espalhadas por vários municípios e cujos valores vão de poucos milhões até bilhões de reais, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) completa três anos em 2010 ainda longe de concluir metade do que se propôs. De acordo com levantamento da ONG Contas Abertas, das 12.520 obras do programa em todo o país, apenas 1.229 estavam concluídas, o que representa 9,8% do total. Esse montante inclui os programas de habitação e saneamento, que formam sua grande maioria. Sem esses dois setores, os números melhoram, mas ainda ficam distantes das metas do PAC em 2010: o volume de obras concluídas sobe para 31% dos 1.340 empreendimentos contabilizados.

Do total, as obras que sequer saíram do papel — consideradas em contratação, em ação preparatória ou licitação —chegam a 62% do total.

Apenas 29% estão em pleno andamento.

A compilação dos dados só foi possível em 16 de dezembro, quando a Casa Civil divulgou os cadernos estaduais do PAC, que detalham todas as obras do programa. Os números se referem ao balanço de agosto.

— O governo terá de trabalhar em um ano mais do que fez em dois anos e oito meses para entregar boa parte das obras ao final do mandato — diz o economista Gil Castelo Branco, coordenador do Contas Abertas.

Programa cresce e ultrapassa 2010

Ao lançar o PAC em uma grande solenidade em janeiro de 2007, o governo tinha como horizonte apenas o ano de 2010, fim do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. A previsão era gastar R$ 503,9 bilhões em obras no setor de logística, energia e nas áreas social e urbana.

Em fevereiro de 2009, ao completar dois anos, o governo turbinou o programa com R$ 142,1 bilhões de novos investimentos previstos até 2010. Além disso, foram computados mais R$ 502,2 bilhões para após a gestão Lula.

Com isso, o PAC passou a ter um orçamento de R$ 646 bilhões até 2010. A Casa Civil contesta o levantamento, sob argumento de que ele leva em conta apenas o número de obras. No 8oBalanço do PAC, divulgado em outubro, o governo federal informou que 32,9% das ações estavam concluídas, considerando o montante de recursos.

“Consideramos que o critério de valor seja mais adequado para calcular o percentual de conclusão de obras, pois o PAC é composto de um número muito grande de obras com dimensões muito diferenciadas. Esse fato provoca distorções”, informa a assessoria da ministra Dilma Rousseff, em nota.

Eles lembram que o PAC Funasa, voltado para saneamento, contabilizava 6.916 empreendimentos no valor de R$ 3,5 bilhões. Isso representaria 40% da quantidade de obras e apenas 0,5% do valor total do PAC até 2010. Ao mesmo tempo, a Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, orçada em R$ 13,5 bilhões, equivale a 2% do PAC.

Para a Casa Civil, em 2010 as expectativas são melhores, pois algumas obras ganharam ritmo e outras sairão do papel. Mas grandes obras previstas para 2009 não começaram.

É o caso do trem-bala entre Rio e São Paulo, cujo edital só foi lançado para consulta pública em 18 de dezembro.

A usina de Belo Monte só deverá ser licitada no início de 2010, e até a terceira etapa das concessões rodoviárias, prevista para junho passado, foi transferida para abril de 2010.

Paulo Godoy, que preside a associação de empresas de base (Abdib), lembra que há problemas, mas acredita que o programa trouxe um novo modelo de gestão de obras públicas.

Dados orçamentários levantados pela Contas Abertas mostram que, até 15 de dezembro, dos R$ 27,9 bilhões previstos para o ano foram empenhados R$ 21,4 bilhões (76,7%).

Efetivamente pagos foram R$ 6,7 bilhões (24%). A maior parte dos R$ 15 bilhões restantes deve ser paga em 2010.

Foram incluídos no programa os R$ 7,3 bilhões do programa Minha Casa, Minha Vida. Mas a maior parte do orçamento do PAC de R$ 29,8 bilhões deverá ficar com o futuro presidente.

Gil Castelo Branco alerta que ainda há um estoque de R$ 8,9 bilhões de restos a pagar acumulados de 2007 e 2008. Com isso, o governo já teria comprometido cerca de R$ 23 bilhões de restos a pagar em 2010. Somados aos recursos novos orçados para o ano que vem, se o governo gastar o que já empenhou e o que poderá empenhar, terá de quitar cerca de R$ 53 bilhões em 2010, segundo a ONG: — Com certeza essa conta será herdada pelo futuro presidente.

A Casa Civil ressalta que, considerando apenas os recursos orçamentários, a execução do PAC tem crescido de maneira expressiva ano a ano. Sobre o montante de restos a pagar, afirma que se deve a uma contingência da estrutura das contas públicas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

COP-15, Aquecimento Global e Interesses

Como há aqueles que, chamado céticos, provam através dos mesmos dados e pesquisas que o aquecimento global não é assim tão quente ou ainda que seja uma fase pelo qual a natureza do planeta passa comumente e a queda da temperatura na Europa é usada como prova disso; fica dificil falar do tema sem parecer membro de uma nova seita adepta da doutrina que um apocalipse ambiental irá varrer a espécie humanda do planeta e o messias salvador diferente do esperado pela religiões tradicionais seria a propria humanidade que está obrigada a mudar seu proceder adotando um novo evangelho tecnológico e eco-responsável ou perecer num inferno de altas temperaturas e fome.

Que se dê de barato a descoberta dos emails de cientistas respeitáveis afirmando que mexeram nos números das pesquisas para apoiar suas teses a favor da idéia do aquecimento global.

Tanto é assim, que o mote "aquecimento global" deu lugal a um termo mais amplo "mudanças climáticas", que vejam que coisa, pode explicar as chuvas torrenciais fora de época ocorridas em São Paulo, a queda de temperatura na época normal na Europa e o calor no Nordeste.

E o que de concreto temos, desde a primeira reunião ocorrida sobre o tema, a ECO-92?

Que o aquecimento global é um grande negócio. Não me entendam mal. Explico.

Qualquer um, até mesmo o mais ardoroso defensor do petróleo sabe e reconhece que um dia ele acaba. E acabando, boa parte da humanidade voltará para a idade média e com ela os valores que fazem da civilização humana algo positivo.

Então o que se deve fazer? Financiar como nunca a criação e popularização de meios por enquanto alternativos de energia. Ora se essa pesquisa é necessária e vital, que seja uma energia alternativa ao petróleo e mais limpa que o mesmo.

Nós ganhamos, o planeta ganha. Ou alguem de sã consciência escolhe poluir um rio de onde tira água para beber podendo preserva-lo?

Como chegar lá, ou melhor dizendo, aceitar que é preciso chegar nesse patamar todos concordam porque foi exatamente por isso que todos os paises mandaram representantes a Copenhagem para o COP-15.

O problema como sempre é: quem paga a conta?

A maioria decorou e repetiu o discurso rápido que os maiores poluidores devem ser os mais contribuintes da limpeza. E isso na teoria é aceitável e razoável.

Ocorre que na prática, o mundo cresceu e prosperou justamente porque os paises mais poluidores e destaque-se aqui os EUA e a China, compraram bens e matérias primas dos demais paises. O crescimento do Brasil em grande medida foi baseado no crescimento da China e no seu apetite por ferro. E os EUA? A despeito da propaganda nacional dizer que o comércio exterior aumentou com outros paises, os EUA continuam a ser o maior parceiro comercial do Brasil e basta uma rápida olhada em qualquer pesquisa sobre o assunto, descobre-se que ele também é o maior parceiro comercial de uma infindade de outros paises e foram esses mercados que pavimentaram o crescimento dos demais paises.

Ou seja, queremos que eles continuem comprando, produzindo crescimento e ainda por cima que paguem a conta pelos efeitos colaterais desse crescimento? Se fosse possivel, qual seria a reação se a China resolvesse ajudar o mundo diminuindo seu crescimento e portanto deixando de comprar dos demais paises, ferro e soja por exemplo? Ou os EUA se limitando a produzir internamente ou comprando apenas dos parceiros de sua ALCA?

O Brasil almeja posição de destaque no cenário mundial e não pode hora agir como player mundial para depois de dividir a despesa colocar-se na posição de vítima.

Infelizmente os gastos com a industria bélica no mundo é 20 vezes maior que o gasto com produção de alimentos. Os custos de implantar novas tecnologias e mitigar a emissão de CO2 na atmosfera é muito grande e os paises na hora de optar aonde gastar seus recursos sem dúvida optam pela agenda de crescimento que tem seu impacto agora do que novas tecnologias com impacto para um futuro e que ainda por cima passa por crise de credibilidade quando os dados apresentados, descobre-se agora, foram maquiados.

De qualquer forma essas novas tecnologias são um negócio e bem atrativo diga-se de passagem. Tanto é assim que existe o perigo de perdemos o bonde da história.

Querem um exemplo? Paineis solares são feitos de silica; e o Brasil possui uma das maiores reservas desse minério. E daí, você se pergunta? - Sabe qual o maior produtor mundial de paineis solares? A china. Ela compra o minério do Brasil e o Brasil compra os paineis solares da China. E olha quer a matriz chinesa de energia ainda é dominada pelo carvão.

Considerando a posição no planeta do Brasil, seu clima e sua implementada matriz energética bastante diversificada, o país poderia já ser hoje o líder mundial em tecnologias verdes. E no entanto...

O ano que vem, a COP será no México. Haverá os mesmos discursos, alguns apocalipticos, outros céticos e maioria se perguntando quem pagará a conta.

Tudo como antes...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Faltou só o Mogli.

Comento: Que se de o devido desconto de serem animais jovens talvez acostumados uns com os outros, mas decerto tres animais predadores convivendo pacificamente?

Se alguns humanos aprendessem como eles aprenderam, o mundo seria melhor...

10/12/2009 - 12h06

Urso, leão e tigre vivem juntos em centro conservacionista nos EUA

da BBC Brasil

O centro de reabilitação animal Noah's Ark (Arca de Noé, em inglês), na cidade de Locust Grove, no Estado americano da Geórgia, mantém um urso, um tigre e um leão vivendo juntos no mesmo habitat.


noahs-ark.org - Locust Grove, GA
Urso, leão e tigre vivem juntos no centro norte-americano
Urso, leão e tigre vivem juntos no centro norte-americano

O urso Baloo, o leão Leo e o tigre Shere Khan foram levados ao centro em 2001, depois de serem resgatados, com aproximadamente dois meses de idade, em uma operação antidrogas da polícia local.

noahs-ark.org - Locust Grove, GA
Animais gostam de brincar juntos no centro conservacionista Noah's Ark, localizado na cidade de Locust Grove, na Geórgia
Animais gostam de brincar juntos no centro conservacionista Noah's Ark, localizado na cidade de Locust Grove, na Geórgia

Desde que chegaram ao centro, um dos fundadores e responsável pelos animais, Charles Hedgecoth, decidiu cuidar dos animais simultaneamente, e optou por deixá-los juntos.

Oito anos depois, os três animais se tornaram "amigos" e além de morar juntos, brincam e relaxam no espaço dedicado a eles no centro de reabilitação.

A diretora-assistente do centro, Diane Smith, diz que os três se dão bem e parecem bem relaxados quando estão na companhia uns dos outros.

Segundo ela, Baloo e Shere Khan seriam mais próximos, já que Leo, o leão, acorda mais tarde que os companheiros, e tem hábitos diferentes.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

E lá vamos nós...

Escândalo 01 = Um belo dia...um irmão que aparentemente se resintiu do esquema do irmão, dedurou pra imprensa o que ficou conhecido como esquema PC Farias, que na prática era um achaque de empresas que atuavam ou não para o governo, propinas, caixa 2...

Escândalo 02 = Um belo dia...descobriram um esquema de superfaturamento do orçamento da união que viria a ser conhecido como escândalo dos anões...

Escândalo 03 = Um belo dia...um deputado vendo que ia estourar contra ele um escândalo ligado a caixa 2 nos correios, resolveu ir a imprensa e denunciar um esquema batizado por ele mesmo de "mensalão", neologismo que caiu no gosto do público. Esse esquema do PT e partidos da base do governo não derrubou o governo porque a oposição não enxergou a situação e preferiu esperar a eleição; porque o presidente conhecido por controlar de perto o partido e seu governo nada sabia de nada do que se passava e a campanha petista teve pagamento no exterior com dinheiro de caixa 2 para o qual foi criado outro neologismo "dinheiro não contabilizado"...

Escândalo 04 = Um belo dia...no auge da apuração do escândalo acima descobriram que um dos personagens principais da mixórdia agiu de forma equivalente em Minas Gerais...

Escândalo 05 = Um belo dia...descobrem que em Brasilia a turma do governo estadual nadava de braçadas nos mesmos esquemas que fizeram a fama dos escândalos anteriores.

E assim, no suceder dos escândalos assiste-se sempre as mesmas cenas:

Picadeiro 1 = As ongs e organizações sociais que aparentemente estavam dormindo no escândalo 3; acordam com toda a força e vigor conclamando os cidadãos contra a corja;

Picadeiro 2 = Os patifes envolvidos nos escândalos anteriores automáticamente sentenciam a gravidade dos fatos e a importância de tudo apurar;

Picadeiro 3 = Os hipócritas que ao largo dos escândalos esgriman-se com os adversários para mostrar gravidade, ar circunspecto, ética e justeza apontando o dedo para os transgressores, são pegos nadando de braçada nos mesmos atos falhos, pecados e crimes que denunciam nos outros;

Picadeiro 4 = A blogosfera e a petistofera ululante babando de contente explora ao máximo a velocidade da internet com blogueiros e comentaristas batendo de forma sistemática no escândalo envolvendo os adversários mantendo silêncio obsequioso quanto aos escândalos dos companheiros;

E no fim, quando o confete e a serpentina se misturando com a fumaça dos fogos de artíficio, enoja os honestos e incautos transeutos que nada tem a ver com isso; ninguem para e pensa por alguns minutos o porque de depois de tantos e tantos escândalos o roteiro usado sempre ser o mesmo:

- dinheiro ao vivo? sendo colocado em bolsos, cuecas, meias?
- desculpas estapafurdias como ter ido pagar conta de tv a cabo, compra de panetones?
- dinheiro registrado mas se faz de tudo para que seja escondido?

Enquanto isso...

Enquanto isso...ficamos aqui lidando com a tortura de saber que janeiro que se avizinha virá acompanhado dos 4 cavaleiros do apocalipse financeiro: IPVA, IPTU, IRF e Matricula escolar...

E eles...

E eles, comprando panetones para pobres...e orando agradecendo a ajuda divina depois de dividirem o butim...

Impressionante esse deus adorado por eles...

Deixa 300.000 morrerem em darfhur mas ajuda um bando de quadrilheiros a roubar dinheiro público...

Triste tempos e o que fazer...além de orar?

Oremos!...desde que não seja para o mesmo deus dessa turminha, pois esse, ao que parece, só mata a fome de um pobre coitado depois de amassar bastante o pão, se é que me entende.