quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O caso de Sto André e uma disgressão sobre a defesa

Ainda é cedo pra discutir o caso, mas não posso deixar de comentar o discurso da advogada de defesa do marginal que matou aquela garota em Sto André.

Diz o ditado que contra fatos não há argumentos. O que se notou no discurso da advogada foi uma luta inglória para escapar das garras do bom senso e do equilibrio.

A advogada, tivesse ela mais uma hora para discurssar teria acusado a sociedade brasileira, a colonização portuguesa, o massacre dos povos índigenas, a cristianização forçada do novo mundo, as invasões bárbaras, a queda do império romano. - Impressionante.

O marginal é um sujeito bom, apaixonado até hoje pela falecida, bom moço que não tinha a intenção de matar, que o genio da menina ajudou a selar seus destino, que a policia errou quando invadiu, que a imprensa errou quando noticiou...e por ai foi.

Chegou a lembrar do caso do jornalista Pimenta Neves que durante o julgamento ficou livre mas o coitadinho, ficou preso por ser pobre e portanto bode expiatório da sociedade.

Merece comentários:

O sujeito até poderia ser um bom moço, e não duvido que fosse, posto que gozava da confiança da família; até o momento que entrou na casa armado, fazendo reféns e que culminou na morte de uma e quase morte de outra. Fosse bom moço teria entregue as armas e não estariámos a falar nisso. Do momento que comente um crime ou uma sucessão deles, ele se tornou um criminoso. A advogada pode fazer os rocócós  linguisticos, gramaticais e semânticos que desejar; o que não impede da verdade ser claramente distinguida pelos demais e que são os realmente bons.

Apaixonado por uma pessoa falecida, não cabe a mim dizer se é verdade ou não; mas posso afirmar que o argumento é reciclagem de uma velha desculpa que vez ou outra volta a tona: matou por amor. Os normais e dotados de bom senso, sabem que mata-se por ódio que no caso é a ausência do amor; por ciume que é o desejo doentio da posse; por inveja que é o desejo de possuir o que não é nosso; por ganância que é o desejo de possuir tudo; por doença mental no caso dos psicopatas e outros; mas por amor...pode-se deixar matar, pode-se entregar a vida em sacríficio, mas matar? - Definitivamente não. Seria muito melhor que a advogada eleva-se o nivel do argumento dizendo que o criminoso não sabendo trabalhar seu sentimento de amor o transformou em inveja do suposto namorado, em ganância nao desejando que ela fosse de outro, em ciume doentio levando-o a desejar uma fantasia no lugar da jovem real e que naquele momento estava ele tomado de violenta emoção e não controlava seus sentimentos.

Se ele não tinha a intenção de matar, porque diabos atirou uma vez em cada menina e na cabeça?

O rapaz namou a menina com 19 anos e ela 12 durante dois anos. Ele tinha 22 e ela 15, portanto 1 ano após o namoro, quando resolveu que ia mandar a menina pro saco, por conta do genio dela? - O que pensa um sujeito de 19 anos que começa a namorar uma pré-adolescente de 12? Espera o que dela? Maturidade, que sequer ele possui? - só rindo mesmo!

Tenho un senão neste ponto. Na época escrevi isso em tres postagens e basta peqeuisar o blog para ler (caso de sto andré I, II e III).

O senão é o que diabos tinham os pais da menina na cabeça que permitiram que uma criança de 12 anos namorasse um rapaz de 19, legalmente portanto, maior de idade? - Tá certo que os valores e os costumes mudaram tanto de forma, cor, cheiro e tamanho que a sensação de errado ser o certo e vice-versa é tanta que se fica tonto só de pensar; mas mesmo assim, não é plausivel um rapaz de 19 anos sentir-se atraido por uma criança e os pais dela acharem ok? E mesmo que fosse, caberia aos pais colocar um freio na coisa até a menina possuir mais maturidade.

Quanto a policia ter errado, eu acho que errou em não ter plantado uma bala na cabeça desse idiota na primeira oportunidade que tivesse e se deixado emcabrestar pela midia que acorreu ao local.

Quanto a imprensa; o papel dela é informar, caberia a policia desligar agua, energia, telefone e arrancar os cabos da antena de televisão e colocar musica hardrock pesada na porta pra tirar o sossego do sujeito. Oferecer comida com soniferos ou coisa que o valha e prender o sujeito ou mata-lo. Quando deixou as coisas correrem frouxas, até porque estava lidando com jovens e no momento já se sabia, sem antecedentes criminais, o coisa deu no que deu.

Mas que fique claro, quem apertou o gatilho não foi a imprensa, nem a policia, nem as vítimas mas o sujeito que segurava a arma e podia tê-la largado em qualquer momento.

Quanto a comparação com o jornalista Pimenta Neves, desde o começo ele confessou o que fez, o que não foi muito diferente do caso em questão; mas teve desde o começo advogados que souberam usar a lei. Não parece ser o caso dessa advogada, porque se assim fosse ele também estaria em liberdade, por suposto.

Claro, dirão que ricos podem pagar bons advogados e pobres ficam com o resto. De forma geral isso não é verdade. Ricos podem pagar os advogados famosos e os que possuem relacionamentos. Obvio, um advogado que já foi ministro do STF ou minstro da justiça tem uma experiência muito maior que um advogado de porta de cadeia.

Mas o fato é que a advogada ao afirmar o que afirmou quis dizer que sendo ela uma advogada que um pobre pode pagar, ele está ferrado de qualquer jeito e por isso deveria gozar do mesmo privilégio do outro que pagou advogado caro. Não cabe a ela ser mais competente, mas que o sistema aja de forma isonômica. Seria o caso de perguintar: pra que advogados então, não é mesmo?

O defensor dos Nardoni, perdeu a causa mas não saiu derrotado. Ele honrou a advocacia defendendo seu cliente e lutando para obter uma sentença justa. A defensora desse sujeito, perderá a causa, com toda a certeza e também sairá derrotada.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A crise européia

Como tudo na vida, as coisas são mais ou menos cíclicas. A economia moderna tal e qual está montada, vive de períodos de bonanças seguidos de períodos de crise. Tal qual o velho sonho do faraó, o mundo assistiu um período de crescimento que chegou a ser tachado de irrascional. Sem a divisão do mundo em dois como ocorria na guerra fria e com todos os paises buscando encontrar mais ou menos os mesmos objetivos, com a exceção quase óbvia de uma meia duzia de idiotas e o inimigo comum a todos, o mundo cresceu em riqueza assustadoramente.

Um crescimento tão espetácular (basta lembrar que a meros 30 anos, a Coréia do Sul não possuia marcas de eletroeletrônicos e de automóveis, que fossem competitivos mundialmente), possuem um efeito colateral em paises e pessoas: - As regras de segurança vão sendo afrouxadas. Essa libealidade com o digamos assim, bom senso, fez com que empréstimos vinculados a hipótecas fossem dados a pessoas que normalmente não oobteriam tais empréstimos porque não possuiam as condições básicas para paga-los. Com efeito, quando essas pessoas passaram a tingir de vermelho os resultados das empresas, bancos e seguradoras, o mundo veio abaixo nos EUA e o resto do mundo teve de rebolar feio para evitar uma crise esmagadora de proporções globais.

Agora na Europa, a crise embora possa até ter uma gênese similar a da crise de 2008, ela possui outra particularidade. A crise é fiscal dos paises dentro da zona do euro e a confiança de que esses paises irão honrar seus compromissos é pequena.

A origem da crise, que embora afete todos os paises da zona euro atinge de forma mais forte seus parceiros mais recentes e que apresentavam elevados índices de crescimento depois que ingressaram na zona do euro; demonstra que a frouxidão com a segurança e o bom senso é o mesmo pecado praticado nos EUA que levou a crise de 2008.

Irlanda, Portugal, Grécia, pra ficar nos três exemplos mais contundentes eram os primos pobres da Europa unificada no MCE e que viveram uma bolha de crescimento enorme com a implantação da moeda comum. Ocorre que os gastos excessivos desses estados, está cobrando uma conta que antes da crise de 2008 dificilmente seria cobrada. Com a crise americana, as agências de risco se viram engolfadas na incredulidade de vez após vez atestarem que tudo estava bem e normal e não perceberam ou nada fizeram quando a bolha imobiliária estourou em 2008. Agora da mesma forma que quem quasem morre afogado tem medo até de banheira; as agências de risco estão mais que atentas e baixaram as notas de paises europeus.

É certo que elevar ou baixar notas tem um forte conponente político e de interesses; mas de fato, a relação de dívida e pib que os paises europeus citados demonstram não permite que sejam considerados  locais de investimento sem risco ou com o mínimo dele. Durante a década de 80 e 90, o Brasil tinha sua nota praticamente fundeada com ancoras porque o tamanho da dívida era gigantescamente desproporcional, além de ínumeros outros problemas.

Além disso, embora esses paises europeus estejam atrelados uns aos outros na zona do euro, o mercado comum europeu não possui uim organismo unico que monitore e controle os gastos governamentais dos paises membros (lembrando que qualquer país que ingresse em um bloco ecônomico, dá em troca da musculatura que ganha  em termos de negociação, um pedaço de sua liberdade de decidir individualmente o que fazer); com isso ações preventivas se tornam quase impossiveis de serem implantadas.

Com a redução de notas e o evidente desequilibrio, quem tem papéis desses paises procura se desfazer deles tão logo quanto possivel para não serem micados. Quando isso ocorre, o país obviamente não possui os recursos em caixa e precisa emitir novos titulos que para serem aceitos pagam juros cada vez mais altos e prazo de resgate cada vez mais curtos e isso piora o desequilibrio entre dívida e geração de receita.

Quando você soma a isso tudo, problemas políticos internos e externos, o que se tem a frente e uma expectativa de caos.

O custo até o momento foi de mais de 110 bilhões de euros apenas para a Grécia e foi criado um fundo de mais 750 bilhões para qualquer pais europeu que precise de proteção em seus pagamentos até que suas contas se acertem.

Pois é...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sobre a greve de policiais...

Não vou me deter sobre direitos, deveres, salários dignos e todo o blá-blá-blá a cerca do assunto.

A Constituição Federal PROIBE que militares façam greve. As policias militares são forças auxiliares do exército (vem daí o termo militar, óbvio), e militares precisam obedecer voz de comando e hierárquia (por isso a policia tem como no exército, patentes).

Sem as duas coisas, se tornam bandos armados, milicias na verdade e a população civil e desarmada é quem paga o pato.

O resto é blá-blá-blá de sindicalista e militante ideológico.

Que os líderes sejam presos, processados e expulsos da corporação. É o mínimo!

E o resto da tropa que volte ao trabalho rápido e sem reclamar. Quem estiver muito descontente, mude de profissão.

É verdade, se a tropa reclama do salário ou do soldo, e tem todo o direito de fazer isso, que reclame nos canais competentes mas sem quebrar a lei que a todos é dado obedecer.

É incrivel...mas é verdade...

Tenho ouvido comentarios a respeito do ultimo post sobre o aborto que publiquei e sobre o tema em alta por conta dos ditos e não ditos de minitras sobre o assunto.

É óbvio que existem os favoráveis e os contrários à prática em questão. O búsilis é outro: - Alguns, até mesmo amigos meus que se ofenderam ao ponto de irem as lágrimas com o video da violência da enfermeira louca contra um pequeno cachorrinho se mostram favoráveis ao aborto.

A maioria acha que a prática é válida se o feto é doente ou se mãe não tem condições de criar.

Acho incrivel, que alguem capaz de exigir laços, prisão em masmorra e tortura com oléo fervente na imbecil que torturou o animalzinho que nada podia fazer pra se defender, entenda como aceitável que um ser humano em formação seja "cancelado" por uma mal formação congênita ou porque a mãe não possua condição de criar.

Não vou me deter em desconstruir a idéia, e chama-la assim já é um elogio e tanto; mas apenas emitir um espaço em branco...(                                                      ).

O espaço em branco é o suspiro que se origina do cansaço moral que nos surpreende todas as vezes que nos sentimos, digamos assim, sozinhos em meio ao mar de mediocridade que assola o planeta e o país em especial.

Aos amigos, minhas desculpas pelo chute no traseiro, porque entendo que até chutes no traseiro são válidos quando nos impulsionam para frente. Aos adversários, minhas desculpas por não ter chutado tão forte quanto vocês merecem ou secretamente desejam, se é que entendem...



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A questão do aborto mais uma vez...

Já escrevi diversos posts a respeito, mas obrigo-me a repetir o tema dada sua volta aos jornais.

É bem verdade que, como das outras vezes, isso se dá por conta da fala de ministros empossados, e como já sabem pelo título, refiro-me ao aborto.

Sou contra. Absoluta e irredutivelmente contra. E faço questão de explicar o motivo, em razão de alguns leitores do blog serem a favor do mesmo.

Entendo que a vida começa na concepção. Como tudo tem um principio, a vida no caso a tem na concepção, sabe como é? - quando o espermatozoide se junta ao óvulo e começa a se duplicar em duas, quatro, oito células e por ai vai.

Milhões pensam como eu e pouco importa se esse pensar é embasado em crença religiosa, opção filosófica ou experiência pessoal. O fato é que milhões pensam assim e por assim pensarem, entendem que a prática do aborto como método para parar uma grávidez deve se manter proibido.

Um breve abrir e fechar de parenteses:

E como a prática se fosse liberada, seria custeada pelo SUS que é mantido pelo dinheiro dos nossos impostos, seria algo um tanto quanto exótico que milhões sendo contra não praticariam o ato mas sustentariam os que o praticariam com parte de seus impostos.

Voltando,

Os defensores da prática alegam basicamente duas nobres e virtuosas motivações para se liberar o aborto: o primeiro é impedir que mães morram em procedimentos feitos às escondidas em clínicas clandestinas. Chegam a citar números elevadíssimos de abortos clandestinos. O segundo nobre motivo é o direito da mulher a sua sexualidade e ao seu corpo.

No caso da primeira alegação: - Se as clínicas são clandestinas, como se chega nesse número gigantesco? A turminha o cria a partir das intervenções feitas em hospitais como a curetagem, que é a limpeza do útero quando uma gravidez é interrompida. Ou seja, misturam no mesmo balaio, os casos realmente originados em abortos clandestinos e os abortos naturais que ocorrem milhões de vezes nos seres humanos.

Deve-se ter em conta que um aborto clandestino ocorre por questões financeiras. A mãe, por assim dizer, é pobre e sendo pobre decide interromper a gravidez e se coloca nas mãos de um imbecil qualquer. Ou alguem vai me dizer que ricos não praticam o aborto? Praticam, é óbvio, mas o fazem em clínicas particulares com todos os cuidados.

Então o que temos é que a liberação do aborto não irá eliminar as clinicas clandestinas e os açougueiros, simplesmente porque as pessoas continuarão pobres e não poderão se dar ao luxo de ficar meses esperando vaga no sistema público, como ocorre com os coitados que precisam de tratamento oncológico e levam meses para conseguir um exame, que dirá o tratamento. E se algum político afirmar que no caso de abortos, o sistema seria mais ágil, eu perguntaria ao ignóbil porque essa agilidade não é posta em prática hoje especialmente no caso dessas doenças graves? - Ou somente eu assisto pelos jornais gente precisando de internação deitados no chão aguardando dias por um leito?

No caso da segunda alegação: - A mulher tem direito a sua sexualidade e ao seu corpo. Ninguem em sã consciência ousaria negar isso. Ocorre que o sexo, nos tempos de antanho tinha por objetivo primeiro a concepção e o nascimento de filhos. O prazer do sexo era um compensação, digamos assim. Hoje em dia o objetivo primeiro pode ser completamente controlado para não dizer eliminado com os métodos contraceptivos  atuais e operações; restando portanto o prazer como objetivo do sexo. Convenha-se portanto que se uma mulher fica grávida diante de tantas oções disponiveis para não ficar; restam apenas duas explicações: ou desejou a gravidez, ou não a desejando foi irresponsável em não evita-la. Quando engravidou sua situação mudou. Ela passou a carregar outra vida que é dependente dela por inteiro até seu nascimento. Essa dependência é o enlace indelével que nos torna parte da raça humana e desse ponto de vista, ela abre mão temporáriamente de alguns de seus direitos naturais em favor dos direitos daquele que ela carrega no ventre.

Ter direito a sua própria sexualidade e ao corpo, envolve principalmente dizer não ao sexo, se não deseja ou não consegue arcar com os custos de métodos contraceptivos ou se não pode arcar com os cuidados que precisará ter com a outra vida que pode vir a carregar.

Vale um novo e breve parenteses: Isso serve para os homens. Engravidou? - Tem que ajudar a criar e isso começa com o pré-natal. Não precisa necessariamente casar, mas deve arcar com os custos, exatamente a metade deles. Assumir a responsabilidade é ser homem realmente e não um bípede não emplumado comedor de grama como muitos.

Voltando

Ocorre que nesse mundo virado do avesso em seus valores mais básicos e comezinhos, prefere-se dotar as mulheres e homens do "direito" de abortar. Ao faze-lo, os defensores da prática ensinam que não é necessário buscar maturidade nas relações, responsabilidade com uma parte cotidiana da vida que é o sexo e capacidade de agir conforme suas próprias capacidades. É mais fácil entregar-se ao sabor das ondas e dos ventos e no caso de ter o azar de engravidar, retira-lo como se fosse um pequeno tumor.

E antes que alguem lembre que abortar seria melhor que deixar crianças na rua e em orfanatos como aquele sujeito metido a religioso, Edir Macedo; eu gostaria de lembra-los que muitas crianaças em orfanatos é porque não possuem família e não necessáriamente que todos eles tenham sido abandonados. Levada a idéia ao extremo seria o caso de ser melhor abate-las a tiros para não se tornarem adultos com problemas emocionais? - Pois é! Até para pensar idiotices como fez Edir Macedo é preciso um mínimo de inteligência e apego a lógica.








segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

171 virtual...é cada uma...

Mulher é presa por vender por um US$ 1 milhão de falsas ações do Facebook

 Marianne Oleson foi presa em Illinois, nos Estados Unidos, ao tentar vender e negociar US$ 1 milhão em falsas ações do Facebook. Para convencer as pessoas, ela dizia que havia comprado as ações antes da abertura de capital da empresa porque sua filha conhecia Mark Zuckerberg , o fundador da rede social. O irônico é que Oleson chegou a presentear a menina no Natal com parte das ditas ações.
Marianne Oleson Oleson tentou vender e negociar até US$ 1 milhão de dólares em ações do Facebook (Foto: Divulgação)

Entre as vítimas encontra-se um construtor civil que trabalhou na casa de Oleson. Ela tinha uma dívida de US$ 18 mil e, por isso, ofereceu ao profissional as falsas ações como forma de pagamento. A acusada ainda tirou dele US$ 10 mil em dinheiro, na venda de ações extras.

Segundo investigadores, existem pelo menos duas outras vítimas da farsa elaborada pela norte-americana. A primeira audiência do caso foi marcada para a próxima quarta-feira (08/02), e a fiança de Oleson foi estipulada em US$ 50 mil. O episódio aconteceu na mesma semana da abertura de capital do Facebook.


Fonte = TechTudo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Facebook e sua captação de recursos

A empresa facebook está lançando uma oferta pública de ações esperando captar algo em torno de 100 bilhões.

É mais do que provável que conseguirá, porque o facebook ao lado do google são as empresas ponto.com que se tornaram herdeiras da terra por assim dizer.

Curiosamente as duas partem de principios similares:
a) São empresas jovens;
b) São dirigidas por jovens;
c) Seus donos, por assim dizer se tornaram multimilionários, vendendo ar, na falta de expressão melhor, porque as duas são empresas ponto.com; ou seja não produzem um grão de alimento, uma porca de parafuso, nada palpável mas apenas a possibilidade de achar algo virtual, seja um resumo de um livro seja um amigo.
d) São pelo menos no discurso, idílicos, autruistas e idealistas, não enxergando seus negócios como uma empresa, logo visando lucro e rentabilidade; mas como um serviço a humanidade, tentando se igualar a sei lá eu, Sabin; Braille, Guttemberg, Marconi, Curie, e por ai vai.


O fato de uma empresa tão jovem obter tamanho peso demonstra a facilidade com que o mundo virtual alavanca, ao mesmo tempo tendo a capacidade de destruir uma empresa. Não é preciso ir longe; no Brasil pouco se falava em facebook porque a maioria usava o orkut. Quem na época resolvesse apostar todas as fichas no orkut talvez hoje se sentiria decepcionado, não é mesmo?

O fato dessas empresas serem dirigidas por jovens faz com que as mesmas sejam ageis, com menos burocracia e um curso mais livre da criatividade dos profissionais da empresa. Mas por trás delas, por trás desses jovens idealistas, existem os velhos tubarões do mercado que não necessariamente são profissionais dessas empresas mas controlam fundos de investimentos que financiam essas empresas. Como quem manda é quem coloca o dinheiro; esses fundos em geral tem peso para determinar o que deve ser feito. No caso especifico do Facebook, esse IPO serve tão somente pars remunerar esses fundos e os primeiros investidores. O dono com uma fortuna de mais de 30 bilhões não precisa desse IPO e a empresa tem condições como teve até agora de expandir sua atividade sem precisar lançar-se no mercado. Assim, no documento de lançamento do IPO, os controladores atuais não perdem um milimetro do poder atual de conduzir a empresa como bem entenderem; logo o IPO se configura em mero processo de rentabilizar os que investiram até agora.

O fato desses jovens serem agora multimilionários os torna ícones e modelos de comportamento, porque qualquer ser humano normal gostaria de ser um deles. Ocorre que a forma como o dono do facebook agiu com seu sócio de primeira linha, demonstra que nem sempre a criatividade, ou a genialidade demonstrada por um desses novos "mestres do universo" siginifica um cárater digno de ser imitado. O anti-herói quase deificado por grande parte da mídia, na verdade ensina que compensa ser desleal e trair os amigos, parceiros e investidores porque quando se confrontar com a necessidade de ressarcir o erro, o valor será um café pequeno em relação ao tamanho do negócio produzido.

Sou um usuário do facebook. Mas não me faço cego ao fato de que não existe almoço gratis. O uso gratuito do facebook é coberto pelos anuncios dirigidos e pela valorização das ações. Com esse IPO é um excelente negócio ter ações dessa empresa; mas não sei até onde ela vai vendendo ar.

E pra finalizar, lembro aos leitores amigos que a CARGIL fundada no final do século XIX; existe até hoje produzindo coisas reais e sem ter lançado IPO´s até hoje.





quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pinheirinho...

Aguardei a poeira assentar, achando que isso fosse possivel é claro, para falar sobre o assunto. Infelizmente ele está de tal modo usado pela militância visando politica e as eleições que tudo que se fale vira automáticamente um flaxflu dos diabos.

Quero portanto, externar não uma análise objetiva, porque considero isso impossivel dada a quadra acima descrita, mas uma mera opinião.

1. A invasão do local deu-se a oito anos atrás. Atenção, oito anos atrás. Isso significa que pelo menos duas administrações municipais, duas estaduais e duas federais passaram pelo poder e nenhuma solução foi dada, especialmente considerando que o terreno é de propriedade de uma massa falida e tres dos principais credores são justamente os poderes executivos que não receberam da empresa falida os impostos devidos. Por conclusão, era do interesse dos credores que o terreno fosse devolvido para ser vendido e restituir os credores de seus direitos.

2. Se interesse houvesse, a união poderia anos atrás ter desapropriado o terreno para construção de casas populares, doação aos moradores irregulares, ou coisa que o valha. Mas nada disso ocorreu nas diversas esferas de governo.

3. A retirada dos invasores foi negociada com a justiça. Logo tanto as lideranças do local e partidos sabiam disso que criaram uma espécia de exercito de brancaleone armados de escudos improvisados do corte em dois de barris plásticos, capacetes de motoristas e cassestetes improvisados. Inclusive se posicionando para fotos em jornais como se fossem uma centuria de um legião romana. Então ofende a inteligência de qualquer um que se orgulhe de pensar, dizer que a expulsão foi um ato arbitrário e supreendente como se tivesse sido um ato da natureza como a chuva ou a queda de meteorito.

4. Decisão judicial deve ser obedecida. O Nassif em seu blog me fez rir dizendo que o estado poderia ter se recusado a obedecer a ordem judicial porque sabia que estava sendo negociado um acordo. Olha o raciocinio, levado a outros exemplos: A polícia se recusa a prender o assassino de um parente seu, leitor, porque ela sabe que o advogado do assassino vai entrar com um pedido de habeas corpus. Voce ficaria feliz com essa digamos assim, ação pragmática da policia? - Pois é! Voce pode discutir o assunto, pode até ser amicus curi do paciente na ação judicial, mas não pode deixar de executar uma ordem judicial sob pena do crime de desobediência.

5. Em menor proporção, verdade seja dita, o governo federal também usou a PM de Brasília para expulsar invasores de terras da união. Não houve até agora uma misera passeata contra essa agressão a pessoas desprovidas, mais até, das que moravam no pinheirinho. Senso de justiça como demonstrada pela turminha não pode ser seletiva, criticando uma ação porque o executor da ação não comunga da mesma ideologia e aplaudindo, ou va lá fazendo um silêncio obsequioso quando a mesma coisa é praticada por gente da turma, digamos assim. A isso dá-se o nome de hipocrisia, que normalmente confunde-se com a palavra "política", se é que você leitor me entende.

Conclusão: O destino daquelas pessoas só interessa se pode ser usada como arma em campanha partidária. Sucessivos governos nas três esferas não se preocuparam em resolver a questão habitacional dessa gente e ao mesmo tempo resolver em definitivo a questão da invasão. Pouquissíma gente consegue analisar esse tipo de coisa sem se deixar levar pela militância partidária. Daqui alguns meses ninguem mais se lembrará desse pessoal, porque os interesses deles como massa de manobra terão perdido efeito.