quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não é uma questão de boa fé mas de fé pública

O caso do ex-ministro da casa civil demonstra que:


Quem é a favor dele, reclama de "factoides" da VEJA e nada declara sobre o que tratou o jornal FSP. De resto a militância bucéfala clama contra a midia golpista. Ou seja, qualquer denúncia envolvendo membros do governo ou aliados não é notícia mas ação conspiratória.

Quem é contra ele, reclama da falta de investigações sérias e dos processos de jogar tudo pra debaixo do tapete.

O que ocorreu de fato? A meu sentir pelos fatos e fazendo um certo jogo de imaginação:

Um cardeal petista de alto coturno começou a ver seus parceiros serem tirados de cargos de diretoria de bancos estatais pelo então ministro da casa civil. Esse sujeito então promete jogar lama no ventilador caso a situação não se resolva. Como não se resolveu; militantes dentro da prefeitura ligados ao tal cardeal usam informação sobre a empresa do então ministro e mandam pros companheiros do jornal que pautam as notícias (se alguem duvida é só acompanhar as noticias sobre o governo paulista no mesmo jornal). Dá-se o devido destaque ao estranho e elevado faturamento e o que se fez com ele. O então ministro acusa o golpe mas vem o efeito colateral. Partidos aliados que vivem parasitários ao poder central apoiam em publico e batem em privado fazendo repercurtir isso na imprensa em troca de cargos e verbas. Um outro consultor também igualmente bem sucedido em nadar no vil mar do capitalismo vê com bons olhos a saida de um concorrente do jogo. Enquanto isso, sentido o cheiro de sangue, os semanários saem atrás de informações e no caso do ex-ministro, a situação do imóvel no qual reside é pra dizer o mínimo estranha. Dá-lhe mais notícias. O ex-ministro se mantem fiel aos contratos de confidencialidade e não revela quem são os clientes e quais serviços e valores estão envolvidos. Diante da falta de apoio da bancada do próprio partido, o sujeito pede demissão. Em seu lugar entra uma política sem a experiencia em combate necessária. Com isso, a chance do cardeal voltar a dar as cartas fica maior e o consultor se mantem sem concorrentes. O ex-ministro não tem preocupações porque afinal dinheiro não lhe falta e a fidelidade aos antigos cliente poderá ser recompensada.

Em Brasília, o ex-ministro pode ser acusado de ter sido honesto demais, se realmente a empresa emitiu nota fiscal de tudo; porque uso do cargo para influenciar...veja bem...o que foi que o ex-presidente fez no caso, indo a Brasília senão influenciar?

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