sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nassif, o dossiê VEJA e a guerra de Blogs Parte I

Quem sou eu pra dar pitaco na maior briga do momento, na blogosfera?

O mais próximo que cheguei de um jornalista foi lendo um jornal. Então se produzo esse artigo não é em defesa de amigos, amigas, conhecidos (embora esteja aberto a fazê-los), ou por interesses outros. Como o nome do blog já diz, produzo análises e opiniões, minhas e de terceiros.

Já havia postado análise sobre os blogs e mais do que nunca se percebe como a maioria deles e dos comentárias se movimenta por conta da ideologia, menos pela razão dos fatos e os blogs que levantam bandeiras acabam criando fileiras de seguidores. Tanto Reinaldo Azevedo considera seus leitores inteligentes e os do lado de lá, irremediavelmente chucros; como Nassif considera os seus muito mais equilibrados e os de Reinaldo Azevedo, uma horda bárbara. volto a esse assunto depois.

Qual é a minha ideologia, meu norte, se é que se possa chama-la assim?

Dentro da minha visão de mundo, sempre achei que a Folha de São Paulo era tão contra o governo FHC e agora Lula, mas tão contra que por fim chegava a ser a favor. Sempre gostei da austeridade vendida pelo Estadão.Procuro ser leitor dos dois jornais.

Sou empresário, não empregado e por isso preciso me virar pra por comida na mesa, sem poder contar por exemplo, com dinheiro público a fundo perdido, e por isso defendo a visão de mercado acima de tudo. Como minha experiência profissional me fez passar pelas distribuidoras de energia paulistas começando pela então estatal Eletropaulo e passando pela diversas fases de privatização, multinacional estrangeira e grupo privado nacional; assisti o quão nocivo para a saúde de um estado ou país e de sua população, uma estatal pode ser. Por conta disso, sou um defensor das privatizações. Procurem meus artigos neste blog e no jornal de debates e verão exatamente essas posturas.

Prezo o estado de direito e que as coisas sejam feitas dentro da lei e não ao arrepio das mesmas; o que significa que prezo meu direito de ir e vir, de ter minha direito de propriedade respeitados.

Gosto das coisas feitas de forma ética embora reconheça que a ética como valor ou conjunto de valores não seja absoluta, já que ela pode mudar a partir do momento histórico, da cultura, do povo. Não estou dizendo que minha ética mude ao sabor dos ventos, nem que ela dependa de contextos, tão ao gosto do atual pensamento dominante, mas que somos obrigados a aceitar que infelizmente, a ética dos outros pode não ser exatamente a nossa.

Gosto portanto dos princípios. Esses são absolutos e não mudam conforme a musica da moda ou a conveniência desses ou daqueles grupos ou interesses.

Sou apolítico o que não me impede de enxergar que se EUA não fossem a superpotência que são (e reconheço que sejam idiotas e presunçosos, vá lá), qual seria a opção na falta deles? Uma superpotência árabe islâmica, uma superpotência comunista ou uma média potência bolivariana chavista?

Sou leitor da revista VEJA, bem como das demais revistas semanais como ÉPOCA e ISTO É. Procuro reunir coragem para olhar o site da Carta Capital, porque não gosto da ótica que a revista dá a certas informações. A internet nos propicia acesso aos meios de comunicação da mídia e conseguimos fazer uma imagem até equilibrada dos assuntos quando passamos por várias maneiras de vê-los.

Gosto do blog do Reinaldo Azevedo. Claro, existem pontos que podem ser discutidos e em certas posturas entendo que ele pese a mão. Mas isso não o torna o reacionário irascível que alguns teimam em pintar. Basta seguir ou acompanhar por exemplo, o tiroteio que houve entre ele e Gerald Thomaz e a mudança para uma amizade entre ambos após conversarem seriamente.

Em resumo, alguns irão me acusar de ser direitista, tucano, reacionário, etc. O que sei é que desgosto profundamente do triunfalismo ou vitimismo do qual se traveste a esquerda a depender de seus argumentos. Também fico com raiva quando argumentos puramente embasados na ideologia tomam o lugar da lógica nos debates de idéias.

Para que não seja relegado ao nível do inferno destinado aos de direita sem apelação, digo que sempre acompanhei o blog do Luis Nassif e do PHA. Em geral, o primeiro era e é discordante de tudo que Reinaldo Azevedo era e é concordante e vice-versa. Mesmo os posts a favor do governo e os contra o governo FHC (e vice-versa, façamos justiça), eram bem escritos e estruturados...em outras palavras conseguia ver por trás dos argumentos razões, embora não concordasse necessariamente com elas.

Já PHA sempre me passou certo clima de “algo está errado”, desde a crise gerada pelo acidente da TAM, quando ele criticava em verso e prosa tudo aquilo que na TV Record, ele fazia como repórter. Agora que está "independente", curiosamente cortou a área de comentários (ou o sistema não o permite, façamos justiça). De qualquer maneira, a imagem que passa de ser um perseguido, atacado e oprimido não resistiram a uma análise dos fatos feita pelo Gravataí Merengue em seu blog Imprensa Marrom (pesquisem lá e verão a avaliação feita das acusações de PHA).

Pra que esse preâmbulo todo?

Bem Luis Nassif começou um dossiê contra a revista VEJA no qual, capitulo a capitulo ele procura destruir a imagem da revista como defensora da ética. Ela não passaria de uma alavanca para negociatas de redatores e diretores, além de empresários correndo por fora. Ao começar a ler a série, as argumentações até tinham lógica e embora faltasse àquela prova com P maiúsculo ou aquele documento comprobatório definitivo, não se podia negar ao Luis Nassif alguma credibilidade.

Sua esposa que o substitui vez e outra na mediação de comentários, respondeu a um comentário mais recentemente que Nassif já havia escrito sobre o jornalismo dos anos 90 atacando o tipo de jornalismo de VEJA. Preciso resgatar esse texto, porém tenho quase certeza de que o texto não trazia acusações diretas a revista (se estiver errado, por favor me corrijam). Mais a frente ajudou a cunhar um termo "neocom" como também "blogs de esgoto" para definir jornalismo direcionado para ataques pessoais ou a mando de interesses velados e particularmente usa os termos contra Reinaldo Azevedo. Enfim, a esposa de Nassif alega que a VEJA o atacou primeiro na coluna de Diogo Mainardi quando esse fez acusações contra aquele de escrever sob interesse de patrocinadores. Fui atrás da coluna e o que Diogo Mainardi fez foi testar na sua concepção a ética de Nassif que exigiu dele (Diogo), ética ao lidar com fontes off (em artigo anterior, Diogo havia revelado uma fonte no congresso, deixando em polvorosa todo mundo, na época da cpi do mensalão). De lá pra cá, a revista vinha sendo alvo de críticas de Nassif, bem como a FSP e agora com esse dossiê, ele procurava dar nome aos bois, digamos assim.

Lendo os capítulos, reconhecia que boa parte do que ali se acusava em nada ficava a dever as histórias de Assis Chateaubriand, esse sim um magnata da imprensa que como ninguém, misturou jornalismo, negócios e política, não necessariamente nessa ordem, com sua vida e gosto pessoais.

E claro, retornava à questão central, quais as provas que embasaram o argumento, já que argumento nunca é prova?

Não basta afirmar, é preciso provar.

Como dito no inicio, com base em meu perfil e sendo sincero pergunto: um empresário usar de contatos na imprensa para fechar negócios, é algo tão extraordinário? Sinceramente, não! Negócios envolvendo milhões de dólares merecem ser defendidos a todo custo? Bem, a lógica diz que sim! Um editor fazer loas ao livro desse ou daquele sujeito, torna o escritor um idiota que usa ghostwriter para escrever, porque a revista que fez as loas é a VEJA? Convenhamos. Além disso, como disse, gosto de lógica nos argumentos (ou gosto de argumentos que respeitem a lógica).

Se Nassif escrevesse, “acho isso... ou penso que...” ou ainda, “afirmo que...” tudo certo; porque o dossiê seria então uma peça importante para aprofundar juízos de valores ou quem sabe, investigações criminais. Entretanto, Nassif aponta como fatos reais, coisas que são apenas ilações por conta do cruzamento de informações tiradas da própria revista e das datas em que foram publicadas e ao colocá-las como verdadeiras, pergunta-se aonde estão às provas irrefutáveis de que as coisas não só ocorreram assim como foram planejadas para serem assim e qual foi a motivação por trás dos atos.

Não se pode esquecer que um crime só é visto como crime a depender das circunstâncias e motivos. Sempre uso o mesmo exemplo, mas ele é válido: Um homem discute com minha filha no trânsito e eu o mato. Alguém discute que eu fui um assassino insensato? Não. Mereço ser julgado e condenado? Sim. Homicídio é homicídio e ponto final não é mesmo? Mas mudemos a situação agora. Minha filha é levada por um homem e esse se prepara para estuprá-la. Eu me aproximo e para livrar minha filha eu mato o sujeito. Alguém discute que agi em legítima defesa? Não Mereço se julgado e condenado? Não. Julgado pode até ser, mas condenado não. E no entanto cometi o mesmo ilícito, um homicídio, causei a morte de outro ser humano. Logo a motivação que gerou uma ação é tão importante quanto à ação em si, para podermos qualificá-la como ilícita, imoral ou antiética; e quando se trata de motivações, o dossiê de Luis Nassif deixa a desejar.

Lembrando que as acusações não são pelo menos até o momento de atos criminosos. Se comprovados, são antiéticos e desonestos; alguns até poderiam ser caracterizados como calunia e difamação, mas não se lê a imputação de crimes.

E nem poderia deixar de ser diferente porque o ônus da prova recai sobre quem acusa. Por isso, o dossiê é na verdade uma seqüência de ilações, de argumentos, mas sem a apresentação de provas definitivas.

Basta observar as partes que tratam do empresário André Esteves, em um deles como segue:“...Dois recados não passaram despercebidos dos observadores mais argutos. Um deles, a informação de que colecionava obras de arte e Liechtenstein era um de seus preferidos. Não se tratava do pintor, mas de um recado sutil sobre uma suposta conta que haveria no paraíso fiscal, através da qual Esteves financiaria a campanha eleitoral de uma alta autoridade...”. – Reconheça-se que é mais do que plausível que um empresário que tenha se associado ao banco UBS com sede na Europa, possa ter conta bancária aberta lá, não é mesmo? Aonde existe o ilícito nisso? Luis Nassif não investigou a declaração de imposto de renda do mesmo pra saber se ele declarou ou não a existência de contas no exterior, apenas afirma que o artigo é uma alusão ao empresário possuir conta no exterior e que financiaria campanha eleitoral de uma alta autoridade. Venhamos e convenhamos, ter conta no exterior e financiar campanha eleitoral são coisas tão ilícitas que basta um recado “que não passaria despercebido dos observadores mais argutos”, para amansar o empresário? Porque o modo de operar da revista muda da água pro vinho como por exemplo as reportagens contra o então presidente do senado? Basicamente não seriam as mesmas acusações guardadas as proporções? Se a revista fosse uma mera alavanca de negócios porque um recadinho coberto de sutileza para o empresário e o pé na porta com o senador?

Outra ilação de Nassif, é que a revista lança mão de reportagens falsas como as dos grampos no STF para esvaziar uma CPI contra a revista VEJA, esse sim, um factóide lançado pelo então presidente do congresso, para se defender das acusações semanais da revista, que resultaram em cinco diferentes processos, cinco diferentes condenações e note-se cinco diferentes absolvições porque a base de apoio votou a favor ou absteve-se. Em comentário no post, escrevi que a CPI não saiu porque CPI investiga assuntos públicos e a acusação era da associação da Abril com a Telefonica, duas empresas privadas, logo não era assunto de CPI, mas quando muito do CADE ou da justiça e Nassif concordou em resposta ao comentário. Mesmo assim manteve a ilação no capítulo de que a CPI foi “esvaziada” com artimanhas.

Quer dizer que você é um desses cegos idiotas que acha a VEJA a melhor revista do mundo? Não. Significa apenas, repito, apenas; que se os editores fizeram uma acusação sem provas, digamos assim, a acusação de que houve essa acusação sem provas carece das mesmas. Acho que não é preciso desenhar pra entender o argumento, não é mesmo?

Mais a frente o dossiê VEJA se transforma na verdade no dossiê Daniel Dantas, empresário quase folclórico, acusado de estar por detrás de cada escândalo nacional nos últimos 15 anos e se vacilar, também está envolvido no assassinato de Kennedy e Martim Luther King, ajudou junto com a Kroll a montar a farsa do homem na lua e suas empresas começaram o aquecimento global...em outras palavras, é o próprio Lúcifer encarnado.

Luis Nassif ataca sua antiga inimiga, a revista VEJA e o autor por trás de tudo isso, Daniel Dantas; que sempre foi alvo de acusações abertas de PHA, de parlamentares do PT (alguém já se esqueceu a sanha com que a senadora Ildeli Salvati, expunha o nome do grupo Oportunity e de Daniel Dantas até quando pegava a xícara do cafezinho?), e da revista Carta Capital.

Nesse ponto, embora Nassif fosse mais eqüidistante, o trio formado por Mino Carta, PHA e Luis Nassif sempre teve uma curiosa sintonia, embora justiça se faça, Nassif não participou de certas brincadeiras como o “troféu Tartufo” e a aberta guerra contra a transação BrT e OI.

A questão é que o dossiê passa a ter como alvo o inimigo comum dos parceiros contumazes como dito acima. E isso é apenas uma ilação, vejam bem; mas essa sincronia de movimento de ataques contra Dantas não poderia ser chamada de orquestração, cooptação do outro lado? Afinal se Dantas tem interesses milionários em conflito, é porque existe um outro lado com os mesmos interesses, senão não haveria motivo pra tanta guerra. Fiz essa ilação apenas para demonstrar que é muito fácil ligar pontinhos como naquelas revistas de quebra-cabeças para formar um desenho qualquer.

Saí um pouco do tema, voltando;

O dossiê VEJA passa a ser como dito, um dossiê Dantas e nessa passagem, vira Dossiê VEJA/FSP; já que Dantas é colocado como a eminência parda por detrás de tudo que a mídia veiculou em especial contra a transação de união da BrT e Oi. Nessa guerra comercial que juntou tudo que pode ser considerado como antiético e ilícito como roubo de informações e espionagem passando por pagamento de propinas para políticos; Luis Nassif passa a considerar como parte integrante do quase grupo bandoleiro da VEJA, a repórter Janaina Leite então da FSP.

Abusando da subjetividade, Luis Nassif usa nas partes relacionadas com a reporter Janaina, a mesma técnica de tirar do teor das reportagens e datas publicadas a motivação de defender Daniel Dantas.

É possível que Dantas tivesse todo esse poder e ímpeto? Sim. É plausível que isso ocorresse? Sim. As coisas ocorreram assim? Sim, pelo menos tendo por base o dossiê. Repito a pergunta; as coisas ocorreram assim? Como disse antes, entendo que o texto de Luis Nassif abusa da objetividade. Vejamos:

Sobre o Caso Janaina

Luis Nassif alega o seguinte: “...comandava os trabalhos jurídicos (legais e de lobbies), os contatos com espionagem (da Kroll a jornalistas infiltrados no meio), a cooptação de publicações e jornalistas, através do comando sobre as verbas publicitárias de empresas controladas e a contratação de assessorias de imprensa incumbidas de atrair jornalistas para o esquema Dantas...”. Depois explica que a repórter Janaina Leite cometeu o que ele chama de assassinato de reputação, quando ela faz uma reportagem sobre uma juíza que estava sendo acusada pelo grupo de Daniel Dantas. Afirma Nassif, que a repórter usando de fonte sem informar qual é, repito, a acusação de Nassif é que Janaina não revela a fonte de histórias passadas da juíza. Quem seria essa fonte? Claro, Dantas e seu pessoal.

Sobre a quebra dessa argumentação, o blog Imprensa Marrom utilizou a mesma técnica de Nassif e o blogueiro pesquisando as reportagens de Janaina Leite na FSP e o saiu na mídia se convenceu de que os fatos levavam a outras explicações e que a repórter não fazia parte da diabólica quadrilha de Dantas. Na verdade quem estava a cometer um assassino de reputação era o próprio Nassif ao acusar Janaina sem provas que fundamentassem o dossiê. Porque assassino de reputação? Porque basta acompanhar o que saiu na blogosfera e nos comentários do próprio dossiê para perceber que nessa guerra, a repórter tinha sido alborroada em cheio e sua reputação ia a pique.

Não vou ficar repetindo toda a argumentação do blog imprensa marrom. Os posts são absolutamente bem escritos, a argumentação é profundamente lógica e diferente do dossiê VEJA, não necessita de “observadores argutos” para entender a verdade. Ela está ali cristalina. Leiam com atenção http://www.interney.net/blogs/imprensamarrom/

Como não sou repórter e não escrevo tão bem quanto a repórter Janaina nem o Gravataí merengue; fico apenas nas observações:

Se a repórter Janaina é cooptada pelo sistema Dantas através do comando sobre verbas publicitárias e contratação de assessorias de imprensa, é correto presumir que a repórter ou atuava como assessora de imprensa para Dantas, o que a impediria de escrever reportagens a favor ou contra sob pena de por em dúvida a credibilidade não necessariamente dela mas do veiculo no caso a FSP; ou controlava a entrada de publicidade na FSP de forma que pudesse atuar na defesa dos interesses de Dantas mediante reportagens. Nesse caso a repórter ganhou o quê se a verba de publicidade foi para o veículo? Pergunto, ela tinha tal poder? Claro que não! Ela era repórter e não diretora ou editora e sejamos honestos, o ombudsman tão cioso de sua independência que chegava ao ponto de querer pautar os colegas, permitiria uma situação dessas, existir na redação sem nunca ter dado uma única nota a respeito? E os donos da FSP bem como da VEJA, são assim tão néscios que nunca perceberam seu patrimônio ser usado de forma tão torpe quanto quer fazer parecer o Nassif em seu dossiê.

A repórter vinha respondendo as questões levantadas pelo Nassif, mas eis que o blog do mesmo coloca em prática algo que ele irá acusar os outros de fazer.

Logo que o dossiê começou a ser publicado, ele assanhou a esquerda que antes idolatrava a revista e hoje a demoniza como sendo o exemplo de pior jornalismo que existe (embora a única mudança excepcional que se note, seja a mudança de alvo, já que antes as reportagens atingiam a chamada direita neoliberal que governava o Brasil a 500 anos e agora o alvo era o governo de esquerda, embora esquerda apenas no jogo de cena, já que a política econômica que é o que realmente conta é uma continuação de ações que vem desde o governo Itamar franco). A partir de então, Nassif pediu o apoio da rede, da blogosfera e os blogs sentido o cheiro do sangue, distribuíram aos quatro ventos digitais, usando inclusive métodos para otimizar os resultados de busca no Google do dossiê. Enquanto o nome da repórter era literalmente dizimado pela repercussão que centenas de blogs davam, a repórter respondia sozinha em seu blog ao bombardeio. Ao mesmo tempo Nassif questionava no blog o silencio da grande mídia sobre o dossiê e dava repercussão aos emails de apoio.

O ataque contra Daniel Dantas era o motivo para atacar VEJA e a Reporte Janaina Leite. Já a luta contra a revista VEJA foi o fato motivador para centenas de blogs clonarem a série e com isso amplificar os ataques contra Janaina Leite.

Ninguem é santo e com certeza os editores e diretores de VEJA podem até ter errado nisso ou naquilo; mas o que dizer da repórter da FSP, que foi atacada sem base como comprovou Gravataí Merengue?

Aparentemente o único que vez ou outra disparava um tiro, era o blog do Reinaldo Azevedo, embora até o momento não tenha se posicionado abertamente sobre o tema.

A coisa mudou um pouco quando o blog imprensa marrom, resolveu dar uma aprofundada na história ao invés de simplesmente reproduzir o dossiê.

Gravataí resolveu fazer o que Nassif ainda não fizera quando resolveu escrever o dossiê e conversou com a repórter. O resultado foi que a análise mais profunda do caso o levou a defender a jornalista e ato contínuo, tomou uma sarrafada da blogosfera, que se fosse real o teria levado ao coma.

Nassif enxergou nisso uma ação da vereadora Soninha, já que Gravataí era chefe de seu gabinete. Por qual razão? Bingo quem disse: orquestração da VEJA, digo, DANTAS, digo TUCANOS, digo...todos eles. Base de argumentação? A vereadora recebeu uma reportagem da vejinha, revista que acompanha a revista principal. Qual o pecado da reportagem? Ah! A revista havia batido pesado nela e agora elogiava. Ocorre que Nassif mistura o blog de Reinaldo Azevedo com a revista VEJA, e ele sim, desceu o porrete sem piedade na vereadora por conta de seu projeto relacionado com “programas de redução de danos” do uso de drogas.

O mesmo exercito de blogs que atacava a repórter Janaina começou a atacar o blogueiro.

As acusações foram desde uso político do caso a vejam vocês, o blogueiro recebe dinheiro público para ficar postando no blog no horário de trabalho, logo, para a fogueira com ele (claro, antes enquanto ele defendia o dossiê VEJA essa questão de horário não existia, não é?).

A coisa é tão absurda que o blog não é nem nunca foi a favor da VEJA, foi apenas a favor da repórter que era da FSP

Ah! Mas você é um idiota mesmo! Talvez alguém diga. – Porque confiar na repórter e no Gravataí?

Bem, nesse caso, quem não tiver preguiça de ler, perceba que o blog do Ildeber (leiam aqui no http://www.idelberavelar.com/), que não é exatamente um bastião de defesa do capitalismo e da direita; fez um duro post, criticando Nassif e defendendo Gravataí e Janaina. Ora se até mesmo blogs de esquerda apoiaram Janaina, merece uma séria reflexão a explicação da repórter, ainda mais quando os fatos como descritos e analisados pelo Gravataí estão muito mais próximos da realidade do que as ilações de Nassif.

Curiosamente, o ataque contra a vereadora Soninha foi, digamos assim, cancelado com um pedido de desculpas do Nassif; embora o mesmo e seus comentaristas mantenham os ataques contra Gravataí e Janaina. Por conta desses ataques, Gravataí começou a olhar com lupa as coisas que saem no blog do Nassif e de Janaina que trocam tiros de defesa e ataque e suas argumentações são realmente de se levar a sério.

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