sábado, 21 de janeiro de 2012

Drink no inferno

Militantes partidários na web; gente a soldo de uma causa e alguns imbecis sem estilo; são os três tipos de pessoas que usam a web para comunicar o que pensam fazendo os demais, que aqui denomino como os sensatos e mais equilibrados a viver a experiência similar a de beber um drink no inferno.

Nem sempre uim drink é coisa boa, mas com certeza ele será tanto pior quanto o ambiente.

Essa gente estranha tem dois costumes básicos: O primeiro é apontar algo que você não disse para em seguida reclamar da sua postura, que na verdade não teve para então justificar o que fazem praticando aquilo que reclamaram em você. Já o segundo é tratado ao final do texto.

Isso ocorre na política, nas redes sociais, nas mídias e com uma frequência tão grande que faria Maquiavel se sentir um tolo ingênuo.

No final dos anos 60 e durante toda a década de 70; por conta da ditadura militar e da oposição a ela, havia uma dicotimia estabelecida a ferro e a fogo: Quem se posicionava a favor de qualquer coisa no país automáticamente estava alinhado com a ditadura, logo era um direitista ou de direita, portanto fazia parte da legião do mal. No sentido inverso, quem reclamava estava alinhado com a esquerda mesmo que não fosse um esquerdista, logo era oposição a ditadura, portanto fazia parte dos heróis ao lado de tudo que era bom, justo e correto.

Em momentos extremos, extremistas são as posições, e se a direita era truculenta, a esquerda por seu lado era intolerante; embora sejamos francos, alguem com poder ditatorial torna-se as duas coisas, já que as ditaduras de esquerda na antiga URSS, na China, na Coréia mataram na casa dos milhões, pessoas de sua própria cidadania, de seus paises e eram intolerantes com a dissidência interna e oposição externa.

Hoje em dia, sabe-se que os gorilas de ontem também sabem amar e os estóicos e puros do passado não são tão abnegados. As coisas se tornaram fluidas e por isso, as barreiras éticas cairam de certa forma, tornando as ideologias similares às religiões, com embates vazios e similaridades tantas que não se sabe o porque de haverem tantas.

A liberdade que a web dá a todos de se expressar permitiu que vivenciemos a antiga maldição ou punição bíblica que caiu sobre Babel, entretanto a original confusão de linguas, hoje em dia na babel moderna da web é  confusão de pensamentos e ninguem entende ninguem porque o pensamento, assim como a maioria das instituição políticas, intelectuais, religiosas e sociais tornaram-se uma espécie de self-service no qual as pessoas escolhem aquilo que lhes agrada não o que realmente necessitam.

E assim vivemos a encruzilhada de ações que fazem com que a maioria das pessoas ao avançar não saiam do lugar, afinal:

- Para que abandonar hábitos ruins, comportamentos negativos e ideológias vazias, quando somos colocados diante de fatos que demonstram a necessidade dessas ações; se encontramos facilmente na web, nas redes sociais e na mídia, idéias, pensamentos e gente burra dos mais variados tipos que fazem cócegas em nossos ouvidos alimentando a idéia de que o que importa é você ser autêntico; mesmo que isso seja as custas de um cárater distorcido?
- Que ensinam que a ninguem se deve dar valor salvo se esse valor é comprado com o silêncio e a aquiescência de nossas ações não importando a perfídia por tráz delas?
- Que pontificam que o resultado vale o meio para este ser atingido, não importa qual o preço que esse meio exigirá em termo éticos?

As ações e as atitudes são alvo de artilharia pesada de uma militância organizada, desde a militância ideologica que envolvem uma verdadeira manada até a militância solitária de um só idiota que acha que os outros são todos retardados; se o emissor ou autor não comunga das mesmas idéias e os mesmos irão elogiar as mesmíssimas ações praticadas por outros unicamente porque se alinham nas mesmas fileiras.

E não importa qual o assunto, tema, ou veiculo usado, essas hordas possuem dois costumes básicos. O primeiro já citamos e cabe agora explicitar o segundo: - Agem de forma desmemoriada. E isso advém de um método muito próprio, porque ao assim agir, abdicam de sua história passada e da coerência que ela exige de todos. Sem história a limitar os parâmetros éticos das ações, não é necessário coerência de idéias com as mesmas e por isso práticam com sofreguidão aquilo que acusam nos outros.

Se para alguns é questão de encaminhar o sujeito ao médico, porque sofre de alguma doença mental que o limita de alguma forma, a grande maioria  age com a simples e velha hipocrisia que de certa forma torna-se letal quando se mistura com a inveja, o pecado preferido dessa gente, 

Caminhando  já pela segunda década do século XXI, embora vivendo em um mundo altamente conectado, estamos cada vez mais isolados.














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