sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ahnnn...aqueles pastos verdes....

Conversando com um cliente, ele me disse que percebia as pessoas cada vez mais com menos tempo. As coisas se acumulando e o excesso de informações que recebemos acaba nos paralisando e reclamou do tempo que seus funcionários gastam em redes sociais e msn. Quando chega em casa, a familia toda enfiada no mundo virtual.

Com cliente, sabe como é, você não pode ir retrucando o que falam porque isso pode fechar uma porta. Mas embora seus diagnóstico esteja correto, não me parece que esteja completo. Decide então conjecturar a respeito.

A chamada vida virtual, que existe a partir do uso das ferramentas que a web propiciou  como sites de busca, redes sociais e comunicação online realmente alteraram o modo de vida de praticamente todas as pessoas.

Quando foi a ultima vez que você escreveu uma carta para um parente ou amigo distante? E quando foi seu ultimo contato via msn com camera o que te permite abrir mão de digitar? - Pois é.

Com o advento da internet qual foi a ultima vez que voce abriu os livros da enciclopédia Barsa para fazer uma pesquisa escolar? - Pois é.

Quanto tempo levava para alterar uma planta em papel vegetal desenha a nanquim (nem sei se é assim que se escreve), e quanto tempo leva para altera-la no CAD? - Pois é.

Quanto tempo voce deixou de gastar em fila de banco com o uso do internet banking? - Pois é.

O fator preocupante acredito eu, está no acesso fácil ao lixo intelectual, moral, filosófico e politico que a humanidade produz e que fica depositado "ad eternun" na web para acesso a qualquer um.

É justamente essa facilidade que está levando, a meu sentir, ao emburrecimento das pessoas de um modo geral. Afinal é muito mais fácil fazer um Ctrl C e V de um texto, frase, video por mais idiota ou superficial que seja, do que exercitar alguns neurônios produzindo algo de própria lavra.

As redes sociais tornam as pessoas cada vez mais solitárias embora possuam centenas de amigos. Outros buscam a efêmeridade de uma transitória  celebridade. Outros eternizam as ações mais comezinhas, especialmente no twitter: "tomei banho", "fui dormir",  "gostei demais do aula de violão", "to tirando caca de nariz". Outros são meros replicadores do lixo da internet.

E que fique claro, nada tenho contra alguem replicar um video que achou interessante, uma frase, um texto, sei lá eu, mas existe uma parcela de internautas, uma verdadeira legião; que se tornam filosófos da auto-ajuda com frases feitas, ou fazem parte de uma espécie de manada do pior tipo de espécie que habita a web, que são os militantes de uma causa, seja ela humanitária ou política e que tornam qualquer debate por mais comesinho que seja em uma luta do bem contra o mal, de inimigos mortais, quando do debate de idéias deveriam florescer soluções, mas ocorrem somente assassinatos de reputações.

Diante de um argumento que vai de encontro ao anseio, pensamento, desejo ou idéia de certos habitantes da web, eles em geral por falta de neurônios que permitam elaborar respostas coordenadas e com sentido lógico, proferem desqualificações em uma liguagem vagamente parecida com o português.


Dada a quadra ora vivida, me parece que o melhor conselho que se pode dar é que o tempo que alguns bípedes não emplumados do genero sapiens gastam tempo na web replicando filosofia barata de botequim quando não os velhos hoax, boatos e correntes que vicejam na web qual praga, ou militando causas que na maior parte das vezes desconhecem, como aqueles artistas idiotas falando mal da usina de Belo Monte, é este:

"Pegue a p... de um livro, leia e abra a sua mente. Gaste seu tempo com algo mais util para você mesmo e se for possivel para os outros; porque a vida passa e quando menos voce esperar, ela te passa o rodo na primeira esquina na qual tiver uma oportunidade. É nessas horas que se separam os verdadeiros homo sapiens daqueles que apenas teimosamente tentam se erguer nas patas traseiras mas correm a ficar de quatro na primeira visão de um pasto verdinho, formado pelas idiotices que campeiam a web".

Viva a vida real e deixe que a vida virtual seja tão somente o acessório, o tempero e não o prato principal.
















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