segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

É ou não é patrulhamento?

Quando existe idealismo, ao meu ver, ele não é mais exarcebadamente praticado em um caso e outr não. O idealismo como norte é constante.

Quando ele aflora a depender das circunstâncias, o idealismo cede lugar ao ideologismo, ao militantismo.

Quando esse ideologismo e militantismo é focado, severamente focado em uma determinada situação e outra situação similar porém não necessáriamente contrária ao pensamento militante, então esse ideologismo cede o lugar para o patrulhamento.

Assistiu-se a isso no caso do programa Roda Viva; e teço esses comentários a partir dos digamos assim, blogs mais acessados. Um sem número de blogs que formam o que o "Imprensa Marrom" chama de Petistofera, não será considerado, porque justamente agem de forma militante. São aqueles que acham e clamam aos quatro ventos que é graças ao governo do PT que o sol ainda se lavante e põe por estas terras.

Paulo Henrique Amorim, Luiz Nassif, Mino Carta entre outros, replicaram, na verdade agiram coo generais em guerra, orientando tropas e comandos em ataques ordenados.

Como o mais "conhecido" é Luis Nassif, vou basear-me nele.

No caso do ministro do STF, houve do comentário indiretamente jocoso ao claro repúdio e Nassif em resposta a um comentarista deixava claro que a questão não era entrevistar o ministro mas quem foi convidado para entrevista-lo e Reinaldo Azevedo no caso não deveria ser convidado para entrevistar ninguem.

Tinhámos então: a) críticas ao típo de entrevista que seria ou uma preocupação com uma "conversa entre amigos" e; b) críticas aos entrevistadores, ou sendo eles quem são, não podem aparecer, ter voz ativa, seja lá o que isso for.

E com efeito, as hordas de emails atacando ora um aspecto, ora outro ou ambos foi de tal ordem que gerou posicionamento do ombusdman antes, durante e depois do programa realizado.

A idiotice dos argumentos é tão grande que nem seria o caso de comentar, mas façamos isso para registro.

Quanto ao aspecto (a), a crítica é tão desqualificada que para ter valor deveria ser constante. E qual foi a crítica quando o programa anterior foi mais do que nunca uma conversa entre amigos? Essa turma, tão ciente das "coisas" sequer percebeu o que se passava, mas bastou um deles perceber que o programa seria com o juiz e com aqueles "entrevistadores" e pronto.

Quanto ao aspecto (b), a crítica é tão ridícula, superficial e marginal que os mesmos que atacaram a emissora dizendo que ela NUNCA DEVERIA ter chamado Reinaldo Azevedo, por exemplo, são os mesmos que louvam as vítimas do AI-5 que tiveram sua liberdade de falar restringida, aliás como ocorreu com todo mundo. Mas trata-se do blogueiro da VEJA? Para a fogueira com ele. E que se note, os mesmos que vivem a criticar a forma dos postulados, o estilo de escrita, as idéias e pensamentos do blogueiro não expoêm uma unica razão (não motivo, mas raciocinio, deu pra entender?), para discordância. Desqualificam a pessoa, o hábito, o estilo, a endumentária.

Hoje a noite, será a vez do delegado Protogênes, arquiteto do primeiro relatório do inquérito Satiagraha. Foram escolhidos 4 jornalistas, sendo que dois deles são blogueiros bastante acessados.

Sabe qual o impacto que os "generais" causaram divulgando o "evento"? A comparar com o anterior; nenhum.

No blog do Nassif, A entrevista de Gilmar Mendes deu origem a pelo menos 3 posts com centenas e centenas de comentários. No post sobre a entrevista do delegado, apenas 34.

Não ocorreram até agora, as redes de envio de perguntas ao delegado. Críticas aos entrevistadores? Um ou outro reclamando dos blogueiros.

Mas nada, nada que se asemelhe ao que ocorreu com o programa do Gilmar Mendes. E olha que ambos estão inseridos no mesmo assunto; o inquérito Satiagraha.

É ou não é patrulhamento?

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