terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que dizer?

Pois é, não!?!

Cúpula de paises americanos com excessão de dois deles, EUA e Canadá? Como se eles não estivessem no continente americano mas presos a Ásia? Não épor isso? Claro, devem ficar de fora os dois mais ricos? Seria então, não uma cúpula de paises americanos mas uma cúpula de paises do terceiro e segundo mundo?

Qual a razão de criar um espécie de ALCA sem os EUA e Canadá? É porque o tamanho deles geraria uma hegemonia comercial dos EUA sufocando os demais paises. Bem, foi essa uma das principais razões para a ALCA ter sido detonada, o que demonstra, cá pra nós, que os EUA não é tão hegemonico assim e se fosse, teria levado no muque esse proposta que vem desde o governo Clinton e não era coisa do malvado homem branco Bush.

O Brasil sofre, guardadas as devidas proporções das mesmas críticas que são feitas aos EUA, quando fica na posição deste, no jogo.

Não é de hoje que a Venezuela refere-se ao Brasil como imperialista econômico. A Bolívia já fez uso desse discurso rasteiro e os membros do MercoSul vez e outra também exigem salvaguardas de seus produtos contra os brasileiros. Agora a moda é gritar contra a "legalidade" de dívidas externas, como se alguem tivesse dito ao governante de plantão que ele deveria escolher o que iria ficar no contrato, a assinatura ou os miolos dele.

Se os paises membros do MercoSul não conseguem sentar em uma mesa e avançar nas propostas (lembrando que é obvio que não se sai correndo assinando acordos e abrindo mercados, vide a Europa que discute sua unificação e a vem implantando aos poucos a mais de 50 anos); como esperar fazer um mercado "latino americano" com outros paises com ainda maiores desproporções em comparação ao Brasil? Não é obvio que a capacidade de produção brasileira pode inundar os mercados dos paises ao redor com a mesma facilidade que produtos americanos fariam em um mercado unificado? Então é praticamente certo que as "reclamações dos "hermanos" do MercoSul sejam amplificadas para todos.

O Brasil seria o EUA da vez. Não seria?

Essa idéia de mercados e foruns sem a participação dos EUA é uma mera sequência de outras idéias similares como o tal do organismo de defesa, também sem a participação dos EUA.

Curiosamente, deseja-se a inclusão de Cuba; numa espécie de justiça poética ao embargo econômico, embargo esse que ninguem dava bola, porque Cuba era financiada pela extinta URSS e agora...pela Venezuela que tem sua principal pra não dizer única riqueza em sucessiva queda de valor por barril.

Eu não entendo esse antiamericanismo idiota. Fica a sempre presente sensação de que os cabeças do governo agem exatamente como o presidente Lula explica as posturas dos paises "hermanos"; coisa de irmão mais novo que briga com o mais velho, que o mais velho tem que ter paciência, etc.

Essa postura de bater forte nos grandes, porque sabe-se que não haverá respostas; é exatamente a mesma postura que os outros ftem com o Brasil.

Uma ALCA sem os EUA não existirá nunca. Sem o país EUA é claro que existirá; mas outro tomará seu lugar como saco de pancadas e esse pelo tamanho é o Brasil.

Vale a pena?

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