sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Deitado em berço eterno II

Análise a partir de um post do blog de luis Nassif sobre posição do governo brasileiro em relação a crise. Meus comentários em vermelho

Bruno Garcez
Enviado especial da BBC Brasil a Nova York

O presidente Lula deu palpites na campanha americana (Até aí, nada demais. Todos dão palpite na eleição americana por conta do infeliz pensamento, que lá a eleição é para presidente do mundo. Depois vem a turma com a sindrome de "desprezado instituicional" e reclama do sentimento de superioridade americano).

(…) Lula disse acreditar que o período neoliberal ''está encerrado porque (a crise) demonstra que também no sistema financeiro é preciso ter seriedade, é preciso ter ética, não é apenas o cidadão comum que tem que ser ético''. (Se alguem puder explicar para mim qual a ligação de ética e seriedade com o oposto ao que se identifica como neoliberal, por favor; cartas para a redação! - O sistema financeiro existe a mais de 100 anos e durante esse tempo todo ele foi antiético? As crises são, infelizmente naturais e não necessáriamente resultado de índole má de alguem. Se no processo alguem quebrou a lei, cadeia pra ele. O que é período neoliberal? O oposto seria o quê? uma economia estatal de mercado?)

Os puxões de orelhas do líder brasileiro ao longo de sua estadia de três dias não se limitaram ao sistema financeiro. Lula também desferiu golpes contra os Estados Unidos e o presidente George W. Bush e ainda deu palpites na campanha eleitoral americana. (É aquela velha história. palpites na campanha eleitoral americana sem o menor receio de influencia-la ou criar algum entrave de relação considerando que as relações entre os paises são boas. Já com o Equador que fala em não honrar empréstimos do BNDES e ataca empresa brasileira com ações do exército, deve-se esperar o período eleitoral passar? Em uma situação que a relação entre os paises está pertubada? - Dá pra entender?)

''O ideal é que os dois candidatos pudessem assinar uma carta ao povo americano, como a que eu assinei ao povo brasileiro em 2002, assumindo um compromisso para dar tranqüilidade ao povo americano e tranqüilidade para o mundo como um todo'', afirmou. (Carta ao povo americano pra dizer o quê? Qual dos dois candidatos prometeu mudar isso tudo que está aí? Qual dos dois partidos que realmente importam na política americana fez oposição obstinada ao outro? Quando foi, salvo na peça de marketing, que o Sr. Obama acenou com as idílicas mudanças que a militância de esquerda deseja? Então, obviamente não existe razão para cartas ao povo, tão ao gosto tupiniquim, até porque seu efeito seria nulo)

O presidente também procurou colocar o Brasil em um papel de protagonista no contexto internacional (…) (Que realmente é, embora haja análises críticas sobre seu desempenho, mas de qualquer forma, o país realmente possui um espaço importante)

''Eu cobrei do G8, cobrei do FMI e do Banco Mundial que estava na hora de eles se manifestarem, porque quando é um país pequeno que tem crise, todos eles dão palpite. Quando é a maior economia do mundo que entra em colapso, a gente não vê nenhum palpite deles.'' (Pronto, caimos no apelo defensivo. Uma coisa é um país que busca empréstimo no FMI ter que adaptar prática e discurso ao que deseja o orgão que emprestou o dinheiro. Outra coisa é um páis que não faz uso do FMI embora o financie. Qualquer um pode dizer o que quiser. A questão é a relevância do que é dito. Além do que representantes de membros do G8 tem dado declarações aqui e alí sobre o tema. Existem outros temas tão relevantes quanto e o Brasil que anseia uma posição de "protagonista" internacional atua deforma envergonhada como é no caso do Sudão e a questão de Darfur. Recriminar o governo sudanês por ocntado verdadeiro genocidio que lá ocorre seria o mínimo de um país que lutou contra o nazismo e seu particular caso de genocidio contra os judeus e outros. Entretanto não existe uma única crítica ou condenação como se o assunto fosse aceitar ou não a caça à raposa na inglaterra)

(…) Se à primeira vista os comentários e ações do líder brasileiro poderiam dar a impressão de meras bravatas, a mídia americana tratou as observações de Lula com destaque e até reverência.

Para o New York Times, o discurso de Lula na abertura da cúpula da ONU, no qual o presidente afirmou que "o ônus da cobiça desenfreada não pode cair impunemente sobre todos" refletiu o tom do encontro. (Não pode mas cai, em especial se governos que servem pra isso, não agem a tempo)

O Wall Street Journal destacou que Lula defendeu a criação de um sistema que previna o sistema financeiro mundial de ser vítima de futuros abusos. (A questão é dizer qual abuso. A crise não começou a dois meses atrás do nada. Ela vem gestando desde q administração Clinton, logo estamos falando de quase um década. De fato, a solução mágica seria forte regulação, tornando o mercado uma espécie de cartório?)

O jornal também definiu o presidente brasileiro como um ''defensor do meio termo entre capitalismo e socialismo'', e, em tom menos lisonjeiro, como um líder que ''anda em uma corda bamba entre as práticas da ortodoxia econômica e o financiamento de programas sociais populistas''. (...) (O meio termo é basicamente o que faz a China. Um capitalismo de estado ou sei lá, o que deseja a Venezuela, Bolívia e Equador. Quanto ao financiamento de programas sociais populistas; veja bem, pra que serve um governo que não pense em suavizar o abismo entre pobres e ricos? Desde que possuam uma porta de saída para não se eternizarem, os programas sociais são válidos. Populistas são quando são usados como um remédio fácil sem resolver o problema em sí e isso, nem os pobres, realmente pobres querem para sí. Dão votos? Claro, e é por isso que todos os governos de todos os partidos possuem planos sociais, assistenciais, etc)

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