segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Apagões e Blecautes

Apenas para esclarecer:

1) Apagão e blecaute é a mesma coisa. A turminha do governo quier diferenciar porque a palavra apagão parece ligar-se com a crise do racionamento de 2001. É falsa semântica. Claro, a militância da petitosfera obviamente compra a idéia e sai a amplificar a diferença entre uma coisa e outra que é...nenhuma.


2) Não existe sistema elétrico no mundo 100 por cento seguro. Agora mesmo, estão ocorrendo centenas de pequenas quedas de energia ou flutuação de tensão. Por isso mesmo, trabalha-se com parâmetros de quantidade e qualidade para esses eventos. Ultrapassados esses limites aceitáveis, exige-se a devida reparação por parte das distribuidores que são o elo final do sistema elétrico antes de chegar em quem interessa, o consumidor.

3) O racionamento de 2001 foi uma tentativa bem sucedida do governo de plantão de evitar os apagões seletivos ou totais. Na ocasião houve a confluência de algumas situações: o país crescia e a demanda por energia era cerca de três vezes maior que o crescimento do pib; ao mesmo tempo, saimos do chamado período úmido com o menor índice pluviométrico da década.

Explico: Se você mora em Santos, sabe que chove quase todo dia. É assim hoje e era assim na época. Ocorre que não adianta chover muito em Santos porque isso não enche açude no sertão nordestino. Da mesma forma é preciso chover muito na região dos rios que abastecem as usinas hidroelétricas. Como não chouveu nada no período úmido, como seria no seco? Aí temos a terceira situação. O estado brasileiro nos anos perdidos de 80 e durante os anos 90 de recuperação com o plano Real, ou nada investiu ouinvestiu muito aquem do esperado e necessário no setor de energia e não estavámos preparados para suprir com outras matrizes a energia que o país precisava e a que deixava de ser produzida pelas usinas sem a agua necessária.

Não ocorreu um unico apagão durante o racionamento e toda a sociedade com excessão da parcela baixa renda e favelas teve que cortar 20% do consumo mensal. A maioria trocando as lâmpadas incandescentes por compactas eletrônicas conseguiu atingir essas metas e as empresas podiam fazer contratos bilaterais de forma que aquelas que tinham sobra vendiam essa parcela para aquelas que tinham falta.

Tivemos prejuizo, o país deixou de crescer; mas ainda continuamos mais ou menos na mesma situação.

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