segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O caso do terrorista condenado italiano e o fim da novela

O sujeito nos anos 70 participou nos assassinatos de 4 cidadãos italianos. Segundo o sujeito, eram alvos da célula terrorista do qual participava. Segundo as leis italianas, tratou-se de crime comum, independente das posições politicas do sujeito. Condenado, seus advogados entraram com recurso que foi julgado e a decisão manteve a condenação. Seus advogados foram para a comissão europeia de direitos humanos e essa decidiu contra o sujeito.

Alegou-se depois que os julgamentos foram de exceção porque o sujeito foi julgado a revelia, sem sua presença. Ocorre que o sujeito fugiu para o México e de lá para a França, países que à época possuíam governos de esquerda. Ou seja, foi julgado a revelia (embora todo o processo tenha sido feito com seus advogados), porque o pilantra fugiu.

Quando os governos mudaram e entrou na parada governos ditos de direita, o bandido condenado faz as malas e foge para o Brasil com documentos falsos (atenção: isso significa que cometeu mais dois crimes, aquisição de documentos falsos e seu uso e a entrada ilegal em outro país). Por aqui viveu sossegado até ser preso e;

Ai começou a palhaçada. Solicitou asilo politico e embora todos os setores técnicos do governo, então governo Lula, decidissem em contrário, o ministro da justiça resolveu se tornar revisor não só da corte de primeiro grau italiana, mas de seu supremo e da comissão europeia de direitos humanos, afirmando que estavam errados. Afirmou com todas as letras que ele matou, mas tinha uma agenda politica. Ou seja, o então ministro não disse que ele matou por causa de sua agenda politica, mas que matou e tinha uma agenda politica e como essa agenda politica era por óbvio do agrado dele, então concedeu o asilo. Foi além e resolveu reescrever a história afirmando que os julgados se deram em um governo de exceção, quando na verdade a Itália vivia uma democracia, lutava arduamente contra uma guerrilha terrorista e o governo era liderado por um partido de esquerda.

O STF foi provocado e decidiu que o asilo como posto era ilegal e que a decisão era soberana do presidente. Lula então no ultima dia de mandado, pra mostrar que era o dono do país concede o asilo, mandado as favas o acordo de extradição com a Itália.

Com a mudança de governo, o bandido condenado italiano fez o que já havia feito no México e na França, fugiu, indo para a Bolivia. Lá foi preso e como o país não tem acordo de extradição com a Itália, já que o sujeito é natural da Itália, o expulsou sendo entregue às autoridades italianas.

Já em solo italiano vai começar a cumprir a pena pelos 4 homicídios praticados.

Já foi tarde...

Nenhum comentário: