sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A necessidade profissional de aparecer e a mascara do vitimismo

Eu não sei o que o eventual leitor pensa, mas fico impressionado com a capacidade de alguns de usarem a mídia, da mídia fazer dessa gente noticia e o pior, ter quem compre essa noticia. Afinal se não houvesse consumo disso, não haveria exposição o que não levaria esse pessoal a fazer uso da mídia.

Olhando os sites de noticias da uol, me deparei com uma nota. A nota é a "opinião" dada em uma rede social de uma mulher. A opinião dela, descrita como desabafo era que já havia sofrido preconceito por ser "bonita".

Eu fiquei imaginando, mulheres de aspecto "feio", se juntando em uma turba para lincha-la. Ou vendedoras de loja fazendo piquete e se recusando a atende-la. Talvez recusada em um busca de emprego com os administradores com esgar de escarnio dizendo que só contratavam inteligentes. Mas ficou na imaginação. O que provavelmente aconteceu, foi aquele coisa típica de adolescente, a chamada inveja da "gostosa" que atrai os olhares da molecada. Chamar isso de preconceito é dar um tapa na cara das gentes que realmente sofrem preconceito e real na vida; dos gordos que não podem passar nas roletas, dos negros que são parados pela policia só por serem negros; dos moradores de rua.

Mas como a pessoa em questão vive de imagem, já que a referencia mais antiga remete a ser dançarina em um programa de televisão; é preciso alimentar as "aparições" e dá-lhe redes sociais e como existe "muita concorrência" nesse mercado é preciso apelar para bobagens.

E é curioso, porque estando em relacionamento amoroso com uma pessoa trans cuja família exibe sua "intimidade" em um reality show; ela poderia reclamar do suposto preconceito com o fato de ser gay, já que se relaciona com uma mulher que está fazendo tratamento para se transformar em homem; mas não usa isso. E talvez nem poderia, porque o "sucesso" deles advém justamente do fato de saberem usar essa situação a seu favor na mídia. O que resta? Alegar sofrer preconceito por ser bonita ou usar biquíni.

Seria o caso de dizer "só rindo mesmo" mas é somente deplorável.

Up to Date: Lendo os "jornais", hoje (07.01.19) apareceu outra. Uma cidadã brasileira que vive da imagem se sentiu ofendida com um, atenção, um comentário dizendo que ela parecia um monstro com tantos músculos. É curioso. A pessoa se expõe nas redes sociais e deixa aberto o espaço de comentários e logicamente, aceita os elogios e cantadas. Mas quando alguém expõe opinião contrária, ai a comentarista é violenta e agressiva.

Não trata de perseguição e agressividade. A pessoa em questão podia se expor e esse é seu principal motivo; mas poderia se poupar de comentários sejam bons ou ruins. Mas quando abre os comentários é porque o ego deseja os elogios e qualquer opinião contrária vai contra seus objetivos. Daí, a pessoa novamente se expõe na condição de perseguida e vítima.

Tristes Tempos!!

Nenhum comentário: