terça-feira, 6 de abril de 2010

Feriados religiosos, texto sagrado, etc

Mais uma data festiva religiosa que mistura o Cristo com rituais pagãos num idiossincrasia religiosa que pouca gente para para pensar.

Andei assistindo ao sem número de programas na televisão paga mostrando que os principais, chamemos assim, dramas bíblicos, como o exôdo e suas inigualáveis 10 pragas, ou a morte de Cristo, o dilúvio, etc e tal, são na verdade a transposição para o texto escrito de tradições orais mais antigas. Ou seja, um ou uns desconhecidos escribas juntaram em um texto de ficção, estórias orais contadas a milênios e diferentemente de outras nações, deram a essas estórias ficcionais um sentido moral.

Pois é. A sustentar tal conclusão, os digamos assim, especialistas, se apoiam em três premissas: (a) não existem provas arqueológicas dos ditos acontecimentos bíblicos; (b) existem causas naturais que explicam alguns de tais acontecimentos; (c) nào existem mais os textos originais.

O problema das três premissas, seu uso como uma condição fundamentada para alicerçar a tese de que o texto sagrado é fruto de um ideal humano pura e simplesmente ombreada por outras grandes obras de ficção do passado e presente é que seu obejtivo unico e exclusivo é tirar da equação a questão do autor ser no caso divino, O Deus.

Por que aceitar essa parte da equação obrigatóriamente leva a aceitação de sua existência e Ele existindo, somos que obrigados a dar peso a sua voz e ao faze-lo, sermos responsáveis por nossos atos a partir de seu ponto de vista.

Existe uma outra questão. Ninguem discute, nesse mundo atual de doenças ligadas aos costumes e o efeito cada vez mais perniciooso do jogo comercial e político sobre a vida no planeta, que as questões morais da bíblia são importantes hoje e qualitativamente melhores que as opções adotadas pela sociedade. Logo, se não posso descontruir esses valores morais, posto serem superiores na comparação, a tendência é desqualificar os apectos históricos e ciêntificos na tentativa de minimizar esses padròes ou limita-los no tempo passado como a visão da época tão somente.

Então é preciso, recapitulando; tirar Deus da equação e limitar no tempo as preciosas questões morais restando o quê? Um conjunto de fábulas de fundo moral; um texto que fundiu tradições orais mais antigas.

Sendo assim, porque dar-lhe valor atual, reliogoso ou não? Esse é o cerne da questão.

E que se note: as três premissas normalmente utilizadas em si podem ser usadas por exemplo contra Shakespeare e ninguem nega a autênticidade de seus escritos, ou mesmo de Julio César como autor de "As guerras gálicas" e nem se fale de Homero.

O fato de serem ausentes provas arqueológicas, vejam voces, não poder ser argumento porque é preciso considerar: - Todos os locais foram escavados? O que foi achado foi corretamente interpretado?

O fato de causas naturais serem a fonte de certos acontecimentos, também não pode ser argumento convincente, porque a lógica desse argumento é falha, afinal se o que se espera é Deus usando de forças sobrenaturais, o que o impede de usar as forças naturais? E a sincronidade de eventos naturais com a necessidade do momento do determinado personagem bíblico?

Por fim, parcialmente tratado, o fato de não existirem os originais, temos as cópias sendo que as mais antigas mostram que o texto que temos hoje é praticamente o mesmo.

Nenhum comentário: