terça-feira, 20 de abril de 2010

A questão do Irã

Vez ou outra, a Coreia do Norte, uma ditadura sanguinária diga-se de passagem; manda foguetes pelos ares rosnando contra paises próximos como a Coréia do Sul, Japão e EUA. Na ultima vez, os rosnados militares terminaram quando a comunidade internacional enviou comida e dinheiro.

O Irã não aceita negociar com a comunidade internacional e seu objetivo claro, tático e tácito é possuir armamento atômico. Dessa forma desestabiliza o oriente médio, já que Israel, detentor não declarado de armamento nuclear, venceu todos os paises que se lançaram em guerra contra ele.

O problema é que quando um Chavez bravateia que irã a guerra com os EUA, ou a Colombia, ou seja lá quem ele acha ser inimigo, isso ainda é mera bravata, porque ele sabe bem disso, ficaria completamente isolado. O chamado louco de Caracas não é burro, convenhamos.

Agora, com o Irã, que se diz guiado por deus, cujo texto considerado sagrado pode ser interpretado como dando aval a uma guerra contra os infiéis (embora essa leitura seja muito enviesada do alcorão); o que impede o "estranho" que não tem limites morais de atirar contra o próprio povo quando este protesta, de mandar um missel atômico na capital israelense?

Digamos que ele em cerca de tres anos, consiga controlar a tecnologia e crie armas atômicas. Seria o caso de somente então fazer as sanções? E se Israel resolve fazer como fez com a Líbia e acabar com a conversa mole, bombardeando as instalações iranianas?

A situação de fato, está bastante similar a Alemanha da década de 30. Seu chanceler exigia o rearmamento de seu país que estava proibido com base no acordo de armistício de 1918 e o fez a revelia do que pensavam os demais paises. A Inglaterra dormia evitando um confronto, quando a Alemanha anexou territorios de outros paises, fez acordos com a URSS e com o Vaticano e quando a Inglaterra acordou, toda a Europa praticamente estava sob domínio alemão. Naquela ocasião como hoje, havia aqueles que defendiam o dialogo com a Alemanha que no fundo nada queria dialogar porque se achava com o direito divino de espaço e comando.

Acabou resultando naquilo que chamo de ultima guerra justa entre injustos com mais de 60 milhões de mortos.

Uma mesa de negociação desse nivel com tanto potencial perigo, não é uma mesa de bar aonde se discute o jogo do campeonato tomando cerveja, cachaça ou uisque.

Até porque, as vítimas de um novo conflito não serão "apenas" milhões.

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