segunda-feira, 29 de março de 2010

A questão da bomba

A questão da bomba, se o Irã pode ou ter armas atômicas não se limita a uma ridícula comparação com outros paises detentores da bomba.

Salvo na segunda guerra mundial, nunca houve por parte dos paises atômicos o uso tático, apenas tácito de armas nucleares. Foi justamente esse "acordo cavalhereisco" do " ambos as temos mas não usaremos" que permitiu uma certa ordem no caos da guerra fria.

E que se note, tanto EUA como URSS que financiaram revoluções e contra-revoluções a torto e a direito nunca venderam ogivas ou material radioativo para " grupos" amigos se armarem a sorrelfa e como sabemos disso? Porque um grupo armado dessa forma tem duas ações obrigatórias: Ou as usa e mostra quem realmente manda independente do resultado ou avisa que possui abrindo negociações. Foi assim por exemplo com os EUA que anteciparam em meses e milhares de mortes o fim da segunda guerra (embora essa análise não signifique aceitar ser necessário detona-las sob cidades. Tivesse feito isso em uma ilha deserta avisando o japão para observar, teriam tido os mesmos resultados), ou com Israel.

Não é uma questão de moralidade ou falsa moralidade impedir uma nação de ter a bomba e outra não. A questão é outra. A questão se baseia no histórico dessas nações.

Israel desde seu nascedouro como estado moderno, a rigor no dia seguinte a declaração de sua formação; se vê as voltas com ataques militares. Em todas as ocasiões, Israel saiu-se vencedor e se alguem simplifica as coisas afirmando que isso só ocorreu por conta do apoio dos EUA esquece que as nações árabes tiveram o apoio da URSS e eram seis ou mais contra um.

Curiosamente, depois que Israel avisou de possuia armas nucleares, nunca mais qualquer nação levantou armas contra eles. Mas as ações terroristas, com bombas e homens-bomba foram incrementadas.

Quanto ao Irã, entrou numa guerra com o Iraque (com o qual nunca se deu muito bem), em boa parte por conta das diferenças tribais, digamos assim, e visão religiosa. Os EUA apoiaram o Iraque porque esse tinha uma visão mais pró-ocidental e porque o Irã tornava-se um governo dito "teocrãtico" islâmico, logo demonstrando rancor contra tudo que representasse o ocidente.

Fora essa guerra, o Irã alimentou e financiou os grupos palestinos e arabes contra Israel. Convenhamos, o Irã não precisa ter uma bomba, basta ter a tecnlogia de eneiquecimento do urânio e fornecer esse material para que ataques terroristas façam um belo estrago, limitado, mas ainda assim estrago.

Os atentados de 11.09.01 não usaram nenhum tipo de explosivo ou artefato bélico para causar a queda de dois enormes prédios e a morte de mais de 3.000 pessoas. Qual seria o prejuizo se tivesse usado bombas sujas?

O que impede um governo dito "teocrata", de se lançar numa guerra por ordens divinas? Se tem sujeito que se explode pela causa, porque não explodir outros?

Ai alguem dirá: Se o Irã quisesse isso, ele já teria atacado Israel antes. Pois é! Atacou. E não somente uma vez e perderam todas.

A paz na palestina só ocorrerá, se é que podemos chamar de paz esse processo, quando os paises em confronto abrirem mão de sua posições aceitando uma arbitragem externa e no possivel, neutra.

Até lá, a democracia israelense terá que fazer co-habitar seus extremistas tendo que alimentar um ou outro de vez em quando; e as ditaduras islâmicas (teocráticas, tribais ou ambos); irão fazer o discurso contra Israel e o ocidente e os grupos de luta palestina principalmente seus líderes continuarão sendo sustentados por esses paises.

Em conclusão: Só interessa o Irã ter a bomba, aos que desejam Israel fora da jogada; e a paz no oriente não interessa a rigor a nenhum dos grupos, porque de um lado, perdem a força politica e o dinheiro e de outro fica-se ilhado numa situação em que sobram acusações e principalmente ódio e falta razoabilidade e discernimento.

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