quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Questão da Imprensa

A imprensa, em todos os seus formatos deve ser livre, livre até para errar.

O estado em todas suas instâncias, municipal, estadual e federal possuem meios de comunicação; emissoras de rádio, televisão, jornais oficiais. No caso da televisão, como são concessões, o governo pode dispor de espaço para comunicações importantes.

Com tantos meios a disposição, porque existe uma eterna luta de governos de plantão e imprensa, principalmente nessa década?

Talvez porque bons resultados ecnômicos e sociais alimentem os desejos incontidos de poder de governantes; ou porque querem apenas e tão somente a unanimidade.

Existe uma crítica, que é na verdade um método usado para desqualificar denúncias de corrupção, malversação de dinheiro público, etc, colocando as atuais denúncias no Senado como sendo fábrica de denúncias antigas. Existiria um interesse da imprensa em atingir esse ou aquele por conta de interesses políticos.

A bem da verdade o que se vê é a denúncia de coisas feitas a longo tempo e não denúncia de coisas antigas.

Além do mais, até agora a imprensa não inventou nada, mas partindo de uma situação específica, que foi a denúncia por parte de um ex-funcionário a coisa foi aparecendo. A cada enchadada aparece uma minhoca.

O que se deve fazer então? Se as minhocas são comuns deixar pra lá e no lugar dar manchete de ações positivas desse ou daquele governo? Ora, milhões são gastos pelos diferentes poderes em propaganda, marketing e profissionais dessa área como jornalistas, marqueiteiros e consultorias. Porque exigir da imprensa que deve ser livre, um auto-patrulhamento que os próprios poderes e seus representantes não praticam?

Espera-se em tese, numa democracia representativa que os representantes sejam os melhores elementos dos representados. É só por essa razão que condenados por crimes não podem ser eleitos. Mas e os acusados de crimes? Bem, nesse caso existe a presunção da inocência; mas de qualquer forma é um fato estranho que mutos desses estejam as voltas com problemas na justiça.

Meu pai foi a maior parte de sua vida um funcionário de banco público. Uma das regras do banco era e ainda é a exigência de que o nome do bancário esteja e seja limpo. Sua preocupação em quitar dívidas evitando protestos ao seu nome era uma preocupação constante.

Mas se não fosse exigência do banco? Bem, ele é aposentado e ainda assim possui a mesma preocupação.

Nesse caso, a exigência normativa exigia um cumprimento que seu caráter já daria como resultado independente de haver norma; já que a mudança da situação (não estar obrigado pela norma), não mudou seu hábito.

Fico a me perguntar porque é tão difícil que pessoas em cargos públicos de relevância rapidamente esquecem do caráter, porque é impossivel imaginar que tantas pessoas seriam sem caráter e mesmo assim terem aprovação de seus representados.

O que se perdeu no caminho?

De quaquer forma, fica mais fácil colocar a culpa na imprensa.

Mas sem ela, os fatos denunciados não teriam ocorrido? Ou apenas as denúncias e a necessidade de explicação e expiação não se fariam necessários?

Um antigo sábio escreveu que "...homem governa homem para seu próprio prejuizo..." - Vivo, diria: "...eu não disse?"

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