quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Comboio do Inferno

. . .Existe algo calamitoso que tenho visto debaixo do sol, como quando há um engano que se propaga por causa de quem está em poder...A estultícia tem sido posta em muitas posições elevadas..." - Eclesiastes 10:5-6

O escrito acima, de uma fonte antiga e ao mesmo tempo atual, e que é um dos principios deste blog tem uma constatação acima de qualquer dúvida nesse chamado período eleitoral.

Sem entrar no campo político-partidário em si; é interessante observar como a população é tratada como se fosse formada inteiramente por índios, doentes mentais ou crianças; ou seja, inimputáveis e por assim serem, sem a capacidade de cuidar de si mesmo. É um tal de mãe disso, pai daquilo e a mensagem é clara: Não está a se escolher representantes mas alguem como tutor e guardião de pátrio poder a exemplo das sociedades patriarcais e matriarcais do passado.

E não é demais lembrar que o ultimo tido como pai dos pobres no Brasil era de fato um ditador, Getúlio Vargas e na Argentina, a mãe dos pobres emcobria o inicio de um fenômeno chamado peronismo, cujos filhotes levaram o pais hermano a quebradeira mais de uma vez.

E ontem, iniciou-se aquele show de horrores, um verdadeiro comboio do inferno mostrando os como direi, postulantes a cargos publicos. "Vote no tiririca, pior que está não fica"...clones a não mais poder do quase personagem Éneas...gente envolvida nos escandalos dos ultimos 10 anos dizendo-se preocpados com os caminhos da nação...

Olha...é de doer...embora o antigo sábio já advertisse de antemão.

6 comentários:

Luiz Brasileiro disse...

Caro Marco Aurélio, a democracia pressupõe partidos, que não existem sem os políticos, e a própria atividade política com todas as consequências indesejadas, tais sejam: corrupção (que não é maior que as fraudes nos negócios privados), propaganda enganosa, pessoas despreparadas ou até mesmo bisonhas pleiteando cargos que exigem muito conhecimento e sabedoria, tal é o caso de se fazer boas leis.

A democracia não assegura que o governante eleito será administrador competente e honesto ou sábio legislador
mas apenas que estará sendo escolhido pelo melhor processo de seleção com a competição e escolha entre os candidatos disponibilizados pelos partidos.

Por conseguinte, demonizar a atividade política como sendo uma coisa indigna e desafeta a qualquer cidadão de bem é uma forma oblíqua de atacar a democracia, pois só as ditaduras dispensam a atividade política estendida a todos os cidadãos.

Os candidatos que temos são aqueles disponibilizados pela sociedade. Se melhores candidatos não temos é porque homens de bem se omitem deixando para os audaciosos e sem escrúpulos a tarefa de governá-los.

Como tenho a convição de que a pior democracia ainda é melhor que que a melhor ditadura, creio que é possível escolher o menos ruim entre os candidatos disponíveis.
Fatos são implacáveis, ou o cidadão escolhe entre os menos ruins ou se candidata, pois descarto a hipótese da servidão voluntária, cidadãos de bem não aceitam ser governados pela força em uma ditadura.

Marco Aurélio Fedeli disse...

O Luiz escreve bem, mas acabou por comentar em parte o que não foi escrito. Mas não foi ruim porque de certa forma tornou didática uma questão atual.

Como disse, sem entrar no mérito da política-partidária, a campanha eleitoral demonstra ser um show de horrores. Qualquer reality show em busca de talentos acaba eliminando os personagens e foca nos realmente talentosos. Qualquer empresa busca para seus quadros os melhores estudantes e profissionais e aqueles que assim não se provaram ou os com ficha suja não ingressam em empresas sérias. Agora para representantes do chamado povo...

Não se discute que a democracia é entre as opções a menos pior, como já dizia Churchill, mas é muito dificil imaginar qual é a capacidade que certos personagens "populares" e/ou "estranhos" que se apresentam, possuam para criar leis e mecânismos que terão impacto no dia a dia do povo.

Na verdade os sistemas não importa qual seja, possuem um único objetivo real, a manutenção do stastus quo de um pequeno grupo, em relação a inteira população.

Na verdade, o show de horrores demonstra que o chamado espirito público ou cívico, é a busca de arrumar a própria vida e da família.

É certo que existem honrosas excessões, mas os "lulinhas" são no geral a regra, se é que me entende

Luiz Brasileiro disse...

Caro Marco Aurélio, não entendi, pois (não se ofenda, por favor) não tenho a capacidade de ler pensamentos. Que eu saiba nenhum dos filhos do Presidente Lula é ou foi candidato, bem como não ocupou cargo público, seja cargo de confiança, seja por concurso público.

Esta frase não está à sua latura: "É certo que existem honrosas excessões, mas os "lulinhas" são no geral a regra, se é que me entende".

Marco Aurélio Fedeli disse...

Caro Luis, é fato público e notório que um dos filhos do atual presidente era funcionário do zoo paulista e findo o primeiro período, era empresário e sua empresa comprou espaço em tv para uma canal dedicado a games e a então telemar, sendo um dos acionistas, um banco público financiou essa empresa por tê-ls considerado prioritária e estratégica. A maior qualidade deste sócio em questão não é a expertise na área em si, nem a ligação com sua formação ou experiencia anterior, mas pura e simplesmente os laço familiar. O presidente quando indagado respondeu que não tinha culpa do filho ser um ronaldinho dos negócios, um "fenomêno".

E adianto, a negociação com a telemar não pode ser classificada de ilegal, mas sem dúvida poderia ser classificada de inadequada.

No comparativo pura e simples, um banco cujos herdeiros eram os netos do anterior presidente, não foi poupado pelo governo da quebra e falência; logo pode-se concluir que os familiares sairam com menos bens findo o governo.

Não estou a dizer que por conta disso os segundos são melhores que os primeiros ou que os primeiros são velhacos e os segundos são a quintessência da honestidade.

Mas os fatos apontam sem qualquer margem a dúvida independente do matiz ideológico que se tenha, que uma enorme parcela daqueles que adentram ao meio político o fazem com o objetivo primeiro de se arrumar, segundo arrumar a familia e por fim, alguns conseguem fazer um pouco de bem.

Basta um olhar para o passado e ao passo que se reconheçe o trabalho de grandes homens e mulheres; é impossivel não olhar para os diversos escandâlos e observar que a ganância e a sede pelo poder e pelo enriquecimento foram as molas propulsoras das ações ilícitas.

Anônimo disse...

Uma alternativa:

Eles (Serra) ainda podem insistir nessa estratégia, tentam ganhar a eleição em SP e no Sul do país. Depois propõe uma separação do resto do país. Pronto, Serra vencerá e será presidente do Brasil-Sul (SP+SUL).

Se isso acontecer, as Oligarquias nordestinas podem proclamar a Monarquia no Brasil-Norte. Os Deputados, Prefeitos, juizes receberão título de nobre. O restante do Barnabés um título de nobre mais fraquinho.

A Amazonia será internacionalizada, claro. Entre ficar na mão do madereiros ou dos gringos. Prefiro os últimos. Eu, não. As árvores preferem. Perguntei a uma árvore uma vez: “Você é brasileira?” Ela disse: “Sou de quem não me serrar…”

Pronto, seremos no papel e na prática a mesma Monarquia de sempre.

Marco Aurélio Fedeli disse...

Agradeço a dferência do comentário do anônimo,embora não compartilhe de idéias segregacionistas, separatistas e outros istas existentes.