quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hidroelétricas e o lado negro da força - rrsss

Ministro de Energia vê 'forças demoníacas' que impedem hidrelétricas

Lobão citou dificuldades para construção da usina de Belo Monte.
Ele diz, no entanto, que governo quer fechar ano com leilão da usina.

Do G1, com informações da Agência Estado

Foto: Wilson Pedrosa/Agência Estado Foto: Wilson Pedrosa/Agência Estado

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira (29) que vê "forças demoníacas" impedindo a realização de usinas hidrelétricas de grande porte no país.

Ele comentou as dificuldades que têm sido enfrentadas para a obtenção de licenças ambientais para a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, durante a abertura do 6º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase 2009).

Lobão fez discurso enfático: "Às vezes tenho a sensação de que existem forças demoníacas puxando para baixo o país e não deixando que avance, não deixando que tenhamos a segurança energética de que tanto precisamos", disse, para completar em seguida que "nós vamos vencer, ou ficaremos derrotados no meio do caminho e partiremos para as usinas térmicas, que poluem mais".

Leilão em 2009

Mesmo assim, o ministro disse a uma platéia formada por centenas de executivos do setor, que a intenção do governo é encerrar o ano com o leilão da usina de Belo Monte.

"A equação de Belo Monte está sendo solucionada e o empreendimento já desperta o interesse de muitos investidores", disse o ministro.

A usina de Belo Monte é um projeto que envolve muitas discussões ambientais e sociais e que afeta áreas indígenas. O empreendimento é considerado pelo governo como fundamental para garantir o crescimento do país nos próximos anos.

O projeto está previsto para entrar em operação entre 2013 e 2014 e terá capacidade de ao menos 11 mil megawatts. A usina é considerada o maior projeto hidrelétrico do Brasil, depois da binacional de Itaipu, uma parceria entre Brasil e Paraguai.

A construção da usina está estimada em aproximadamente 10 bilhões de dólares, segundo cálculos preliminares do governo.

(Com informações da Reuters)

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