Segue reportagem da Folha:
da Folha Online
Atualizado às 10h44.
A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira uma operação contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Para a operação, denominada Castelo de Areia, foram expedidos dez mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão para desarticular uma quadrilha inserida na construtora Camargo Corrêa.
A ação da PF ocorre em São Paulo e no Rio de Janeiro. Diretores e secretárias do alto escalão da empresa estão envolvidos. Procurada pela Folha Online, a Camargo ainda não se manifestou.
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo (leia aqui), a investigação vai respingar em alguns dos principais partidos políticos do país.
Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo --sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro.
O objetivo é prender funcionários da construtora, além do articulador do esquema criminoso e dos doleiros identificados, segundo comunicado da PF.
Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão, cuja pena chega a seis anos de prisão. Serão instaurados inquéritos policiais para apurar suas participações.
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