quarta-feira, 25 de março de 2009

Operação da Polícia Federal na Camargo Correa

A Empreiteira Camargo Corrêa, que entre outros negócios é a principal acionista e controladora do Grupo CPFL, que reune distribuidoras de energia no Estado de São Paulo e Rio Grande do Sul; sofreu operação da Polícia Federal contra crimes financeiros.

Segue reportagem da Folha:

da Folha Online

Atualizado às 10h44.

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira uma operação contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Para a operação, denominada Castelo de Areia, foram expedidos dez mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão para desarticular uma quadrilha inserida na construtora Camargo Corrêa.

A ação da PF ocorre em São Paulo e no Rio de Janeiro. Diretores e secretárias do alto escalão da empresa estão envolvidos. Procurada pela Folha Online, a Camargo ainda não se manifestou.

Segundo informações da colunista Mônica Bergamo (leia aqui), a investigação vai respingar em alguns dos principais partidos políticos do país.

Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo --sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro.

O objetivo é prender funcionários da construtora, além do articulador do esquema criminoso e dos doleiros identificados, segundo comunicado da PF.

Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão, cuja pena chega a seis anos de prisão. Serão instaurados inquéritos policiais para apurar suas participações.

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