Paulo Lacerda, como chefe da polícia federal esteve a frente de operações "espetaculosas", envolvendo gente graúda da sociedade, empresários, etc. Com o tempo foi alçado a direção da ABIN, orgão do governo brasileiro equivalente no papel a CIA americana mas que na prática atua como o C.O.N.T.R.O.L.E do famoso agente 86 da televisão.
Com isso encarregou um delegado cujo pensamento batia com o seu e já havia demonstrado "rigor" na prisão de um político graúdo, o Maluf; para ficar a frente de uma investigação envolvendo um banqueiro, Daniel Dantas.
Como na visão da dupla dinâmica, a policia federal estava tomada por agentes duplos e pessoas pagas por Daniel Dantas, a ABIN ficaria a serviço do nosso agente 86.
Agora, Luis Nassif, PHA e outros fazem questão de defender e repercutir a idéia de que a ação de pessoal da ABIN era legal e correta. Mas pergunto, se foi assim tão correta porque os principais envolvidos não declararam de pronto a extensão e número de agentes envolvidos? Porque as diferentes versões cada vez mais volumosas em termos de pessoal envolvido?
Da mesma forma que os famosos "mortadelo e salaminho" que no afã de cumprir suas missões invariavemente metiam-se em confusões e dores; a nossa dupla começou bem e terminou mal.
O primeiro relatório do Satiagraha era uma descrição de um lugar que ia do nada ao lugal algum, com excesso de auto-elogio em defesa da pátria e exemplos pífios e sem importância quando não, simplesmente pueris ou que nada tinham a ver com o fato que se queria demonstrar, tanto que o juiz rejeitou todas as partes referentes a mídia que pareciam muito mais um enredo ruim de um samba do delegado doido escrito em parte sob o manto do tal dossiê "VEJA" de Luis Nassif.
Agora, a revista VEJA expoê em reportagens partes do inquérito que investiga o delegado e descobre-se que ele possui arquivos, audios e transcrições de grampos. Segundo ele, parte do material do Satiagraha. Ocorre que os políticos alí citados não foram mencionados no inquérito do Satiagraha. Então que fazia ele com documentos de inquérito, documentos esses que não são citados nos relatórios?
O Delegado Protógenes alga que as reportagens são mentirosas e que os documentos mostrados são montagens.
Se são montagens, porque a Polícia Federal citada não declara que as informações são falsas? É porque não são.
Juizes, promotores e outros citados, tem declarado que a revista errou. Ora se ela apresentou documentos que afirmam que o delegado Protógenes disse isso ou aquilo, quem errou foi o delegado Protógenes e não a revista. No entanto, a blogosfera ataca a revista pelo que o delegado disse fazendo de conta que só vale o que ele disse se for do interesse da teoria conspiratória do momento.
Agora, o delegado acusa em carta ao presidente americano, o presidente brasileiro de fazer parte do esquema "Dantas".
Reinaldo Azevedo questiona com razão: Talvez seja caso de chamar um médico e não a polícia.
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