Achei curioso que o pacote visto como necessário por 99,99 em cada 100 especialistas tenha sido rejeitado. Também é curioso que faltaram poucos votos para alcançar o quorum mínimo e igualmente curiosa a alta taxa de rejeição ao pacote.
Com medo da Al-Quaeda, a aprovação do pacote relacionado com a segurança, recebeu enorme adesão ao ponto dos deputados e senadores sequer terem lido para aprovar, correndo atrás de uma caneta para assinar. Pergunto: - Se as medidas embora diferentes possuem igual ou similar urgência, o que mudou?
O partido adversário de Bush, o Partido Democrata inverteu a pouco tempo a mão no congresso, conseguindo a maioria da casa. Assim nos ultimos tempos, o governo executivo republicanpo teve de lidar com o legislativo de maioria democrata. Isso não impediu de conseguir, por exemplo, quantias de crédito extraordinárias para a guerra no iraque e vetar algumas leis consideradas inapropriadas.
Ocorre que segue a campanha para as eleições presidenciais e a crise americana é obviamente ruim para o candidato republicano McCain. Se é ruim para ele, significa que é bom para Barack Obama. Então o pacote é rejeitado. Será assim mais a frente? Não, porque o político americano não é burro. Ele será aprovado, mas não sem antes fazer o governo e por consequência a candidatura de McCain sangrar.
Como a crise, ao que tudo indica, ainda não é sistêmica e a rede de banco regionais está segura (quem sofreu foram os bancos de investimento, mais selvagens); ainda existe tempo de manobra.
Se a questão econômica fica resolvida ou bem encaminhada; resta a questão da segurança e internacional, áreas que Barack Obama demonstra inferioridade ou mesmo ausência de idéias e projetos. Do jeito que está, as atenções se voltam para a questão econômica, que quer queira McCain, ou não, explodiu no seu colo, por conta do governo Bush.
Outro ponto a poderar:
Aqui no Brasil a coisa seria tratada naturalmente com medidas provisórias e o legislativo que se danasse. A idéia é a urgência das coisas frente a demanda de tempo que negociações exigem e o perigo de perdas. Lá houve abalos mas o mundo ainda não acabou por conta da rejeiição do pacote.
Interessante, não!?!
2 comentários:
Olá. Sua análise não abarca o fato de que a rejeição ao plano partiu principalmente de deputados republicanos; penso que é necessário, também, tentar entender o que levou a ala direita republicana a aliar-se com a ala esquerda democrata neesa rejeição.
Um abraço.
O Flávio tem razão!
Dos 228 votos contrários à medida, 133 vieram dos republicanos, e 95, dos democratas. A negociação, no entanto, pode levar os líderes partidários a perderem os votos dos democratas, enquanto buscam seduzir os republicados refratários à idéia de usar recursos do Tesouro para apagar o incêndio de Wall Street. Os republicanos mais conservadores criticam a proposta, por entender que ela faz o contribuinte pagar pelos erros e excessos cometidos pelos banqueiros nos últimos anos. Para aderirem, os deputados republicanos podem forçar a Securities and Exchange Commission (SEC, o equivalente à CVM brasileira) a suspender a marcação a mercado dos títulos, e fazer com que os bancos divulguem o valor real dos títulos envolvidos em problemas.
Se os negociadores não encontrarem espaço junto aos republicanos, podem se voltar para mais concessões aos democratas. Parlamentares desse partido defendem mais mecanismos para a proteção dos mutuários inadimplentes, como a alteração dos contratos hipotecários de indivíduos insolventes, a fim de abater o valor da dívida.
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