Congressistas dos Estados Unidos anunciaram no domingo 28 de setembro que chegaram a um acordo sobre como será o socorro do governo ao setor financeiro (veja na tabela abaixo os principais pontos). O projeto de lei ainda precisa ser votado pelos parlamentares.
Instituições financeiras dos Estados Unidos passam por seu pior momento desde a Grande Depressão, ocorrida no final da década de 1920 e início da de 1930.
SOCORRO AO SETOR FINANCEIRO | ||||||||||
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Por terem grande liberdade de atuação, nos últimos anos bancos americanos investiram fortemente em papéis ligados a empréstimos hipotecários de alto risco. Os títulos foram sendo repassados de uma instituição a outra, aumentando o número de bancos expostos a esse risco.
O crescimento da inadimplência nos empréstimos imobiliários provocou fortes perdas nas instituições expostas a esses títulos. Os papéis se tornaram ilíquidos, ou seja, há pouquíssimo interesse dos investidores em comprá-los devido à incerteza em torno do seu valor real.
O debate sobre o salvamento do setor financeiro gira em torno de o que fazer com esses títulos e como evitar que, futuramente, ocorra novamente esse problema.
Nas últimas semanas, o governo dos EUA teve que resgatar grandes instituições, como as duas maiores empresas americanas que operam títulos de créditos imobiliários (Fannie Mae e Freddie Mac) e o banco Lehman Brothers.
Outros bancos em dificuldade acabaram sendo comprados por instituições privadas. O Merrill Lynch foi adquirido pelo Bank of America; o Washington Mutual, pelo JPMorgan Chase; o Wachovia pelo Citigroup.
O pacote de socorro deve servir apenas para apagar o incêndio financeiro nos EUA. Para remover de uma vez os escombros e reerguer o mercado com segurança, analistas têm defendido novas regras de regulação do setor.
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