Quando houve a quebra da bolsa americana em 29 levando ao período da grande depressão, o mundo foi junto, porque na época, o "mundo" era basicamente uma soma de paises fornecedores de matéria-prima e receptores de produtos americanos ou ingleses. Se a França exportava "cultura", a América e a Inglaterra exportavam serviços, empresas e negócios. Logo um implosão na bolsa levou o preço das matéria-primas para baixo bem como desvalorizou empresas que atuavam nos demais paises, cortando crédito e investimentos.
Ao longo do tempo, os sistemas foram se adaptando e hoje, embora um solavanco no mercado americano cause terremotos em outros paises, ainda assim não dá pra perceber no horizonte o fim do capitalismo como fizeram questão de alardear os idiotas de plantão.
O que ocorre nos EUA de certa forma faz parte natural do sistema, que não é perfeito, para se adequar a novas situações ou mesmo expurgar deficiências. Não é o que nossos corpos fazem? Um febre por mais alta que seja nunca é uma doença, não importando que cause calafrios, tremores e visões. Ela é um sintoma de que o corpo está a combater um virus. Erradicado, a febre passa. Claro, a febre não pode ser menosprezada, porque muito alta, causa danos ao organismo, vindo dai a necessidade de controla-la.
O sistema capitalista precisa ser deixado livre, se auto-regulando para que possa funcionar adequadamente. Aos governos cabe impor os limites ou pra usar o termo da moda, criar os marcos regulatórios e a partir daí, punir os que os violem, já que os cumpridores serão premiados pelo próprio mercado.
Quando existe um problema e no caso o tal do sub-prime, o sistema se refaz, mas o governo precisa manter a febre sob controle.
Portanto, o governo americano agiu corretamente ao adotar as medidas anunciadas. É pra isso que governos existem.
Pode-se acusar o governo Bush de quase tudo; mas é necessário fazer-lhe justiça quando o assunto envolve as quebradeiras do sistema. Logo no inicio do governo ocorreram os problemas com a ENRON entre outras. O governo agiu e os controladores dessas empresas foram processados e presos. Agora, o governo esperou os acontecimentos e agiu para impedir maiores prejuizos.
Os analistas acreditam que essa crise deverá levar dois a três anos para ser resolvida, não que o capitalismo sobreviva mais dois ou três anos, bem entendido.
Para se aceitar a tese rídicula sobre o fim do capitalismo, seria necessário que outro sistema estivesse a disposição como contraposição. Entretanto o sistema que se colocou como tal frente ao capitalismo foi o comunismo e esse findou por falta de público na parte final do século passado.
É bom lembrar também que os paises que adotaram o comunismo, hoje nadam de braçada no "odiado" capitalismo e alguns dependem da ajuda humanitária dos "demônios" capitalistas, como a Coréia do Norte que ameaça com testes de misseis para conseguir...comida.
Também é interessante observar como as "analises" não passam de um jogo de palavras vagabundo de analistas "militantes". Explico: Quando ocorreu uma quebradeira de bancos, o estado através de um sistema que ficou conhecido como PROER salvou o sistema de uma quebradeira geral, liquidando bancos que quebraram, processando os controladores e salvaguardando o dinheiro do cidadão sem influência, que corria o risco de ver seu dinheiro virar pó. Os analistas bateram forte no "governo neoliberal". Agora o governo americano lança um tipo de PROER a lá USA e os críticos, os mesmos diga-se de passagem, dizem o quê? Fim do "neoliberalismo", "estatização do mercado" e outros termos, para pura e simplesmente desqualificar o "inominável" Darth Vader americano George Bush.
Dá pra entender? Uma medida legítima de um estado é ação neoliberal de um lado e portanto deve ser criticada e ação estatizante de outro, logo deve ser combatida. Só rindo mesmo!!
A crise portanto não é uma crise do capitalismo mas é uma crise americana que é obvio, afeta mais ou menos, todos os outros paises. Não é A crise americana, mas apenas mais uma delas, como os furacões que ocorrem ano a ano. Só isso! Passada a tempestada, tudo é reconstruido, até que venha outro. A chave do sucesso portanto não pode ser encontrada na capacidade de evitar as crises ou furacões, coisa impossivel, mas minimizar ao máximo o número de perdas em vidas humanas, já que as materiais fazem parte do jogo.
Quando o estado não age a contento, cria-se o caos e o pânico como ocorreu com o furacão Katrina.
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