Vai aqui alguns achismos. Nem sei a quantas anda esse programa em outras partes do mundo. Aqui em terras tupiniquins, de fato, começou o de número 9. Ou seja, a quase uma década, a população acompanha a situação ou situações vividas em um aquário.
Com uso apenas da memória, a maioria das pessoas lembra fatos e casos relacionados a esse programa. E boa parte deles relacionadas a situações tensas, brigas, etc. Por essas e outras, a edição considerada um fracasso foi justamente a que não apresentou barracos ou polarizações.
A maioria das pessoas acaba torcendo por esse ou aquele, baseado no que é apresentado pelo programa no canal aberto, obviamente cenas editadas. Primeiro por uma questão de tempo, segundo de interesse. É muito mais interessante mostrar uma discussão do que uma conversa modorrenta entre dois participantes.
A escolha dos candidatos também seguiu a mesma receitinha de bolo. Jovens com profissões fluidas como "modelo" e "empresário"; termos que podem abarcar uma gama enorme de coisas e situações. Corpos na maioria em forma e...só. A atual edição possui dois candidatos da chamada "terceira idade" o que é uma novidade em relação aos anteriores.
Se na terceira edição, os participantes já tinham uma idéia de como se comportar, como o público reage a isso ou aquilo; os participantes do nono sabem muito mais.
O que resta de prático mesmo, é que a maioria das mulheres serão convidadas para posarem nuas em revistas masculinas, irão se apresentar em eventos, a maioria quando entrevistadas dirão que querem seguir carreira como atrizes e citarão como exemplo "Grazi".
Já os homens seguirão mais ou menos a mesma linha.
A maioria irá desfilar com o epiteto "ex-bbb" como se fosse um cartão corporativo.
Um ficará milionário.
Já se perguntou com qual dinheiro? É amigo, com o seu. Explico:
Uma produção de televisão só é produzida e veiculada na grade se: a) tiver grande interesse do público e b) tiver grande interesse dos patroinadores. Ocorre que o segundo depende do primeiro.
A partir das edições passadas, sabe-se que um número gigantesco de pessoas ligam a televisão para assistir as novelas da Globo e acompanham o BBB. Há também uma gama enorme de pessoas que pagam os canais fechados para assistir ao BBB. Então os patrocinadores pagam os espaços publicitários ou seja, os comerciais; pagam para que a marca seja citada em determinada prova (como aquelas em que determinada loja daria os prêmios se os candidatos chegassem perto do preço); porque serão vistos, citados e lembrados e suas vendas aumentam.
Existe o ganho com ligações que são milhares a cada votação e não há outra razão, inventaram algumas votações extras para a população participar (pagando o preço da ligação mais impostos).
O programa a depender do sucesso puxa a audiência do programa posterior o que gera mais receita publicitária, etc.
O custo dessa operação publicitária é calculado a partir do custo do programa incluso o prêmio final e outros.
Os patrocinadores e empresas que participam desse bolo, não gastam essa fortuna do próprio bolso, mas o custo de marketing está inserido no preço de seus produtos. Assim quando você compra o produto da empresa que está patrocinando o programa ou liga participando das votações; seu dinheirinho é que está bancando o programa e o futuro milhão do ganhador.
Não estou aqui acusando ninguem disso ou daquilo. Faz parte do jogo e não tem nadade ilegal nisso. Apenas é para demonstrar que o velho jargão "não existe almoço grátis" é verdadeiro. alguem sempre paga.
E se alguem quiser opinar que as votações são para ter a participação do povo; seria o caso de perguntar porque a Globo então não usa número 0800 cuja ligação é gratuita para que mfaz a chamada mas paga pelo receptor da chamada, ao inves de angariar alguns milhões com os milhões que votam pelo telefone, pagando por isso mais impostos?
O programa em sí, não apresenta aspectos culturais, fatos históricos, análises, sequer fantasia e teatro, arte própriamente dita. Apresenta apenas um grupo de pessoas sem nada a fazer, salvo tomar banho de sol em piscina, discussões vazias sobre o nada, esperando a hora da saída para ganhar dinheiro posando nú ou nua para revistas, aparecendo em eventos e passado um tempo mais ou menos curto, ser alvo de piadas do Pânico na TV ou do CQC.
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