O delegado Protogênes Queiroz foi entrevistado no programa Roda Viva. Não sofreu nem de longe o mesmo patrulhamento que o ministro do STF sofreu das mílicias internauticas e seus generais blogueiros.
No rescaldo, também passou muito longe a amplificação da entrevista. Basicamente um post com os considerados "melhores momentos".
Luis Nassif considera um deles despreparado e rísivel e outro ponderado e objetivo. Reinaldo Azevedo considera o oposto. Claro, como não estamos falando de uma operação de coração que exige uma técnica minuciosa, a opção de achar esse bom e outro não será resultante daquilo que acredita ser a verdade e não entro aqui no mérito de quem tem razão.
É curioso que certos blogueiros, afirmem através de comentários (se o blogueiro aprova a publicação de um comentário sem uma ressalva dele, é porque concorda com o enunciado e não adianta depois reclamar dizendo que comentarista é livre pra dizer o que quiser respeitada as diretrizes do blog), que a âncora do programa seja idônea e corajosa quando perguntou ao ministro Gilmar Mendes sobre o audio dos grampos e seja criticada como defensora da VEJA porque questionou o delegado sobre o mesmo assunto.
De fato, o delegado Protogenes, por mais que queiram solidarizar-se com ele porque resolveu peitar "poderosos"; ele é alvo de inquérito por conta de supostos atos errados ou ilícitos na condução do inquérito Satiagraha.
Quem se autodetermina defensor da lei, deve respeitar os limites que ela coloca na condução das coisas. Nos filmes é legal assistir os agentes da lei pressionados pela ação de bandidos sem limites, usar dos mesmos meios e violência quebrando a lei para prender quando não simplesmente eliminar os que "quebram" a lei. Mas isso deve ficar apenas no mundo da fantasia.
Usando a mesma linha de argumento do delegado, se o inquérito resultar no seu indiciamento, isso (aos seus olhos, conforme resposta no programa), faz dele um bandido.
4 comentários:
O delegado trata o Daniel Dantas como bandido porque ele já foi julgado e condenado, não apenas indiciado.
Opa...agradeço ao anônimo, seja lá quem realmente seja, o comentário. Não discuto que Daniel Dantas seja um bandidão. Desconheço até hoje, quem teve negócios envolvendo escalões do governo que não tenha cometido erros e ilícitos. Mas se você assistiu a entrevista, quando questionado porque ele se referia aos indiciados como bsandidos (e não era só Daniel Dantas), ele respondeu que as provas do inquérito são suficientes para considera-los como tal. Foi por essa razão que considerei que o delegado com uma postura tão forte, mas também sendo investigado poderia ser assim considerado caso seja indiciado.
De fato não assisti ao Roda Viva do Protógenes pois já estava escaldado pelo do Gilmar Mendes. Não sei as motivações do Protógenes, meu comentário ficaria mais claro se eu dissesse que o Daniel Dantas pode ser chamado de bandido, mas o Protógenes ou o casal Nardoni ainda não. De qualquer forma, as suspeitas que pesam sobre o delegado são muito menos graves do que as que pesam sobre o Daniel Dantas.
André C. P. Martins
Seja bem vindo, André. Seu argumento foi de encontro ao meu mas está correto. Só é bandido quem e condenado e nesse estrito conceito, Daniel Dantas é um bandidão e os outros citados ainda não, por mais "índicios" que hajam.
Só faço um reparo quanto ao "peso" das suspeitas. Porque? Porque entendo que deve-se exigir de mim e de você por exemplo, um entendimento muiot maior das coisas que um analfabeto por exemplo pode ter. Não é possivel exigirmos para nós uma mesma margem de tolerância.
Mal comparando, aos agentes da lei, cabe um apego as mesmas maior do que os outros, por conta de que justamente zela pela cumprimento das mesmas. Isto posto; se errou ou praticpou algum ílicito deve responder por eles como Daniel Dantas deve responder pelos dele. Mas é um erro, achar como uma parcela da imprensa e dos blogs, que os erros do delegado se existem devem ser minimizados por estar numa luta contra "Daniel Dantas".
Mas reitero, agradeço seus comentários que deram mais valor ao post.
Volte sempre!!
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