PERGUNTAR NÃO OFENDE, me antecipando aos nervosinhos de plantão que não podem ler um post crítico sobre o governo ou sobre a Petrobrás que saem acusando crime de lesa-pátria.
Pelo que saiu nos jornais neste fim de semana; a Petrobrás viu o preço do barril de petróleo cair perto do seu limite operacional, US$ 30,00. Que nesse valor o investimento programado para os próximos anos em especial o necessário para extrair o petróleo pré-sal fica inviável. Haveria portanto a necessidade de pesados investimentos. A China faria um empréstimo bilionário e o ministério das minas e energia abriu o leque de oportunidades de empréstimo para a Petrobrás mediante parte das reservas que o país possui.
Como sabemos, a estatal Petrobrás não é uma estatal pura porque tem ações negociadas em bolsa de valores. Unica razão pela qual o governo estuda criar uma empresa estatal, para gerenciar os recursos pré-sal, pelo que parece no modelo Noruegues.
Se a Petrobrás é vista com reservas até pelo governo para cuidar do pré-sal e não cogita usar a ANP para controlar essas reservas mas um nova estatal para participar da operação; porque a Petrobrás deve se preocupar com investimentos no pré-sal? Buscar recursos de empréstimos na China ou pegar empréstimos das reservas?
Tá certo, não sou especialista em petróleo e com certeza, muito menos em certos tipos de governos; mas a dúvida é pertinente, olhando a coisa do ponto de vista do acionista direto (aquele que colocou dinheiro em ações), e o indireto (todos os que pagam impostos e viram recursos públicos serem empregados nas estatais).
Porque criar uma nova estatal, por mais enxuta que seja (e alguem dúvida que terá pencas de diretores, especialistas, secretárias, administrativos, motoristas, infra-estrutura, veiculos, escritórios, etc, etc, etc), com o sistema de partilha de produção se a Petrobrás já pode e faz isso?
É para se associar com a Petrobrás? Mas nesse caso se associar consigo mesmo?
Não, a nova empresa vai ficar no lugar da Petrobrás nessas áreas e irá se associar ou outras empresas nacionais e estrangeiras. Nesse caso, a Petrobrás será ressarcida dos investimentos feitos na camada pré-sal e nessa cordilheira de dinheiro que está pegando emprestado? Porque senão me fica a impressão, que os "acionistas" da Petrobrás ficarão com o ônus da camada pré-sal e o "governo" com o bônus dela com a nova e "pura" estatal. Estou errado?
Os especialistas, por favor, me ajudem a entender, respondendo as questões levantadas!
Cartas para a redação!
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