O G7, grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo fechou um acordo generalista com as seguintes premissas:
1. Tomar ações decisivas e usar todas as ferramentas disponíveis para dar suporte às instituições financeiras sistematicamente importantes e evitar que elas quebrem.2. Dar todos os passos necessários para descongelar o mercado de crédito e assegurar que bancos e outras instituições financeiras tenham largo acesso à liquidez e funding.
3. Assegurar que nossos bancos e outras instituições financeiras intermediárias, quando necessário, possam levantar capital tanto com fontes públicas como privadas, em montante suficiente para restabelecer a confiança e permitir a eles que continuem emprestando a famílias e empresas.
4. Garantir que os nossos respectivos seguros de depósitos e programas de garantias sejam robustos e consistentes para que os pequenos correntistas continuem tendo confiança na segurança de seus depósitos.
5. Tomar ações, onde apropriadas, para restabelecer os mercados secundários de hipotecas e outros ativos securitizados. Avaliações precisas e transparentes sobre o valor dos ativos e implementações consistentes de padrões contábeis de alta qualidade são necessários.
A partir daí, os membros do grupo além de outros paises da União Européia detalharam seus planos de atuação para conter a crise financeira global, como segue:
Estados Unidos = Pronunciamento do presidente americano destacou três pontos além do plano inicial aprovado pelo congresso americano;
1) Parte dos recursos do plano de US$ 700 bilhões aprovado no início do mês será utilizada para injetar capital em bancos com dificuldades, comprando ações das instituições. " Pela fala do presidente Bush essa medida é essencial e de curto prazo para assegurar a viabilidade do mercado.
2) A Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês), vai oferecer garantia a empréstimos a curto prazo e expandir as garantias a contas. Pela fala do presidente Bush, essa medida irá permitir que os americanos emprestem para comprar seus carros, suas casas, e vai gerar crédito para as pequenas empresas.
3) O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve adquirir, como "último recurso", commercial papers (notas promissórias) de empresas, como forma de garantir que elas tenham dinheiro para as folhas de pagamento e para seguir operando.
União Européia = Após uma semana de turbulência histórica no mercado, por conta da crise financeira e de crédito que atinge a economia mundial, vários países que adotam o euro anunciaram seus planos de auxílio ao mercado, que vão injetar mais de US$ 2 trilhões na economia. O plano prevê que os governos ofereçam:
1) Garantias e seguro,
2) Comprem papéis de companhias problemáticas,
3) Forneçam capital de qualidade para instituições financeiras por meio de ações preferenciais, entre outros instrumentos, e;
4) Atuem para estabilizar os vencimentos de longo.
Além disso , outros países detalharam seus planos a partir do acordado dentro da UE
Noruega = O governo e o banco central adotaram medidas para elevar a liquidez dos bancos e sua habilidade de gerar fundos, o que inclui planos de emitir até 350 bilhões de coroas (US$ 57,41 bilhões) em novos bônus governamentais.
Portugal = o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, disse que o país vai oferecer uma linha de crédito a bancos locais avaliada em 20 bilhões de euros (cerca de US$ 27,45 bilhões) para garantir a liquidez em meio à crise mundial.
Inglaterra = o governo anunciou que irá recapitalizar os bancos Royal Bank of Scotland (RBS), HBOS e Lloyds TSB, em um marco de seu plano de resgate ao setor bancário, com uma injeção de cerca de US$ 63 bilhões nas instituições.
Alemanha = para evitar uma rápida disseminação da turbulência nos mercados financeiros globais inclui uma injeção de até 80 bilhões de euros (US$ 109 bilhões) em capital novo e até 400 bilhões de euros (US$ 546 bilhões) em garantias bancárias.
França = o governo vai disponibilizar até 40 bilhões de euros (cerca de US$ 53,6 bilhões) para recapitalizar seus bancos em dificuldades e garantirá os empréstimos interbancários de até 320 bilhões de euros (cerca de US$ 429 bilhões).
Espanha = anunciado pelo primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, terá 100 bilhões de euros (cerca de US$ 134 bilhões) para garantir empréstimos entre os bancos. O crédito será liberado por meio da emissão de bônus bancários e compra de ações de bancos. Zapatero descreveu a linha para comprar ações e injetar capital nos bancos como uma medida "preventiva" que o governo não tem intenção de usar neste momento.
Holanda = o governo anunciou que vai garantir empréstimos interbancários até 200 bilhões de euros (cerca de US$ 268 bilhões).
Áustria = Plano prevê 100 bilhões de euros (cerca de US$ 134 bilhões) para resgate dos bancos nacionais. Viena concederá uma garantia de empréstimos interbancários de até 85 bilhões de euros (cerca de US$ 113 bilhões) e prevê 15 bilhões de euros (cerca de US$ 20 bilhões) para a recapitalização dos bancos em apuros.
Russia = também detalhou seus planos contra a crise com um pacote avaliado em US$ 200 bilhões, que autoriza alguns bancos do país a tomar empréstimos de seis meses sem garantias.
Itália = as medidas incluem a garantia estatal de dívidas bancárias de até cinco anos emitidas até o final de 2009 e o apoio estatal aos financiamentos de bancos para companhias privadas. O valor do plano italiano, no entanto, não foi divulgado.
Fora da Europa =
Austrália = O governo afirmou que vai garantir todos os depósitos nas instituições financeiras do país por três anos. A medida torna o governo fiador de até US$ 458 bilhões em depósitos bancários.
Emirados Árabes = O governo anunciou que garantirá os depósitos efetuados em bancos locais, segundo a agência oficial Wam. Esta é a primeira monarquia árabe do Golfo a adotar esta medida desde o início da crise financeira internacional.
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