sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sobre o Irã e a questão atômica

Em recente debate no Rio de Janeiro entre o embaixador brasileiro no Irã e o chanceler Britânico.

Reportagem de hoje da FSP traz esse tema.

A questão é a posição iraniana de controlar o processo de enriquecimento atômico. E o segundo assunto é Israel.

Como boa parte dos paises se ressentem da predominância americana em tudo que é assunto e ao mesmo tempo não abrem mão da força e dos dolares americanos sempre que necessitam; cria-se uma situação curiosa em termo de relações exteriores nas quais a turma rosna para os americanos esperando que os mesmo venham em socorro se a coisa apertar.

No caso do Irã, é preciso lembrar que o país vive sob o manto de leis consideradas a vontade de Alá. Ninguem, seja uma pessoa, grupo, instituição ou país que se considere guiado diretamente por uma força divina, dá ouvido aos outros. Tem um ditado popular que diz que aquele que se entende com o patrão não dá ouvido a empregado. Ora se um país tem seu arcabouço jurídico, legal, e suas ações individuais e coletivas guiadas pela suposta palavra de Deus por meio de Maomé, não cabe discutir com as gentes infiéis.

O discurso dos dirigentes iranianos sempre foi ditado pelo nós contra eles; a absorção do papel de espada nas mãos de Deus; e uma contínua ojeriza a Israel. E nesse contexto unica e quase exclusivamente porque eles estão em terras que os "infieis" tiraram dos árabes. É claro que nesse contexto,  a questão de quem controla a cidade de Jerusálem é peça central do debate. Dito de outro modo: as disputas que envolveram as cruzadas com vitórias da cristandade e retomadas dos mulçumanos ainda é o cerne da questão. Só que no lugar dos cruzados está a atual democracia israelense.

Achei curioso que diplomatas se esforçem para aliviar a barra do governante do Irã neste sentido, dizendo que ele não disse que Israel deveria ser varrido do mapa. Ele quiz dizer varrido da história.

E os sensantos ficam a se perguntar se as duas coisas na prática não significam a mesma coisa? - Pois é!

Se o Irã quisesse negociar seriamente, ele soberanamente como o Brasil fez, diga-se de passagem, optaria por assinar tratados de não proleferação de armas atômicas, permitiria visitas nas usinas e inspeções sérias da ONU.

Existem aqueles que são sérios e outros que são menos sérios. Em qual dos dois tipos você encaixa os paises e seus governantes, vai do discurso coerente e das ações firmes e práticas que toma.

O unico cuidado que essa turma precisa tomar é não reprisar as ações de Chamberlain, ministro da Inglaterra que assistiu a Alemanha se tornar uma ditadura nazista, iniciar a guerra que se tornaria a segunda mundial e nada fez para impedir.







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