quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pondo os pingos nos is...

A turminha mal acaba as eleições já colocou o bloco na rua e estado após estado começam a aparecer leis em estágio de audiência pública a respeito de criar conselhos que regulem a mídia.

São os os objetivos principais:

a) Pulverizar o dinheiro público evitando concentra-lo na grande mídia;
b) Defender a cultura nacional incluso nessa cultura as artes, musica, lingua, valores, etc;
c) Controlar o conteúdo se o mesmo atenta contra os itens acima, etc e tal.

Agora, leitor amigo, partindo do principio saudável que o senhor é um sujeito equilibrado, que tem boa compreensão do texto escrito e é um falante competente da lingua materna, pergunto-lhe:

Alguns patriotas ávidos de defender o belo e o virtuoso queriam banir a obra de Monteiro Lobato por conta de uma leitura racial que sequer era a intenção do autor na época que escreveu suas obras. Consegue imaginar o que esses valentes aceitariam como conteúdo de rádios e televisões?

Filmes como "E o vento levou" receberão a marca da danação eterna. Muito provavelmente, toda a obra cinematográfica dos saudosos "trapalhões" seria considerada indecorosa e preconceituosa por conta das brincadeiras envolvendo a cor do Mussum, a origem nordestina de Didi e a homossexualidade de Zacarias; coisas que virava e mexia, apareciam como temas de brincadeiras entre eles.

Pondo os pingos nos is.

O objetivo é minar financeiramente a malvada Globo, a Satânica VEJA e os hediondos jornalões FSP e Estadão, já que o quarteto é considerado na blogosfera militante, como a imprensa golpista, e por ai vai. Se esquecem os iluminados que a VEJA não é o maior semanário lido por ter pacto com o demônio mas pela qualidade de seu trabalho embora ela seja criticada em verso e prosa pela "nova imprensa".

A Globo perdeu espaço para as demais e ainda assim representa o dobro de assistência das demais. E isso ocorre não porque exista uma lei da física quântica a impelir os televisores a ficarem sintonizados na emissora. Existe a questão da qualidade.

E nem se fale dos jornais. Uma pesquisa sem a mistificação esquerdopata da blogosfera militante demonstra que a FSP por exemplo contem artigos as dezenas criticando a oposição, desqualificando partidos como o DEM, criticando o governo do estado, mas basta um artigo criticando o governo federal e ele é escorraçado como sendo golpista.

O Estadão então...uma lei censurou previamente proibindo o veiculo de noticiar fatos a respeito do clã Sarney, hoje amigo de infância do presidente e a blogosfera deitou e rolou desqualificando a posição de agredido que o veiculo ostentava com razão. A razão seria de que ela queria era fazer campanha contra o governo e ela não podia publicar material sigiloso que havia vazado. Pois bem, os mesmos agora elevam ao panteão dos heróis mitológicos o hacker australiano que publicou material sigiloso que havia vazado. Deu pra entender? Se ainda não, explico: o hacker vazou documentos que ridicularizam principalmente os EUA, a vitima de dez entre dez esquerdistas apoiadores de Cuba. Já o Estadão queria publicar fatos reveladores sobre os Sarneys que são a base de sustentação do governo no senado e que dez entre dez esquerditas já esqueceram que o estado natal e controlado por eles afunda na pobreza na proporção inversa da riqueza familiar.

E é claro, algum dos críticos da malvada grande imprensa lembra que os antigos coroneis do nordeste continuam mandando aliados do governo e esses são os donos das mídias em seus estados e essas mídias na maioria reproduzem material da grande imprensa ou são retransmissoras da Globo? Pois é, isso a turminha não lembra.

Nenhum comentário: