segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Uma conclusão moral

O que a semana e o fim dela nos proporcionaram e qual a conclusão moral delas?

Jogos políticos com os mesmos personagens que em décadas não tiraram seus estados dos niveis mais pobres mas que posam de grandes defensores do povo;

Políticos que criam artimanhas e mecânismos para evitar o pagamento de impostos e não são capazes de diminuir a carga que a população carrega, carga essa que eles mesmos se recusam a carregar;

Blogueiros que ávidos de alimentar suas teorias conspiratórias com as quais buscam alimentar-se das migalhas que caem da mesa dos poderosos, ficam a clamar por provas do desdisse e quando aparecem provas a respeito de provas, buscam na interpretação própria em sua lógica própria desdizer a prova que tanto clamavam como prova;

Conclusão:

Considerando o bem que não praticaram, e o mal que não evitaram, teria lhes sido melhor nunca terem nascido.

4 comentários:

Anônimo disse...

"Blogueiros que ávidos de alimentar suas teorias conspiratórias com as quais buscam alimentar-se das migalhas que caem da mesa dos poderosos, ficam a clamar por provas do desdisse e quando aparecem provas a respeito de provas, buscam na interpretação própria em sua lógica própria desdizer a prova que tanto clamavam como prova;"


O que vc quis dizer com isso?

Marco Aurélio Fedeli disse...

J Carlos, agradeço a visita e seja bem vindo.

Realmente, a frase parece coisa de oráculo, não?

Blogueiros, até por uma questão de lógica escrevem seus pontos de vista, por mais que apresentem documentos, provas, trechos de reportagens, etc. Some-se a isso, os comentaristas que rebatem as bolas levantadas pelo blogueiro e a coisa acaba tomando o rumo do fla x flu, aliás como sempre.

Quando um blogueiro recebe "patrocinio" de estatais ou faz propaganda do governo, a coisa fica mais estranha.

Um exemplo disso, na minha opinião, foi o Luis Nassif que criou a teoria conspiratória da VEJA/Gilmar Mendes/Daniel Dantas, acusando os mesmos de inventar um grampo. Aí a VEJA mostra um áudio de uma autoridade que confirma ter havido o grampo falando inclusive aonde trabalhava o autor do mesmo. Como essa informação desconstroi a teoria, Nassif acusa a revista de fazer um "cozidão".

Nassif acusa também a VEJA de fazer esse cozidão e ao mesmo tempo não dar espaço para a, segundo ele, mais importante notícia que foi o congelamento de fundos do banco de Daniel Dantas. Fica claro, segundo ele, que a revista defende Dantas.

Enquanto isso, Nassif que é defensor do PAC do governo Lula, não deu uma nota sequer, um mísero post sobre o aumento de verbas para o PAC e a maquiagem de números que ele ostenta. E no entanto, ele se considera "isento".

Outro exemplo é a "turba" que se formou com defensores do bandido italiano que foi alçado a "refugiado político"; muitos deles militantes e blogueiros da chamada Petistofera, termo cunhado pelo Gravatai Merengue.

Eu, se amanhã , ficar comprovado que esse ou aquele, diferentemente do que falei, estavam certos, não terei problema nenhum em postar dizendo exatamente isso. Não caberá racionalizações e contextualizações . Mas e esses que atacam e criam teorias conspiratórias dos mais diversos matizes? Irão postar artigos reconhecendo o erro?

Essa é a questão!

Espero que tenha respondido a dúvida levantada e como disse, seja bem vindo!

Anônimo disse...

Bom, na verdade eu já tinha quase certeza que se tratava do LN e do áudio da reunião do Jorge Félix. Mas o que esperar do LN? É o seu "modus operandis". De todas as hipóteses plausíveis para um fato, ele escolhe a que incrimina a Veja e DD. No PDF do relatório do processo da Telecom Itália que o Mainardi disponibilizou na Internet foi achado um bookmark com umas 3 ou 4 palavras em português. Qual a conclusão de LN? Que era a prova irrefutável de que a fonte de Mainardi era brasileira, no caso DD. É claro que a hipótese de ser um italiano com pelo menos alguns parcos conhecimentos de português (afinal a Telecom Itália tem a TIM no Brasil) não foi plausível para ele. E aí aparece um e-mail no relatório do Protógenes de uma secretária do Dantas para o advogado pedindo para ele baixar o documento do Mainardi da Internet, dando plausibilidade a hipótese de que realmente a fonte do Mainardi não era o Dantas e que o LN diz? Que podem ter várias explicações, por exemplo, a empresa ser grande e nem todo mundo ter conhecimento.

Mas voltando ao áudio do Jorge Félix com os funcionários da ABIN o que mais me impressionou não foi o que ele disse, mas o que ele NÃO DISSE. Numa reunião com seus subalternos, com a reportagem da Veja sobre o grampo fresquinha, em nenhum momento o Félix mostrou indignação pela ou a refutou. Entende-se que para a imprensa e o público ele tenha que manter uma imparcialidade e mandar investigar, mas para o público interno? Ora, para mim isso significa que se o grampo não foi feito pela ABIN, pelo menos o Félix acreditava que era possível que tenha sido feito, que seria algo "rotineiro". Isso, em si, é muito revelador.

Marco Aurélio Fedeli disse...

Concordo em gênero, número e grau. Mais concordância, é impossivel.

Na minha opinião, o tal do dossiê foi uma maneira do Nassif atacar o veiculo que abriu espaço para a resposta de Mainardi a crítica que Nassif fez em artigo de jornal. Só isso!

Tem bobagens do arco da velha nesse dossiê, mostrando o exagero do subjetivismo e naquilo que chamo de Ctrl V e C somadas a achismos.

Interpretações, não de textos, mas das intenções escondidas que motivaram textos, artigos, entrevistas. Coisa digna de teorias conspiratórias do tipo "O homem não foi a lua" usando análise de fotos do pouso que não houve.

Realmente, se o grampo fosse uma armação, o Sr. Jorge Felix teria demonstrado o mínimo de dúvida sobre o mesmo e não citar a coisa como uma vazamento de fato. Foi recriminado o vazamento, não o grampo.