Os reajustes permitidos ontem pela Aneel superam as expectativas do Comitê de Política Monetária (Copom), que na ata de sua última reunião esperavam um reajuste nos preços de energia em cerca de 8% para este ano. Basicamente o aumento das tarifas das distribuidoras da CPFL refletem uma série de fatores.
O primeiro é a variação da inflação, medida pelo IGP-M no período. A alta do dólar que afetou o preço da energia de Itaipu comprada pela CPFL também afetou a decisão. A Aneel destacou ainda que também foi determinante o repasse às tarifas do aumento dos custos com o Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que nada mais é que o custo de ter se mantido as usinas termelétricas no ano passado. Como as térmicas servem apenas para segurança de fornecimento, elas foram acionadas em função da falta da chuva do início do ano e da meta de se manter os reservatórios das hidrelétricas cheios. O custo total com ESS chegou a R$ 2,2 bilhões em 2008. No ano anterior, esse custo não chegou a 5% desse valor.
O maior reajuste autorizado ontem pela Aneel foi de 18,76% e será aplicado para as indústrias que estão na área de concessão da CPFL Leste Paulista, que atende os municípios de São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Divinolândia, Casa Branca, Itobi, Tapiratiba e Caconde. O maior reajuste residencial aprovado foi de 14,62% e afeta a área da Santa Cruz, que atende 24 municípios do interior de São Paulo e três do Paraná. As outras empresas que sofreram reajustes foram as de Mococa, Jaguari e Sul Paulista.
Ainda ontem, a Aneel também aprovou o resultado da segunda revisão tarifária da Energisa Borborema, que na prática eleva em mais de 10% a tarifa para os consumidores de alta tensão. Os de baixa tensão terão uma redução na conta de energia de 2,37%.
Comento: em outubro, a CPFL Piratininga teve aumento aprovado de 16% em média.
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