Por Jamil Chade, no Estadão On Line:
A Organização das Nações Unidas (ONU) faz um alerta: a alta nos preços dos alimentos e energia já representa uma "ameaça humanitária" e riscos para a estabilidade social. De acordo com Jomo Sundaram, sub-secretário da ONU, um bilhão de pessoas sofrem de má nutrição crônica e três bilhões de pessoas, metade da humanidade, sofre com insegurança alimentar.
Segundo a entidade, os preços dos alimentos devem se estabilizar em 2009 e a alta atual não é responsabilidade da produção de biocombustíveis. "Não podemos rejeitar todos os biocombustíveis. O de cana não representa um problema. Precisamos lidar com a situação de forma mais sofisticadas", afirmou Sundaram.
Para ele, um dos problemas é o controle do mercado de alimentos pelas grandes multinacionais, os subsídios dos países ricos, o aumento do consumo nos mercados emergentes e a falta de terras em algumas regiões.
A escassez de alimentos já bate na inflação e a conseqüência disso é que o crescimento ficará comprometido, já que os bancos centrais não poderão reduzir as taxas de juros. De acordo com a ONU, a taxa média mundial de inflação ficará em pelo menos 3,7% e, por conta disso, a entidade estima que a taxa de crescimento da economia mundial será bem inferior ao que se pensava. o PIB do planeta sofrerá uma alta de apenas 1,8% em 2008, taxa que pode ser ainda menor. No final de 2007, a previsão da ONU era de uma alta de 3,4%.
Mais um alerta: os países emergentes não ficarão isentos da crise internacional. A América Latina a América Latina será a região que terá o menor crescimento em 2008 e 2009 - de 3,1% e apenas 2,6%, respectivamente. Desde 2004, a região vinha apresentando taxas cada vez maiores de crescimento. Em 2007, chegou a 5,7%. "Esse será o pior resultado entre todos os continentes em desenvolvimento", afirmou Rob Vos, autor do relatório.
Para ele, a desaceleração na economia americana e as altas dos preços de energia e de alimentos vão afetar diretamente o desempenho da região. "A relação dessas economias com os Estados Unidos fará com que o continente tenha uma queda de seu crescimento nos próximos dois anos", afirmou.
Num cenário ainda mais pessimista, a ONU prevê que a economia mundial poderia aumentar em menos de 0,5% em 2008. "Na prática, a economia mundial ficará estagnada", alertou Vos. Para a entidade, a queda está condicionada às políticas que os Estados Unidos adotarão, como estímulos fiscais. Para a ONU, a economia global está "à beira de uma grave queda".
Estados Unidos e Europa
Nos Estados Unidos, a previsão é de uma queda real na economia de 0,2% neste ano. Em 2009, a previsão não é muito melhor. A ONU estima que a economia americana sofra uma alta de apenas 0,2%, praticamente ficando estagnada.
Na Europa, o crescimento não seria superior a 1,1% em 2008. Em Bruxelas, a previsão da UE é ainda de uma alta de 1,8%. Para 2009, o crescimento deve ficar em apenas 1,2%. Já no Japão, a situação é ainda mais crítica. O país deve crescer apenas 0,9% neste ano e, na melhor das hipóteses, 1,2% e 2009.
A Organização das Nações Unidas (ONU) faz um alerta: a alta nos preços dos alimentos e energia já representa uma "ameaça humanitária" e riscos para a estabilidade social. De acordo com Jomo Sundaram, sub-secretário da ONU, um bilhão de pessoas sofrem de má nutrição crônica e três bilhões de pessoas, metade da humanidade, sofre com insegurança alimentar.
Segundo a entidade, os preços dos alimentos devem se estabilizar em 2009 e a alta atual não é responsabilidade da produção de biocombustíveis. "Não podemos rejeitar todos os biocombustíveis. O de cana não representa um problema. Precisamos lidar com a situação de forma mais sofisticadas", afirmou Sundaram.
Para ele, um dos problemas é o controle do mercado de alimentos pelas grandes multinacionais, os subsídios dos países ricos, o aumento do consumo nos mercados emergentes e a falta de terras em algumas regiões.
A escassez de alimentos já bate na inflação e a conseqüência disso é que o crescimento ficará comprometido, já que os bancos centrais não poderão reduzir as taxas de juros. De acordo com a ONU, a taxa média mundial de inflação ficará em pelo menos 3,7% e, por conta disso, a entidade estima que a taxa de crescimento da economia mundial será bem inferior ao que se pensava. o PIB do planeta sofrerá uma alta de apenas 1,8% em 2008, taxa que pode ser ainda menor. No final de 2007, a previsão da ONU era de uma alta de 3,4%.
Mais um alerta: os países emergentes não ficarão isentos da crise internacional. A América Latina a América Latina será a região que terá o menor crescimento em 2008 e 2009 - de 3,1% e apenas 2,6%, respectivamente. Desde 2004, a região vinha apresentando taxas cada vez maiores de crescimento. Em 2007, chegou a 5,7%. "Esse será o pior resultado entre todos os continentes em desenvolvimento", afirmou Rob Vos, autor do relatório.
Para ele, a desaceleração na economia americana e as altas dos preços de energia e de alimentos vão afetar diretamente o desempenho da região. "A relação dessas economias com os Estados Unidos fará com que o continente tenha uma queda de seu crescimento nos próximos dois anos", afirmou.
Num cenário ainda mais pessimista, a ONU prevê que a economia mundial poderia aumentar em menos de 0,5% em 2008. "Na prática, a economia mundial ficará estagnada", alertou Vos. Para a entidade, a queda está condicionada às políticas que os Estados Unidos adotarão, como estímulos fiscais. Para a ONU, a economia global está "à beira de uma grave queda".
Estados Unidos e Europa
Nos Estados Unidos, a previsão é de uma queda real na economia de 0,2% neste ano. Em 2009, a previsão não é muito melhor. A ONU estima que a economia americana sofra uma alta de apenas 0,2%, praticamente ficando estagnada.
Na Europa, o crescimento não seria superior a 1,1% em 2008. Em Bruxelas, a previsão da UE é ainda de uma alta de 1,8%. Para 2009, o crescimento deve ficar em apenas 1,2%. Já no Japão, a situação é ainda mais crítica. O país deve crescer apenas 0,9% neste ano e, na melhor das hipóteses, 1,2% e 2009.
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