As economias nacionais e uso o termo nacional no lugar de local, a muitos décadas estão interligadas com as demais economias, salvo países a margem dos sistemas internacionais ou que estão fechados em sí por esse ou aquele motivo como Koréia do Norte e Cuba por exemplo.
Qualquer país com grandes empresas cujas ações sejam negociadas internacionalmente estão sujeitos ao ambiente hostil com venda de ações para se proteger de prejuizos por partes de fundos de investimentos e excesso de cautela na aquisição de novas ações. As grandes empresas já estão sentido conforme foi veiculado nos jornais especializados em economia, uma baixa de valorização de suas ações. O que isso significa na prática? As empresas se capitalizam ou tomando empréstimos bancários ou vendendo ações. Com a diminuição do segundo, resta o primeiro que sempre, por conta do custo do dinheiro e juros, será uma opção mais cara obrigando a natural elevação de preços e prejudicando o consumidor final. Essa é uma realidade embora a economia brasileira é uma das poucas que possui uma terceira via de capitalização, o dinheiro barato do BNDES montado nos fundos criados com dinheiro da população e que capitaliza empresários com juros de mãe para criarem enormes conglomerados como a mais recente fusão noticiada da OI com a BrasilTelemar.
Os bancos centrais americanos e europeus injetaram enormes somas de dinheiro no sistema de forma a evitar que o sistema se quebrasse e isso adiou um pouco o cataclisma. Esse ano, quando os bancos terão que demonstrar em seus ativos os valores reais de suas carteiras é que saberemos o tamanho real do buraco.Quanto ao Brasil, com o banco central americano combatendo o problema com diminuição de juros (objetivando aquecer a economia), o resultado prático é a desvalorização do dolar frente a outras moedas cujos papeis pagam juros maiores como o Brasil, levando a uma valorização sartificial sem muita lógica do real frente ao dolar. Essa valorização causa uma melhora de custos para a população porque torna as importações mais baratas, permitindo que se tenha o "melhor" mais "barato".
Na sequência, a importação começa a crescer frente a exportação e o Brasil começa a sentir isso, sem contar que a valorização do real acaba com as empresas exportadoras já que vendem por valor mais baixo com que produzem aqui.Um processo recessivo também pode gerar outra consequencia na forma de aumento de barreiras e tarifas e ajuda a produtores nacionais para equilibrar suas contas frente a produtos do exterior, como é costumeiro na Europa e nos EUA e isso prejudica o Brasil, porque embora o atual governo tenha se esforçado em abrir mercados, principalmente na Africa e Asia, a balança comercial é pífia entre esses paises e o Brasil, tanto que a relação comercial com os EUA não diminuiu. Logo um agravamento da crise recessiva americana pode afetar e já afeta o Brasil de forma que ufanismos não protegem economias que estão interligadas por computadores.
De qualquer forma a americana ainda é a maior e mais influente economia do mundo e sem dúvida isso não é resultado do amadorismo de seus dirigentes. O mundo hoje está muito mais interligado do que estava na década de 20 no século passado e no entanto a queda da bolsa de NY em 29 levou os EUA aos anos da Depressão e recessão e os demais paises sofreram igualmente. Logo a influência poderia ser muito maior, se junto com a maior interligação, também não tivessem sido criados diversos mecânismos de proteção e compensatórios.
De fato será interessante observar como o atual governo tomará as decisões que precisará tomar frente a sua primeira crise internacional a frente; já que segundo alguns relatórios a recessão americana iniciou-se em Dezembro passado e está muito longe de terminar.
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