Quem como eu, está entre os 40 e 50 anos é de uma geração curiosa, porque foi a ultima que levou um "corretivo" dos pais e a primeira que foi impedida de faze-lo nos seus.
É verdade, um sujeito que tiraniza a família, açoitando os filhos como se fossem gado, deveria ser processado; mas convenhamos que a psicologia da liberdade, não diga "não" a seus filhos, criou pequenos tiranos no lugar de grandes tiranos.
Eu mesmo, quando criança, apanhei do velho. Ainda bem, porque a famosa chinelada na bunda era precedida sempre da velha conversa sobre as razões dela. Ou seja, além da dor da chinelada havia a expectativa por ela. Aprendi certas coisas com elas, como por exemplo que não se chuta cachorro nem a bunda do irmão mais novo, e que as tardes serviam pra brincar desde que os deveres da escola tivesem sido feitos e com esmero, porque naquela época, os pais eram chamados pela diretora para se explicar porque os deveres de casa eram um lixo perto do que faziam em aula. O pai era penalizado pela vergonha e o filho, bem...Depois dos 12 anos, meu pai me chamou e disse que o corretivo físico seria trocado por outras penalidades como a proibição de sair, corte de mesada, trabalhos domésticos, enfim...as vezes preferia a chinelada velha de guerra.
Até onde sei, não virei um psicopata violento por conta de castigo corpóreo.
Agora querem fazer lei a proibição da palmada. Reinaldo Azevedo disse bem, que a violência já era prática criminalmente punida e isso não impede os "monstros", logo a lei pune apenas os bons, por assim dizer.
Logo um adolescente entrará com processo civil de reparação por ter sido torturado mentalmente, porque o pai proibido de dar-lhe uma merecida chinelada no traseiro, cortou o celular, o computador e a televisão. É só esperar.
Não que seja a favor da violência ou que pais batam nos filhos. Não é isso. É que certos assuntos são assuntos de familia, e como tal devem se manter. Porque senão daqui um pouco, as familias serão apenas ägrupamentos humanos ficando as decisões a cargo de governos que sequer possuem sabedoria para se auto governar, mas ditam regras de como tocamos nossas vidas
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