O Brasil se beneficiaria amplamente da aplicação da Norma de Gestão de Energia, pois no momento não há nenhum instrumento parecido em vigor. A afirmação é do engenheiro Enio A. Kato, diretor da Nittoguen e representante técnico da Abesco na Comissão de Estudo Especial do Brasil – CEE – 116.
De acordo com ele, no Brasil, o setor industrial tem a maior participação no consumo de energia elétrica, dentre todos os setores da economia, o que já não se verifica em outros países. “Isto indica que por uma condição nacional, é prioritário mobilizar o setor industrial em busca de melhoria da Eficiência Energética e esta norma pode ajudar a estabelecer na prática um sistema de melhoria contínua nas indústrias”, afima.
Já no contexto mundial, é esperada uma redução da participação do setor industrial no uso da energia primária, devido ao crescimento de outros setores na economia mundial, como, por exemplo, o setor de serviços; também devido às condições climáticas, com impacto principalmente sobre residências e construções para uso comercial em países de climas extremos, além de um aumento de eficiência no próprio setor industrial.
Enio ressalta, ainda, a importância das ESCOs como agentes externos facilitadores e como fornecedores de soluções tecnologicamente de ponta para organizações que, ao implantarem o Sistema de Gestão de Energia, passarão a ter meios de buscar a melhoria do desempenho energético. “As ESCOs possuem conhecimento consolidado na implantação de programas de Eficiência Energética dentro das organizações e portanto podem colaborar.”
A ABESCO está presente ativamente na Comissão de Estudo Especial de Gestão de Energia (ABNT/CEE-116) para reunir os principais especialistas brasileiros em energia e permitir que as idéias, inovações tecnológicas e interesses da sociedade brasileira sejam parte atuante no desenvolvimento da norma internacional.
Segundo Maria Cecília Amaral, diretora executiva da Abesco, que também representa a entidade na Comissão, a implantação da norma nas empresas poderá ser terceirizada por meio das Esco’s. “Trata-se de empresas altamente especializadas na utilização da Gestão de Energia de forma integrada, como ferramenta básica na obtenção da redução de consumo de diversos insumos energéticos. Além disso, elas trabalham sempre em consonância com a alta direção da empresa contratante, de modo a viabilizar as melhores soluções”, conclui a executiva.
Fonte: Abesco
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