Um bípede não emplumado supostamente de um ramo primata do homo sapiens resolveu comentar em meu blog a título de "crítica construtiva" e "sem ofender".
Em resumo, o bípede escreveu que: 1) Não tenho o que fazer já que postei artigos sobre uma "viajem" ao Rio, considerada por ele "tosca"; 2) deveria escrever pouco ou postagens menores porque ele se cansa de ler os "bla bla blas" e por fim; 3) aconselha a mim uma mudança de ramo por me considerar parecido com um ator americano que chamou por "Deni de Vito".
O que dizer para um perfeito idiota que aproveita a liberdade do anônimato que o bloger concede? Responder (sem querer ofender já que trata-se de uma réplica construtiva), para quem sabe, um dia em futuro ainda distante, ele possa começar a pensar e ao faze-lo, evolua para uma forma viva mais, como direi, inteligente.
1) Um blog é um projeto pessoal do autor, uma espécie de diário. Diário esse que expoê aquilo que normalmente se conversa com e entre amigos. No caso, a viagem ao Rio de Janeiro a trabalho e as impressões da cidade do ponto de vista de alguem que nunca havia visitado aquela cidade. Se o oposto de "tosca" é "maravilhosa", fica-se a se imaginar o que seria uma viagem maravilhosa para o idiota anônimo. Mas em conclusão, a motivação dos posts é obviamente uma decisão do autor e não da pláteia, ainda mais se ela for do tipo ruidosa e ignorante como o "crítico construtivo".
2) No início do blog fiz um post sobre ser prolixo, bem sei disso; entretanto o coitado do idiota anônimo por ter muito o que fazer acha por demais ler as postagens. Talvez eu pudesse resumi-los a três frases? A partir daí é possivel notar que o coitado do idiota anônimo não lê livros, apenas seus condensados...opa...nem isso, já que a moda deles caiu em desuso. O que será que o sujeito lê? pode ser que o pedido de poucas sentenças seja pela dificuldade de ler, juntar letras e formar sílabas...entender o texto então...deve dar preguiça, tadinho!!!
3) Mudar de ramo, porque? Sou feliz no que faço e com a minha empresa. Ser parecido com o ator americano? Pode ser, embora ele com certeza tenha uma conta bancaria mais recheada e a calvice mais acentuada, mas fazer o quê? Cada um deve ganhar dinheiro com seu próprio talento e capacidade. Eu ganho o meu no setor de energia e o idiota anônimo, ganha como?
Por fim, para alguem que se dedica a fazer críticas construtivas sobre textos dos outros, sugiro que aprenda ao menos a escrever ou usar corretamente o Ctrl V e C.
A) Não é viajem com j mas com g. Viagem (substantivo) e Viajem (verbo). Viagem ao Rio / Viajar para o Rio. O idiota anônimo referiu-se a viagem como substantivo, logo escreve-se com g. Entendeu ou precisa desenhar?
B) Quanto ao ator americano é Danny de Vito e não Deni de Vito. Até para fazer gracejo é necessário respeitar a grafia e a lingua. Um dia quem sabe, o idiota anônimo aprende.
Poxa vida, peço desculpas ao idiota anônimo. A resposta ficou maior que três frases.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Impressões da cidade maravilhosa
Fui pela primeira vez ao Rio de Janeiro (estado e cidade), a trabalho.
Dois dias de intenso trabalho e um sábado de passeio encoberto pelo tempo ruim.
O que achei da cidade? Com o cinzento de nuvens se acumulando impedindo a passagem do sol e o pão de açucar encoberto assim como o corcovado, por uma espessa neblina, a visão que se tem da paisagem é deslumbrante. Fiquei imaginando um dia de sol aberto e acredito que deva ser de tirar o folego.
Não tem jeito. Acaba-se apaixonado pela cidade.
Abaixo exponho por tópicos o que vi e achei em três tópicos que acho essenciais:
Trânsito:
Foi a primeira coisa que notei de diferente em relação a São Paulo. Aqui, por n motivos, a velocidade do trânsito se resume a duas: parando e parado. No Rio o trânsito anda, e como anda. Me falaram que o carioca, pessoal mais coração, mais "amigável" que o paulistano, este um pouco mais frio e distante uns dos outros se transforma quando entra em um automôvel. Não sei se isso é verdade mas assim me pareceu. Estavámos aguardando abrir o sinal e quando o da rua em cruzamento mudou para amarelo, imediatamente alguem toca uma buzina. O sinal fica verde e as buzinas disparam a exigir que os primeiros carros quebrem as leis da física e se coloquem em movimento no exato nanosegundo que o sinal abriu.
Enquanto o paulistano assume ares de guru oriental exercitando paciência oceânica no trânsito parado, o carioca parece que abomina a idéia de dirigir ou sei lá, de ficar dentro do carro, com o sol a fritar-lhe os miolos. O calor na cidade é escaldante.
A velocidade na avenida era estonteante(para um paulistano, bem entendido). 90 km com um camarada e enorme aviso colocado metros antes, da existência de radares; já que a velocidade máxima é na verdade tratada como mínima. Diversas vezes andando pela pista direita mais lenta para tentar apreciar a paisagem fomos premiados com sonoras buzinas e gentis lembranças de animais como "lesma" acrescidas do qualitativo "lerda" ou perguntas como por exemplo para onde ia o cortejo funebre. Lembrando; estavámos andando à velocidade criminosa de 60 km.
As avenidas são largas e escoam muito bem o trânsito e algo que falta em São Paulo; duas vias expressas, as tais linhas vermelha e amarela muito largas que atravessam bairros inteiros sem interrupções. Acho que isso falta em São Paulo que possui uma frota pelo menos tres vezes maior que a carioca.
Comida:
Comi extramamente bem no Rio de Janeiro e não me refiro aos restaurantes caros ou famosos ou ambos que existem na cidade. Fico devendo mas darei o endereço dos restaurantes simples mas com enorme qualidade na comida que é o que interessa. Um deles fica no bairro da Penha aonde comi um peixe chamado Congro Rosa. O outro fica no Sulacap e serve um abadejo de tirar o folego.
Violência:
Achei que iria encontrar uma cidade sitiada, tiros pipocando a esmo e nada disso assisti. É verdade que conversando com os amigos e clientes, a percepção que tive é de que a violência é real e próxima; mas isso não tira a alegria de viver e construir do povo. O que é fato: a violência e a questão do tráfico não são um mero fruto de desajuste social mas resultado da imperícia política, práticas populistas e desorganização governamental que existem desde os tempos do governador Brizola que abandonou os morros a própria sorte e deixou que um poder paralelo se instalasse.
Dois dias de intenso trabalho e um sábado de passeio encoberto pelo tempo ruim.
O que achei da cidade? Com o cinzento de nuvens se acumulando impedindo a passagem do sol e o pão de açucar encoberto assim como o corcovado, por uma espessa neblina, a visão que se tem da paisagem é deslumbrante. Fiquei imaginando um dia de sol aberto e acredito que deva ser de tirar o folego.
Não tem jeito. Acaba-se apaixonado pela cidade.
Abaixo exponho por tópicos o que vi e achei em três tópicos que acho essenciais:
Trânsito:
Foi a primeira coisa que notei de diferente em relação a São Paulo. Aqui, por n motivos, a velocidade do trânsito se resume a duas: parando e parado. No Rio o trânsito anda, e como anda. Me falaram que o carioca, pessoal mais coração, mais "amigável" que o paulistano, este um pouco mais frio e distante uns dos outros se transforma quando entra em um automôvel. Não sei se isso é verdade mas assim me pareceu. Estavámos aguardando abrir o sinal e quando o da rua em cruzamento mudou para amarelo, imediatamente alguem toca uma buzina. O sinal fica verde e as buzinas disparam a exigir que os primeiros carros quebrem as leis da física e se coloquem em movimento no exato nanosegundo que o sinal abriu.
Enquanto o paulistano assume ares de guru oriental exercitando paciência oceânica no trânsito parado, o carioca parece que abomina a idéia de dirigir ou sei lá, de ficar dentro do carro, com o sol a fritar-lhe os miolos. O calor na cidade é escaldante.
A velocidade na avenida era estonteante(para um paulistano, bem entendido). 90 km com um camarada e enorme aviso colocado metros antes, da existência de radares; já que a velocidade máxima é na verdade tratada como mínima. Diversas vezes andando pela pista direita mais lenta para tentar apreciar a paisagem fomos premiados com sonoras buzinas e gentis lembranças de animais como "lesma" acrescidas do qualitativo "lerda" ou perguntas como por exemplo para onde ia o cortejo funebre. Lembrando; estavámos andando à velocidade criminosa de 60 km.
As avenidas são largas e escoam muito bem o trânsito e algo que falta em São Paulo; duas vias expressas, as tais linhas vermelha e amarela muito largas que atravessam bairros inteiros sem interrupções. Acho que isso falta em São Paulo que possui uma frota pelo menos tres vezes maior que a carioca.
Comida:
Comi extramamente bem no Rio de Janeiro e não me refiro aos restaurantes caros ou famosos ou ambos que existem na cidade. Fico devendo mas darei o endereço dos restaurantes simples mas com enorme qualidade na comida que é o que interessa. Um deles fica no bairro da Penha aonde comi um peixe chamado Congro Rosa. O outro fica no Sulacap e serve um abadejo de tirar o folego.
Violência:
Achei que iria encontrar uma cidade sitiada, tiros pipocando a esmo e nada disso assisti. É verdade que conversando com os amigos e clientes, a percepção que tive é de que a violência é real e próxima; mas isso não tira a alegria de viver e construir do povo. O que é fato: a violência e a questão do tráfico não são um mero fruto de desajuste social mas resultado da imperícia política, práticas populistas e desorganização governamental que existem desde os tempos do governador Brizola que abandonou os morros a própria sorte e deixou que um poder paralelo se instalasse.
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terça-feira, 12 de agosto de 2008
Avortemos correndo
Estou de volta a querida São Paulo. Logo mais, as impressões de um paulista que esteve pela primeira vez no Rio de Janeiro.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008
A gente fazemos que vamos mas avoltarmos correndo
...Dizia Adonirã Barbosa em um de seus sambas.
Vou ao Rio de Janeiro, viagem de trabalho e volto para Sampa somente no segunda. Talvez não consiga postar nada no período mas estarei de olho.
Um amigo meu, perguntou se eu não estava com medo de cruzar com bala perdida. Respondi que não sendo de menta que não gosto, achado não é roubado; mas sou honesto; se a bala vier com o nome e endereço do dono faço questão de devolver.
Até a volta!
Vou ao Rio de Janeiro, viagem de trabalho e volto para Sampa somente no segunda. Talvez não consiga postar nada no período mas estarei de olho.
Um amigo meu, perguntou se eu não estava com medo de cruzar com bala perdida. Respondi que não sendo de menta que não gosto, achado não é roubado; mas sou honesto; se a bala vier com o nome e endereço do dono faço questão de devolver.
Até a volta!
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terça-feira, 5 de agosto de 2008
Fogueira de vaidades
Nas ultimas semanas temos visto, lido, ouvido e acompanhado verdadeiras fogueiras de vaidade queimando a toda potência e alimentadas pelo combustivel do egotismo e da incapacidade da maoria de se ater as coisas importantes em prol de valores secundários. A partir do exemplo dado daqueles que são ou se consideram guias, formadores de opinião e líderes, as tropas leais a esse e aquele se degladiam não importando se as armas de combate utilizadas são a mentira, o falso testemunho, a difamação e a calúnia; e com boa parte dessas armas utilizando a tecnologia de invizibilidade e camuflagem que o anonimato da web permite.
Enquanto isso, fatos vão se sucedendo em uma enxurrada digna de uma enchente de proporções bíblicas, enchente essa que os sensatos buscam reter com copos de papel enquanto a maioria insensata chuta os diques de contenção.
Exemplos da enxurrada:
1) Basicamente para atender interesses de ongs nacionais e estrangeiras, na reserva indígena de raposa terra do sol, o governo coloca em risco a produção de arroz que abastece todo o norte e nordeste; lembrando que isso ocorre em tempos que a questão dos alimentos e falta destes são o tópico do momento em qualquer mesa de negociação ao redor do mundo. Quem atenderá a necessidade de grãos, de alimento se os produtores serem espulsos? Os índios? Mas eles não recebem reserva justamente para manterem seu modo "nômade" e "antigo" de vida? Como podem produzir a gigantesca quantidade de arroz de forma nômade? Irão se estabelecer e quem os ajudará nisso serão as ongs? Mas nesse caso aonde ficará a preservação dos antigos "costumes"? Ou então, alguem pode pensar que os produtores irão se instalar em outra região, como se o arroz fosse produzido de forma mágica, não é mesmo?
Em outras palavras; não é uma questão de preservar direitos mas quem ganha com eles.
2) Para atender os interesses particulares de um e outro acionista, o executivo federal irá alterar leis para permitir uma fusão de duas teles, fusão essa que tem como único benefício pratico melhorar a negociação com fornecedores por parte dessas empresas; já que a presença de uma gigante nacional do setor (razão dada para a fusão), só se explicaria se houvessem mercados externos para entrar. Some-se isso, o fato do principal beneficiário ser um empresário, Daniel Dantas, que até pouquissímo tempo atrás era usado como motivo para demonstrar a superioridade moral dos da "esquerda", frente aos da "direta", porque o empresário era ligado aos de direita e agora sabe-se que era ligado, na verdade quase irmão aos de esquerda também.
Em outras palavras; o empresário Daniel Dantas é igual ao coração de mãe, sempre tendo espaço para mais um, não é mesmo?
3) Um blogueiro, Luis Nassif, publica um post criticando Mainardi por este citar a família, no caso o filho portador de uma doença congênita e limitadora, basicamente com o objetivo de, segundo Nassif, chamar atenção para sí mesmo e poder xingar outros. Um ataque mais, este decunho pessoal, frente a constatação de que as críticas e ataques às colunas de Mainardi e principalmente a intenção de escreve-las cairam por terra com o inquérito da polícia contra Daniel Dantas. Curiosamente, Luis Nassif é o que mais publica posts citando a familia, fotos das filhas, memórias do passado, etc; exatamente a mesma ação que crítica em Mainardi. O que fazem seus leitores? comentam desqualificando Mainardi e elogiam Nassif pelo seu lado "paizão". Tem cabimento? E quando Reinaldo Azevedo lembrou poemas de bocage em resposta a um post de Nassif pedindo aos leitores poemas do bocage e pérolas do esgoto (lembrando que Nassif chama o blog de Reinaldo Azevedo de blog do esgoto); foi uma choradeira sem fim, dizendo que a família dele foi atacada; porque Reinaldo Azevedo publicou no post, trechos de poemas falando de mascates, cornos e outras sutilezas e tinha sido um ataque a esposa do Nassif. Enquanto isso, a esposa do Nassif em resposta a comentários no blog do marido, colocava em dúvida a jornalista Janaina Leite que se identificava como consultora, questionando a veracidade disso e cobrando quem eram os clientes, já que só poderia ser Daniel Dantas.
Em outras palavras, só é errado uma coisa quando essa coisa é feita pelo outro. Quando é praticada por nós então ela está legitimida porque somos portadores da luz primordial, da verdade revelada, do saber onisciente e de toda a gama de boas qualidades e intenções dos quais os 'outros' estão desprovidos.
4) As FARCS possuiam e possuem ligação com pessoas no Brasil que são ou possuem ligação com o governo. Que o PT ou PCdoB sejam simpatizantes das FARCS é compreensivel pela natureza dos partidos em questão; mas que membros do governo em maior ou menor grau sejam vistos e citados como simpatizantes é outra história, em especial se esses membros sejam vistos como prepostos do governo. Alguns desqualificam a questão dizendo que a coisa não é bem assim, ou que a coisa mudou. É verdade que as ultimas notícias não são realmente uma novidade.
O que importa nelas é que comprovam que a ligação ou mesmo simpatia pelas FARCS foi além de um simples achismo (a troca de emails demonstra que não se tratava de uma teorização sobre a simpatia pelas FARCS, mas o que era possivel conseguir na relação com essas pessoas e orgãos); além disso some-se a posição tímida do governo frente as questões relativas as FARCS, a repetição de que o governo da Colombia está errando em algo; a desculpa de que não considera as FARCS terroristas porque a ONU não a considera assim (curiosamente a ONU acusou os biocombustiveis como culpados pela alta de preços nos alimentos e o governo brasileiro rechaçou a idéia e não aceitou. Porque a dependência frente ao pensamento da ONU em uma coisa e a independência em outras? E a negação de acusar o governo de Sudão na questão de Darfur, quando a maioria da ONU queria faze-lo?).
Em outras palavras; tudo que foi dito em discursos e entrevistas são meras opiniões pessoais e não posição governamental. As FARCS acreditaram no discurso pessoal e viram as ações governamentais a favor de membros das FARCS como positivas. Uma é resultado da outra? Claro, mas o discurso é o da negação.
O que nos restas, além de orar?
Oremos!
Enquanto isso, fatos vão se sucedendo em uma enxurrada digna de uma enchente de proporções bíblicas, enchente essa que os sensatos buscam reter com copos de papel enquanto a maioria insensata chuta os diques de contenção.
Exemplos da enxurrada:
1) Basicamente para atender interesses de ongs nacionais e estrangeiras, na reserva indígena de raposa terra do sol, o governo coloca em risco a produção de arroz que abastece todo o norte e nordeste; lembrando que isso ocorre em tempos que a questão dos alimentos e falta destes são o tópico do momento em qualquer mesa de negociação ao redor do mundo. Quem atenderá a necessidade de grãos, de alimento se os produtores serem espulsos? Os índios? Mas eles não recebem reserva justamente para manterem seu modo "nômade" e "antigo" de vida? Como podem produzir a gigantesca quantidade de arroz de forma nômade? Irão se estabelecer e quem os ajudará nisso serão as ongs? Mas nesse caso aonde ficará a preservação dos antigos "costumes"? Ou então, alguem pode pensar que os produtores irão se instalar em outra região, como se o arroz fosse produzido de forma mágica, não é mesmo?
Em outras palavras; não é uma questão de preservar direitos mas quem ganha com eles.
2) Para atender os interesses particulares de um e outro acionista, o executivo federal irá alterar leis para permitir uma fusão de duas teles, fusão essa que tem como único benefício pratico melhorar a negociação com fornecedores por parte dessas empresas; já que a presença de uma gigante nacional do setor (razão dada para a fusão), só se explicaria se houvessem mercados externos para entrar. Some-se isso, o fato do principal beneficiário ser um empresário, Daniel Dantas, que até pouquissímo tempo atrás era usado como motivo para demonstrar a superioridade moral dos da "esquerda", frente aos da "direta", porque o empresário era ligado aos de direita e agora sabe-se que era ligado, na verdade quase irmão aos de esquerda também.
Em outras palavras; o empresário Daniel Dantas é igual ao coração de mãe, sempre tendo espaço para mais um, não é mesmo?
3) Um blogueiro, Luis Nassif, publica um post criticando Mainardi por este citar a família, no caso o filho portador de uma doença congênita e limitadora, basicamente com o objetivo de, segundo Nassif, chamar atenção para sí mesmo e poder xingar outros. Um ataque mais, este decunho pessoal, frente a constatação de que as críticas e ataques às colunas de Mainardi e principalmente a intenção de escreve-las cairam por terra com o inquérito da polícia contra Daniel Dantas. Curiosamente, Luis Nassif é o que mais publica posts citando a familia, fotos das filhas, memórias do passado, etc; exatamente a mesma ação que crítica em Mainardi. O que fazem seus leitores? comentam desqualificando Mainardi e elogiam Nassif pelo seu lado "paizão". Tem cabimento? E quando Reinaldo Azevedo lembrou poemas de bocage em resposta a um post de Nassif pedindo aos leitores poemas do bocage e pérolas do esgoto (lembrando que Nassif chama o blog de Reinaldo Azevedo de blog do esgoto); foi uma choradeira sem fim, dizendo que a família dele foi atacada; porque Reinaldo Azevedo publicou no post, trechos de poemas falando de mascates, cornos e outras sutilezas e tinha sido um ataque a esposa do Nassif. Enquanto isso, a esposa do Nassif em resposta a comentários no blog do marido, colocava em dúvida a jornalista Janaina Leite que se identificava como consultora, questionando a veracidade disso e cobrando quem eram os clientes, já que só poderia ser Daniel Dantas.
Em outras palavras, só é errado uma coisa quando essa coisa é feita pelo outro. Quando é praticada por nós então ela está legitimida porque somos portadores da luz primordial, da verdade revelada, do saber onisciente e de toda a gama de boas qualidades e intenções dos quais os 'outros' estão desprovidos.
4) As FARCS possuiam e possuem ligação com pessoas no Brasil que são ou possuem ligação com o governo. Que o PT ou PCdoB sejam simpatizantes das FARCS é compreensivel pela natureza dos partidos em questão; mas que membros do governo em maior ou menor grau sejam vistos e citados como simpatizantes é outra história, em especial se esses membros sejam vistos como prepostos do governo. Alguns desqualificam a questão dizendo que a coisa não é bem assim, ou que a coisa mudou. É verdade que as ultimas notícias não são realmente uma novidade.
O que importa nelas é que comprovam que a ligação ou mesmo simpatia pelas FARCS foi além de um simples achismo (a troca de emails demonstra que não se tratava de uma teorização sobre a simpatia pelas FARCS, mas o que era possivel conseguir na relação com essas pessoas e orgãos); além disso some-se a posição tímida do governo frente as questões relativas as FARCS, a repetição de que o governo da Colombia está errando em algo; a desculpa de que não considera as FARCS terroristas porque a ONU não a considera assim (curiosamente a ONU acusou os biocombustiveis como culpados pela alta de preços nos alimentos e o governo brasileiro rechaçou a idéia e não aceitou. Porque a dependência frente ao pensamento da ONU em uma coisa e a independência em outras? E a negação de acusar o governo de Sudão na questão de Darfur, quando a maioria da ONU queria faze-lo?).
Em outras palavras; tudo que foi dito em discursos e entrevistas são meras opiniões pessoais e não posição governamental. As FARCS acreditaram no discurso pessoal e viram as ações governamentais a favor de membros das FARCS como positivas. Uma é resultado da outra? Claro, mas o discurso é o da negação.
O que nos restas, além de orar?
Oremos!
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