quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pinheirinho...

Aguardei a poeira assentar, achando que isso fosse possivel é claro, para falar sobre o assunto. Infelizmente ele está de tal modo usado pela militância visando politica e as eleições que tudo que se fale vira automáticamente um flaxflu dos diabos.

Quero portanto, externar não uma análise objetiva, porque considero isso impossivel dada a quadra acima descrita, mas uma mera opinião.

1. A invasão do local deu-se a oito anos atrás. Atenção, oito anos atrás. Isso significa que pelo menos duas administrações municipais, duas estaduais e duas federais passaram pelo poder e nenhuma solução foi dada, especialmente considerando que o terreno é de propriedade de uma massa falida e tres dos principais credores são justamente os poderes executivos que não receberam da empresa falida os impostos devidos. Por conclusão, era do interesse dos credores que o terreno fosse devolvido para ser vendido e restituir os credores de seus direitos.

2. Se interesse houvesse, a união poderia anos atrás ter desapropriado o terreno para construção de casas populares, doação aos moradores irregulares, ou coisa que o valha. Mas nada disso ocorreu nas diversas esferas de governo.

3. A retirada dos invasores foi negociada com a justiça. Logo tanto as lideranças do local e partidos sabiam disso que criaram uma espécia de exercito de brancaleone armados de escudos improvisados do corte em dois de barris plásticos, capacetes de motoristas e cassestetes improvisados. Inclusive se posicionando para fotos em jornais como se fossem uma centuria de um legião romana. Então ofende a inteligência de qualquer um que se orgulhe de pensar, dizer que a expulsão foi um ato arbitrário e supreendente como se tivesse sido um ato da natureza como a chuva ou a queda de meteorito.

4. Decisão judicial deve ser obedecida. O Nassif em seu blog me fez rir dizendo que o estado poderia ter se recusado a obedecer a ordem judicial porque sabia que estava sendo negociado um acordo. Olha o raciocinio, levado a outros exemplos: A polícia se recusa a prender o assassino de um parente seu, leitor, porque ela sabe que o advogado do assassino vai entrar com um pedido de habeas corpus. Voce ficaria feliz com essa digamos assim, ação pragmática da policia? - Pois é! Voce pode discutir o assunto, pode até ser amicus curi do paciente na ação judicial, mas não pode deixar de executar uma ordem judicial sob pena do crime de desobediência.

5. Em menor proporção, verdade seja dita, o governo federal também usou a PM de Brasília para expulsar invasores de terras da união. Não houve até agora uma misera passeata contra essa agressão a pessoas desprovidas, mais até, das que moravam no pinheirinho. Senso de justiça como demonstrada pela turminha não pode ser seletiva, criticando uma ação porque o executor da ação não comunga da mesma ideologia e aplaudindo, ou va lá fazendo um silêncio obsequioso quando a mesma coisa é praticada por gente da turma, digamos assim. A isso dá-se o nome de hipocrisia, que normalmente confunde-se com a palavra "política", se é que você leitor me entende.

Conclusão: O destino daquelas pessoas só interessa se pode ser usada como arma em campanha partidária. Sucessivos governos nas três esferas não se preocuparam em resolver a questão habitacional dessa gente e ao mesmo tempo resolver em definitivo a questão da invasão. Pouquissíma gente consegue analisar esse tipo de coisa sem se deixar levar pela militância partidária. Daqui alguns meses ninguem mais se lembrará desse pessoal, porque os interesses deles como massa de manobra terão perdido efeito.







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