Não acreditem em mim; pesquisem os jornais da época.
Central do Brasil foi indicado para concorrer a melhor filme estangeiro. De lá pra cá, parece que isso teve o condão de fazer florescer o cinema nacional. Ledo engano. Foi a aplicação do velho sistema americano (bom enredo contando uma boa estória com direção ágil e atores competentes), no lugar do chamado cinema de autor, com enormes monologos, cenas intermináveis de olhares, declamações como se estivessemos assistindo teatro filmado (e uma peça de péssima montagem diga-se de passagem); isso quando não eram alegorias sobre a "situação social".
Em suma, o cinema era usado para produzir "doutrinação" e o "pensar social" depois de décadas de pornochanchadas.
Passado um tempo, veio o filme Cidade de Deus que fazia esse "pensar social" mas usando de todas as ferramentas que o bem sucedido cinema americano produziu. E com isso foi indicado para concorrer a melhor filme estrangeiro ficando entre os cinco como ocorreu com Central do Brasil.
Veio então Tropa de Elite seguindo todo aquele estilão de filme americano (se alguem duvida assista swat ou busca implacável)
E embora tenha sido um inegável sucesso de publico e de pirataria, diga-se de passagem; passou em branco na escolha da comissão de cinema. Em seu lugar um filminho agua com açucar glorificando a luta armada e mostrando os anos de chumbo pela ótica de um menino cujos pais vão para a luta armada. Não ficou entre os cinco melhores.
Ná época, os intelectualoides chamaram o filme de fascita. Porque? Porque mostrava traficantes como bandidos e não antiherois do sistema. Uma policia corrupta mas que havia uma parte não disposta a ceder ao dinheiro fácil; embora na luta contra o crime, se permita ser tão as vezes mais violento que os criminosos que combate. O apntar do dedo não para uma coletiva sociedade ou elite; mas para a classe média e alta que consome drogas, para o maconheiro que dá dinheiro pro traficante conforme a famosa cena da tomada da boca e a bicuda no estudante. Tudo isso tornou o filme insuportável para aqueles que querem doutrinar a população em um viés de esquerda sem sentido no atual sistema.
No ano posterior, houve a desavergonhada puxada de saco do então presidente lula escolhendo o filme baseado na sua biografia, que o torna quase um santo em vida. e como sempre não ficamos entre os cinco melhores.
Agora escolheram Tropa de elite II. A temática bem ao gosto dos intelectualoides colocando a culpa em um coletivo sistema critico ao sistema prisional, com herois de esquerda e os vilões sendo politicos e policiais não teve as mesmas críticas do primeiro.
A turminha da militancia transforma em evento ideológico ou partidário, até velório e joguinho de biriba, o que não dizer de filmes...
Embora menor que o primeiro, Tropa de elite II é um bom filme e merece essa aclamação.
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