Tá certo que a igreja catôlica não é exatamente um primor na prática do respeito ao texto sagrado. Aliás muito pelo contrário, já que basta um estudo superficial da doutrina catôlica para saber que seus ensinamentos são ora baseados na filosofia grega (basta ler Agostinho para verificar isso), ou são um amalgáma de religiões não cristãs incorporadas para digamos assim, o cristianismo ser mais facilmente aceito.
Não acreditem em mim não, meu raros leitores, acreditem na igreja que fala exatamente isso em sua Encicloepdia Catôlica.
Mas o escritor português abusa do direito que a idade concede a todos de dizer sândices.
O problema não está necessáriamente nele achar que mais de 90% da população seja estúpida ou sofra de delírio em massa por acreditar em Deus. Isso no fundo é um problema unico e exclusivo dele.
O problema real está naquela digamos assim, legião de internautas que compram as sandices do idoso escritor como se pérolas do pensamento moderno fosseme vão passar a reproduzir suas idéias internet afora. Logo um "amante das artes" irá transformar em filme a obra como fizeram com dois deles pelo menos.
A obra do escritor português demonstra que no mundo, como chamarei, intelectual, deveria haver por força de lei, um dispositivo de aposentadoria compulsória, ficando o sujeito não importa a nacionalidade proibido de escrever e dar entrevistas salvo para uso próprio, proibida a divulgação sob pena de ser julgado por crimes contra a humanidade pelo tribunal de Haia.
Quem sabe assim, abre-se espaço para outros escritores. Tá certo, estou sendo grosseiro? Recentemente em uma entrevista a uma revista semanal, um outro escritor português disse que pouco se importava com a obra de Saramago.
Se um patrício foi tão direto, porque eu não posso?
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