Representantes do governo federal, do setor privado, consumidores e consultores se reuniram nesta terça-feira (5), durante o 10º Encontro Internacional de Energia realizado pela Fiesp e o Ciesp, em São Paulo, para debater a estrutura tarifária da energia elétrica e a competitividade industrial.
Para o gerente coorporativo de Energia do Grupo Gerdau, Dithelmo Kanto Filho, o aumento dos encargos setoriais a partir da criação do novo modelo do setor elétrico no País piorou a competitividade do Brasil. “No ano passado, os encargos somaram R$14 bilhões, o que equivale ao aumento de 40% sobre o valor de 2007, fechado em R$10 bilhões”, explicou.
De acordo com Kanto Filho, por ser muito superior a carga tributária sobre o valor da energia elétrica em relação a outros países, o Brasil fica muito aquém na disputa no mercado internacional. “Entre 2003 e 2007, os tributos aumentaram em torno de 11%, chegando a cerca de 51% da arrecadação das distribuidoras em 2007, e resultando num aumento de mais de 100% da tarifa”, exaltou.
Para estimular o desenvolvimento do País e assegurar o espaço internacional, o gerente do Grupo Gerdau reforçou que devem ser utilizadas algumas medidas políticas como:
"Não dá para ser ultrapassado na velocidade da luz por China, Rússia, Índia e outros países", disse Kanto Filho, concluindo que "não adianta nada termos um país belíssimo e entregá-lo subdesenvolvido para as futuras gerações". Aneel O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse que uma das medidas que o governo espera tomar é eliminar os repasses anuais da inflação o que beneficiaria não só consumidores finais como também incentivaria a atividade econômica. “Existem vários questionamentos quanto ao nivel da tarifa de energia eletrica ser elevada. Mas os atuais ganhos de eficiência energética são engolidos pela inflação”, ressaltou. Anace Já para o diretor da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Lúcio Reis, as perdas de energia também são um problema sério, que requer revisão tarifária. “Em 2008, o nível de perdas foi equivalente ao suprimento das Usinas de Jirau e São Antonio, no Rio Madeira", apontou Reis. "Precisamos de programas do governo para conscientizar o uso e o custo da enegia incentivando a eficiência energética e combatendo às perdas", sugeriu. Leilões De acordo com o presidente da Consultoria Andrade & Canellas, João Carlos Mello, os Leilões de Energia Nova já são consagrados no setor, mas precisam ser aperfeiçoados. "É preciso rever a metodologia utilizada para o cálculo da competitividade das térmicas", pontuou. |
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