terça-feira, 8 de maio de 2012

Europa

Um socialista venceu a eleição para presidente na França e pronto, a blogaiada progressista saiu valsando alegre os novos tempos e falando bobagem como sempre. O sujeito vai peitar a Alemanha e exigir crescimento.

Ocorre que a turminha aprendeu a nunca analisar as coisas pelo conjunto da obra, porque invariavelmente suas teses se mostram infundadas e optam pela ovação em capitulos.

Os mesmos que elogiam a eleição da esquerda na França esquecem que pelos mesmissimos motivos, a Espanha e Portugal elegeram a direita. A troca do norte ideológico dos partidos é natural em épocas de crise. A crise européia que é basicamente uma crise fiscal ao atingir todos os paises europeus em boa parte porque estão atrelados a mesma moeda e mesmos acordos monetários; obrigou os respectivos governos a adotarem o mesmo pacto de medidas. Isso é uma obviedade, a União Européia se para o bem tem políticas unicas para o mal, por assim dizer é imprescindivel que também sejam.

O problema europeu é fiscal, e apareceu na esteira da crise de 2008 que era puramente financeira, porque os paises europeus tem um gasto estatal em relação ao pib astronômico. Some-se a isso o efeito da crise financeira nas empresas que tiveram que desacelerar fortemente e da incapacidade de gerar empregos.

É preciso estabelecer um equilibrio das contas dos estados e criar uma ambiente mais salutar para as empresas investirem e com isso gerar os empregos necessários.

Sozinhos, os paises europeus poderiam tentar essa ou aquela receita; mas a unificação em um só moeda, o euro impede isso, pois o fracasso de um diminui o sucesso do outro.

Diante disso, o discurso dos extremos a depender de quem está no governo faz tanto efeito na população. Isso fica especialmente claro quando você assiste a Holanda trocando o governo de esquerda por um de direita, a França invertendo isso, e a Alemanha, que está sendo bem sucedida ao que tudo indica manterá o governo na mão da direita.

O discuro do novo presidente francês sobre o crescimento é correto; mas não existe e nem tem como haver a opção entre crescimento e equilibrio das contas publicas. Um crescimento especialmente ancorado em gastos publicos desequilibra qualquer esforço fiscal gerando inflação. Amarrar a economia de forma a obter superávits fiscais, diminui ou inviabiliza o crescimento. A chave do sucesso está em deixar livre o mercado de tal forma que ele possa gerar as condições necessárias para o crescimento e o estado crie as condições para que esse crescimento ocorra de forma sólida.


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