segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Blogosfera militante e porque não dizer desinformante

Avisando de antemão os pseudo-bípedes militantes. O que vai abaixo é a MINHA OPINIÃO EMBASADA NO ACOMPANHAMENTO DO QUE SE LEU NA BLOGOSFERA, PELO MENOS NAQUELA QUE AS VISITAS OU O USO QUE OUTROS FAZEM DO QUE É ALÍ POSTADO, DEMONSTRAM TER PESO. PARA RETRUCAR SERÁ NECESSÁRIO AONDE NOS LOCAIS CITADOS FOI ESCRITO ALGUEM DIFERENTE DO QUE AQUI ALUDIDO.

Um passeio pelas páginas dos sites dos jornalistas Luiz Nassif e Reinaldo Azevedo, nessa época de posições ideológicas empunhadas para o combate em eleições presidenciais; permite tecer algumas considerações.

Os dois se posicionam na defesa de lados opostos do certame, com Nassif apoiando a candidata petista e RA apoiando o candidato tucano.

Na comparação, um atacou o lado digamos assim oponente, mas RA não se furtou de criticar coisas que considerou erradas na oposição e na campanha tucana. Quanto ao Nassif, em textos próprios e de comentaristas colocados na primeira página em destaque uma pauta elogiosa a não mais poder e uma verdadeira máquina de desconstruir criticas e denúncias. Foi curioso observar a candidata petista brandindo argumentos que haviam sido postados por Nassif, como por exemplo a portaria assinada pelo então ministro da saúde orientando o SUS a como proceder nos casos de aborto conforme legislação vigente.

Também ficou patente a forma diferenciada como trataram as pesquisas nas diversas postagens. RA acompanhava os resultados, analisava os números e discutia as conclusões dos institutos. Não observei nem a tripudiação quando o candidato tucano aparecia a frente das pesquisas, nem observei desqualificação dos institutos quando a candidata petista passou a frente. Já no site de Nassif, um ataque incessante contra o DataFolha que depois do vexame do primeiro turno, mereceu uma postagem sobre erros do blog nas eleições dizendo que o sistema adotado pelo DataFolha apresentava menos erro. Nem sequer uma palavra sobre a chuva de acusações e desqualificação contra o instituto que foi acusado de tudo e mais um pouco.

E não é possivel esquecer seus posts dizendo que a candidatura tucana havia naufragado e o porque disso. Embora a realidade demonstrou o contrário.

Agora, no segundo turno, RA mantêm o gatilho apertado com a mira de alça na candidatura petista exatamente como sempre fez. Nassif, no segundo turno esqueceu o resultado do primeiro turno e mantêm o ritmo, alimentando em postagens idéias de religiosos contrários a candidata petista e essa influência de ultima hora, quando foram os casos de corrupção que levaram a perda de votos. Sobre denuncias contra pessoal do governo, a eterna desqualificação dos veiculos, a malvada VEJA e FOLHA e postagens dando destaque a acusações contra gente ligada a tucanos.

No fim é obviamente um direito de qualquer posicionar-se a favor deste e contra aquele e vice-versa.

O que me incomoda nisso tudo é a acusação que Nassif faz ao dizer que RA como um "blog de esgoto"está a serviço dos tucanos; e ele fez apenas uma escolha ideológica amparada em "fatos".

Até onde pude obsersar, dos dois, o primeiro não possui contratos com governos estaduais tucanos e o segundo possui dois contratos, um com a TV Brasil e o outro com a Petrobrás. Sem contar a esória que volta e meia vem a tona sobre a renegociação em litígio de uma enorme empréstimo com a BNDES do qual a atualização financeira e os juros decorrentes do atraso foram glosados se o devedor pagasse em dia as prestações. Em outras palavras um belissimo desconto para quem foi preciso entrar com uma demanda judicial para receber um empréstimo.

Não tenho nada contra Nassif. Apenas acho que falta a quem se declara e se destaca como jornalista uma isenção na análise dos fatos que é permitida a quem é tão somente militante, mas é um erro para quem se declara profissional de análises muitas das vezes técnicas, em se tratando de economia e com boa parte de seus recursos vindo da área pública que encontra coincidentemente um escudo de defesa em seu site.

Um que por atacar é visto como vendido. O outro por defender, e em paralelo a isso ganhando dinheiro para prestar serviço ao objeto defendido; o faz por amor ao fatos. Dá pra entender? Pois é...

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